Sobre

“Pombo” e o “Boi”

O dito popular crava que não há nada mais fácil que julgar os outros. Entretanto, é impossível viver sem ver a vida alheia e dela fazer usos comparativos, como bons exemplos ou má conduta. Nós precisamos de referências para seguirmos avançando e melhorando nossas habilidades na convivência social. Até no mundo animal irracional isso salta aos olhos: os filhotes aprendem vendo seus pais executar, claro, não é lá das tarefas mais dificultosas, não é física quântica. Os pequenos aprendem o básico: o caminho da água, das melhores pastagens, truques para se livrarem dos predadores e se tiverem sorte de correrem mais rápidos, e assim podem até morrer de velhos.

Mas, quando falamos de humanos, o bicho pega, nós além de precisarmos de exemplos ainda temos que separar o joio do trigo, pois, somos produtores frenéticos de informações que serão projetadas como referência do que devemos fazer, se comportar, vestir, comer, andar, falar… Não se vê, a não ser por uma seleção natural ou acidente genético, um animal mudar seu jeito de ser: de comer, andar, viver – salve-se aqueles que nós os domesticamos – um fofito gato morre de fome ao lado de uma tigela apinhada de alpistes, porque ele só sabe ser gato e, gato não come alpistes, seu instinto já o pôs no mundo prontinho da silva. O ser humano nasce zerado de instinto, tem que aprender tudo e é o exemplo seu primeiro contato com o aprendizado, isso o segue pela vida inteira.

No dia 3 de novembro de 1957, os cientistas soviéticos lançaram no foguete Sputnik 2, a cadela Laika. Isso não causou nenhum frisson, agito ou excitação na comunidade canina mundial. Porém, quando o mundo soube que o cosmonauta soviético Iuri Alexeievitch Gagarin foi lançado sendo o primeiro ser humano a viajar pelo espaço, em 12 de abril de 1961. Imediatamente o mundo cientifico foi sacudido dando inicio a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética. Logo, estamos de olho, sempre no vizinho.

Portanto, não me venham com essa balela hipócrita que não podemos fazer paralelos, comparações entre o “Meninoney” e o Richarlison, o “pombo”. Fiz, faço e vou continua fazendo. Os dois têm vários pontos em comum e outros tantos bem distintos, isto, pelo que é exposto nas redes sociais por seus assessores, em entrevistas dos próprios ou de pessoas que os rodeiam: Richarlison nasceu em uma comunidade pobre, o “MeninoNey” também. Richarlison é um jogador de futebol conhecido mundialmente, o Ney também; os dois servem à seleção brasileira de futebol, creio que as semelhanças param por aí, além de serem multimilionário.

O Richarlison como cidadão tem postura e consciência social, defende causas importantes para o povo brasileiro, tais como: vacina, luta contra o racismo…O “MeninoNey”, quando perguntado se tinha sofrido com o racismo, respondeu que não, pois não era negro. Além, de ser um ruminante – como boa parte do bolsonaristas – não dá a mínima pelas causas sociais de seu país. O Richarlison, fora ser um grande jogador de futebol, é maior ainda como cidadão e vai voar muito mais alto. Neymar é apenas um grande jogador, evidentemente: Boi não voa!!! A não ser em Recife, mas isto já é outra história.


Vinicius  

O destaque da seleção brasileira de futebol no Qatar, além de Richarlison, é o Vinicius Júnior, que vem jogando o que sabe, independente se o “pezinho de cristal” esteja em campo ou não.

MeninoNey

Não, não estou satisfeito e menos ainda torço para que a lesão tire Neymar da Copa. Ele é importante para aqueles que gostam de futebol como eu e faz falta,  sim, à seleção brasileira ou para qualquer time do planeta. Para mim, se ele só jogasse seria um grande brasileiro, mas o diabo é que fala.

Frase

“Maior erro da carreira do Neymar foi ter nascido brasileiro”, disse Raphinha na defesa do amigo jogador. O “Rafha” talvez seja outro “boi voador”.

Futebol

Vi uma entrevista onde estadunidenses e iranianos juntos em euforia para torcer por suas seleções e repetiram a mesma frase para o repórter da “Vênus platinada”: “O futebol aproxima as pessoas”, é verdade verdadeira. Tenho um amigo cartunista que é árabe AbdulAmir E Al Haiky mora em Manama, Bahrein e todos os jogos do Brasil ele me liga mostrando que está torcendo por nossa seleção. Vivas ao futebol, vivas as amizades, vivas meu amigo AbdulAmir E Al Haiky.

Futebol II

O futebol é mesmo mágico. No ano de 1969, o time do Santos comandado por Pelé, parou uma guerra na Nigéria, África. O conflito foi esquecido pelos nigerianos para lotarem o estádio de Benin para ver o “Rei Pele” e seu time jogarem.

Camisa

Vesti a “amarelinha”! Jamais iria permitir que me fosse surrupiado o direito de usar as cores de nossa seleção e de nosso país, por causa de uns desmiolados. Eu e meu companheiro de jogo, meu neto João Miguel de 7 meses, vestido a rigor, do nosso “bunker” vimos a família toda “amarelada”, né Valentina?

Escrito por Brito Silva

Ecopraça edição Raizes acontece neste final de semana em Mirassol

Praça Pedro Velho passará por obras e amplo processo de requalificação