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  • Funarte relança vídeos do Projeto Pixinguinha com acessibilidade

    A Fundação Nacional de Artes (Funarte) promove hoje (10) o relançamento gratuito, e com recursos de acessibilidade, de documentários do Projeto Pixinguinha, em seu canal no YouTube.

    Publicados com recursos de acessibilidade – Libras, closed caption (legenda oculta) e audiodescrição -, os vídeos documentam a trajetória do programa que celebrou a memória do músico Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, e que circulou pelo Brasil em diferentes fases, de 1977 a 2017.

    O relançamento ocorre no mês em que se completam 49 anos da morte de Pixinguinha, aos 75 anos de idade, no dia 17 de fevereiro de 1973. O músico faria 125 anos em 4 de maio deste ano. No conjunto de vídeos, o público poderá conferir também, gratuitamente, filme em comemoração aos 120 anos do compositor, divulgado em 2017, com depoimentos dos letristas Hermínio Bello de Carvalho e Paulo César Pinheiro, do fotógrafo Walter Firmo e do arranjador Paulo Aragão, informou a Funarte.

    A publicação dos vídeos do Projeto Pixinguinha é uma das ações da Funarte de divulgação do material que compõe o Brasil Memória das Artes (BMA) no Youtube. O projeto de digitalização do acervo para acesso virtual começou no início dos anos 2000, com itens variados da coleção da Funarte, como fotografias, arquivos sonoros, textos e documentos, que fazem parte da memória das artes cênicas, das artes plásticas e da música brasileira. Paulo César Soares destacou a importância do Projeto Pixinguinha pela “robustez de gêneros musicais e de músicos participantes”.

    Projeto 

    Em 1977, o produtor, animador cultural, poeta e pesquisador musical Hermínio Bello de Carvalho idealizou o Projeto Pixinguinha. A iniciativa, da Funarte, tornou-se importante capítulo da trajetória da música popular brasileira. O projeto previa a circulação de intérpretes, músicos e toda a equipe técnica pelo país. A ação funcionou regularmente de 1977 a 1989 e teve dois períodos de suspensão, de 1990 a 1992 e de 1997 a 2002.

    A retomada ocorreu entre 2004 e 2007, com as duas últimas versões em 2009 e em 2017. Cantores e compositores famosos passaram pelo projeto, entre eles Cartola, Alceu Valença, Ademilde Fonseca, Edu Lobo, Clementina de Jesus e João Bosco.

    Um dos vídeos disponibilizados agora no YouTube com recursos de acessibilidade é a primeira audição do Projeto Pixinguinha, na qual gravações raras de 1977 funcionam como ponto de partida para uma conversa entre especialistas. O vídeo Projeto Pixinguinha: segunda parte da audição comentada mostra, também com a participação de especialistas, as atuações de Jards Macalé, Carmem Costa, Lúcio Alves e Cartola.

    Agência Brasil

  • Abandono da história e do turismo natalense

    Casarão neoclássico na Ribeira

    O bairro histórico da Ribeira está abandonada e decadente. Os principais equipamentos históricos-turísticos estão fechados ou sem acesso ao púbico como o Teatro Alberto Maranhão, o Museu de Cultura Popular que funcionava dentro do prédio da antiga rodoviária, a antiga Faculdade de Direito, a Praça Augusto Severo, a Rua Chile… todos esquecidos pelos governantes, que desprezam a importância da vivência histórica para o turista que vem à Natal e descobre que só tem a emoção nas dunas.

    Desde outubro, o prédio da antiga Faculdade de Direito foi ocupado por um movimento social chamado MLB (Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas), com mais de 60 famílias. Interditado desde 2015, o centenário prédio do Teatro Alberto Maranhão está em uma interminável “restauração”. O Largo Augusto Severo está também fechado, que deveria servir para o lazer dos natalenses e turistas.

    Um dos únicos prédios históricos em funcionamento é a antiga sede da Escola Doméstica de Natal, criada em setembro de 1914. De acordo com a arquiteta Jeanne Nesi, o casarão tem estilo arquitetônico neoclássico, uma fachada de composição simétrica, com portada central em arco pleno, enquadrada por colunas e ladeada por janelas em arco abatidos, a platibanda desenhada arremata toda a cobertura e é valorizada, na parte central da fachada principal, por um frontão coroado por dois pináculos.

    Segundo o historiador, Luciano Capistrano, se faz necessário um olhar mais cuidadoso por parte da gestão pública, pois além de ser um Centro de Saúde Pública Estadual, o prédio está necessitando de reparos. “O prédio é uma edificação com muita história. Foi o sonho do educador Henrique Castriciano que se transformou em realidade”, disse o historiador Luciano Capistrano, ressaltando que no prédio funciona uma unidade de saúde da Prefeitura.

    Para a professora e fotógrafa Verônica Torres, a cidade perdeu seu “corredor cultural” onde os jovens estudantes tinham referência quando visitavam os prédios históricos da cidade, vivenciando toda sua importância para a identidade natalense. De acordo com a professora, com os pontos históricos fechados ou sem acesso aos natalenses e visitantes, a cidade fica com um aspecto de abandono. “É uma pena a falta de sensibilidade de alguns políticos”, disse, ressaltando que o turismo é a principal indústria do Rio Grande do Norte.

    Aos olhos de um atento visitante, o atual prefeito de Natal, nascido em Caicó, parece que não tem apreço pela cidade, tamanho é a falta de esmero com Cidade dos Reis Magos. Basta o turista fazer um “city tour” pelo centro histórico que vai perceber a maioria dos equipamentos históricos fechados ou sem acesso. A praça Padre João Maria, local de fé e devoção dos natalenses, ficou fechada por mais de seis meses e entregue à população às pressas, faltando bancos e iluminação, além da ausência de acessibilidade à cadeirantes.

  • Exposição Brincadeira de Menina tem live de lançamento às 10h

    Representatividade importa? É natural a reprodução de conceitos e falas como “meninas brincam de bonecas e meninos de carrinho”?.

    Essas são algumas das questões abordadas na Exposição Virtual – Brincadeira de Menina, da fotógrafa e videomaker Mickaelly Moreira, que terá live de lançamento nesta terça-feira, 29, no instagram @mickaellymoreirabjj, com a participação da professora Luana Paula. 

    A mostra é uma exibição artística online, documental, com registros fotográficos e audiovisuais reunidos a partir de 2019 e que busca levantar uma reflexão acerca do brincar como uma ação puramente lúdica, excluindo os rótulos que a sociedade reservou no que diz respeito a separação de brinquedos, cores e brincadeiras a partir do gênero. 

    A Exposição Virtual – Brincadeira de Menina pode ser vista no site https://www.brincadeirademenina.com/ e tem a curadoria do dramaturgo, músico, diretor musical e ator Romero Oliveira. 

    ​Mickaelly Moreira ingressou profissionalmente na carreira artística no ano de 2017, quando passou a fazer parte do núcleo de atrizes da Cia Escarcéu de teatro. Como fotógrafa, auxiliou na composição fotográfica dos espetáculos dos quais faz parte, bem como realizou exposições públicas de bastidores. Além disso, a artista é também pesquisadora na área do Gênero. Mestra em Serviço Social, o interesse pelas discussões de gênero surgiram em 2010, quando ingressou no Núcleo de Estudos Sobre a Mulher Simone de Beauvoir na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.