Respeitável público – O circo está armado
Respeitável público, a festa já começou. É alpendre pra cá, alpendre pra lá, muitos comes e bebes pelo estado, inclusive bancados com dinheiro da nação (usando verbas de gabinetes estadual, federal, e até municipal), e o veraneio 2025 seguindo com muita pompa político-eleitoral enquanto desnuda o que se espera para o ano de 2026. O carnaval está longe de começar, mas o circo já está armado.
“Quanto riso, oh, quanta alegria!…”, José Agripino matraqueia: ambições pessoais têm que ficar abaixo do interesse do Estado. Só um ex-senador-governador-prefeito-biônico como Agripino para se preocupar dessa forma com o Rio Grande do Norte. Seria comovente não fosse proferido depois da exclusão do seu nome da lista de convidados do mega banquete patrocinado pelo senador Rogério Marinho à prefeitos, deputados, vereadores, suplentes, secretários, assistentes, arlequins, colombinas e o escambau que passasse na frente da mansão na praia de Búzios, no litoral Sul potiguar.
O galego do Alecrim, atualmente sem mandato, assiste à perda de protagonismo, mas defende que o escolhido da oposição (todos contra Walter Alves/Fátima Bezerra/Lula) para as eleições 2026, deveria sair de uma pesquisa. Segundo Agripino Maia, a definição deveria ser eleitoral, “muito mais do que política”. Como diria seu Armando Volta, personagem da Escolinha do professor Raimundo, “Sambarilove, sem o menor interesse…”.
Além das articulações para o próximo ano, Zé anda preocupado com o bafo quente no seu cangote do prefeito de Natal, Paulinho Freire, que está em sua cola — assoviando e chupando cana — querendo o União Brasil tupiniquim pra chamar de seu. Claro, contando com o apoio do aliado e senador líder do bolsonarismo estadual.
Para conseguir uma reviravolta política, resta a Jajá apostar todas suas fichas no prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), que vem se destacando em todas as pesquisas para o governo do Rio Grande do Norte. Para entender o que se desenha na política potiguar, esqueçam o migué de Zé de “ambições pessoais têm que ficar abaixo do interesse do Estado” e mirem na investida de Zé que defende até uma aliança com a senadora Zenaide Maia e o PSD. Tanto que Allyson, reeleito com 78% dos votos dos mossoroenses, já está de malas prontas para deixar o União Brasil pelo PSD, da Doutora, exatamente para concretizar seu sonho de ser candidato. A destreza é tanta que o prefeito mexeu os pauzinhos para facilitar sua corrida e conseguiu, pasmem, a aprovação da Câmara Municipal para a instalação de escritórios fora de Mossoró. Não são comitês de uma antecipada campanha. São escritórios. Ok?
Do lado de cá da Reta Tabajara, Rogério e seus banquetes firulentos pelo litoral de Natal, e o candidato da governadora Fátima, Walter Alves, calado, não se bole. Do lado de lá, o menino pobrezinho dando seus pulos de mãos dadas com Jajá para virar o jogo no picadeiro.
O circo está armado. Cai quem quer!