CÂMARA MUNICIPAL DE MOSSORÓ
Como não há nada ruim que não possa piorar, a presente formação do Legislativo Municipal tende a superar a anterior em mediocridade e toxicidade. Já na primeira sessão houve briga entre assessores, fato que foi parar na delegacia; e um vereador novato, Cabo Deyvison (MDB) chamando adversários para decidir as questões controversas na base do bofete, tipo quinta série. O caminho não será fácil para Marleide Cunha e Plúvia Oliveira, ambas do PT, únicas mulheres da Casa e também únicas oposicionistas. O ambiente é totalmente insalubre para elas. Precisarão de muita garra e altivez para encarar a misoginia que se desenha no horizonte.
FÁTIMA BEZERRA
O jornal O Globo publicou no último dia 29 de janeiro uma entrevista de meia página com a governadora Fátima Bezerra (PT). Perguntada sobre a queda de popularidade de Lula, ela disse que se trata de uma fotografia tirada num dia nublado, e que o Sol voltará a brilhar. Ainda assim a governadora lembra que a popularidade do presidente no Nordeste continua alta, em torno de 60%, fruto de seu histórico de trabalho em prol da região. Ela afirma, contudo, e até de forma incisiva, que o apoio dos nordestinos ao presidente em 2026 não é certo, que Lula e os ministros precisam visitar mais a região para entregar obras. Puxãozinho de orelha.
NOVA PONTA NEGRA
Impressão minha ou há um otimismo exagerado por parte de alguns quando se comenta sobre a engorda da praia de Ponta Negra, obra que consumiu R$ 76 milhões em recursos públicos? Os trabalhos de engenharia foram iniciados em setembro do ano passado e encerrados agora em janeiro. No novo formato, a praia terá uma faixa de areia de 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta, aproximadamente, numa extensão de 4,6 km, da Via Costeira ao Morro do Careca. Setores ligados ao turismo estimam que o fluxo de turistas aumentará 20% por causa da obra, considerada um marco, um recomeço para o turismo potiguar. Calma, please.

TURISMO
É bom lembrar que o turismo internacional no Brasil tem números desoladores. Na América Latina, somos apenas o 5º destino preferido dos turistas internacionais, ficando atrás do México, República Dominicana, Colômbia e Argentina. Enquanto o País dos Astecas recebe 38,3 milhões de turistas por ano, o Brasil recebe 3,63 milhões. Outra comparação: só a região de Punta Cana, na República Dominicana, recebe aproximadamente o dobro dos turistas do Brasil inteiro. Saindo da América Latina, somente o Museu do Louvre, em Paris, recebe três vezes mais turistas por ano do que o nosso país. Ainda temos muito a avançar quando se trata de turismo internacional.
NOGUEIRÃO
No domingo, 26, centenas de mossoroenses pegaram a estrada para Natal a fim de assistir ao clássico Potiguar x Baraúnas no Arena das Dunas. Em tese, a partida deveria ser realizada no Nogueirão, movimentando a Capital do Oeste, mas o equipamento esportivo está interditado há mais de um ano, acarretando prejuízos para os clubes locais e também para o próprio futebol mossoroense. O estádio foi municipalizado em 2021, mas o fato não trouxe qualquer benefício, muito pelo contrário. O Nogueirão é um gigante abandonado, sem qualquer serventia, no metro quadrado mais caro de Mossoró, o bairro Nova Betânia. Por ora não há solução à vista. Só resta lamentar.
REMÉDIOS NOS SUPERMERCADOS
As grandes redes de supermercado estão pressionando o Governo Federal para liberar a venda de remédios nestes estabelecimentos. Alegam que, com o lucro, poderão baratear o preço dos alimentos. Ou seja, dos mesmos “produtores” de “a reforma trabalhista vai gerar mais empregos”, “a cobrança pelas bagagens vai baratear o preço das passagens” e “a queda do ICMS no RN vai diminuir os preços dos produtos”. A classe médica é totalmente contra a medida, pois a venda de medicamentos exige orientação, tanto é que toda farmácia tem por obrigação ter um farmacêutico de plantão. No caso dos supermercados, quem irá orientar o paciente? O magarefe? A moça que pesa a muçarela?
AUDIÊNCIA
A 25ª edição do Big Brother Brasil, da TV Globo, começou no último dia 13 de janeiro. De lá até cá pouco se tem comentado sobre a atração, o que pode ser constatado através de números. Segundo Maurício Stycer, crítico de TV, a audiência da presente edição está 25% menor do que a do ano passado, que já havia sido menor do que a anterior e assim sucessivamente. O programa vem perdendo o apelo popular a cada edição. A queda da audiência atinge todo um ecossistema, como serviços de streaming, programas de TV, canais no YouTube e até mesmo influencers. Todos deixam de lucrar com o desinteresse da população pelo programa.
PLÁGIO
O guitarrista Rafael Bittencourt, da banda Angra, foi escolhido pelo compositor Toninho Geraes, da canção “Mulheres” (1995), para fazer um laudo sobre as semelhanças entre a sua composição e a música “Million Years Ago” (2015), de Adele. Após alguns dias imerso na tarefa, Bittencourt concluiu que sim, existiu plágio. “Não é meu papel acusar a compositora Adele de má-fé, mas é muito difícil que ocorra um sincronismo tão exato por puro acaso”, escreveu. O guitarrista informou ainda que procurou fazer um laudo bem didático, considerando que o juiz que o analisará possivelmente é leigo no assunto. A ação tramita na Justiça do Rio de Janeiro, e já tem uma decisão liminar favorável ao compositor brasileiro.

JUBILEU
A cantora Alcione alcança em 2025 a marca dos 50 anos de carreira. Ela lançou seu primeiro disco, “A Voz do Samba”, em 1975, aos 27 anos, tendo como carro-chefe a música “Não Deixe o Samba Morrer” (Edson Conceição e Aloísio Silva). De fato, o samba estava em decadência naquele período. O padrinho musical da maranhense foi Jair Rodrigues, do que ela é grata até hoje e sempre faz questão de lembrar. Talvez por isso Alcione nunca negue uma parceria com um cantor iniciante. Sobre o atuais talentos da música, a Marrom costuma citar Mart’nália, Diogo Nogueira, Xande de Pilares e Teresa Cristina.
MARCELO RUBENS PAIVA E O RPM
Não fosse o escritor Marcelo Rubens Paiva, em voga atualmente por causa do filme “Ainda Estou Aqui”, o RPM talvez nunca tivesse existido. Na época, ele era unha e carne com Paulo Ricardo, que escrevia críticas musicais. O livro “Feliz Ano Velho” estava no auge. O presidente da CBS, Tomás Munhoz, chamou Marcelo para uma conversa. Disse que a gravadora estava querendo montar uma banda, perguntando se ele topava (Marcelo também é músico). O escritor agradeceu o convite, mas dele declinou. Na sequência, sugeriu o nome de Paulo Ricardo. O resto é história.
