Sobre as eleições do ano vindouro, três postulantes têm muito a calcular. O senador Styvenson Valentim (PSDB) tem uma reeleição praticamente certa. Vai arriscar oito anos no Senado, que alguém já disse ser o Céu, para entrar numa disputa incerta para o governo do Estado? Não, né?
A deputada federal Natália Bonavides (PT) também tem uma reeleição certa, e ainda é puxadora de votos, exatamente o que quer o PT nacional: candidaturas fortes para o Congresso Nacional, onde o jogo é de fato jogado. Ter maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal é essencial para a governabilidade.
Já o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), terá que deixar a prefeitura em abril do ano que vem caso deseje concorrer ao governo do Estado, ou seja, abdicando de dois anos e oito meses de mandato. Terá ele coragem de assumir o risco? Aguardemos.
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SEGURANÇA PÚBLICA – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez bem em eleger a segurança pública como prioridade de sua gestão. É uma pauta do povo, ninguém aguenta mais tantos roubos, tantos furtos, tantos homicídios. Algo precisa ser feito para ontem.
Nesse diapasão, o ministro da Justiça, Ricardo Levandowski, apresentou um pacote que reordena as forças de segurança, alargando as competências da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, a fim de que elas também ajudem as polícias estaduais. Ora, se o crime organizado hoje é nacional, a investigação também deve sê-lo.
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TENTATIVA DE GOLPE – O Dia D da tentativa de golpe no Brasil não foi o 8 de janeiro, mas o 7 de dezembro de 2022. Nessa data, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com os três comandantes das Forças Armadas, oportunidade em que apresentou uma minuta de decreto de estado de defesa, o qual previa intervenção no TSE e anulação das eleições.
O almirante Almir Garnier (Marinha) concordou de forma eufórica, o brigadeiro Baptista Júnior (Aeronáutica) ficou meio por acolá, já o general Freire Gomes (Exército) foi incisivamente contra, inclusive há relatos de que ameaçou prender o então presidente. Caso todos tivessem concordado, o golpe teria sido efetivado.
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SUS, EXEMPLO – O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, tão criticado por parcela da população, tem servido de exemplo para o governo britânico, que também tem um sistema público, chamado NHS, mas não tão completo como o brasileiro, que inclui visitas às comunidades distantes; e é isso que eles querem replicar.

Uma matéria do jornal The Telegraph, edição do dia 7/4, mostrou que o governo britânico está fazendo um projeto piloto em Pimlico, um bairro de Londres, inspirado no Estratégia Saúde da Família, que leva agentes comunitários aos lares, trabalhando assim na prevenção. “Um programa exitoso”, segundo o jornal.
Ainda conforme a matéria, o ministro da Saúde britânico, Wes Streeting, já convidou especialistas no programa para assinar um acordo de cooperação. Os detalhes serão revelados em junho. Quem diria, hein, que nosso tão criticado SUS servisse de inspiração para um país europeu?
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RAUL NÃO MORREU MENDIGO – No dia 27 de março, o cantor Lobão se irritou quando, num show, alguém sapecou o famoso “Toca Raul!”. Ele disse que o pedido passa uma mensagem subliminar de que as músicas do cantor que está no palco não são boas, que boas são as de Raul Seixas.
Na fala, Lobão chegou a dizer que Raul Seixas morreu na miséria, com fome, sugerindo que não teve reconhecimento em vida. A filha do Maluco Beleza, a DJ Viviane Seixas, foi às redes sociais desmentir Lobão. “Ele (Raul) tinha feito 30 shows lotados naquele ano, recebia royalties pelas suas músicas”, retrucou.
