Vaza
Na última quarta-feira, 24, no cercadinho defronte ao Palácio do Alvorada (onde tudo acontece, inclusive nada de bom), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, desabafou:
— Tô louco para entregar isso aqui para alguém.
— Não. Vai ser mais quatro, mais oito [anos]… Vamos firme e forte ganhar a eleição em primeiro turno” — tascou um apoiador — dentro do m² mais disputado por ruminantes no Brasil.
— “É bom para visitar, para morar não é bom não” — assegurou o presidente, com aquela cara de quem está com uma tremenda dor de barriga.
É compreensível, presidente. De tanto fazer absolutamente nada, o senhor deve estar fastioso para o cargo. Afinal, não é todo dia que é necessário colocar na agenda dois compromissos. Mas, com as Férias de final de ano chegando, Vossa Excelência já pode ir afiando o cartão corporativo e criar uma agenda de despedida do cargo. Todos entenderão.
Sim, porque pelo que todos estão entendendo, o nosso obtuso presida não aguenta mais o palácio presidencial.
O Brasil sente bastante essa falta de vontade, afinal, não à toa estamos vivenciando a maior inflação das últimas décadas, o maior desemprego em décadas, a maior vergonha mundial em décadas, e um presidente que mama há décadas no serviço público (nem vamos entrar no mérito das rachadinhas) e comprovadamente não passa de um néscio.
Sendo assim, caríssimo presidente, se for por falta de um adeus, até nunca mais. Pega o beco. Até a vista. Chispa. Sai. Vaza. Adeusinho. Good Bye. Vai-te, Tungão! Au revoir. Sayonara. Arriba. Hasta la Vista. Adios.