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  • “Rastejar – No rasto de Lamartine”: exposição fotográfica  imerge na obra de um dos maiores sertanistas brasileiros

    Por Ana Cadengue

    A diversidade do sertão sob a ótica do pesquisador natalense Oswaldo Lamartine de Faria é o tema de “Rastejar – No rasto de Lamartine”, nova exposição do fotógrafo Vlademir Alexandre, que está aberta até o dia 14 de agosto na Pinacoteca do Estado.

    Além de atores e cenários tradicionais dessa região – como um vaqueiro em galope e os açudes cheios na invernada – a mostra de 37 imagens retrata cenas peculiares, o fumegar de uma panela com canjica de milho. Múltipla, a exposição envolve as expressões artísticas de desenhos, textos, fotografias.

    Para expor este resultado, o fotógrafo debruçou-se por quase vinte anos em registros fotográficos e pesquisas sobre a obra do chamado “sertanólogo” e escritor que se tornou referência sobre o tema, após 21 livros publicados. Os visitantes terão a oportunidade de fazer uma “imersão transversal na obra de Lamartine, já que é atravessada pela minha própria impressão desta obra”, diz o autor, nascido no Rio de Janeiro e radicado em Natal, “migração oposta à feita por Lamartine”.

    Vlademir destaca a “capacidade de Lamartine de fazer um mapeamento técnico e preciso sobre os costumes do Seridó, mas com a força da poesia e da cultura popular, o que o torna singular”. Segundo a escritora Rachel de Queiroz, que consultou Lamartine para escrever o clássico “Memorial de Maria Moura”, ele é o maior “sertanólogo” do Brasil.

    Sobre o conceito da mostra, Vlademir resume: “É uma provocação à percepção de um Nordeste a partir de sua essência, um ensaio fotográfico de imersões para o universo da linguagem, da origem e da identidade sertaneja a partir dos escritos de Oswaldo Lamartine que, após o ano de seu centenário, propõe ressignificar o lugar, uma vivência possível no aportar ao tempo, o espírito e o fazer sertanejo do homem e da mulher do campo como atores de suas crenças e edificadores do imaginário popular”.

    Impressas no melhor material “canvas museum” para fine art, as 37 telas de tamanhos variados possuem 100 anos de garantia e estarão à venda. A exposição conta com apoio da Fundação José Augusto.

    Sobre Vlademir Alexandre

    Cientista social e fotojornalista, trabalha com mídia visual, fotografia e produção de vídeo há 27 anos. É arte educador e professor de fotografia. Membro do Coletivo daFOTO!, atua em assessoria institucional nas áreas de indústria, legislativa, campanhas políticas e publicitárias, jornais (Tribuna do Norte, Estado de São Paulo, Novo Jornal) e revistas nacionais e do RN. Já produziu para instituições como Petrobras, Governo do Estado, Assembleia Legislativa, SENAC, Câmara Municipal e Prefeitura do Natal.

    Criador do Blog Além do Mar, discute desde 2009 o turismo rural e desenvolvimento sustentável como alternativa. Educador em projetos de fotografia como ferramenta didática e conceitual em abordagens individuais e por meio de coletivos e ONG’s, é escritor, cursando Ciências Sociais.

    Foi vencedor e teve menção honrosa em concursos como Sindipetro, IDEMA,

    Brahma e SENAC MG. É coordenador e proponente do livro Seis Formas de

    Ver o mundo (2021) e fez a direção das entrevistas Foto Coletiva, codireção

    e fotografia websérie Autorretrato (2021).

    SERVIÇO:

    Exposição “Rastejar – No rasto de Lamartine”

    Pinacoteca do Estado – Praça Sete de Setembro, S/N – Cidade Alta, Natal

    Entrada gratuita. Até 14 de agosto.

    Visitação de terça a sexta (08h às 17h) e aos sábados e domingos (09h às 16h).

    Crédito das fotos: Vlademir Alexandre

  • Isaura Amélia lança dia 29 a obra “Moura Rabello: precursor da arte potiguar”

    Do portal Típico Local

    O cenário das artes plásticas em Natal nos primeiros anos do Século XX transitava entre salões e escolas das belas artes. Pouco antes do movimento modernista aportar por aqui, dentre os nomes que se destacavam estava Moura Rabello, nome que retratou inúmeras personalidades da cidade e se notabilizou como grande pintor retratista. Nascido no final do século XIX, o artista ganha o aprofundamento de sua trajetória e obra 40 anos depois de seu falecimento, através de uma pesquisa da professora Isaura Amélia Rosado Maia, que agora transformada em livro: “Moura Rabello: precursor da arte potiguar” será lançado dia 29 de julho, na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. 
     
    A programação começa às 18h com a exposição “Rabello em Vário  Ângulos”, reunindo 14 obras do pintor sob a curadoria do Colecionador de Arte e Promotor Manoel Onofre Neto. Haverá ainda um bate-papo sobre o artista com participação da filha Marlene Rabello (Tema: “O Pai”), Antônio Marques (“O Artista), Manoel Onofre (“O Escritor”), Gustavo Sobral (“Os Acervos do IHGRN) e Isaura Rosado (“A Imprensa”). Logo após acontece a sessão de lançamento do livro. 

    Editado pela jornalista e fotógrafa  Ângela Almeida, o livro de Isaura Amélia é uma contribuição singular à compreensão do movimento artístico e cultural nos primeiros anos do século passado. “O livro percorre a Natal artística nos primeiros 50 anos do Século XX, antes da exposição coletiva de Newton Navarro, Dorian Gray Caldas e Ivon Rodrigues,  marco bem definido nas nossas artes plásticas como arte moderna”, comenta. 
      
    Isaura Amélia parte de depoimentos da filha mais nova de Moura, Marlene Rabello, hoje com 90 anos e dona de uma lucidez surpreendente e de memória invejável. Também fez uma vasta pesquisa na imprensa local que já registra Moura Rabello pintando em 1913. 
     
    Segundo Isaura, a Escola Elementar de Belas Artes e o Primeiro Salão de Artes Plásticas instituídos por decreto são iniciativas que atestam o vigor do movimento cultural do período. “Aliás, uma organização de dar inveja aos dias de hoje. No cerne deste movimento estava Moura Rabello. Um retratista dos bons, principalmente no uso do crayon e óleo. Rabello deixou uma considerável obra”, conta. Moura Rabello fiou conhecido pelos retratos que fazia sob encomenda a partir de fotografias. Cobrava 30 mil reis por retrato e durante muitos anos foi sua fonte de renda. Nos anos 30 o filho Genival Rabelo saía vendendo cópias do quadro de Pe. João Maria no Alecrim para sobreviver. 
     
    Em seu trabalho, Isaura conversou com críticos de arte como Antônio Marques, que ressaltou em Rabello um virtuose na técnica do crayon sobre cartão. “É o mais significativo da sua produção, a maestria da sua obra”. Para a pesquisa, a autora localizou mais de 50 retratos de  autoria de Moura Rabello. Outros 10 ainda não se tem o paradeiro. Parte deste acervo pertence ao Instituto Histórico e Geográfico do RN, que são 18 trabalhos encomendados pelo Governador Antônio de Sousa, o Polycarpo Feitosa, para celebrar o primeiro centenário da Independência.  
     
    Parte de sua obra foi doada pelo artista ao Governo do RN e se encontra no salão nobre da Pinacoteca Potiguar: Augusto Severo e seu mecânico Sacht, 1963, óleo sobre tela, tombado sob o número 0342. Vaqueiro, 1944, óleo sobre tela. O retrato de Amaro Cavalcante, de 1937, óleo sobre tela. Também existe na Pinacoteca o trabalho de Raymilson de Moura Rabello (filho), de 1929, que retrata o pai. Do acervo de Jardelino Lucena e da artista plástica Ana Amélia estão o quadro do Padre João Maria, provavelmente o mais antigo, talvez de 1913. Já na coleção de Manoel Onofre Júnior estão as figuras Padre João Maria a Caminho da Caridade e o retrato do filho Raymilson.


     

  • Governo de Pernambuco anuncia edital de convocação artística para o 30º Festival de Inverno de Garanhuns

    O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) divulgou, nesta terça-feira (29), o edital de convocação de propostas artístico-culturais para compor a grade de programação da 30ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG 2022). Assim, está dada a largada para a realização de um dos festivais de cultura e arte mais importantes do Brasil.

    O FIG 2022 reunirá uma diversidade de shows, cortejos, intervenções, recitais, concertos, vivências criativas, espetáculos, desfiles, exposições, mostras, ações de patrimônio cultural, formação e outras atividades culturais num dos municípios mais charmosos do Agreste de Pernambuco.

    Clique aqui e confira o edital.

    As inscrições das propostas artísticas deverão ser feitas a partir do dia 7 de abril (quinta-feira), indo até 17h59 do dia 30 de abril de 2022 (sábado), exclusivamente por meio da plataforma Prosas (www.prosas.com.br/editais). A publicação do resultado final das propostas classificadas deverá ser divulgada até o próximo dia 3 de junho (sexta-feira). A realização do 30º FIG está prevista para a segunda quinzena de julho de 2022.

    Poderão apresentar propostas pessoas físicas ou jurídicas, de todo território nacional, que comprovem sua atuação na atividade artístico-cultural. Serão aceitas inscrições em atividades nos seguintes segmentos culturais: Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Cultura Popular, Dança, Design e Moda, Fotografia, Gastronomia, Literatura, Música, Patrimônio Cultural e Teatro.

    “A Fundarpe precisou se antecipar para que tudo estivesse pronto para a realização do FIG. Já em fevereiro deste ano, abrimos licitações para contratação de empresa especializada em locação, montagem, manutenção e desmontagem dos palcos, sonorização e iluminação do festival. Esse edital de convocação de propostas é outro passo importante, fundamental para a construção da grade artística do FIG, um evento que completa 30 edições e sempre foi marcado pela alta qualidade das atrações”, destaca Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.

    A expectativa da Secult-PE e Fundarpe é de, mais uma vez, realizar um festival de grande impacto dentro do cenário da produção artística do Estado e que marque o reencontro da população com este importante evento nacional.

    “O FIG é um dos maiores festivais multilinguagens do Brasil e também uma plataforma que conecta artistas e grupos, entre si, e com seu público, promovendo uma circulação que é vital para a cadeia produtiva da cultura em Pernambuco”, comenta Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco.

    “O Festival de Inverno de Garanhuns tem uma história grandiosa e inspiradora para os que produzem arte e para os que a desfrutam. Desse edital de convocação artística sai mais de 80% do que o público vai poder conferir. Temos certeza que vamos fazer mais um evento de muito sucesso de crítica e de público”, opina André Brasileiro, coordenador-geral do FIG 2022.

    Entre as cláusulas do edital de convocação artística, lançado nesta sexta-feira, destaca-se o item que condiciona a realização do evento e consequente contratação de artistas e grupos selecionados aos protocolos que controlam a realização de atividades em espaços públicos, conforme definição das autoridades sanitárias.

    HABILITAÇÃO – As propostas inscritas serão avaliadas em duas etapas. Na primeira, que é a análise preliminar, é verificado o cumprimento de todas as formalidades do edital. Essa etapa consiste na apreciação da documentação anexada ao Formulário de Inscrição de cada segmento artístico-cultural e na verificação do cumprimento de todas as formalidades descritas neste edital e será realizada por equipe técnica composta por servidores e colaboradores vinculados à Fundarpe. O resultado gera propostas habilitadas e inabilitadas (que ainda poderão recorrer da decisão).

    Num segundo momento, será feita análise artístico-cultural, que consiste na avaliação de mérito do conteúdo das propostas habilitadas na análise preliminar. As análises serão feitas por comissões constituídas de profissionais com experiência comprovada em suas áreas de atuação. As propostas serão avaliadas de acordo com critérios e aspectos norteadores previstos no edital, sendo atribuídas notas para cada proposta habilitada.

    A listagem com as propostas classificadas na análise artístico-cultural será disponibilizada no Prosas e no Portal Cultura.PE (www.cultura.pe.gov.br), bem como no Diário Oficial do Estado.

    Clique aqui e confira o edital do 30º Festival de Inverno de Garanhuns.

  • Salões Cores do Interior e Dorian Gray abrem suas portas para as artes plásticas do RN

    Pinturas, esculturas, fotografias, desenhos e instalações. Começa nesta quarta-feira, 29, em Mossoró o maior encontro de artes plásticas do Rio Grande do Norte. O Festival Cores do Interior e VI Salão Dorian Gray abrem suas portas às 17h no Teatro Lauro Monte Filho.

    Mostra diversa e abrangente do que se produz em terras potiguares, os Salões levam ao público obras de 180 artistas de todas as regiões do Estado.  Muitas das obras participantes estarão disponíveis para comercialização diretamente com os artistas que a produziram. Haverá também o lançamento de um catálogo com as obras expostas.

    Destinada a todos, sem cobrança de ingressos, mas obedecendo aos protocolos de prevenção da Covid e higiene adotados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde, a visitação vai até o dia 15 de outubro e ocorre em horários e dias alternados para evitar aglomerações. Às terças e quartas, durante a manhã, as exposições podem ser visitadas das 8h30 às 12h. Já no período da tarde, nas quintas e sextas, o horário é das 15h às 18h.

    Nesta edição, o Festival resgata e homenageia o potiguar Antônio Roseno de Lima. Quase desconhecido no Rio Grande do Norte, o artista plástico e fotógrafo nascido no município de Alexandria (1926 +1998) trabalhou e faleceu em São Paulo, e é tema de estudo e de publicações do Prof. Geraldo Porto, da UNICAMP. Sua obra integra  acervos dos museus de arte bruta na Europa.

    O Festival Cores do Interior é uma iniciativa da Sociedade dos Amigos da Pinacoteca Potiguar (SAPP) e conta com o apoio da Lei Aldir Blanc – Governo Federal, Ministério do Turismo e Secretaria de Cultura, Governo do RN – Fundação José Augusto.

    SERVIÇO

    Festival Cores do Interior e VI Salão Dorian Gray

    De 29 a 15 de outubro no Teatro Lauro Monte Filho – Mossoró

    Visitação:

    Terças e quartas – 8h30 às 12h.

    Quintas e sextas – 15h às 18h.

    Entrada gratuita

  • Projeto Calicot Galeria Virtual – Telas Digitais Potiguares já recebendo inscrições

    A produtora cultural Jussara Santos teve seu projeto Calicot Galeria Virtual – Telas Digitais Potiguares aprovado no edital 04/2020 da Fundação José Augusto/Governo do Estado do RN, ofertando a comunidade artística potiguar, uma galeria virtual em plataforma digital 3D, para exposição das imagens digitalizadas com perspectiva 360 graus.

    A galeria virtual inclui ainda as obras de Jussara Santos, “Arte de Adesivar” e objetiva disponibilizar um espaço onde novos artistas e artistas renomados possam expor suas obras de arte sem nenhum custo financeiro, podendo ainda comercializar seus trabalhos.

    Segundo Jussara, a galeria pretende ainda “ajudar artistas potiguares através da Monitoria Artística, através de um auditório virtual onde serão realizadas sessões online com outros artistas nacionais, além de dar visibilidade aos trabalhos artísticos de forma profissional para o mercado potiguar das artes visuais”.

    Nasce um novo espaço cultural comunitário de artistas potiguares das artes visuais, sendo ele para artistas plásticos, fotógrafos, desenhistas, escultores, entre outros.
    O projeto, vislumbra possíveis ações que facilitem o acesso e estimulem a fruição dos bens artístico-culturais dos artistas visuais do RN que tenham um trabalho de qualidade representativa e experiência, de pelo menos 2 anos na sua área de atuação.
    Para participar o interessado deve acessar o link https://calicotrio.com.br/calicot-galeria-virtual/ e realizar sua inscrição.

    Mais informações sobre Projeto Calicot Galeria Virtual – Telas Digitais Potiguares pelos canais: Instagram e facebook @calicotgaleriavirtual3d

  • Exposição Brincadeira de Menina tem live de lançamento às 10h

    Representatividade importa? É natural a reprodução de conceitos e falas como “meninas brincam de bonecas e meninos de carrinho”?.

    Essas são algumas das questões abordadas na Exposição Virtual – Brincadeira de Menina, da fotógrafa e videomaker Mickaelly Moreira, que terá live de lançamento nesta terça-feira, 29, no instagram @mickaellymoreirabjj, com a participação da professora Luana Paula. 

    A mostra é uma exibição artística online, documental, com registros fotográficos e audiovisuais reunidos a partir de 2019 e que busca levantar uma reflexão acerca do brincar como uma ação puramente lúdica, excluindo os rótulos que a sociedade reservou no que diz respeito a separação de brinquedos, cores e brincadeiras a partir do gênero. 

    A Exposição Virtual – Brincadeira de Menina pode ser vista no site https://www.brincadeirademenina.com/ e tem a curadoria do dramaturgo, músico, diretor musical e ator Romero Oliveira. 

    ​Mickaelly Moreira ingressou profissionalmente na carreira artística no ano de 2017, quando passou a fazer parte do núcleo de atrizes da Cia Escarcéu de teatro. Como fotógrafa, auxiliou na composição fotográfica dos espetáculos dos quais faz parte, bem como realizou exposições públicas de bastidores. Além disso, a artista é também pesquisadora na área do Gênero. Mestra em Serviço Social, o interesse pelas discussões de gênero surgiram em 2010, quando ingressou no Núcleo de Estudos Sobre a Mulher Simone de Beauvoir na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.