Últimas histórias

  • Entrevista Vladimir Putin

    Um bate-papo verdadeiramente falacioso

    Mr. Putin, economia ou poderio militar?

    Não haveria economia sem nossas bombas. O medo faz muito para o fortalecimento da economia.

    Mas dizem que o dinheiro russo se encontra mais fraco do que o canhão.

    Intrigas. Sempre esteve nesse patamar. Veja nossa evolução.

    O presidente dos EUA chamou um ditador acolá de “açougueiro”. O que o Sr. Diz?

    Se ele se olhar no espelho verá o quê também? Se encher muito o saco já sabe?!

    Já sabe o quê?

    Digué nada.

    O botão nuclear?

    Que é isso, gente. Sou espada!

    Alguma mensagem para o Biden?

    Se ligue aí para que eu não ligue aqui.

    Só?

    Só o quê? Olhe que eu aciono o botão.

  • Pinacoteca do Estado mostra a arte das “Violas Potiguares”

    A cantoria de viola, arte poética que se constitui na criação de versos de improviso por uma dupla de repentistas e que representa uma das mais autênticas tradições da cultura nordestina, terá um evento especial nesta quinta-feira (31), a partir das 19h, na Pinacoteca do Estado.

    É o “Violas Potiguares”, promovido pela Fundação José Augusto (FJA), que traz poética de 18 artistas do Rio Grande do Norte, entre cantadores de viola, aboiadores, poetas e coquistas que produzem a poesia popular no Estado.

    O evento terá a presença do aboiador Amâncio Sobrinho (Natal-RN), do poeta Antônio Francisco (Mossoró), das duplas de violeiros Raulino Silva (Antonio Martins e Zé Albino (Itaú), Antônio Lisboa (Marcelino Vieira) e Chico Diassis (Alexandria), Helânio Moreira (Serra de São Bento) e Felipe Pereira (Natal), Edísio Calixto (Mossoró) e Damião da Silva (Caraúbas), Zé Cardoso (Encanto) e Francisco Ferreira (Almino Afonso), Antônio Calixto (José da Penha) e Gilson Pessoa (Encanto), José Ribamar (Caraúbas) e Luciano Fernandes (José  da Penha) além dos coquistas Frank e Nazar (Serra de São Bento). A apresentação será feita pelo poeta Djalma Mota (Caicó).

    A entrada é franca com uso de máscara e apresentação do cartão vacinal. 

    Violas Potiguares

    Data: 31/03

    Horário: 19h

    Local: Pinacoteca do Estado (Praça 7 de Setembro, Cidade Alta, Natal- RN)

    Entrada franca

  • Brasil perde o talento e a sensibilidade de Elifas Andreato

    Elifas Andreato, ilustrador e um dos maiores designers gráficos do Brasil, responsável por inúmeras capas de discos que entraram para a história e de livros, além de cartazes e outros trabalhos, morreu aos 76 anos, na madrugada desta terça-feira, 29. A informação foi divulgada por seu irmão, o ator Elias Andreato, em seu perfil no Instagram. Elifas Andreato estava internado desde a última semana, após ter sofrido um enfarte. Seu corpo será cremado às 16h, no Crematório Vila Alpina.

    Na foto que escolheu para comunicar a morte de Elifas, um desenho do irmão que retrata a bandeira do Brasil dentro de uma lágrima, havia os dizeres “Adeus meu irmão amado” e ela vinha acompanhada de uma carta: “Meu irmão mais velho, desde pequenino, rabiscava seus sonhos e ia mudando o nosso destino. Tudo o que ele tocava com as suas mãos virava coisa colorida, até a dor que ele sentia era motivo de tinta que sorria. Sua travessura era zombar da pobreza e de toda a tristeza que ele via. Se o quarto era apertado, ele criava castelos longínquos. Se a fome era tamanha, ele pintava frutos madurinhos. (…)”.

    Elifas Andreato nasceu em Rolândia, em 22 de janeiro de 1946. Viveu com a família em cortiço e fazia pequenas esculturas com material que encontrava no lixo. Na adolescência, foi operário em uma fábrica de fósforo em São Paulo. Começou a fazer caricaturas e a pintar murais. Foi estagiário em agência de publicidade até chegar à Editora Abril, onde ganhou destaque por ter feito, em 1970, a coleção de fascículos História da Música Popular Brasileira. Foi aí que a cara das capas de discos começou a mudar.

    Ao longo de mais de 50 anos de carreira, fez mais de 300 capas de discos de artistas como Chico Buarque, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Toquinho e Vinicius de Moraes. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Ópera do Malandro, de Chico Buarque, A Rosa do Povo, de Martinho da Vila, Arca de Noé, clássico que embalou gerações de crianças brasileiras, e Nervos de Aço, de Paulinho da Viola.

    Capa do disco 'Arca de Noé', clássico infantil
    Capa do disco ‘Arca de Noé’, clássico infantilFoto: Reprodução Estadão / Estadão

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    Entre as capas de livros que fez, destaque para A Legião Estrangeira, de Clarice Lispector. Atuou também em publicações como a revista Argumento.

    Capa da revista Argumento, dos anos 1970
    Capa da revista Argumento, dos anos 1970Foto: Reprodução Estadão / Estadão

    Para o teatro, fez cartazes memoráveis, como os de Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra, de A Morte do Caixeiro Viajante, dirigido por Flávio Rangel em 1984, elogiado até pelo autor da peça, o americano Arthur Miller, e de Mortos Sem Sepultura, adaptação de texto de Jean Paul Sartre em 1977. Seu trabalho mais recente, aliás, foi para o teatro. É dele o cenário do musical Morte e Vida Severina, com direção de seu irmão, que estreia no Tuca em 16 de abril.

    Cartaz de Elifas Andreato para a peça Mortos Sem Sepultura, de 1977
    Cartaz de Elifas Andreato para a peça Mortos Sem Sepultura, de 1977Foto: Coleção particular/Reprodução / Estadão

    Em 2018, o artista lançou um livro com produção mais significativa. Traços e Cores reúne cerca de mil entre as suas mais de 5 mil criações, entre essas capas emblemáticas de discos, cartazes de teatro, capas de livros e cenários de peças e shows.

    Em entrevista ao Estadão por ocasião do lançamento do livro, Andreato disse que aquele “inventário” era definitivo e fechava um ciclo. E contou que dali em diante trabalharia apenas com livros e a composição de músicas para discos voltados para crianças. “Com 72 anos, a perspectiva de tempo futuro é curta, então você tem que definir um foco para os anos que faltam”, ele disse. E completou: “Acho que a educação infantil é o único caminho para sair desse imbróglio em que estamos”.PUBLICIDADE

    Veja algumas das grandes capas de discos feitas por Elifas Andreato

    Capa do álbum 'Canta Canta Minha Gente', de Martinho a Vila, de 1974
    Capa do álbum ‘Canta Canta Minha Gente’, de Martinho a Vila, de 1974Foto: Reprodução / Estadão
    Álbum de Paulinho da Viola, 'Bebadosamba', de 1996
    Álbum de Paulinho da Viola, ‘Bebadosamba’, de 1996Foto: Reprodução / Estadão
    Álbum Nação, de Clara Nunes, 1982
    Álbum Nação, de Clara Nunes, 1982Foto: Reprodução / Estadão

    Álbum 'Clementina, Cadê Você', de 1988
    Álbum ‘Clementina, Cadê Você’, de 1988Foto: Reprodução / Estadão

    Terra/Estadão

  • Governo de Pernambuco anuncia edital de convocação artística para o 30º Festival de Inverno de Garanhuns

    O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) divulgou, nesta terça-feira (29), o edital de convocação de propostas artístico-culturais para compor a grade de programação da 30ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG 2022). Assim, está dada a largada para a realização de um dos festivais de cultura e arte mais importantes do Brasil.

    O FIG 2022 reunirá uma diversidade de shows, cortejos, intervenções, recitais, concertos, vivências criativas, espetáculos, desfiles, exposições, mostras, ações de patrimônio cultural, formação e outras atividades culturais num dos municípios mais charmosos do Agreste de Pernambuco.

    Clique aqui e confira o edital.

    As inscrições das propostas artísticas deverão ser feitas a partir do dia 7 de abril (quinta-feira), indo até 17h59 do dia 30 de abril de 2022 (sábado), exclusivamente por meio da plataforma Prosas (www.prosas.com.br/editais). A publicação do resultado final das propostas classificadas deverá ser divulgada até o próximo dia 3 de junho (sexta-feira). A realização do 30º FIG está prevista para a segunda quinzena de julho de 2022.

    Poderão apresentar propostas pessoas físicas ou jurídicas, de todo território nacional, que comprovem sua atuação na atividade artístico-cultural. Serão aceitas inscrições em atividades nos seguintes segmentos culturais: Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Cultura Popular, Dança, Design e Moda, Fotografia, Gastronomia, Literatura, Música, Patrimônio Cultural e Teatro.

    “A Fundarpe precisou se antecipar para que tudo estivesse pronto para a realização do FIG. Já em fevereiro deste ano, abrimos licitações para contratação de empresa especializada em locação, montagem, manutenção e desmontagem dos palcos, sonorização e iluminação do festival. Esse edital de convocação de propostas é outro passo importante, fundamental para a construção da grade artística do FIG, um evento que completa 30 edições e sempre foi marcado pela alta qualidade das atrações”, destaca Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.

    A expectativa da Secult-PE e Fundarpe é de, mais uma vez, realizar um festival de grande impacto dentro do cenário da produção artística do Estado e que marque o reencontro da população com este importante evento nacional.

    “O FIG é um dos maiores festivais multilinguagens do Brasil e também uma plataforma que conecta artistas e grupos, entre si, e com seu público, promovendo uma circulação que é vital para a cadeia produtiva da cultura em Pernambuco”, comenta Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco.

    “O Festival de Inverno de Garanhuns tem uma história grandiosa e inspiradora para os que produzem arte e para os que a desfrutam. Desse edital de convocação artística sai mais de 80% do que o público vai poder conferir. Temos certeza que vamos fazer mais um evento de muito sucesso de crítica e de público”, opina André Brasileiro, coordenador-geral do FIG 2022.

    Entre as cláusulas do edital de convocação artística, lançado nesta sexta-feira, destaca-se o item que condiciona a realização do evento e consequente contratação de artistas e grupos selecionados aos protocolos que controlam a realização de atividades em espaços públicos, conforme definição das autoridades sanitárias.

    HABILITAÇÃO – As propostas inscritas serão avaliadas em duas etapas. Na primeira, que é a análise preliminar, é verificado o cumprimento de todas as formalidades do edital. Essa etapa consiste na apreciação da documentação anexada ao Formulário de Inscrição de cada segmento artístico-cultural e na verificação do cumprimento de todas as formalidades descritas neste edital e será realizada por equipe técnica composta por servidores e colaboradores vinculados à Fundarpe. O resultado gera propostas habilitadas e inabilitadas (que ainda poderão recorrer da decisão).

    Num segundo momento, será feita análise artístico-cultural, que consiste na avaliação de mérito do conteúdo das propostas habilitadas na análise preliminar. As análises serão feitas por comissões constituídas de profissionais com experiência comprovada em suas áreas de atuação. As propostas serão avaliadas de acordo com critérios e aspectos norteadores previstos no edital, sendo atribuídas notas para cada proposta habilitada.

    A listagem com as propostas classificadas na análise artístico-cultural será disponibilizada no Prosas e no Portal Cultura.PE (www.cultura.pe.gov.br), bem como no Diário Oficial do Estado.

    Clique aqui e confira o edital do 30º Festival de Inverno de Garanhuns.

  • Escola de Artes de Mossoró comemora 10 anos de dedicação ao ensino e à cultura

    A Escola de Artes completou, no domingo (27), 10 anos com uma trajetória de dedicação ao ensino e à cultura. As comemorações aconteceram na segunda-feira (28), com atividades entre alunos e apresentação da Banda Sinfônica Artur Paraguai.

    Aliane Medeiros está à frente da direção da Escola de Artes há seis meses e salienta que tem sido uma missão muito gratificante. “Quando recebi o convite, fiquei um pouco surpresa por se tratar de um equipamento muito importante para a nossa cidade. Ao conhecer os alunos e o projeto de cada professor, fiquei muito feliz. Sou grata pelo convite para ficar à frente da Escola de Artes. Estou muito feliz”, declarou.

    Denilson Duarte foi um dos primeiros professores a lecionar na Escola de Artes. E diz que lembrar do bem que esse equipamento tem feito à população durante os últimos 10 anos o deixa muito emocionado. “Estamos felizes, nessa data tão especial, por saber que essa escola atende a mais de 800 famílias, alunos de todas as idades. Falar dos 10 anos da Escola de Artes é sentir um arrepio na pele”, disse.

    Mariana Barbosa foi uma das primeiras alunas da Escola de Artes. Na unidade, ela estudou musicalização, violão e balé clássico. “Foram maravilhosos os anos que estudei aqui. Pude aprender muito sobre a cultura mossoroense, cresci bastante e evolui como pessoa”, ressaltou.

    A primeira-dama de Mossoró, Cínthia Pinheiro, esteve presente à comemoração dos 10 anos da Escola de Artes, representando o prefeito Allyson Bezerra. Ela ressaltou a importância do equipamento para o município. “Quero parabenizar à escola por esse legado que vem transformando vidas através das aulas. É muito gratificante para a Prefeitura saber que está oferecendo um equipamento como esse à população”, enfatizou.

  • Rampa: Edital “Estado de Luta” selecionará oito obras que receberão R$ 20 mil cada; elaboração será a partir de diálogos públicos

    Começam no próximo dia 22 os diálogos públicos voltados à construção coletiva do edital nacional “Estado de Luta”, pelo qual serão selecionadas oito obras para compor o acervo da sala de mesmo nome no Complexo Cultural Rampa, em Natal (RN), a ser inaugurado neste ano. Cada uma receberá o valor bruto de R$ 20.000,00.

    Das obras, no mínimo três devem ser de norte-rio-grandenses ou residentes no Estado há pelo menos dois anos; as selecionadas em âmbito nacional devem ser de pessoas brasileiras ou que possuam Registro Nacional de Estrangeiros, com residência no país há pelo menos dois anos. Todos os trabalhos serão adquiridos pelo Espaço Cultural Casa da Ribeira, por força do Acordo de Cooperação celebrado com o Estado do RN, bem como por intermédio da Lei Câmara Cascudo (Lei nº 7.799/1999), mantida pela Fundação José Augusto, de modo que passarão a compor o acervo patrimonial do Estado do RN.

    Serão quatro diálogos abertos e on-line, nos quais os curadores irão mediar conversas acerca do tema “Estado de Luta”. A principal proposta é levantar provocações sobre os termos “estado” e “luta”, como insumo a quem tiver interesse na seleção.

    “Estamos falando de ‘Estado de Luta’ em um espaço de camadas e de composições que se atravessam na cultura e na história. O Complexo Cultural Rampa já foi muitos outros, durante tempos de guerra e tempos de paz, ambos circunstanciados, pois nunca são tempos destituídos de lutas, de esforços perenes de vida e sonho em um mundo de desigualdades. Assim, este edital deve ser impulso para a criação de um espaço poético-político de rebeldia e visibilidade, de desgaste e regeneração, de grito, aviso e sussurro, para as diferentes escalas de luta que o módulo virá a abrigar”, explica a curadoria, formada por André Bezerra, Gustavo Wanderley e Rafael Bicudo.

    Depois, os diálogos servirão também para discutir a própria elaboração do edital, que será lançado em abril e deve ser um instrumento acessível inclusive a quem não tem familiaridade com esse tipo de processo. A ideia é construir uma comunicação sintética e objetiva, e incentivar o processo de inscrição por meio de propostas em texto, vídeo e áudio. “Incentivamos a apreensão de editais enquanto processos partilhados de criação, estimulando outras possibilidades de escuta e aproximações entre curadoria e artistas/criativas e criativos.”

    Programação e inscrições

    Os diálogos acontecerão nos dias 22, 24, 29 e 31 de março,  sempre a partir das 19h (horário de Brasília), pelo YouTube. As inscrições são gratuitas pelo link www.is.gd/dialogosestadodeluta (uma só inscrição para as quatro edições).

    A própria programação será construída coletivamente – participantes poderão dar sugestões de convidadas e convidados. Mas a 1ª edição já está definida: a abertura poética será com Josiephine Jena Jordan e, depois, a curadoria mediará conversa com o escritor, professor e filósofo Pablo Capistrano, que abordará os aspectos filosóficos e conceituais da ideia de luta como expressão da vida a partir do ponto de vista ético, político e estético. Ao final, o encontro será aberto para perguntas e conversa.

    A programação das próximas edições pode ser acompanhada pelo Instagram @rampa.cultura. Mais informações pelo e-mail contato@rampacultura.com.br.

    O Complexo Cultural Rampa

    A Rampa é uma das edificações mais representativas da história de Natal (RN). Valendo-se do seu posicionamento geográfico privilegiado, nas primeiras décadas do século XX a cidade se tornou importante entreposto aéreo, interligando Europa, África e América Latina. Nesse contexto, a Rampa funcionava como terminal de hidroaviões. Durante a Segunda Guerra Mundial, como base militar, foi um espaço-chave na história brasileira. Depois, na década de 70, aberta à população, passou a receber diversos estabelecimentos, até cair em desuso completo.

    É nessa edificação – agora totalmente reformada pelo governo do Estado do RN – que será instalado o Complexo Cultural Rampa – arte museu paisagem, um dos principais em desenvolvimento no Brasil.  Serão 11 mil m² com duas salas de exposição, salas educativas, espaço para café e restaurante, recepção, bilheteria, área externa para eventos com até três mil pessoas, estacionamento e a calçada Potengi, espaço com visão privilegiada do rio.

    A ocupação artística está sob responsabilidade da Casa da Ribeira. A curadoria é de Gustavo Wanderley e Rafael Bicudo, com coordenação museológica de Marília Bonas, além de outros seis núcleos de trabalho. O projeto é viabilizado através da Lei Câmara Cascudo de renúncia fiscal, pela qual empresas destinam parte do seu ICMS para patrocínio cultural. A captação está em curso.

    Foto: Brunno Martins

  • AMANHÃ (25): LIVE ‘A ARTE BRUTA DE ROSENO DE LIMA: DE ALEXANDRIA PARA O MUNDO’

    Transmissão acontece às 20h no Youtube do Museu Câmara Cascudo e Facebook da Sociedade Amigos da Pinacoteca, dentro do projeto lançado pela associação

    Admirada por muitos, a arte do pintor e fotógrafo potiguar de Alexandria (RN) Antônio Roseno de Lima (1926-1998) está no acervo de importantes museus, como a famosa “Collection de l’Art Brut”, de Lausanne, Suíça, além de figurar em publicações especializadas e ser comercializada em galerias de arte no Brasil e no exterior. Mas no RN, no entanto, o artista e sua arte permanecem praticamente desconhecidos.

    Para tentar reverter essa situação, o professor Geraldo Porto (UNICAMP) apresentará a vida e a obra de Roseno, tema de sua dissertação de Mestrado, em conversa com os pesquisadores Antônio Marques (UFRN/Sociedade Amigos da Pinacoteca) e Everardo Ramos (MCC/UFRN) esta terça-feira (25), a partir das 20h, com transmissão pelo Youtube e Facebook.

    A live ‘A arte bruta de Roseno de Lima: De Alexandria para o Mundo’ faz parte do Festival Cores do Interior, promovido pela Sociedade Amigos da Pinacoteca, e da programação do MCC Virtual, a plataforma digital do Museu Câmara Cascudo da UFRN, e será transmitido pelos canais das duas instituições. O acesso à conferência é gratuito, e para receber certificado de participação, inscreva-se AQUI.

    O projeto “Festival Cores do Interior” é realizado pela Sociedade Amigos da Pinacoteca e foi aprovado pela Lei Aldir Blanc do Rio Grande do Norte, via Fundação José Augusto, Ministério do Turismo e Governo Federal. A ação possibilitou a aquisição de cinco obras do artista e a oportunidade de estudá-lo mais a fundo.

    ROSENO DE LIMA

    Antônio Roseno de Lima, nascido na cidade de Alexandria (RN) em 1926, mudou-se para Campinas (SP) onde trabalhou como fotógrafo e artista plástico, falecendo nessa cidade em 1998. Sua produção remete à “arte bruta”, caracterizando-se por uma liberdade extrema, tanto em termos poéticos, quanto estéticos, com formas e cores instigantes, impactantes, muitas vezes misturando imagem e texto. Assim como sua pintura, o ofício da fotografia popular social em São Paulo é reconhecida pela riqueza da arte do lambe-lambe e integra acervo da Universidade de Campinas-SP, além de estar inserido em exposições como “A Era do Lambe”.

    Roseno viveu os últimos vinte anos na Favela “Três Marias” em Campinas. O encontro com o professor Geraldo Porto aconteceu em 1988, em uma feira de artistas primitivistas levada ao Centro Cultural da Universidade de Campinas. “Fiquei tão fortemente impressionado com a singularidade de sua pintura que imediatamente desejei adquiri-las e conhecer o seu criador. Tive a nítida impressão de estar diante de um artista raro. Um dos quadros em exposição representava um carro de boi pintado sobre Duratex com esmalte sintético. As figuras desproporcionais e rígidas eram pintadas sobre um fundo vermelho com as frases pintadas ao redor: O carro de boi, condução de cem anos atrás”, contou o professor, responsável por levar o acervo do artista para galerias do Brasil e museus do exterior.

    Serviço:

    Conferência virtual

    ‘A arte bruta de Roseno de Lima: De Alexandria para o Mundo’

    Terça-feira (25 de maio), às 20h, nos canais

    Para participar da live, acesse:

    youtube.com/c/MCCUFRN

    facebook.com/amigosdapinacoteca

    facebook.com/mccufrn

  • Festival homenageia artista plástico Antônio Roseno

    “PARA COMEÇAR FAZER O DESENHO PRECISA: LÁPIS, CANETA, ALGODÃO, QUEROSENE, THINER, GASOLINA, PINCEL, RÉGUA, TESOURA, GIZ, PAPEL, SODA CÁUSTICA, FOGO, PREGO, TRABALHO, MADEIRA, TINTA. SERROTE, MESA, CASA, CADEIRA. PARA FAZER ESSE DESENHO FICA MUITO CARO. QUEM PEGAR ESSE DESENHO GUARDE COM CARINHO. PODE LAVAR; SÓ NÃO PODE ARRANHAR TENDO ZELO, ATURA MEIO SÉCULO, E FICA PARA OS FILHOS E NETOS”. Era com um bilhete assim que o artista plástico Antônio Roseno identificava o verso de cada obra sua.

    Produzida com matérias simples, o menino humilde nascido no município potiguar de Alexandria em 1926, pintava em cores vívidas suas figuras, animais, plantas e objetos num estilo todo próprio no qual misturava desenho e palavras.

    Para homenagear esse artista tão pouco conhecido no Estado, a Sociedade Amigos da Pinacoteca realiza uma série de eventos que buscam integrar Antônio Roseno às artes plásticas locais. O Festival “As Cores do Interior” começa do 25 de maio em formato virtual com uma conferência com o professor Doutor Geraldo Porto, da Unicamp, primeiro comprador do pintor norte-rio-grandense. 

     “Roseno foi objeto de estudo da tese de doutorado do Prof. Geraldo Porto, que, desde então, acompanhou a trajetória do fotógrafo e artista. Através da relação que se estabeleceu entre Roseno, sua esposa Soledade e ele, muitas obras foram adquiridas. E, depois da sua morte, em 1998, tomou ao seu encargo colocar nos espaços de preservação da Arte Bruta o nosso artista”, conta a professora Isaura Rosado, da Sociedade Amigos da Pinacoteca.

    Assim é que as suas obras estão preservadas na “Collection de L’Art Brut de Lausanne, na Suiça. O professor também doou uma coleção de pinturas para o Museu Haus Cajeth, em Heidelberg, na Alemanha, e uma grande coleção das suas melhores fotografias para o Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas.

    Sabe-se também que Roseno está inserido em diversas publicações na Europa e em alguns catálogos no Brasil. Merece destaque o livro L’art Brut de 2016, Editora Flammarion, Paris, de autoria de Lucienne Peiry.

    Isaura conta que há quatro ou cinco anos está conversando no sentido de trazer Roseno “do mundo para terras potiguares” e que foram feitas tentativas frustradas de localização da sua família em Alexandria, através de amigos e até da prefeitura da cidade. “Enfim, o Festival As Cores do Interior abre essa porta ou janela para que possamos conversar sobre esse artista que Alexandria e o Rio Grande do Norte precisavam conhecer. A Sociedade Amigos da Pinacoteca está adquirindo um trabalho para que Roseno integre-se às artes plásticas potiguares na Pinacoteca de Mossoró, cumprindo um dever de justiça com o conterrâneo”, diz.

    Sobre o artista

    Antônio Roseno de Lima nasceu em Alexandria em 1926 e  morou na roça até os 22 anos de idade. Começou a trabalhar desde cedo, produzindo gaiolas, objetos de madeira e colheres. 

    Em 1959, casado há oito anos e com a esposa à espera do quinto filho, deixou sua família e partiu em busca de uma nova vida em São Paulo. 

    Em 1961, aos 35 anos, frequentou um curso de fotografia passando, então, a registrar festas de aniversário e casamentos, trabalhando como fotógrafo lambe-lambe nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.  Neste mesmo ano, tiveram início suas atividades na pintura. Autodidata, Roseno pintou diariamente e desenhou em série, apresentando um universo iconográfico composto por seres humanos, animais e objetos.  

    A partir de 1976, Roseno fixou-se na favela Três Marias, em Campinas, em um barraco sem iluminação elétrica onde viveu até a sua morte em 1998.

    Em 1988, conheceu o artista e professor Geraldo Porto, que iniciou a obra de Roseno no mundo artístico e fez dela tema de seu mestrado, em 1993, pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

     Festival “As Cores do Interior” 

    25.05.21 – CONFERÊNCIA DE ABERTURA – 20h

    Tema:  A ARTE BRUTA DE ROSENDO: de Alexandria para o Mundo.  

    Com o professor Geraldo Porto

    Mediação: Antônio Marques e Everardo Ramos.

    Participação e transmissão pelos canais da Associação de Amigos da Pinacoteca e do Museu Câmara Cascudo. Realização: Associação de Amigos da Pinacoteca e Museu Câmara Cascudo da UFRN. 

    22.06.21 – 20h – LANÇAMENTO DA EXPOSIÇÃO VIRTUAL pelos canais da SOCIEDADE AMIGOS DA PINACOTECA das obras de artistas representando os 150 municípios potiguares e entrega da obra de ANTÔNIO ROSENO adquirida com recursos do Prêmio para a Pinacoteca com a participação do médico e presidente do Conselho Estadual de Cultura e Diretor da SAP, Iaperi Araújo, Isaura Amélia, Dione Caldas e Secretários de Cultura.

    30.09.21 – 18h30 – ABERTURA DO SALÃO “AS CORES DO INTERIOR” na Galeria Boulier, em Mossoró, com a curadoria de Dione Caldas.

    Facebook: https://www.facebook.com/amigosdapinacoteca/
    Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=u31wUmE0bGE

  • Festival Riscado transforma paisagem com cores e desenhos do grafite em painel no Corredor Cultural de Mossoró

    O I Festival Riscado: Festival de arte urbana do Oeste Potiguar iniciou na última sexta-feira (16) com uma série de intervenções artísticas urbanas a partir da pintura do novo painel de grafite no Corredor Cultural de Mossoró.  Pouco a pouco a passagem ganha novos traços, desenhos e cores nas mãos de artistas mossoroenses e de cidades da região.  O festival foi encerrado no domingo (18), quando os grafiteiros finalizaram um painel.  A iniciativa contou com apoio da Prefeitura de Mossoró por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

    O festival foi idealização pelos artista plástico Marcelo Amarelo. O projeto já realizou oficinas lambe, grafite, stencil, pintura em latinhas de spray e show de rap on-line.  A última etapa do projeto se deu com a pintura do painel de grafite entre a rua Alfredo Fernandes e avenida Rio Branco, no Corredor Cultural.

    “A gente vinha com o projeto, houve algumas intervenções, mas por conta dos decretos e todo esse processo.  Foi uma parte on-line com oficinas e apresentação de hip hop.  Também teve os outdoors lançados na cidade, fizemos uma convocatória para os artistas da região do Alto Oeste que não puderam vim fazer o grafite presencial, mas a gente pensou em um formato para fortalecer mais ainda o movimento do grafite na nossa cidade com outros artistas que convidados para o evento.  A ideia do Festival Riscado surgiu da necessidade, os grafiteiros da nossa cidade às vezes são riscados de projetos que acontecem em Natal e outros estados.  O festival veio para reunir essa galera, esse movimento para se organizarem e começar articular novas ações durante o ano”, disse o artista idealizador Marcelo Amarelo.

    A expectativa que o Festival Riscado se consolide e seja realizado anualmente, valorizando os grafiteiros locais e trazendo artistas de outros estados e estrangeiros. “Para fazer esse fluxo de técnicas, misturas e cores para somar com grafiteiros locais”, acrescentou Marcelo Amarelo.

    Quem passar pelo Corredor Cultural pode apreciar as intervenções artísticas que transformaram a paisagem da área. “A gente deixa um registro do festival para cidade, para os moradores da cidade Mossoró com o talento dos nossos artistas locais”, destacou Marcelo Amarelo.

    O projeto foi contemplado na Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte. Contou com patrocínio da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.  Além disso, a Prefeitura de Mossoró e a Caern também apoiaram o 1º Festival Riscado. Fotos: Divulgação.