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  • Bolsominion: Você também é responsável

    “Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém.” Disse o dramaturgo Nelson Rodrigues “despindo” os moralistas que “ostentam” ou pensam que têm a “alma branca lavada com Omo Total”, Caetano Veloso foi mais sútil em sua bela música Vaca Profano, versou “De perto ninguém é normal”, já o jornalista Millôr Fernandes, na mesma vibe escreveu: “como são maravilhosas aquelas pessoas que não conhecemos muito bem”. Estas três frases bastam para nos jogar nas fuças que é nulo e tolo nos esforçarmos e ficar pé insistindo exibir uma transparência absoluta inexistente. E, certamente, por isso mesmo, somos compelidos – às vezes por ingenuidade, ignorância e outras por pura vaidade – a cairmos em algumas armadilhas: somos enganados por não termos o pleno conhecimento do outro e, portanto, somos suscetíveis a ser “passados para trás”.

    E quando aplicamos este conceito à política, a miopia e o estrabismo se estabelecem fazendo moradia. Assim como quem está apaixonado e não percebe os “defeitos” do outro, porém quando a paixão desce pelo ralo todas as qualidades, antes vistas, seguem o rastro e surge o restabelecimento da razão ou realidade. Segundo os filósofos – plantonistas do feicebuque – dizem quando somos “flechado” pelo rechonchudo anjo do cúpido, nos “embriagamos” por outra pessoa, se idealiza uma imagem e vestimos a amada com esta miragem, claro, com todas os predicados que temos em comum, nos permitindo a ficar em estado hipnótico, em êxtase. Afinal, encontramos nosso par perfeito que compartilha todas as nossas “fantasias”, ideais e vontades alojadas lá nos recôncavos mais sombrios do cérebro – quando se possui um -. Mas, tenho a impressão que isto só pode ser posto às pessoas comuns, assim como e você, porque a qualquer momento podemos sentir “a ficha caindo”, despertamos e voltamos à luz. Claro, a decepção pode querer lhe fazer aconchego e ser companhia de divã. Mas, ainda assim, diria que ser natural a pobres mortais.

    Isto posto, devo afirmar: há pessoas transparentes e cristalinas como água de cacimba de rio, dormida, que não deixam dúvidas do que, de fato, realmente são:

    FRASES DE BOLSONARO:

    “Eu sonego tudo o que for possível”

    “Pobre só serve para votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso”. Bolsonaro 

    “Espero que o mandato dela acabe hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira”.

    “Só não te estupro porque você não merece”

    “Quilombola não serve nem para procriar”

    “Eu sou favorável à tortura. Tu sabe disso”.

    “Polícia brasileira tinha que matar é mais”. 

    “Por isso o cara paga menos para a mulher (porque ela engravida)” (2014)

    “Para mim é a morte. Digo mais: prefiro que morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo” (2011)

    INDÍGENAS

    “Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens” (2008)

    “Menos direito ou todos os direitos e menos emprego”.

    Não poderia ser mais transparente, translúcido e um livro aberto a pessoa que cunhou estas pérolas acima, logo não estaríamos cometendo nenhum absurdo denominar seu autor de sonegador, anticristão, estuprador, racista, torturador, fascista, golpista, machista, homofóbico, misógino…Do mesmo modo não correríamos riscos algum afirmando que os eleitores que levaram esta nefasta figura desumana ao Palácio do Planalto, certamente concordam com pelo menos uma ou mais destas frases, se não todas e suas ideias. Se assim não fosse, não teriam tornado Bolsonaro Presidente e continuar apoiando-o.

    Então, não cabe o conceito das frases inicias do texto ao eleitor do Capitão Bufão, isto é, não pode argumentar que foi enganado, na verdade, é no mínimo cúmplice de suas falas e atos e, portanto, responsável também por seus desatinos.

    Empestando o ar

    o Capitão Bunda-Suja Bufão, infelizmente, decidiu empestar o ar de nossa terra, em solo sagrado segurou uma criança no colo e criminosamente retirou a máscara que o inocente usava. Logo após sua partida precipitou-se uma tesuda chuvarada – como dizia Queiroz – lavando o chão onde o Coisa Rui pisou. Deus é Pai!!!

    Pergunta

    Perguntaram se eu votaria em um candidato de direita para derrotar Bolsonaro. Derrotar Bolsonaro não é uma questão ideológica, mas de sobrevivência da democracia.

    Caricatura

    Caricatura de Bolsonaro para o Festival Internacional de Humor da França 2021, em Saint Just Le Martel/FR e em Marselha/FR, com o Tema: “O Inominável” Embaixador da Cloroquina no Brasil. Tendo como um dos organizadores o cartunista potiguar, Joe Bonfim.

    Luis sabe o que diz

    O deputado Luis Miranda (DEM/DF) que fez acusações pesadas na compra da Covaxin pelo Governo Federal, levantando suspeitas de corrupção, é um velho conhecido da polícia brasileira como estelionatário tendo uma vida pregressa bastante agitada. Morando nos Estados Unidos voltou ao Brasil como deputado eleito pelo Distrito Federal. Que dizer, sabe o que está falando, de quem está falando, é um entendido do borogodó.

    Frase

    “Se a Covaxin derrubar o Bolsonaro será considerada a vacina mais eficaz do planeta!”, Jornalista José Simão.

  • Nem a pau Juvenal

    “Quanto mais certezas você tem,

    menos você leu, menos você viveu”

    Luiz Felipe Pondé – Filósofo.

    Diz o dito popular, em resposta de quem se sentiu ofendido “Não me meça com sua régua”, bela réplica. Mas, ora vejam: Nós sempre usamos nossa própria “régua” para balizar opiniões, isto é, os pensamentos e ideias expressadas estão sempre alicerçadas em nossas experiências, convicções morais, religiosas, culturais e intelectuais. Não há como usar régua alheia para isto, e, se mesmo assim o fizermos, deixaremos de ser vetor para sermos apenas um canal.

    Algumas pessoas confundem e claro, usam a própria “régua”, como fazemos todos nós, que por ser petistas – não sei nem se sou. Não milito: voto – sou cego, não tenho senso crítico, quem assim procede, certamente, não conhece meu passado e presente. Vou falar algo que já pontuei antes por diversas vezes: Fui um dos que fizeram multidão na capela do Hospital Duarte Filho, em Mossoró, para fundar o PMDB, lá pelos anos 80 – o então MDB – depois fui número na fundação do PT de Mossoró/RN, porém, nunca me filiei a nenhum das duas agremiações. E por que não o fiz? Simples: para ter as minhas próprias conclusões e delas ser prisioneiro ou tê-las como “travesseiro” e poder viver sem amarras compromissadas com qualquer regra, doutrina ideológica partidária. Pode até parecer arrogância, creio que não seja. Assim como um andarilho que não bebe água, apenas de um rio, sinto necessidade de beber de várias fontes.

    Não creio em nada cegamente.

    Muito cedo aprendi que toda história tem dois lados, por isso mesmo, me designar de radical, é um risco n’água. Eu tenho lado – e por tê-lo já fui cunhado até de lixo, mas aí é outra história – e convicções bastante firmes, porém não são imutáveis, bastam me convencer ou minha velha memória perceber o erro para serem evaporadas.

    Nos deuses? Rezo por precaução. Na Ciência? “Boto fé” com um pé atrás. Pois, a própria não é definitiva (e cá pra nós pobres passageiros: definitivo somente a morte). Sou de um tempo em que ela tornou réu e crucificou o pobre do ovo de galinha, argumentava que nós indigentes mortais, estávamos com as veias entupidas com colesterol oriundo do nosso ovo de cada dia, hoje, restaurou-lhe o estatus de inocência e, mais: recomenda o consumo com certa frequência.

    Logo sexagenário – o que também não quer dizer que me tornei sábio, estou convicto que morrerei um velho tolo – que sou, tenho mais ainda milhares de razões para usar meu desconfiômetro, exagero? Não sei, talvez sim em algumas questões ou talvez não, isto, provavelmente, diria mais assertivamente alguém que quer me vender gato por lebre. Desconfio das vacinas? Sim, de todas, pelos mesmos motivos que confio, isto é, balizo decisões e premissas em minha ignorância cavalar, entretanto, há mais motivos para confiar que o contrário. Não vejo mais crianças com Poliomielite Sarampo, Varíola, Difteria…

    Tomaria a vacina? Sim, já tomei a primeira dose da Astrazeneca. Entretanto, tomaria qualquer uma outra, uterina da China, Estados Unidos, Rússia, Reino Unido ou do Paraguaio, morrendo de medo da reação – como, de fato, tive – porém, vou tomar a segunda dose da vacina de Oxforf. 

    Portanto, as bobagens que escrevo, não têm pretensão de convencer quem quer que seja ou ainda, doutrinar ideologicamente nem meu cão – que não possuo -, ledo engano de quem assim puder pensar, pois, certamente, delira igual a mim, pois, os meus maus escritos às vezes são apenas devaneios, reconheço e, por isso mesmo, não merecem maiores atenção de pessoas mais sensatas. Por outro lado, também não escrevo para agradar ninguém. Agora, pôr as minhas lindas mãozinhas – que meus netinhos beijam – no fogo por ninguém, ah! Isto não faço nem a pau Juvenal.

    Sabugo
    Outro dia, vi um anúncio de bucha orgânica para tomar banho, daquelas que brotavam nos tempos de quintais, lá nos Paredões, em Mossoró/RN.

    Entendo, compartilho da preocupação com a degradação do meio ambiente e colaborar com a preservação do planeta é um ato de sobrevivência de todos nós. Só espero que não inventem de trocar o papel higiênico por sabugo.

    Canalhas
    Temos uma tendência natural a criar heróis e mitos, talvez, para justificar nossa própria incompetência de feitos além de nossa mediocridade. Convivi com alguns heróis com pés de barros, de alguns nem escombros perduram. outros ainda resistem, uns até por merecimento de ofício, entretanto, logo abaixo da epiderme até a alma, tudo é pútrido.

    Entretanto, agradeço-lhes o convívio, foi aprendizado para não me tornar um deles.

    Maria
    Em que pese os males trazidos pela pandemia, em meio a perdas de irmãos e amigos, despertou em Maria sua adormecida veia das artes plásticas. Maria voltou a pintar.

    Caricatura
    Um belo achado. Em minhas incursões nas redes sociais tive o grato encontro com Karina Pereira, uma menina de apenas 11 anos desenhando como gente grande. Uma joia rara que está sendo lapidada no Belém do Pará.

    Frase

    “Os canalhas não só envelhecem, como o vinho, depuram, lhes restando essencialmente a canalhice”. – Brito e Silva