O próximo prefeito de Mossoró terá um desafio que a maioria dos demais chefes de executivos municipais não tem. Além de cuidar da saúde, educação, mobilidade urbana etc., o próximo prefeito também terá que, no mínimo, manter o tamanho do evento Mossoró Cidade Junina, o que não é fácil, pela dimensão que ele tomou, especialmente na presente edição, com centenas de atrações divididas em vários polos. A população da cidade começa a se orgulhar do evento, que a cada ano traz mais turistas, com destaque para o Pingo da Mei Dia. Não há mais espaço para retroceder. O assunto deve ser introduzido na campanha eleitoral.
BANDIDO BOM…
O senador licenciado Rogério Marinho (PL-RN) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para visitar o ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, na penitenciária da Papuda, em Brasília. O pedido foi acatado, sob algumas condições, como não fazer registros de imagem e som e não levar acompanhantes. Não é a primeira vez que o potiguar vai à Papuda visitar criminosos, o que é curioso, vez que ele é da turma do “bandido bom é bandido morto”. Não se tem registros, por exemplo, de Marinho visitando encarcerados nas penitenciárias do Rio Grande do Norte. Para ele, e mais alguns, há bandidos e bandidos.
HERANÇA MALDITA
De Miriam Leitão no jornal O Globo, dia 11 de junho: “O governo Lula Pegou uma herança maldita do governo Bolsonaro na área fiscal. Precatórios caloteados, subsídios a combustíveis fósseis, imposição de perdas aos estados, elevação de renúncias fiscais, aumento do gasto social por motivos eleitoreiros, congelamento dos salários dos servidores civis por quatro anos, desmonte das agências governamentais estratégicas e a escalada das emendas parlamentares”. Mesmo diante de tantos pepinos, o governo vem conseguindo bons números na economia. Haddad tem se saído bem, apesar de tudo.
PL DO ESTUPRADOR
É estarrecedor ver o nascimento do fundamentalismo religioso em nosso país. O PL que equipara mulheres que abortam após os 22 meses de gestação a homicidas é algo que só encontra paralelo em países como o Irá e Arábia Saudita, onde não há divisão entre religião e política. Para chocar ainda mais, congressistas levaram para o Plenário do Senado Federal uma atriz que encenou o suposto “assassinato” de um feto, numa das maiores bizarrices já vistas naquela Casa. Foi de enojar. Por Deus, os fundamentalistas ainda são minoria. Após uma avalanche de críticas nas redes sociais, o PL do Estuprador foi meio que colocado em standy-by.
LULA E FHC
Em editorial (26.6), o Estadão comentou a visita de Lula ao ex-presidente FHC, por ocasião de um evento na Fundação Fernando Henrique Cardoso. No texto, muitos elogios ao tucano e duras críticas ao petista. “Na foto só há um estadista”, já diz o título. Fala ainda em “pequenez lulopetista” e “Lula é minúsculo diante de FHC”. O “terrível editorialista do Estadão” entende que Lula deveria ter aproveitado a oportunidade para pedir perdão a FHC por ter ficado contra o Plano Real e também agradecer pelo apoio que recebeu no segundo turno das eleições em 2022. Segundo o jornal, Lula não fez coisa, nem outra.
FERNANDO DINIZ
Num dos artigos que o ex-deputado federal Ney Lopes publica na imprensa potiguar, ele defende que os diretores do Fluminense foram ingratos com o técnico Fernando Diniz ao demiti-lo. Argumenta que Diniz deu o inédito título de campeão da Libertadores aos tricolores e que, por causa de “duas derrotas” foi demitido do clube. Como tricolor e integrante de diversos grupos com demais tricolores, posso dizer que há tempos a torcida vinha insatisfeita com o técnico. Todos reconhecem o valor que ele teve para a equipe carioca, mas todos também estavam percebendo que sua forma de jogar ficou manjada pelas demais equipes, e ele, inflexível, a manteve, acumulando insucessos.
A CONVERSÃO
Em entrevista ao podcast Inteligência LTDA, o ex-vocalista dos Raimundos, Rodolfo Abrantes, revelou o motivo principal que o fez se tornar evangélico. Ele relata que estava há algum tempo sentido dores no estômago, e também com nódulos nas axilas e virilha. Não procurava o médico, pois sentia que o diagnóstico não poderia ser bom. Sua mulher já havia se convertido e certa vez recebeu umas amigas da igreja em sua casa. No final do encontro elas começaram a entoar cânticos, orações etc. Rodolfo estava na sala e foi abordado por uma senhora, a qual encostou a mão em sua cabeça e depois em sua barriga. Ele ficou meio sem saber o que fazer, mas não se mexeu.
A CONVERSÃO 2
A senhora então olhou fixamente para o cantor e disse: “Deus está mandando eu te dizer que acabou de lhe curar de um câncer”. No momento o cantor não se sentiu impactado, apesar de achar muito estranha a fala, vez que ele não revelara a ninguém que estava sentido aquelas dores, nem mesmo para a mulher. Dias depois, contudo, ele percebeu que as dores cessaram e que os nódulos desapareceram, foi assim que ele realmente concluiu que houve intervenção de Deus em sua vida. Rodolfo Abrantes então começou a transição da vida secular para se tornar evangélico.
PARA DRIBLAR O RACISMO
Nos anos 50, o rhythm and blues (R&B), estilo com batida forte e suingada, agitava a juventude americana. Os artistas que encabeçavam o novo estilo eram quase todos negros, como Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino, Big Joe Turner e Bo Diddley. Numa sociedade ainda muito racista, isso era um enorme obstáculo para alcançar o estrelato. Apareceu então em Memphis um garoto branco que cantava como os negros, Elvis Presley. O som dele era o mesmo “R&B”, mas como tal denominação era associada aos negros, o locutor de rádio DJ Allan Freed passou a dizer que Elvis Presley cantava rock and roll. Surgia assim o epíteto de Rei do Rock.
MARISA MONTE
A cantora e compositora Marisa Montem tem um forte vínculo com a USP (Universidade de São Paulo). No último dia 24 de junho ela recebeu o título de doutora honoris causa pelo envolvimento em projetos sociais internos e externos da instituição, além de sua contribuição para a arte. Marisa Monte também é embaixadora do programa USP Diversa, que concede bolsas de estudo para alunos em situação de vulnerabilidade. No sábado, 22, ela fez um show beneficente na USP, arrecadando 12 toneladas de alimentos e também recursos financeiros, que foram destinados à Cufa (Central Única das Favelas).