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  • Festival URBANOCINE promove ações formativas gratuitas em municípios do RN

    A partir do dia 27 de julho, o Festival URBANOCINE dará início a uma série de ações formativas gratuitas em municípios do Rio Grande do Norte. A primeira fase do projeto incluirá oficinas de pintura e fotografia, além de uma Mostra Cultural e exibição de filmes com entrada franca em Macaíba e Caicó.

    O URBANOCINE se destaca como um projeto que utiliza o cinema como ferramenta para promover a transformação social. Por meio de ações educativas e exibições audiovisuais, o festival busca estimular o debate sobre questões sociais, geográficas e identitárias relacionadas aos diversos territórios abrangidos.

    “O objetivo das atividades do festival URBANOCINE é chamar a atenção dos potiguares para o que está ao seu redor, seja na cidade urbana, na zona rural, ou na zona da mata – em nossos bairros, ruas e comunidades”, afirma Gustavo Guedes, idealizador do projeto. “É uma oportunidade para que todos, nós potiguares, possamos nos expressar”, completa.

    As oficinas de pintura e fotografia têm como propósito proporcionar aos habitantes locais uma atividade lúdica para que possam retratar seus territórios e sua própria visão de si mesmos. A mostra de filmes itinerante passará por seis comunidades no RN: Comunidade indígena do Tapará, Capoeiras, Caicó, Rocas, Mãe Luiza e Cidade da Esperança. O objetivo é que os potiguares se reconheçam melhor através de suas histórias, potencialidades e expressões artísticas.

    Todo o material produzido durante as oficinas será utilizado em uma exposição com temática voltada para identidade, cidadania e meio ambiente, como parte das atividades do Festival URBANOCINE em novembro.

    O Festival URBANOCINE tem realização da Ilha Deserta, com patrocínio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria de Cultura do RN, Fundação José Augusto, Neoenergia Cosern e Instituto Neoenergia. Este projeto é apoiado pela Lei Estadual Câmara Cascudo de incentivo à cultura – Lei Nº 7.799, de 30 de Dezembro de 1999.

    Todas as ações podem ser acompanhadas através do perfil no Instagram  @urbanocine e no site do projeto: https://urbanocine.com.br/

    Veja a programação:

    Oficinas (pintura e fotografia) + mostra cultural + mostra de filmes

    27 e 28/07 – Lagoa do Tapará (Macaíba)

    03 e 04/08 – Capoeiras (Macaíba)

    07, 08, 09/08 – Negros do Rosário (Caicó)

    SERVIÇO
    Ações do Festival URBANOCINE

    Localidades: – Lagoa do Tapará (Macaíba), Capoeiras (Macaíba) e Negros do Rosário (Caicó)

    Dias: 27 e 28/07, 03 e 04/08, 07, 08, 09/08

    Horário: sempre a partir das 9h

    Entrada gratuita. 

  • Exposição ‘Caboclos’ é aberta para visitação gratuita no Sesc Mossoró

    Em mais uma iniciativa do Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (Sesc RN) para promover a cultura potiguar, a exposição fotográfica ‘Caboclos’ chega até Mossoró. O trabalho fica instalado na unidade do Sesc na cidade e ficará disponível para visitação de segunda a sexta, a partir do dia 15 de julho, no horário das 08h às 17h, até 16 de agosto.

    A mostra é composta por 35 fotografias e é fruto do Projeto Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural. Os paraibanos Kécia Andrade e Diógenes Mendonça buscaram apresentar um registro fotográfico e poético do grupo Caboclos, natural de Major Sales/RN. O objetivo é sensibilizar o público em relação a essa manifestação cultural única, que oscila entre o medo e a admiração fantástica, bem como fomentar e valorizar as manifestações da cultura popular do nosso estado.

    Já o projeto Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural tem como objetivo salvaguardar memórias e patrimônios culturais por meio de pesquisa e difusão dos conhecimentos.

    Além da exposição, na unidade também acontecerão sessões de cinema do filme “Uma Pisada Diferente, na Trilha dos Caboclos do Mestre Bebé”, de Carito Cavalcanti e Fernando Suassuna, produzido pelo mesmo projeto.

    Neste ano, a exposição ‘Caboclos’ ainda está prevista para passar por Caicó, São Paulo do Potengi e Nova Cruz.

    Serviço:

    O que? Exposição ‘Caboclos’ é aberta para visitação gratuita no Sesc Mossoró

    Quando? De 15 de julho a 16 de agosto de 2024

    Onde? Sesc Mossoró (R. Dr. João Marcelino, 4000 – Abolição, Mossoró/RN)

    Horário de visitação? 08h às 17h, de segunda a sexta-feira

    Agendamento de Escolas: (84) 3312-9811

    Valor: Gratuito

  • Primeira exposição da Pinacoteca da Ufersa terá obras do acervo de Isaura Rosado e curadoria de Manoel Onofre Neto

    Amante das artes, o procurador de justiça Manoel Onofre Neto, será o curador da primeira exposição da Pinacoteca e Memorial da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), prevista para inaugurar até o final de julho. A nova unidade de arte e cultura já conta com 1.300, do acervo pessoal da professora, Isaura Amélia, repassadas por meio de comodato para a Pinacoteca da Universidade. A coleção retrata as artes plásticas do RN e do Brasil, contendo artistas regionais e nacionais, com variadas técnicas como: tinta óleo, aquarela, tapeçaria e escultura.

    O procurador Manoel Onofre foi um dos participantes da Oficina de Restauração promovida pela Pinacoteca neste fim de semana na Ufersa. “Estamos criando uma mentalidade de conservação e restauro de obras de arte, a Pinacoteca vem na frente dessa ideia, trazendo esse curso que representa, sobretudo, um grande mutirão porque vieram mais de mil obras e a gente precisa fazer um trabalho de limpeza, de higienização e de seleção do que será exposto”, afirmou a professora Isaura Amélia.

    Para o curador da exposição, Manoel Onofre, a Pinacoteca da Ufersa é de grande importância por representar um conjunto de obras, sendo referências da arte não apenas para Mossoró, mas para o Rio Grande do Norte. “Vejo como de uma importância impar, principalmente. pela qualidade das obras, pelo acervo que a pinacoteca vai expor”, considerou.

    Ainda segundo Manoel Onofre o espaço apresenta “os melhores e maiores artistas do Estado, com destaque especial para Mossoró, trazendo a memória, o registro da cultura de maneira bastante importante que vai oportunizar que o cidadão norte-rio-grandense e do Brasil tenha acesso de maneira organizada, estruturada e num projeto bastante interessante”.

    A curadoria dessa primeira exposição foi definida por Onofre como uma experiência desafiadora.  “É desafiador, principalmente por possuir obras muito boas, de Dorian Gray, por exemplo, temos cerca de 30 obras e, dessas obras o curador vai ter que debruçar e, sugerir o que de fato marca fortemente o artista, o que traz de fato a expressão maior do artista.  É desafiador por causa dessas possibilidades de escolha e uma escolha sempre indica que alguma coisa ficou de fora”, pontuou. É importante registrar que a reserva técnica existe concretamente e vai haver uma rotatividade num determinado momento, de uma forma ou de outra, toda a coleção seja percebida e apreciada pelo cidadão.

    As obras representam toda a produção artística do RN, desde os primeiros artistas, como Moura Rabelo, que são raridades, até os contemporâneos, passando pelos populares. “A Pinacoteca da Ufersa é verdadeiramente a coleção mais representativa de arte do RN”, considerou Manoel Onofre.

    A reitora da Ufersa, professora Ludimilla Oliveira, aguarda a organização da exposição para anunciar a abertura da Pinacoteca que deve acontecer até o final desse mês de julho. “Representa trazer para a universidade a alma da arte que nada mais é o despertar do olhar humano para o que está além do quadro. A Universidades, as pessoas precisam da arte, viver e entender a arte. Estamos felizes e vendo que tudo vem prosperando para que essa realidade seja tão logo inaugurada”, afirmou a reitora Ludimilla Oliveira.

    “A Pinacoteca está sendo instalada no Prédio Central irá comportar não só o espaço das exposições, que está em processo de revitalização, mas também salas com acervos, conservação e restauro, além de espaços voltados para multimídia, assim como espaços destinados para a universidade”, afirmou a professora, Tamms Morais, pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura (PROEC), diretora da Pinacoteca.

  • Jornalista Muriu Mesquita lança livro de memórias, histórias como repórter de TV e escritos do avô poeta

    O jornalista potiguar Muriu Mesquita, que vive desde 2017 em Los Angeles, na Califórnia, lança no próximo dia 04 de Julho, em Natal, o livro “Mirante do Alagamar”. O evento acontecerá no Temis Clube Bar, na sede social do América, na Avenida Rodrigues Alves, Tirol. A programação terá música ao vivo, com o cantor e multi-instrumentista Diogo Das Virgens, a partir das 18 horas, e uma mostra de trabalhos do artista plástico Túlio Ratto. Toda a renda da venda do livro será destinada à Comunidade Terapêutica Nova Aliança, que desenvolve há 20 anos, em Pium (RN), atividades de apoio a pessoas que lutam contra o vício e a dependência química.

    “Mirante do Alagamar” é o primeiro livro do jornalista Muriu Mesquita, que nasceu em Pium. A obra reúne memórias da infância do autor no bairro Ponta Negra dos anos 90, histórias de seu trabalho como repórter de TV no Rio Grande do Norte, crônicas reflexivas, e um encontro subjetivo em homenagem ao seu avô, o poeta, jornalista e escritor potiguar Luís de Paula e Sousa (em memória).

    A capa do livro traz uma pintura de Ponta Negra com a praia de Alagamar retratada em vista aérea pelos pinceis do artista plástico Túlio Ratto. O prefácio é assinado pelo advogado e professor Joanilson de Paula Rêgo. A edição dos textos é do jornalista Osair Vasconcelos, responsável pela Z Editora, e o projeto gráfico de Vitor Marinho.

    “Mirante do Alagamar” tem 214 páginas com histórias leves e temas diversos, ambientadas em lugares diferentes, como Natal, praias de Caraúbas, Pititinga, Cotovelo e Pipa, Olinda, Manaus, São Paulo, Hollywood, Veneza, Saint-Tropez e Paris. Os personagens dos escritos de Muriu e do avô, Paula e Sousa, são reais, e vão desde gente simples e quase anônima, como porteiros e vendedores ambulantes na praia, aos amigos de infância, parceiros de mesa de bar, crianças brincando à beira mar e bichos de estimação, como o cão Zeus e o gato Gudinho. O livro também inclui registros de interações jornalísticas de Muriu com personalidades, como a estrela da MPB, Elza Soares, o jornalista Ricardo Boechat, e o ex-jogador da seleção brasileira de futebol, Marinho Chagas.

    Sem pretensões ou amarras aos formatos e gêneros literários tradicionais, Muriu Mesquita revela o jornalista acostumado a observar e relatar os acontecimentos ao seu redor, durante a pouco mais de uma década em que atuou nas emissoras de TV afiliadas da Band e Globo no RN. O jornalista, cujo nome de batismo é uma homenagem à praia de Muriú, no litoral Norte potiguar, começou a escrever este livro em um período de transição pessoal e profissional, durante a pandemia do COVID-19. Para descrever percepções sobre a vida, refletir e resgatar memórias, Muriu observou o mundo a partir de um mirante imaginário, no alto de uma das dunas entre a isolada Praia de Alagamar e o Morro do Careca, em Ponta Negra. Uma das propostas dos escritos de Muriu é manter viva a esperança na humanidade: “Enquanto houver pessoas interessadas em livros, poesia, artes e preservação ambiental, nosso futuro comum tem potencial sustentável e promissor”, acredita o jornalista. “Decidi escrever e publicar histórias de amor, de amizade, exemplos de superação e reflexões para estimular, no coração das pessoas, atitudes e sentimentos positivos”, explica o jornalista.

    Sobre o autor:

    O jornalista Muriu Mesquita é potiguar, nascido em Pium, no ano de 1982. Trabalhou por 15 anos como repórter, editor-chefe e apresentador nas afiliadas das emissoras de TV Band e Globo no RN. É formado em Comunicação Social pela UFRN e fez Pós-Graduação/Especialização em Ética pela UFRN. Em 2017, Muriu mudou-se para os Estados Unidos. Lá, concluiu Mestrado em Ciências da Educação pela Florida Christian University e tornou-se enfermeiro. Desde 2023, Muriu é professor de enfermagem na cidade de Santa Mônica, California.

  • Pesquisadores negros defendem legado antirracista de Machado de Assis

    “Machado de Assis me ensinou como ser um homem negro”. A frase é do escritor e professor Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti de 2021 com o livro O Avesso da Pele. Dentre os muitos significados que “negro” pode ter, o intelectual contemporâneo recusou os que remetem a lugares de inferioridade. É de se esperar, portanto, que tenha como referência aquele que é considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos.

    Machado de Assis nasceu há exatos 185 anos. Vida e obra sempre geraram debates dos mais variados, o que prova a complexidade de ambas. Há pelo menos uma década, ganharam proeminência a afirmação de uma identidade negra e a identificação de um tipo menos óbvio de engajamento antirracista. Para pesquisadores negros, é fundamental manter o debate em destaque, por evidenciar questões que ainda têm força no presente.

    Rio de Janeiro, 18/03/2024, Trilha de Letras exibe entrevista inédita com Jeferson Tenório, autor de 'O Avesso da Pele'. Foto: TV Brasil/Divulgação
    Jeferson Tenório, autor de O Avesso da Pele. Foto: TV Brasil/Divulgação – TV Brasil/Divulgação

    “Causa espanto que em 2024 a gente ainda tenha que provar que ele era um escritor negro”, afirmou Jeferson Tenório, durante participação no seminário Machado de Assis e a questão racial” promovido pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

    Até o momento, não se conhece documento escrito pelo próprio Machado em que assuma uma determinada identidade racial. Que ele tenha sido negro é uma premissa dos pesquisadores a partir de, pelo menos, quatro questões: ascendência, fotografias, depoimentos de terceiros e contexto sociopolítico.

    A mãe era uma mulher branca, portuguesa. O pai, descendente de escravos alforriados. Imagens dele em idade mais avançada, apesar de serem em preto e branco, mostrariam traços e tons mais próximos de uma pele negra. E relatos contemporâneos reforçariam essa característica.

    Ana Flávia Magalhães Pinto, historiadora e diretora do Arquivo Nacional, considera como mais emblemático uma carta enviada para Machado em 1871 pelo escritor Antônio Cândido Gonçalves Crespo. O autor escreve: “A Vossa Excelência já eu conhecia de nome há bastante tempo. De nome e por uma secreta simpatia que para si me levou quando me disseram que era de cor como eu”. Não se sabe se Machado teria respondido a essa questão. Nenhuma carta dele para Crespo foi encontrada.

    Para a historiadora, também se destaca a maneira como Machado apoiava frequentemente outros homens negros ou “de cor”, como era mais comum chamar à época os que não eram brancos. O que ela avalia como uma “rede antirracista”.

    “Machado de Assis, ao longo de sua trajetória, fez-se um grande apoiador de outros homens de cor como ele. Uma forma de desqualificar a postura de Machado em relação à ascendência africana, é justamente dizer que ele teria se afastado de suas origens, que não teria se envolvido com os debates acerca dos destinos dos africanos e descendentes no Brasil”, disse a historiadora em seminário na ABL. “Encontrei José do Patrocínio em seus textos agradecendo a participação de Machado de Assis pelas lutas abolicionistas”.

    Ana Flávia diz ser um mito que Machado de Assis quis se passar por branco e não se interessou pelos sentidos da liberdade e do racismo, temas que mobilizaram a sociedade à época. A forma como demonstraria esse engajamento, no entanto, não seria a mesma adota por outros nomes que ganharam protagonismo na luta, como o advogado Luís Gama. Haveria diferentes maneiras de viver a identidade negra e de defender causas abolicionistas e antirracistas.

    “Entre aparentes polos opostos, um de discrição e outro de uma desenvoltura pública desconcertante muitas vezes, nós temos uma infinidade de outras possibilidades que fazem com que tenhamos de pensar como que, num país, com uma ampla presença de gente negra na liberdade, essas vidas se fizeram possíveis”, disse a historiadora. “Não era preciso esbravejar um orgulho pela origem africana, relembrar parentes presos à escravidão ou ostentar uma pele em tom de azeviche para ser obrigado a lidar com os constrangimentos gerados a partir da raça.”

    Paulo Dutra é professor de literatura e pesquisador de questões raciais na obra de Machado de Assis. Ele endossa a argumentação da historiadora, no sentido de que a luta do escritor no século 19 se dava de outra maneira, nas entrelinhas.

    “Cada um usa a sua luta da forma como pode. Nem todas as pessoas vão ter essa iniciativa de ir para uma luta mais aberta. A ele tem que ser dado esse direito de não ter podido falar abertamente como outros falaram por várias razões. A culpa dele ter sido branqueado não é dele. É da sociedade brasileira, que ainda almeja um ideal europeu e branco de civilização”, disse o professor.

    Jeferson Tenório reforça que Machado de Assis mostra como pensar a literatura a partir de um “devir negro”. A expressão, segundo Tenório, parte de duas ideias. Primeiro, a recusa em aceitar os significados de “negro” impostos por um pensamento colonial. Segundo, a aceitação de ser “negro”, mas sob sentidos por aqueles que foram vítimas da racialização. Para Tenório, é na estratégia discreta de apontar as origens racistas de uma sociedade injusta que Machado atua.

    “Pensar o devir negro na literatura significa não esquecer de onde viemos. Não esquecer que a nossa fundação enquanto país se constituiu a partir do sequestro de corpos negros, da aniquilação de povos originários e do roubo de riquezas naturais. Assim, podemos pensar que Machado de Assis nos aponta uma literatura altamente sofisticada e que analisa com precisão as sutilezas da sociedade brasileira. A obra de Machado é uma recusa categoria do que se espera de um homem negro sob a égide da colonização”, disse Tenório.

    Nesse sentido, recuperar Machado a partir de identidades e lutas afrodescendentes têm impactos diretos nos processos de autoafirmação da população negra.

    “Há pessoas que desejam ser escritoras ao ver que o nosso maior escritor era uma pessoa afrodescendente. Isso produz um impacto social”, analisa Paulo Dutra. “Eu estive em uma comunidade do Rio de Janeiro, a convite de uma biblioteca, e Machado de Assis está grafitado nos muros. Essa recuperação da imagem de afrodescendente está levando Machado para um público menos elitizado. Machado saiu do povão e está voltando para o povão”.

    Da Agência Brasil

  • Centro Cultural Casa de Taipa, em Sagi, anuncia atrações do Arraial Multicultural 

    O Centro Cultural Casa de Taipa, localizado em Sagi, promove uma programação com muito forró, fogueira, quadrilha,arte urbana e exposições na 10ª Edição do Arraial Multicultural no dia 29 de junho, com entrada gratuita. Entre as atrações confirmadas estão: Caburé (PB),  Priscila Matos (RN) e Selminha e Elton Lins (RN). 

    Idealizado pelo jornalista e publicitário Carlos Rubens Alves de Araújo, o Arraial Multicultural tem como objetivo principal promover e valorizar a rica cultura popular nordestina. O evento busca preservar e difundir as tradições juninas, ao mesmo tempo em que abre espaço para a criatividade e inovação. Além disso, o arraial exerce um impacto positivo na economia local, oferecendo oportunidades para produtores e vendedores de gastronomia típica junina, contribuindo para a movimentação econômica da comunidade.

    “O projeto visa reafirmar a paixão pela rica cultura popular nordestina que temos vivenciado ao longo da última década. Em dez horas de festa, vamos celebrar São Pedro e renovar nosso amor pelo Nordeste, com a apresentação de um trio de forró pé de serra, a tradicional dança de quadrilha junina e a culinária à base de milho. A cultura popular será enaltecida também através do resgate de brincadeiras que marcaram a história das festas juninas, como o pau de sebo e o quebra-pote”, declara Carlos Rubens.

    Uma das novidades desta edição é a exposição “Uma Década de Puro Nordeste”, montada em uma área coberta especialmente construída para o evento. A exposição celebra os 10 anos de história do Centro Cultural Casa de Taipa, relembrando momentos marcantes e contribuindo para a valorização da cultura nordestina.

    A programação do Arraial Multicultural inclui uma intervenção de grafite com o artista Martim Onirismo. Martim atua como multiartista, e no evento,prestará duas homenagens: uma ao Chorinho, Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, e outra a Ziraldo, cartunista, chargista e jornalista brasileiro que faleceu em abril.

    Outra atração é a cantora, pianista e compositora Priscila Matos. Potiguar de coração, Priscila promete emocionar a todos com uma linda homenagem a Pixinguinha, um dos maiores representantes do choro brasileiro.

    Selminha e Elton Lins também integram a programação do Arraial trazendo o melhor do forró pé de serra. A banda Caburé, da Paraíba, por sua vez traz muitos  timbres pops e uma mistura de guitarradas africanas com ritmos tropicais do Norte e Nordeste brasileiro. A DJ Euterpe, natural de Baía Formosa,  também estará presente, garantindo a animação do público com um epertório de músicas regionais remixadas.

    Com essa rica e diversificada programação, a 10ª Edição do Arraial Multicultural promete ser um evento imperdível para quem deseja vivenciar e celebrar a cultura nordestina em toda sua plenitude.

    Este projeto recebeu apoio através do Edital de Seleção de Projetos Multiculturais da Lei Paulo Gustavo do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, com recursos do Governo Federal, na categoria Movimentos Juninos, na edição de 2023. Mais informações no perfil do Instagram @centroculturalcasade.
     

    Sobre o Centro Cultural Casa de Taipa 


    Desde 2015, o Centro Cultural Casa de Taipa tem sido uma referência e um bastião de resistência no litoral Sul potiguar, fomentando as artes e promovendo eventos culturais ao longo do ano. Sua agenda anual é repleta de atividades diversas, como o Desfile do Bloco da Cobra do Cabeludo, o Arraial Multicultural e o Forró do Candieiro, além do Cine Casa de Taipa, que proporciona exibições cinematográficas para a comunidade local. Essas iniciativas não só enriquecem a vida cultural da região, mas também fortalecem sua identidade e tradições.

    SERVIÇO 

    10ª Edição do Arraial Multicultural 

    Local: Centro Cultural Casa de Taipa – Rua Antonia Maria da Concei o, SN – Sagi – Baia Formosa/RN

    Dia 29 de junho a partir das 19h 

    Entrada gratuita. 

  • Potiguar de Parnamirim vence categoria principal do Concurso de Piano Professora Edna Bassetti Habith

    A etapa final de um dos concursos de piano mais tradicionais do país conheceu seus vencedores no último final de semana em Curitiba. A competição reuniu 39 jovens pianistas de doze estados brasileiros. O processo de seleção da 14ª edição do Concurso de Piano Professora Edna Bassetti Habith contou com a participação de mais de sessenta estudantes do Brasil e de países da América Latina. Sob a avaliação dos jurados Roberto Domingos, Danieli Longo e Jeferson Ulbrich, candidatos divididos nas categorias 07 a 10 anos, 11 a 14 anos, 15 a 18 anos e 19 a 27 anos se apresentaram na Capela Santa Maria.

    Na categoria principal, de 19 a 27 anos, o vencedor foi Mateus Naamã Bezerra Duarte, 19 anos. Em sua audição, o potiguar de Parnamirim tocou obras de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Frédéric Chopin e do compositor brasileiro, homenageado nesta edição, Edino Krieger. Além do prêmio em dinheiro no valor de R$4 mil, Mateus Naamã Bezerra Duarte ganhou uma bolsa de estudos na Universidade de Música de Karlsruhe, na Alemanha.

    Na categoria 07 a 10 o vencedor foi Bento Camelo Lima Barros, de Maceió (AL), na faixa de 11 a 14 anos o primeiro lugar ficou com o curitibano Inácio Wildt e Patrícia Naomi Prestes Yamazaki, de Porto Velho (RO) venceu a categoria de 15 a 18 anos. Confira abaixo a relação completa dos premiados na 14ª edição do Concurso de Piano Professora Edna Bassetti Habith.

    Sobre Edna Bassetti Habith (1948-2002) – Foi professora de piano e órgão, durante 28 anos, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), dedicando seu talento à missão de ensinar. Natural de Curitiba, era filha do casal Waldemiro-Almelinda Bassetti. Estudou no Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Cajuru) onde concluiu o curso de Normalista em 1967. Em paralelo, recebeu as primeiras lições de piano com a Professora Glacy Gotardello e ingressou no curso fundamental da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (1959), concluindo o mesmo como aluna da classe da professora Ingrid Seraphim. 

    Realização, apoios e patrocínio – Com apoio do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC),  Habith-se, escolas de música Duettom e Paideia, Embap, Unespar e Hotéis Mabu, o concurso é uma realização da Unicultura e Trento Edições. O projeto foi viabilizado pelo Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba com patrocínio da Unimed Curitiba, Instituto Unimed Curitiba, Unimed Laboratório, Timber e Rodoparana.

    Pianistas premiados na 14ª edição do Concurso de Piano Professora Edna Bassetti Habith

    Categoria 7 a 10 anos

    1° lugar: Bento Camelo Lima Barros

    2° lugar: Joaquim Eleoterio Buschinelli

    3° lugar: Gustavo G. D. Zamboni

    Menção Honrosa: Gustavo Moniz Gerniski Madruga

    Melhor intérprete de obra de Compositor Homenageado, Edino Krieger: Bento Camelo Lima Barros

    Categoria 11 a 14 anos

    1° lugar: Inácio Wildt

    2° lugar: Gabriel de Faria Beck

    3° lugar: Mateus Schlickmann Philippi

    Menção Honrosa: Lucas Dias Canha

    Prêmio Revelação: Gabriel Motta Dabrowa Kostecki Nunes

    Melhor intérprete de obra de Compositor Homenageado, Edino Krieger: Inácio Wildt

    Prêmio Leilah Paiva – Melhor intérprete de música brasileira: Gabriel de Faria Beck

    Categoria 15 a 18 anos

    1° lugar: Patrícia Naomi Prestes Yamazaki

    2° lugar: Paulo Arnaldo Colturato Duarte

    3° lugar: Arthur Dante

    Menção Honrosa: Mauricio Sebastián Otárola Tasaico Adrianzén

    Prêmio Revelação: Gregório Espíndola da Silva

    Prêmio Leilah Paiva – Melhor intérprete de música brasileira: Lorenzo Rambo dos Santos

    Melhor intérprete de Bach: Théo Siqueira de Proença Singh

    Melhor intérprete de obra de Compositor Homenageado, Edino Krieger: Patrícia Naomi Prestes Yamazaki

    Categoria 19 a 27 anos

    1° lugar: Mateus Naamã Bezerra Duarte

    2° lugar: Mateus Restani Furtado

    3° lugar: Giovanna Beatriz Sanches Costa

    Menção Honrosa: Daniel Fernandes Carvalho Rocha e Diogo Nunes Ferreira

    Prêmio Leilah Paiva – Melhor intérprete de música brasileira: Jennifer Alexandra Gomes Rodrigues Pereira

    Melhor intérprete de obra de Compositor Homenageado, Edino Krieger: Mateus Naamã Bezerra Duarte

    Melhor intérprete de Sonata Clássica: Mateus Naamã Bezerra Duarte

  • Sesc RN anuncia editais de fomento à cultura com investimento de mais de R$ 500 mil

    O Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (Sesc RN), entidade do Sistema Fecomércio, anunciou nessa sexta-feira, 7, o total de R$ 526 mil em editais de fomento à cultura. Quatro editais foram lançados, estando dois deles já com inscrições abertas e os outros dois disponíveis até o final do mês.

    As oportunidades são para as áreas de Fomento Audiovisual, Intervenção Urbana (Arte Grafite) e Galeria Sesc (Artes Visuais e Mediação). Para se inscrever nos editais, os interessados devem atender aos requisitos específicos do edital desejado, além de possuírem CNPJ de natureza artística ou cultural, com endereço de domicílio da empresa no Rio Grande do Norte e serem maiores de 18 anos. No caso dos mediadores, é possível se inscrever como pessoa física.

    O presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Fernandes de Queiroz, explicou o motivo da instituição investir cada vez mais no setor cultural e celebrou a participação. “Quando um grupo se apresenta aqui, não é só um grupo de pessoas, é toda uma cadeia que é movida, são muitas pessoas que vêm e movimentam a economia local. Cultura gera emprego e gera renda. Ficamos orgulhosos de estar anunciando todos esses investimentos, por meio do Sesc e do Sistema Fecomércio, estamos democratizando o acesso à cultura”, afirma.

    O anúncio foi feito em evento para convidados com a presença do dramaturgo reconhecido internacionalmente, Amir Haddad, que está em Natal a convite do Sesc, onde participará do Palco Giratório. O projeto nacional do Sesc consiste em uma grande rede de intercâmbio e difusão das artes cênicas, em que espetáculos são levados em circuito para serem apresentados em vários estados diferentes.

    O dramaturgo Amir Haddad participa da edição 2024 rodando por todo o Brasil com o seu espetáculo Zaratustra. Ele comemora a atuação do Sesc e a oportunidade de participar do projeto. “Eu sei que com o Sesc, nós sempre podemos contar. É uma instituição que tem uma política forte de cultura e que usa bem os recursos que tem”, celebra.

    A programação do Palco Giratório no Rio Grande do Norte inicia nesta sexta-feira, 7, com o Pensamento Giratório e a apresentação do espetáculo “Zaratustra”, do grupo Tá na Rua (RJ), no sábado, 08. A obra será apresentada no Teatro Alberto Maranhão a partir das 19h. As senhas disponibilizadas previamente já estão esgotadas, mas um lote novo será aberto às 18h do sábado na bilheteria do teatro. A entrada é mediante doação de 1 kg de alimento não perecível, que será enviado ao Sesc Mesa Brasil.

    Tanto os editais culturais como a programação completa do Palco Giratório no RN estão disponíveis no site sescrn.com.br.

    Serviço:

    O que: Sesc RN anuncia editais de fomento à cultura com investimento de mais de R$ 500 mil

    Período de inscrições:

    Fomento Audiovisual 07/06 a 31/07

    Artes Visuais 07/06 a 08/07

    Mediação 14/06 a 08/07

    Intervenção Urbana 21/06 a 21/07

    Saiba mais: sescrn.com.br.

  • Sesc RN leva exposição Caboclos para o Solar Ferreiro Torto em Macaíba

    O Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Norte (Sesc RN), entidade do Sistema Fecomércio, trouxe para Macaíba, na Grande Natal, a exposição “Caboclos”, pelo Projeto Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural. A mostra fotográfica está exposta e pode ser visitada gratuitamente, das 07h às 17h, no Solar Ferreiro Torto, até 21 de junho de 2024.

    A exposição é de autoria dos paraibanos Kécia Andrade e Diógenes Mendonça, e conta com 35 fotografias. Eles buscaram apresentar um registro fotográfico e poético do grupo Caboclos, natural de Major Sales/RN. O objetivo é sensibilizar o público em relação a essa manifestação cultural única, que oscila entre o medo e a admiração fantástica.

    Já o projeto Sesc Territórios de Memória e Patrimônio Cultural tem como objetivo salvaguardar memórias e patrimônios culturais por meio de pesquisa e difusão dos conhecimentos. A exposição já aconteceu em Natal/RN, no Sesc Rio Branco, e em Major Sales/RN.

    Serviço:

    O que? Sesc RN leva exposição Caboclos para o Solar Ferreiro Torto em Macaíba

    Quando? Até 21 de junho de 2024

    Onde? Solar Ferreiro Torto, em Macaíba/RN

    Horário de visitação? 07h às 17h

    Valor: Gratuito

  • Fotógrafa macauense lança documentário sobre a feira do município

    No dia 25 de maio (sábado), vem ao público o documentário Sábado é dia de Feira, dirigido por Laíne Paiva. A estreia ocorre no Centro de Cultura Porto de Ama. Com um pocket show do músico Zelitto Coringa, que assina a trilha original do documentário. O projeto narra a histórias de vida dos comerciantes do Mercado Público de Macau-RN. Retratando a luta cotidiana dessas pessoas e suas histórias inspiradoras, que nos conectam com a essência da vida e a diversidade cultural que habita aquele espaço da cidade.

    Laíne, que além de dirigir fez o roteiro e produção do filme explica que já tinha realizado um projeto fotográfico com o mesmo nome, onde fotografava os feirantes macauenses, mas devido às normas sanitárias da Covid-19 o projeto acabou se transformando em uma exposição online, e que muitos destes comerciantes já idosos não tiveram acesso: “Alguns destes feirantes, que conheço desde criança faleceram nestes últimos anos e quando tive a oportunidade de participar de uma chamada pública para realizar um projeto audiovisual não pensei duas vezes, para dar continuidade e desta vez facilitar a ida para estas pessoas ao teatro para se verem através do documentário. Acho que é uma forma de homenagear estas pessoas que, através dos seus próprios relatos, contam também a história de Macau.”

    O projeto também terá sua estreia online no YouTube e pré-estreia nas escolas municipais Padre João Penha Filho e Edinor Avelino. Além disso, um bate-papo com os alunos dessas escolas para enfatizar a importância do mercado e das pessoas que fazem parte desta história. 

    O projeto Sábado é Dia de Feira foi viabilizado através do Edital n° 005/2023 PMM/SEMEC Edital de Apoio ao Audiovisual, através dos recursos federais da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Prefeitura de Macau.

    Serviço:

    Estreia do documentário “Sábado é dia de Feira” sábado, 25 de maio, às 19h, no Centro Cultural Porto de Ama – Entrada gratuita.