Últimas histórias

  • Pobre Prime

    Como faço quase – quase porque estou sempre nos braços da doce preguiça de fazer exercícios físicos – todos os dias, saio a reboque de Maria e a trupe: Lívia, João Miguel e Valentia, para praça, ao suplício de encarar aquela ruma de ferros torcidos de maneira uniformes, certamente, seguindo o desenho de algum malfazejo masoquista que tem gosto de ver pessoas sendo torturadas em plena praça pública. Depois de muitas reflexões Maria me olha com cara de poucos amigos me apontando os equipamentos, logo fui acompanhado por duas jovens senhoras de corpos bem delineados seios e nariz empinados, de pele branca, cabelos loiros de raiz preta, blusinhas e shorts coloridos colados como “si fuera” uma segunda pele, cada uma com uma garrafinha d’água, davam a impressão de terem sido desenhadas pelo cartunista Lan. Puseram uma toalhinha na plataforma de cimento que ancora os aparelhos e se alongaram…

    Mudaram de aparelho ficando mais próximas de mim. Uma delas se mostrava surpresa com a presença da outra usando a “academia da praça”, quando o celular da amiga toca insistentemente, vendo que as chamadas estavam sendo ignorados incentivou a colega atender justificando que poderia ser importante, urgente:

    – Oi amor…Tô fazendo minha série de bíceps… … Tá, tá… …Tchau, pego os meninos na casa de sua mãe. Tchau, beijo, te amo!

    – Que diabo de telefone é esse, menina?

    – Mulher num mangue do “bixin”, não.

    – Cadê o seu de capa linda?

    – O meu Samsung foi roubado, comprei esse no Alecrim. Mas também ninguém merece, estou num consórcio de iPhone 13 Pro Max, lindo, lindo, já faz 13 meses e até agora nada. Mas, também tenho a impressão que não vou ter meu iPhone 13 Pro Max…

    – E por quê? Não está pagando as parcelas?

    – Não, não é isso não.

    – O que é então, mulher?

    – Paulo está tentando me convencer a vender o consórcio pra gente ir passar o Réveillon num Hotel em Recife.

    – Eita, é o máximo!!!

    – Mas, me diga como vou fazer fotos para o Instagram, numa porcaria destas? Esse ‘bixiga” aqui só faz atender e ligar, tem uma camerazinha muito da fuleira… …Deus me livre e guarde que alguém me veja com esse troço…

    Deram uma gargalhada, limparam o suor e sorriso do rosto, saíram rebolando suas bundas até um Fiat Uno Evo Way.

    Uma senhorinha, companheira de martírio foi venenosa, como só quem passou dos 70 pode ser: “Aposto que a bunda, aqueles peitos e o nariz também foram todos de consórcio” rindo uma outra disse aquela dali é o típico “Pobre Prime”.

    Nélida Peño

    O ano de 2022 não foi lá muito generoso com as artes e a cultura brasileira, na verdade, nos pôs órfãos de várias artistas que farão uma falta danada não só às nossas vidas, mas também ao mundo cultural criativo.

    No sábado,17, morreu em Lisboa, aos 85 anos, a escritora brasileira e integrante da Academia Brasileira de Letras Nélida Piñon.

    Futebol

    “Na América do Sul, o futebol não é tão avançado quanto na Europa” – Mbappé, jogador da seleção francesa de futebol –

    Borocoxô

    Diz os mais próximos do Capitão Bufão que ele anda meio borocoxô, isto é, anda triste, chora por qualquer coisa, ainda não se recuperou – e não vai mesmo – da traulitada dada pelo velho Lula.

    Já outra corrente diz que Jair está com medo de ser preso, após perder a imunidade. Rezemos, pois.

    Vivas los Hermanos

    Em que pese nossa derrocada na Copa do Qatar, é verdade que tínhamos um grupo de bons jogadores, que em seus clubes na Europa são respeitados e tidos como ídolos, pena que na seleção brasileira só fizeram firulas, não jogaram com seriedade, não tiveram a raça dos argentinos. É certo, que também não temos um Messi. Viva Messi, vivas los hermanos. Vivas à América do Sul.

  • “Pombo” e o “Boi”

    O dito popular crava que não há nada mais fácil que julgar os outros. Entretanto, é impossível viver sem ver a vida alheia e dela fazer usos comparativos, como bons exemplos ou má conduta. Nós precisamos de referências para seguirmos avançando e melhorando nossas habilidades na convivência social. Até no mundo animal irracional isso salta aos olhos: os filhotes aprendem vendo seus pais executar, claro, não é lá das tarefas mais dificultosas, não é física quântica. Os pequenos aprendem o básico: o caminho da água, das melhores pastagens, truques para se livrarem dos predadores e se tiverem sorte de correrem mais rápidos, e assim podem até morrer de velhos.

    Mas, quando falamos de humanos, o bicho pega, nós além de precisarmos de exemplos ainda temos que separar o joio do trigo, pois, somos produtores frenéticos de informações que serão projetadas como referência do que devemos fazer, se comportar, vestir, comer, andar, falar… Não se vê, a não ser por uma seleção natural ou acidente genético, um animal mudar seu jeito de ser: de comer, andar, viver – salve-se aqueles que nós os domesticamos – um fofito gato morre de fome ao lado de uma tigela apinhada de alpistes, porque ele só sabe ser gato e, gato não come alpistes, seu instinto já o pôs no mundo prontinho da silva. O ser humano nasce zerado de instinto, tem que aprender tudo e é o exemplo seu primeiro contato com o aprendizado, isso o segue pela vida inteira.

    No dia 3 de novembro de 1957, os cientistas soviéticos lançaram no foguete Sputnik 2, a cadela Laika. Isso não causou nenhum frisson, agito ou excitação na comunidade canina mundial. Porém, quando o mundo soube que o cosmonauta soviético Iuri Alexeievitch Gagarin foi lançado sendo o primeiro ser humano a viajar pelo espaço, em 12 de abril de 1961. Imediatamente o mundo cientifico foi sacudido dando inicio a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética. Logo, estamos de olho, sempre no vizinho.

    Portanto, não me venham com essa balela hipócrita que não podemos fazer paralelos, comparações entre o “Meninoney” e o Richarlison, o “pombo”. Fiz, faço e vou continua fazendo. Os dois têm vários pontos em comum e outros tantos bem distintos, isto, pelo que é exposto nas redes sociais por seus assessores, em entrevistas dos próprios ou de pessoas que os rodeiam: Richarlison nasceu em uma comunidade pobre, o “MeninoNey” também. Richarlison é um jogador de futebol conhecido mundialmente, o Ney também; os dois servem à seleção brasileira de futebol, creio que as semelhanças param por aí, além de serem multimilionário.

    O Richarlison como cidadão tem postura e consciência social, defende causas importantes para o povo brasileiro, tais como: vacina, luta contra o racismo…O “MeninoNey”, quando perguntado se tinha sofrido com o racismo, respondeu que não, pois não era negro. Além, de ser um ruminante – como boa parte do bolsonaristas – não dá a mínima pelas causas sociais de seu país. O Richarlison, fora ser um grande jogador de futebol, é maior ainda como cidadão e vai voar muito mais alto. Neymar é apenas um grande jogador, evidentemente: Boi não voa!!! A não ser em Recife, mas isto já é outra história.


    Vinicius  

    O destaque da seleção brasileira de futebol no Qatar, além de Richarlison, é o Vinicius Júnior, que vem jogando o que sabe, independente se o “pezinho de cristal” esteja em campo ou não.

    MeninoNey

    Não, não estou satisfeito e menos ainda torço para que a lesão tire Neymar da Copa. Ele é importante para aqueles que gostam de futebol como eu e faz falta,  sim, à seleção brasileira ou para qualquer time do planeta. Para mim, se ele só jogasse seria um grande brasileiro, mas o diabo é que fala.

    Frase

    “Maior erro da carreira do Neymar foi ter nascido brasileiro”, disse Raphinha na defesa do amigo jogador. O “Rafha” talvez seja outro “boi voador”.

    Futebol

    Vi uma entrevista onde estadunidenses e iranianos juntos em euforia para torcer por suas seleções e repetiram a mesma frase para o repórter da “Vênus platinada”: “O futebol aproxima as pessoas”, é verdade verdadeira. Tenho um amigo cartunista que é árabe AbdulAmir E Al Haiky mora em Manama, Bahrein e todos os jogos do Brasil ele me liga mostrando que está torcendo por nossa seleção. Vivas ao futebol, vivas as amizades, vivas meu amigo AbdulAmir E Al Haiky.

    Futebol II

    O futebol é mesmo mágico. No ano de 1969, o time do Santos comandado por Pelé, parou uma guerra na Nigéria, África. O conflito foi esquecido pelos nigerianos para lotarem o estádio de Benin para ver o “Rei Pele” e seu time jogarem.

    Camisa

    Vesti a “amarelinha”! Jamais iria permitir que me fosse surrupiado o direito de usar as cores de nossa seleção e de nosso país, por causa de uns desmiolados. Eu e meu companheiro de jogo, meu neto João Miguel de 7 meses, vestido a rigor, do nosso “bunker” vimos a família toda “amarelada”, né Valentina?

  • Ao meus netos

    Natal/RN, 27 de outubro de 2022

    Neste 30 de outubro de 2022, acordaremos cedo, iremos tomar nosso café matinal e seguiremos conscientes de nosso voto, o meu e de Maria, a avó de vocês, irá escudar o Brasil no rumo norte ao encontro da democracia plena. O partido que votamos e, tem seu maior líder como candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva – um Silva como eu – nos orientou, aliás sugeriu que nós – seus eleitores – vestíssemos branco para votar. Sabe ele e, todos nós, que é perigoso usar as cores do nosso partido, sim isso mesmo, juro por Deus e nossa senhoras das eleições.

    Os bolsonaristas andam armados, atiram em carros com bandeiras ou adesivos do Lula. Em Foz do Iguaçu/PR um apoiador do atual Governo invadiu uma festa e matou o aniversariante, porque ele era petista; no Ceará, um homem entrou num bar perguntou quem era petista, uma pessoa respondeu positivamente, foi assassinado a facadas; no centro-oeste outro bolsonarista matou um petista a facadas e pretendia cortar a cabeça com machado, é verdade meus netos, não é delírio de um velho demente.

    Alguém já disse que este 30 outubro de 2022 é dia de festa da democracia, é uma festa cívica, e é verdade. Já houve um tempo em que os ganhadores das eleições iam às ruas com seus seguidores fazer festa, era bonito de se ver. A primeira eleição de Lula foi comovente, o país inteiro de vermelho, alegria, a esperança e a paz reinavam. O pobre trabalhador vislumbrava comer carne, comprar carro, casa, ver os filhos na faculdade e tudo isto aconteceu, “mas veio o tempo negro e a força fez o mal que força sempre faz” destruiu tudo.

    E, pasmem meus netos, muitos que se denominavam cristãos passaram a usar frases, simbologias e ações nazifascistas, o chefe deles, um sujeitinho desprezível, machista, homofóbico, racista, sexista, xenófobo e um admirador confesso do ditador pedófilo Augusto Pinochet – ex-ditador chileno. Algumas dessas aberrações postavam nas redes sociais com uma bíblia na mão e uma arma na outra. Em nome de Deus, da pátria e da família – lema usado por eles – uma pastora deputada federal em conluio com três, de seus 50 filhos adotivos, matou seu marido, também pastor e fervoroso cristão apoiador do capitão bufão – desculpe, não pronuncio o nome dele não, me disse uma cigana que dava azar.

    A eleição de Lula é um sopro, é um oxigênio à democracia que vem sendo ferida, fustigada, agredida dia e noite pelo capitão e seus apoiadores. Uma grande parcela de gente burra, preguiçosa e ignorante com orgulho, não lê nada ou quando o faz não entende, além de uma outra parte que detém o poder e o conhecimento, essa é ruim por convicção, poluem as redes sociais com ataques a gays, pretos, pobres, nordestinos, mulheres…

    Essa eleição não é esquerda contra direita, não. Não é. São democratas contras a extrema-direita que representa o que há de pior no ser humano. Portanto, meus netos, espero que o bem vença o mal, sabemos todos, que “não é fácil vencer Satã só com orações”, mas desta vez temos a arma mais sagrada, mortal aos antidemocratas: o voto.

    Em verdade, gostaria mesmo de ir votar com uma camisa verde e amarela com uma foto estampada de Lula, do colarinho a bainha. Ainda não sei a cor que vou exibir no meu apolíneo corpanzil. Agora, é certo que vou tentar garantir que vocês um dia votem vestindo as cores que lhes couberem.

    Que Deus os abençoem, e também a meu voto e o Brasil.

    Seu vovô Brito.

    Esclerose

    Todas às vezes que cito o amigo cartunista potiguar Joe Bonfim, digo que mora em Paris – desculpe amigo, é minha carência de Paris – e todas às vezes levo uns “esbregues”. Joe não mora em Paris, mas, na França. Pronto! Um abraço, Joe!

    Frase

    “Matar e quebrar urnas”Jackson Villar da Silva, evangélico que se intitula comerciante, radialista, conservador, presidente do “Acelera Para Cristo” –

    Besteira besta

    6 caricaturas minhas com os principais atores da Semana de Arte Moderna de 1922 ilustraram 4 documentários produzidos pela Tv Cultura/SP, da Fundação Padre Anchieta, os quais já os tenho nos meus arquivos, entretanto, Eineida produtora Executiva, me alertou que poderia divulgar no meu site e nas redes sociais apenas três a família da Anita Malfatti só liberou a exibição na TV, não poderá ser exibido na internet”, besteira besta, mas, respeito!

    Caricatura

    Confiante na vitória da democracia, fiz essa charge para o jornal de humor GRIFO, do amigo Paulo de Tarso Riccordi.

    Adiada

    A exposição “DARCY É 100”, com caricaturas de desenhistas do Brasil, com curadoria do jornalista e cartunista JAL, foi adiada. Entretanto, a Fundação Memorial da América Latina já nos solicitou a autorização para publicação de nossa caricatura na edição do livro/catálogo “DARCY É 100”.

  • Realidade virtual

    É verdade que a humanidade evoluiu em todas as áreas e, principalmente, na comunicação. Hoje nos comunicamos com os confins do nosso sistema solar, haja vista, que em 5 de novembro de 2018, a Voyager 2 deixou oficialmente nosso sistema ao atravessar a heliopausa, fronteira que marca o fim da heliosfera – sistema solar – e o início do Espaço Interestelar, até então, transmitia imagens à Nasa.

    Com a criação e o avanço da internet se viu a possibilidade do universo virtual ser uma realidade, o que motivou empresas de tecnologia a mudarem de nome, exemplo o Facebook, que agora se chama Meta – de metaverso. Mas o que diabos é o universo virtual? Os estudiosos frisam que é uma realidade alternativa, separada e coexistindo com a nossa. Ora, mais que coisa!

    Outro dia na CNN uma psicopedagoga infantil – não sei se era essa mesmo a nomenclatura – dizia da importância dos pais brincarem com seus filhos, para que as crianças possam ter um desenvolvimento físico e mental saudável, de pronto, concordei.  Matutei e conclui da não haveria necessidade de ter um PhD genialmente especialista para chegar a este notório resultado. Depois de alguns minutos minha velha e raquítica memória começou a processar e imprimir que aquele povo bonito, branco, de olhos verdes, bem vestido da TV nunca falou para mim, na verdade dizia, diz e dirá sempre a outro tipo de gente, se expressa, dá dicas do que se deve beber, comer, dormir, vestir para um outro Brasil do qual nunca faço parte e uma avassaladora maioria de brasileiros também não.

    Essa gente da TV, da grande mídia e políticos são de outro mundo. Isto é, de uma outra realidade, de um universo paralelo. Não sei qual é, de fato, a realidade virtual se a nossa ou a dela. Às vezes creio que por ter acesso ao mundo tecnológico logo seria ela do mundo paralelo, por exemplo: ninguém me tira da cachola que nessas motociatas, imagens de TV, vídeos, fotos, propaganda do horário eleitoral, promovidas por Bolsonaro, seja ele mesmo, principalmente, aquele imbecil imitando uma pessoa sofrendo, sem fôlego por causa da Covid-19, dizendo “E eu com isso? Não sou coveiro” e aquela figura com uma caixa de Hidroxicloroquina na mão correndo atrás de uma ema, sem falar daquela outra vomitando “Não lhe estupro, porque você não merece, é feia”, certamente, isto não foi feito ou dito por Bolsonaro. Um humano, um cristão temente a Deus jamais protagonizaria tais aberrações. Aposto uma cocada de rapadura Cariri que o Bolsonaro é um holograma do mal, um Fake.

    O grande Machado de Assis percebeu a existência do mundo paralelo e virtual no Brasil e cunhou de “Brasil oficial” e “Brasil real”: o “real” seria bom e revela os melhores instintos”, o “oficial” é caricato e burlesco. Concordo plenamente no “real” o povo é sofrido, não usufrui do que produz, é faminto e, claro, ao mesmo tempo é alegre, lutador, solidário, humano, tolerante (era). O “oficial” é cruel, desumano, destrói florestas, queima índios nas paradas de ônibus, rouba merenda escolar, foge para Paris com medo de votar, é preconceituoso, corrupto, homofóbico, misógino, racista… Pior disto tudo é que esse universo paralelo, essa realidade virtual faz o universo real doer a carne, a alma, faz o estômago roncar, roncar de fome.

    Ah, por falar em brincar com crianças. Não brinquei com as minhas e, se o fiz, foi pouco, pois o tempo não me era generoso. Porém, creio, que foi o suficiente para não os traumatizarem – penso eu. Hoje, brinco de vovô com os netos.

    Em verdade vos digo: Só sei que não sei em que mundo vivo se no real ou paralelo.

    Ventos do norte

    “Não é verdade que os ventos do norte, não movem moinhos. 

    RasleBOLSONARO II

    Nossa caricatura/charge na Exposição no Centro Permanente de Caricatura e Desenho de Imprensa de St. Just Le Martel/FR. Tendo como um dos organizadores o nosso embaixador, o cartunista potiguar, Joe Bonfim (Arte em Destaque).

    Brum I

    O cartunista carioca Brum, também está na Exposição no Centro Permanente de Caricatura e Desenho de Imprensa de St. Just Le Martel/FR, um dos mais renomados chargista brasileiro sofreu uma das violências mais tacanhas, desprezíveis, uma cafajestada que somente em estado antidemocrático encontra eco: Brum foi demitido do jornal Tribuna do Norte por causa de uma charge criticando o Presidente Bolsonaro.

    Brum II – charge de Brum

    O talento sempre irá falar mais alto e esta competência o cartunista tem em profusão. A resposta ao golpe desferido pelo jornal Tribuna do Norte, veio a galope, o Brum recebeu Menção Honrosa no 2° Salão de Humor Sobre Doação de Órgãos – 2022, na categoria charge, foram mais 200 inscritos.

    Frase

    “Com toda a certeza, o índio mudou. Está evoluindo. Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós”. Bolsonaro

  • Os rejeitados

    Creio que você — ou todos nós — em pouca ou larga medida nalguma parte do caminho foi tentado a chegar mais rápido ao pódio, e para isto flertou com atalhos e com um deles foi além, enveredando por nebulosos caminhos, somente se dando conta do erro voluntário quando não mais lhe era permitido a volta.

    Vendo a nova versão da novela Pantanal — a primeira assisti no Acre quando trabalhava na TV e Jornal Rio Branco — e observando Xeréu Trindade com sua negociata com o Cramunhão, na qual deu sua alma em troca de se tornar um grande violeiro, mas em dados momentos desfazem o trato para logo no capítulo seguinte voltarem a ficar de boa.

    Fiquei imaginado que para tanto, isto é, para uma boa negociação com as coisas do além, também é preciso uma certa competência para que ambos saiam ganhando. Todo bom trato, contrato, pressupõe que os lados em questão tenham ganhos, pois, os dois detêm o que o outro quer. Assim sendo, não basta um querer e o outro não ver vantagem alguma no acordo e se postando dessa maneira, certamente, nem de palavra ou mesmo grafado com sangue haverá combinado.

    Sempre existirão os rejeitados, vetados, os barrados no baile, aqueles que não conseguem um tratado nem do “lado de lá” e menos ainda do “lado de cá”, são os incompetentes, aqueles que não descobriram sua verdadeira competência para se postarem ante a vida, passando a viver na periferia, a margem, nas cercanias da felicidade alheia, cheios de frustrações, medos, temores e rancores, talvez até por pura preguiça não vislumbraram sua vocação e buscam o atalho e dão com os burros n’água. Estes são os mornos, aqueles que Deus os vomitará, pobres almas não deram certos nem com Deus e nem com o diabo.

    Claro, que a ética deve ser praticada a exaustão até se tornar espontânea, porém num país onde se anuncia aos quatro ventos que todos devem levar vantagem em tudo, todos somos tentados às negociatas. Penso se propusessem um acordo de cavalheiros com o “Sete peles” oferecendo minha velha e surrada alma, em troca d’eu aprender a tocar violão, certamente, o “canhoto” riria cavernosamente nas minhas fuças mandando-me procurar outra freguesia e, ainda, talvez, fosse debochado “Ora, meu amigo, se Deus não lhe conseguiu esse milagre, imagine eu”.

    Me reavivou a memória um caso verdadeiramente verdadeiro acontecido com uma amiga nossa de longas datas, que há anos vinha tentando tirar a carteira de habilitação, nas provas escritas passava com louvor, mas nos testes práticos era um desastre completo, atropelava todos os cones, sem falar dos outros alunos que se escondiam, e não tinha jeito: era reprovada sempre. Não mais resistindo aos conselhos de amigos para “molhar” a mão do instrutor, decidiu levar para prova de volante três notinhas de R$ 100,00 as quais, quando a sóis com o professor, as pôs no bolso do colete dele. Às 23h, daquele mesmo dia, quase já roncando, recebe uma ligação telefônica, do outro lado uma voz perguntava como faria para devolver os R$ 300,00 pois, não queria ser cumplice de alguma catástrofe de trânsito.

    “Tamujuntu”, não no “atalho”, mas na incompetência. Ela lá no volante e eu cá nas cordas do violão.

    Frase:
    Fome: Bolsonaro: “não se veem” pessoas “pedindo pão na porta da padaria”.

    Água
    Estamos em plena campanha política, o horário eleitoral já foi estabelecido nas rádios, tvs e redes sociais e claro, não poderíamos ficar privados das figuras caricatas que tornam, por vezes, seus vídeos verdadeiros peças humorísticas.

    O candidato ao Governo do RN, Fábio Dantas falando de servidores públicos e candidato ao senador que destruiu a CLT, Rogério Marinho, querendo assumir paternidade da “criança” quando tenta induzir o povo potiguar a crer que foi ele quem fez a transposição das águas do São Francisco. Os dois são humoristas de talento duvidoso e fadados ao insucesso das urnas.

    Negacionista
    O Brasil estampado no mapa da fome na ONU, milhões de pedintes nos sinais de trânsitos das grandes cidades, pessoas se digladiando para pegar por ossos, outras “atacando” caminhão de lixo por restos de comidas e o negacionista continua afirmando que não há fome no Brasil.

    O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar aponta que são 33,1 milhões de pessoas com fome no país, o mesmo nível de 30 anos atrás.

    V Futebol e Arte 2022
    Como já se tornou marca registrada a exposição promovida pelo Bardallos durante as “Copa do Mundo de Futebol” desde 2006. Para Copa do Catar foram convidados para coletiva V Futebol e Arte 2022 11 artistas que irão explorar o tema “Futebol”, com abertura marcada para dia 17 de novembro pontapé inicial às 17h, já se pode dizer que vai ser uma goleada. O Vinícius Júnior estará nos representando.

  • Fazer o bem, faz bem

    O meu amigo Delegado (porteiro, filósofo, monge e sociólogo) outro dia me disse “se o homem fosse feito para correr era quadrúpede”, desde há muito tenho a tendência ao ócio físico, como o Romário, creio que esse negócio de andar, correr, fazer exercícios fitness não faz muito bem à saúde mental e física. Haja vista o que aconteceu com o soldado grego que correu até Atenas para anunciar a vitória de seus patrícios sobre os persas na batalha de Maratona, isto lá pelo ano 490 a.C. depois do intento de 42,195 km, caiu durinho estatelado no chão: morreu. 

    Mas, para satisfazer Maria, a família, e não querendo desobedecer a penca médicos, todas as tardes, ou quase todas — às vezes a preguiça se impõe com dores nas costas, na cabeça… — eu e Maria saímos para caminhar na praça da igreja de Nossa Senhora de Candelária, depois de não mais que meia-volta, nos sentamos em nosso divã para descansar e apreciar a cidade em movimento e seus transeuntes. Por vezes conversamos sobre a vida que não deixa de passar como um corisco, rimos de nós mesmos e dos colegas que ali vão para ganharem sobrevida, sim, a maioria já está mais pra lá do que pra cá. Não fazemos, ou pouco fazemos planos para o futuro, apenas ficamos jogando conversa fora, como se pecados não tivéssemos.

    Em um desses dias, logo após a missa, um casal de velhinhos saídos da igreja passou e sentou em um banco bem trás de nós, quase colado em nossas costas, a senhorinha disse em voz suave “hoje fiz uma doação — dízimo — generosa para igreja, espero que seja bem utilizada” e rematou na hora, “em pensamento falei que era meu e seu”. Minha curiosidade me traiu, virei-me para vê-los, os olhos dela brilhavam, estava numa felicidade lúdica, quase infantil.

    Ali, naquele ínfimo milésimo de segundo, me dei conta que fazer o bem, na verdade, faz muito mais bem a quem faz, talvez, a quem recebe por um momento supra sua necessidade, como quem recebe um pão para saciar a fome, mas pouco tempo depois o “bucho” ronca, ronca de fome, porém aquele que proporcionou o pão deita em seu travesseiro e dorme o sonho dos anjos e nunca esquece, conta para os amigos e, se não tiver feito uma selfie a inserir nas redes sociais perde a valia do “bem”.

    Finalizando o diálogo, pondo uma pá de cal na minha descarada curiosidade, que ainda os olhava, o senhorzinho disse baixinho “não precisa falar pra ninguém”. Esta última fala trouxe à tona o que minha mãe dizia “o bem não faz barulho”.

    Hoje vemos em abundância nas redes sociais pessoas fazendo o “bem”, a televisão usa muito desse artifício para ganhar audiência, abre vários quadros nestes programas de grande visibilidade, onde ajudam miseráveis de níveis múltiplos. A grande mídia não faz isto por bondade, simplesmente para oferecer o bem, evidentemente que querem pontos no Ibope e com isto arregimentar o maior número de patrocinadores, o objetivo é meramente comercial sem nenhum pingo de sentimento social, assim mesmo, sem medo, nem dó, nem drama.

    Porém, pessoas físicas, talvez, sejam ainda muito mais cruéis, pois boa parte de nós é motivada pelo pecado capital da vaidade e, dela ninguém escapa. Até Santo Antão sofreu. Fazer o bem sem olhar a quem, pois sim…

    Saudade

    Ouvi de Cortella que saudade é a falta de algo que é importante que não está presente, e por isso, faz falta. Se não sente saudade, não faz falta e se não faz falta, não é importante.

    Exposição

    Nos preparativos com o amigo Ramos, lá do Sebo Balalaika, que já determinou a data para sábado, 27 de agosto, nossa Exposição Virtual de Caricaturas, com 100 desenhos de artistas da música brasileira e internacional, dentro do Projeto Sábado de Ramos, idealizado para homenagear uma figura proeminente da arte e cultura potiguar. Neste 27 de agosto será a vez do poeta de Currais Novos José Bezerra Gomes.

    O evento começa às 10h e vai até às 20h, na rua Vigário Bartolomeu, 656, Cidade Alta. O projeto Sábado de Ramos tem uma vasta programação, com o Boi de São Gonçalo, Antônio Francisco, grupo de Chorinho, Coral da Fundação José Augusto e encerrando o dia com um show de Krystal.

    Cartunistas

    Agora, no mês de agosto, vamos inserir no site www.blogdobrito.com.br uma entrevista com cartunistas brasileiros, oportunizando aos apreciadores do cartum conhecerem mais um pouco sobre estes profissionais. O cartunista cearense Cival Einstein, premiado mundo afora, será o nosso primeiro.

    Pizza

    CPI da COVID, deu pizza mal temperada, azeda.

    Vendilhão

    O Bispo espertalhão Edir Macedo sugeriu que fiéis antes de morrer doem seus bens para Igreja Universal, segundo o estelionato da fé alheia, seria um grande feita a Deus. Ora, se Edir.

    Frase:

    “Recebaaaaa!” – Luva de Pedreiro

  • Só sei que nada sei!

    Cultivar a ignorância para nós medianos de intelecto raso como um pires nos parece ser como o ápice de uma longa jornada de um atleta de alta performance, que ao cruzar a linha de chegada, e no alto do pódio é invadido pelo gozo da vitória onde a endorfina lhe percorre o corpo inundando todos os vasos de felicidade, que lhe arrepia a pele e os pelos.

    Nós, os ignorantes, nos afogando em nossa mais pura e líquida estupidez nos regozijamos, esquecendo-se que um dia falou – os que ouviram falar – Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”. Disse-me outro dia um amigo, que o Sócrates era um chato de galocha “ora, conhece-te a ti mesmo, é um mau conselho, é um passo para tristeza, é uma viagem sem volta, é o caminho mais curto à depressão”, concluiu: “convivo comigo há mais de 60 anos, sou sem graça, um chato, ranzinza, egocêntrico, por vezes queria não ter me conhecido, a vida alheia é mais interessante e muito mais florida”, pôs um sorriso de meia légua nas fuças e, foi-se.

    De fato, dizem que a ignorância é uma bênção, e assim sendo, navego neste mar de calmaria plena abençoada por nossa senhora da estupidez. Às vezes não, sempre, falando o que não sei com a desenvoltura de um “coach da moda” – desses que ensinam a ficar rico em 5 módulos compactos e caso fracasse, já adverte: você não foi proativo o suficiente – sigo de nariz empinado para à vida.

    Caetano Veloso em sua majestosa “Nu Com Minha Música” diz “Coragem grande é poder dizer sim”: sim, errei; sim, não sei… É bem verdade, mesmo aqueles que estão além das cercanias da ignorância fértil uma vez ou outra caem na esparrela e são traídos pelo ego ou pela estúpida arrogância terminando por beber na fonte “Desta água não beberei”, “Isto jamais vai acontecer comigo”. Eu que nadava à braçadas, certamente, deixaria Tetsuo Okamoto envergonhado na última raia da piscina, findei por morrer na praia ou morder a língua.

    Abastado de arrogância e árido de vivência e sapiência peitava a todos que quisessem “mexer” no meu sagrado material de desenho, até Maria – quando não estava de TPM – pedia licença quando precisava. Aí vieram os netos e quebraram “minha crista”, Enzo e Aléssia – filhos de Polary/Sanara – foram os primeiros a, literalmente, brincar com meu material, depois perdi totalmente a compostura: Kaylanne pintava todos os meus rascunhos, Valentia – filha de Pollyanne Brito/Felipe – sentava no meu colo para desenhar, por algum lugar está guardada suas artes. Agora, Lívia(3) – filha de Jade Brito/Roberto – não contente somente com os meus rascunhos faz artes no piso, nas paredes, na minha pele e, algumas vezes, diz o que devo desenhar.

    Outro dia passeando no Instagram viu a foto do amigo professor Tales, e sem nenhum pudor me ordenou: “Vovô, desenha esse homem com a boca aberta”, obedeci. Há pouco, precisamente 2 meses, chegou João Miguel – de Jade/Roberto – e já fez algumas demarcações territoriais, claro que ainda possuo a titularidade patrimonial dos meus pinceis, lápis, papéis, pranchetas, computadores… Parece-me que não sei mais o que devo fazer, pintar, desenhar, escrever, dizer: não sei o que sei, só sei que nada sei.


    Preso

    Preso o ex-Ministro da Educação, o pastor evangélico Milton Ribeiro. Um retrato grotesco e perverso que este governo tem com a educação, transformou todo o país em uma “banca de negócios”.

    O próprio Presidente Capitão Bufão ofereceu, de viva voz, a Amazônia para o ex-Vice-Presidente americano Al Gore. Vergonha.

    Vento

    Há de fato, um vento suave e constante de liberdade soprando inundando a América do Sul. Haja vista às últimas eleições que elegeram presidentes progressistas.

    Hétero

    Sabendo do Dia do Orgulho Hétero, PL proposto pelo vereador e tenente-coronel, Marcos Paccola (Cidadania), da capital Cuiabá/MT, meu amigo Delegado (porteiro, filósofo, monge e sociólogo), não resistiu e sentenciou: “Vai ter gente dizendo que bêbado não vale”.

    Frase

    “Todo ataque homofóbico é sempre um choque entre dois gays, o que vive sua sexualidade e o que tem vergonha e medo da sua sexualidade”, Leandro Karnal

    Charge – Futuro

  • Extra: saiba quem venceu a guerra!

    Outro dia na fila do pão, dois homens de classe média balançavam as chaves dos seus carrões enquanto papeavam sobre a guerra da Rússia e Ucrânia:

    — Não é admissível um país invadir outro dessa maneira, somente por interesse próprio — falou altivamente cheio de razão um deles, de farta pança, minguados fios de cabelos grisalhos e boca larga cheia de dentes amarelados.

    — Sim. A Rússia é uma maldição. Está sempre querendo impor seu regime comunista ao mundo. Os Estados Unidos juntos com a União Europeia deviam varre-la do planeta, como fizeram com Hiroshima e Nagasaki, só assim o mundo ficaria em paz — sugeriu o outro sujeito esguio como um varapau, vestindo uma camiseta com estampa nas cores dos “Esteitis” e do Brasil, numa poluição de embaralhar a visão do Cego Aderaldo.

    — Devia mesmo! — fez a tréplica o “entendido” do borogodó da geopolítica internacional. 

    Sem pedir licença uma dessas pessoas que a língua não cabe na boca disparou:

    “Mas é preciso combinar com os russos”. Não me contive, não só eu, mas toda padaria tremeu em risos e gargalhadas.

    A guerra da Rússia e Ucrânia é a “cantiga” que embala nenenzinho para dormir em todos os quadrantes do mundo. Com tanta visibilidade imposta pelos Estados Unidos e, claro, por se tratar de ser em território europeu, a mídia ocidental faz um estardalhaço dos diabos, além do que já é cruel a própria guerra em qualquer parte do planeta. Entretanto, para comover e ganhar a opinião pública traz às telinhas de bilhões de pessoas, pondo no “funcin” e no cocuruto que o “homem mau” é o Putin e o “homem bom” é o comediante Zelensky, presidente da Ucrânia, o qual podemos até imaginar que está apenas servindo de bucha de canhão para OTAN.

    Há guerras na Etiópia, Afeganistão, Iêmen, Mianmar, Haiti, Síria, Militantes islâmicos na África… Segundo a Folha de São Paulo, são 28 conflitos armados mundo afora neste 2022 — e seguramente, fazem parte ativamente, em lados opostos Estados Unidos e Rússia — com pouca ou quase nenhuma luz sobre eles. Quando os americanos invadiram o Iraque à procura de armas nucleares — leia-se petróleo — e prenderam Saddam Hussein dentro de um buraco, ninguém quis saber quantos mortos, estupros, assassinatos foram cometidos pelos soldados americanos. Na verdade, Bush foi ungido a herói, Saddam e sua “garrucha” por sua vez seriam os vilões da hora. Sem entrar no campo minado do “certo e errado”, herói e vilão é determinado de que lado da mídia que você dá ouvidos.

    Naquele momento em que os americanos impuseram sanções econômicas à Venezuela, foram aplaudidos por seus aliados – ninguém queria um país “comunista” na América do Sul —, agora, por causa do conflito Rússia e Ucrânia, o Biden mudou de ideia, isto é, fez as pazes com o presidente Maduro e nem por isso foi defenestrado.

    Na guerra de informações o ocidente “arrasa”. Claro, nós só sabemos um lado.

    Como diz meu amigo Delegado (porteiro, filósofo, monge e sociólogo): “vende mais peixe, aquele que grita mais alto”.

    Sujeira

    O candidato do PL — Partido Liberal — ao senado federal, o ex-ministro do Governo do Capitão Bufão, o Rogério Marinho andou abocanhando uma boa parcela do chamado “Orçamento Secreto” para comprar caminhões de lixo e distribuir aos aliados em terras potiguares, tentativa de “passar o rodo” na vaga de senador.

    O bueiro estourou. A sujeira subiu à superfície, agora além de ostentar alcunha de “O homem do saco preto”, agregou “O homem do carro do lixo”.

    Terceira Via

    A candidatura idealizada pela elite do “sul maravilha” apelidada de terceira via é uma colcha de retalhos ou também poderia ser denominada de Frankenstein por causas das tentativas de arrumar-lhe uma “cabeça”: Luciano Huck, Sérgio Moro, Datena, João Dória, Ciro Gomes todas houveram rejeição, agora a senadora Simone Tebet (MDB/MS), será transplantada.

    Entretanto, já há sinais de necrose e certamente, não será uma “operação” bem sucedida.

    Exposição

    Acertando os ponteiros com o amigo Ramos, lá do Sebo Balalaika, para muito em breve realizamos nossa exposição virtual de caricaturas com 100 desenhos de artistas da música brasileira e internacional.

    Frase

    “Que ele tenha o direito de defesa e a presunção de inocência que eu não tive com ele”, Lula sobre Moro réu.

    Caricatura

    Caricatura da cantora potiguar, de São Gonçalo do Amarante, Ademilde Fonseca Delfino, denominada a Rainha do Choro, que será companhia de outras 99 as quais comporão nosso livro sobre músicos norte-rio-grandense.

  • A Bisneta Bruninha

    Todos dias eu e Maria calçamos nossos surrados e pisados tênis nos preparando para sairmos no rumo da venta a caminho da praça da Igreja Nossa Senhora da Candelária, quando lá chegando nos dedicamos a olhar aquela ruma de ferros retorcidos harmonicamente nos convidando a sofrer pelo resto do dia e noite a dentro. Só de ver aquele magote de velhotes iguais a mim, me dá uma canseira dos diabos e, assim sendo, nos dirigimos para o banquinho, que já tem a nossa cara, e por lá ficamos até às 17h35, então já recuperados e acabrunhados de ver toda essa gente se martirizando nesse monte de aparelhos, que para alguns desavisados causam até uma boa impressão, mas na verdade são equipamentos requintados para torturas e, pior, são indicados por médicos e fisioterapeutas de boa índole.

    Bom! Hora e meia no banco da praça, já se faz, logo seguimos para buscar nossa neta Lívia na escolinha, a qual é a responsável direta por este nosso calvário.

    Outro dia, antes do pai levá-la à escola fez uma recomendação: “Vovó Cô vá me buscar mais o vovô Bito e leve Buninha, no carrinho dela”. Ora! quem haveria de não atender uma ordem desta natureza? Só se fosse um avô oco, um desalmado. Na hora de sairmos Maria percebeu a falta de pagamento de um boleto que chegou atrasado – estes malvados que consomem quase toda nossa renda doméstica, nos assombrando religiosamente todo final e início de mês, podem até atrasarem, mas faltar? Nunca – sugeriu irmos pela casa lotérica e lá fomos nós: ela com a boneca e eu levando o carrinho de Bruninha. Todas pessoas que passavam olhava de um jeito diferente: Umas riam, outras balançavam a cabeça – talvez, imaginando de qual hospício saíram estes dois velhinhos doidos.

    Maria entrou na lotérica, não antes de pôr a boneca no carrinho, me encarregar de “falenelinha”, alguns minutos depois uma senhora saindo do prédio passou por mim, não se conteve “que fofinha” deu uma risada e danou-se apressada dobrando a esquina.

    Boleto pago, seguimos à praça ao nosso observatório. O carrinho de Bruninha é um rosa-pink com detalhes verdes delata pupila, mesmo se você tiver miopia em alto grau, ainda assim, certamente, iria enxergar pelo menos a uns mil metros de distância. Os carros passavam sorridentes, transeuntes nos miravam intrigados com a cena de dois sexagenários sentados num banco de praça com uma boneca e seu carrinho, além do mais, uma vez ou outra Maria trocava algumas palavras com a boneca. O certo, é que pontualmente pegamos Lívia na escola e ela satisfeita com sua Bruninha, a caminho de casa dava alguns conselhos à boneca: “Olhe aqui filhinha, não pode pular no sofá, a vovó Cô biga, entendeu Buninha?”.  

    Sem netos seríamos apenas velhos troncos de árvores ressequidos pelo tempo implacável incapazes florescer na primavera. Creio que os netos são o que melhor pude ter nessa passageira vida. Ah! João Miguel chegou e já tomou conta da casa.

    Perguntar não ofende

    Perguntar não ofende. Aliás, pode até ofender alguns biltres de visão vesga que acreditam na justiça na justa medida que lhe convém.

    Mas, pergunto: e se fosse Lula ou Dilma que tivesse afrontado o Supremo Tribunal Federal concedendo indulto a um aliado, o que aconteceria?

    Mestra

    Larissa Brito, deixou a “Cidade do Sal” para fazer seu mestrado nos bancos da UFRN, aqui na “Cidade do Sol”. Seja bem-vinda filha minha, que sua jornada seja leve.

    João Chegou

    João Miguel, meu mais novo neto chegou, nesse dia 24 de abril, para reclamar seu lugar no clã. Foi chegando, se abancando e junto com os outros tomaram o poder, como água encheram cada canto da casa. Segundo uma vizinha até o telhado daqui anda sorrindo.

    Caricatura

    A caricatura de Aldir Blanc para participar do 4° SOH – Salão Online de Humor de Pindamonhangaba/SP.

  • Como não acreditar na vida?

    Não sou destas pessoas que costumam lamentar, maldizer o leite derramado ou fazer drama por causa de uma topada, procuro ter ciência da exata extensão dos danos para poder seguir sem medo de ser feliz. Também não sou otimista ao ponto de acreditar que a humanidade deu completamente certo e vivemos nos melhores dos mundos, mas também não propago que o homem é um ser desprezível que deu errado. Se assim pensasse estaria atentando contra a base católica-cristã ocidental a qual impressa que somos a semelhança e imagem de Deus, certamente, o pessimista se contrapõe a este consolidado e secular dogma. Mas, há momentos em que por mais consciente das possibilidades e racional que seja o peso dos fatos lhe põe de joelhos.

    Outro dia vi nas redes sociais que um jovem teria matado a mãe, o pai e um irmão porque eles cobravam melhores notas nos estudos, de certo, fiquei, além de chocado com o fato, triste. Sabemos que o homem é capaz de tudo, de atos atrozes, de extrema falta de amor. Entretanto, somos 7,5 bilhões de pessoas, é inevitável que entre esse monte não haver degenerados, almas podres, anjos caídos, falsos profetas. Porém, as catástrofes naturais ou não são um prato cheio para o pessimista, aquele que reza para dar tudo errado e assim justificar sua rancorosa tese, estufar o peito propalando a venenosa e desesperançada frase: “Eu não disse?!” e se ainda assim der certo, facilmente, dirá “ainda não terminou”. Segundo diz o historiador Leandro Karnal sobre o pessimista.

    O pessimista é uma pessoa desprovida de generosidade, desnudo de esperança e amor próprio. O sujeito de noite não olha o luar, pena na escuridão; do dia, não bebe a luz, somente à sombra se permite, diria que é mal-amado.

    Sem medo de errar e sem constrangimentos digo estar escalado como titular no time que grita alto e em bom som “o ano passado morri, mas esse ano eu não morro”.

    É verdade que “tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro”, entretanto, posso me considerar um sujeito de sorte, pois quando há pessoas lutando seriamente e arduamente por um mundo melhor, não somente nas academias, redes sociais e churrascos de finais de semanas, mas onde faz a diferença e a diferença se faz nos detalhes. Existem pessoas todos os dias combatendo em todos os quadrantes da vida humana: nas artes, cultura, na economia, na física, na genética, na agricultura, todos buscando maneiras de superar e preservar a humanidade. Há gente de punho em riste até no lixo, isso mesmo: outro dia li um trabalho primoroso do amigo escritor, doutor em geografia e professor da UERN, Raimundo Inácio, sobre os lixões, onde o homem e o meio ambiente é agredido, degrado.

    Ser um realista bastante esperançoso me é conveniente, tento não me afogar na arrogância e presunção, com a devida e sem falsa humildade. Agora, me pergunto: como não perceber nesta jornada que sem luta não há honra na vitória? Como não saborear o milagre de ouvir os passarinhos badalando o amanhecer de um novo dia? Como não acreditar na vida quando se anuncia a chegada de mais um neto? Que venha João Miguel, junte-se aos outros cinco, o mundo e nós precisamos do seu sorriso.

    Caricatura na Tv Cultura

    Nestes próximos dias, ainda sem data definida para estreia, a Tv Cultura – São Paulo – está produzindo uma série de programetes de 3 minutos, com direção de Miguel Almeida, em comemoração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna para exibir em sua programação nacional.

    Alguns episódios trazem caricaturas dos personagens do “grupo dos 5” e mais uma de Pixinguinha que desenhamos para www.blogdobrito.com.br.  Obrigado à produtora Anna Rita Aranha Ferraciolli, pela gentileza.

    Chororô

    O “top trends” nas rodas de fofocas, no início e final de bebedeiras nos bares da orla das belas praias da zona sul da capital potiguar, foi o entalo e a força feita pelo Ministro Rogério Marinho, para engolir o choro quando elogiava seu chefe o Capitão Bufão, em um evento na capital paulista.

    Os presentes falaram de pigarro, tosse e voz embargada. Marinho sabe do dito “Quem não chora não mama”. 

    Frase

    “Não é fácil compreender o que seja a humildade” Papa Francisco

    Caricatura

    Caricatura do amigo escritor Levi Jucá, que escreveu o livro “Mendez: Mestre da Caricatura”, no qual conta a vida do grande cartunista cearense Mendez.