Admirada por muitos, a arte do pintor e fotógrafo potiguar de Alexandria (RN) Antônio Roseno de Lima (1926-1998) está no acervo de importantes museus, como a famosa “Collection de l’Art Brut”, de Lausanne, Suíça, além de figurar em publicações especializadas e ser comercializada em galerias de arte no Brasil e no exterior. Mas no RN, no entanto, o artista e sua arte permanecem praticamente desconhecidos.
Para tentar reverter essa situação, o professor Geraldo Porto (UNICAMP) apresentará a vida e a obra de Roseno, tema de sua dissertação de Mestrado, em conversa com os pesquisadores Antônio Marques (UFRN/Sociedade Amigos da Pinacoteca) e Everardo Ramos (MCC/UFRN) esta terça-feira (25), a partir das 20h, com transmissão pelo Youtube e Facebook.
A live ‘A arte bruta de Roseno de Lima: De Alexandria para o Mundo’ faz parte do Festival Cores do Interior, promovido pela Sociedade Amigos da Pinacoteca, e da programação do MCC Virtual, a plataforma digital do Museu Câmara Cascudo da UFRN, e será transmitido pelos canais das duas instituições. O acesso à conferência é gratuito, e para receber certificado de participação, inscreva-se AQUI.
O projeto “Festival Cores do Interior” é realizado pela Sociedade Amigos da Pinacoteca e foi aprovado pela Lei Aldir Blanc do Rio Grande do Norte, via Fundação José Augusto, Ministério do Turismo e Governo Federal. A ação possibilitou a aquisição de cinco obras do artista e a oportunidade de estudá-lo mais a fundo.
ROSENO DE LIMA
Antônio Roseno de Lima, nascido na cidade de Alexandria (RN) em 1926, mudou-se para Campinas (SP) onde trabalhou como fotógrafo e artista plástico, falecendo nessa cidade em 1998. Sua produção remete à “arte bruta”, caracterizando-se por uma liberdade extrema, tanto em termos poéticos, quanto estéticos, com formas e cores instigantes, impactantes, muitas vezes misturando imagem e texto. Assim como sua pintura, o ofício da fotografia popular social em São Paulo é reconhecida pela riqueza da arte do lambe-lambe e integra acervo da Universidade de Campinas-SP, além de estar inserido em exposições como “A Era do Lambe”.
Roseno viveu os últimos vinte anos na Favela “Três Marias” em Campinas. O encontro com o professor Geraldo Porto aconteceu em 1988, em uma feira de artistas primitivistas levada ao Centro Cultural da Universidade de Campinas. “Fiquei tão fortemente impressionado com a singularidade de sua pintura que imediatamente desejei adquiri-las e conhecer o seu criador. Tive a nítida impressão de estar diante de um artista raro. Um dos quadros em exposição representava um carro de boi pintado sobre Duratex com esmalte sintético. As figuras desproporcionais e rígidas eram pintadas sobre um fundo vermelho com as frases pintadas ao redor: O carro de boi, condução de cem anos atrás”, contou o professor, responsável por levar o acervo do artista para galerias do Brasil e museus do exterior.
Serviço:
Conferência virtual
‘A arte bruta de Roseno de Lima: De Alexandria para o Mundo’
Terça-feira (25 de maio), às 20h, nos canais
Para participar da live, acesse:
facebook.com/amigosdapinacoteca
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