Mais Histórias

  • Sobre ,

    Culpa | Capítulo XXII

    Por todos os cantos, poeira e silêncio. Licânia, coberta com véu cinza, parecia uma cidade estranha. A pasmaceira imperando, movimento apenas dentro do hospital, em socorro do paciente que ali dera entrada. Além dos plantonistas, acorreram os parentes médicos do cidadão vítima de mais um caso de violência policial. Momentos depois, como se lentamente a […] Mais

  • Sobre

    Culpa | Capítulo XXI

    Por Clauder Arcanjo Quando o reforço policial chegou a Licânia, encontrou quase toda a população diante da delegacia. Em meio ao tumulto, o padre Araquento, as pias Filhas de Maria, o sacristão e outros católicos, nem tão praticantes assim, puxavam o rosário em honra à Senhora Sant’Anna. Companheiro Acácio cuidou de separar os diferentes grupos. […] Mais

  • Sobre

    CULPA: Capítulo XX

    O movimento diante da delegacia aumentava, chegando gente de todos os lugares: Sapó, Mutambeiras, Baixa Fria, Serrota, Estreito, Santa Rita. Sem esquecer que até as damas do Caneco Amassado, único cabaré de Licânia, juntaram-se ao protesto contra a prisão do cabo Maguinho. Creuza, com franca aprovação do dono da casa, ia e voltava levando café, […] Mais

  • Sobre

    Culpa: Capítulo XIX

    Por Clauder Arcanjo Creuza entrou com passo lento. Sentou-se perto do fogão frio, pois a casa estivera fechada por muito tempo. Antes de acender o fogo, resolveu orar. A cabeça confusa, as lembranças a se meterem por entre as orações. Como não conseguia avançar sequer no pai-nosso, abriu os olhos e decidiu interromper as preces. […] Mais

  • Sobre

    CULPA | Capítulo XVIII

    — O preso fugiu! O preso fugiu!… Licânia acordou com aquele tumulto que brotou da cadeia e, em pouco tempo, tomou as ruas da cidade. Quando chegou ao Mercado, virou domínio público. Durante o dia só se falava daquela fuga. — Com certeza, minha gente, teve ajuda de alguém lá de dentro da… — Feche […] Mais

  • Sobre

    CULPA | Capítulo XVII

    — Bom dia, dona — o soldado Maguinho saudou-a. — Bom dia. O senhor quer falar com o seu Zequinha? — Na realidade, minha senhora, queria dar uma palavrinha com a Creuza, hóspede do casal. Lídia, sempre receosa com as coisas da lei, ficou nervosa e logo indagou: — Algum problema? Maguinho, amassando a boina, […] Mais

  • Sobre

    CULPA | Capítulo XVI

    Por Clauder Arcanjo A manhã se apresenta em passos lentos. Sol tímido e passaredo em pios baixos, coisa incomum. Na cadeia, os dois homens (um preso e outro na parte externa da cela) se olham, mas parece que não se veem. A vista perdida em lonjuras, em coisas que só o pensamento capta. Com pouco […] Mais

  • Sobre

    CULPA | Capítulo XV

    Noite fria. Longa e inquieta. Cabeça em tumulto, entre o sono e a vigília: — Não, Creuza. Melhor não. A cidade dorme. Acordados, somente os bêbados. Mas esses, em Licânia, parece que nunca dormem. — Creuza, sou… É perigoso, Creuza. Perigoso, ouviu? O soldado de plantão, incomodado com o vozerio, resolve conferir de qual preso […] Mais

  • Sobre

    Culpa: Capítulo XIV

    — Cabo, há quanto tempo que ela entrou para falar com o preso? — Delegado, faz meia hora. O delegado arrumou o revólver na cartucheira e deu uma volta em torno da mesa. — Vá e veja se colhe alguma pista para… Seja discreto, não vá se aproximando com aquelas suas botinadas de acordar quarteirão! […] Mais

  • Sobre

    CULPA | Capítulo XIII

    — Estou recuperada e pronta para seguir em frente — disparei mal entrei na copa. À mesa, seu Zequinha e dona Maria, ladeados por Lídia, serviam-se do café da manhã. — Bom dia! — saudou-me o dono da casa, apontando-me uma cadeira. — Minhas desculpas pelos maus modos, mas é que… — tentei me justificar. […] Mais

  • Sobre

    CULPA | CAPÍTULO XII

    Por Clauder Arcanjo O advogado Mateus se apresentou, enquanto seu Zequinha pedia que me sentasse: — Creuza, é importante que haja uma relação de confiança entre vocês. Estou certo, doutor Mateus? Mateus esboçou um sorriso; pressenti que, entre eles, havia um carinho mútuo. — Vou deixar os dois à vontade. Se precisarem de algo, podem […] Mais

  • Sobre

    CULPA | Capítulo XI

    Antes de me recolher, seu Zequinha me chamou: — Filha, precisamos conversar. Pressenti que a conversa seria decisiva para mim. De início, tive vontade de evitá-la; no entanto, antes que pudesse dizer algo, sua voz terna me aquietou: — O que você sabe da história de… Antecipei-me, a fim de evitar mal-entendido: — Nem sei […] Mais

Carregar...
Congratulations. You've reached the end of the internet.