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  • Mostra ‘Armorial 50’ celebra os 50 anos do movimento artístico criado por Ariano Suassuna

    Exposição começa neste dia 1º de novembro e segue aberta à visitação até fevereiro de 2025 na Pinacoteca do Estado

    Meio século se passou desde que Ariano Suassuna decidiu criar, em 1970, o Movimento Armorial. A corrente artística promove a fusão das raízes populares e eruditas da cultura brasileira e, para celebrar sua importância, Natal (RN) receberá a partir de 1º de novembro, na Pinacoteca do Estado, a Mostra Armorial 50, que reúne exposição, rodas de conversa e programação musical.

    Após passar por cidades como Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF), Campina Grande (PB), Recife (PE) e Salvador (BA), e atrair um público de mais de 400 mil pessoas, o projeto ganha novos contornos pelo Brasil em nova temporada no Nordeste, graças ao Patrocínio Oficial da Petrobras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Roaunet. A idealização e coordenação é da produtora Regina Rosa de Godoy.

    “O Circo da Onça Malhada, criado por Ariano Suassuna que reunia a trupe de artistas nas icônicas aulas-espetáculo, permanece vivo em uma nova edição, mostrando a força e intensidade de Ariano e do Movimento Armorial. Estamos percorrendo o Brasil, levando o legado de Suassuna e o espírito do Armorial a diferentes públicos, assim como ele fazia ao viajar pelo interior, muitas vezes acompanhado de músicos, bailarinos e cantores”, destaca.

    A exposição desembarca na capital potiguar trazendo cerca de 140 obras de artistas fundamentais para o Movimento Armorial, como o seu criador, Ariano Suassuna, além de Francisco Brennand, Gilvan Samico, Aluísio Braga, Zélia Suassuna, J. Borges, Romero Andrade Lima e Lourdes Magalhães, entre outros. As peças são provenientes de coleções particulares e instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães, a Oficina Francisco Brennand, entre outros.

    “A exposição é fiel à proposta de Ariano Suassuna, apresentando às novas gerações o trabalho pioneiro e engajado do autor, mostrando como ele propunha uma volta às raízes brasileiras, com profundo respeito à diversidade e às tradições, mas apresentando tudo de forma mágica, lúdica e plena de humor — um humor que faz pensar”, afirma Denise Mattar, curadora da exposição, que teve ainda consultoria do artista plástico Manuel Dantas Suassuna e do poeta e professor da UFPE, Carlos Newton Júnior.

    Além da exposição, a Mostra Armorial 50 conta com rodas de conversa e programação musical. Os eventos “Diálogos Petrobras sobre Arte Armorial” e “Encontros Petrobras de Música Armorial” acontecerão em paralelo à exposição e prometem recriar a atmosfera e o espírito de troca cultural que marcaram a época do surgimento do Movimento Armorial. A entrada é gratuita e poderá ser retirada no Sympla.

    A Mostra Armorial 50 em Natal conta com o patrocínio oficial da Petrobras, realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. O evento é produzido pela R. Godoy Cultura e recebe apoio institucional da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Norte, da Fundação José Augusto e da Pinacoteca do Estado. Além disso, conta com o apoio da InterTV, TV Universitária, Universitária FM e Sistema Tribuna de Comunicação.

    Serviço: Exposição Armorial 50


    📅 1º de novembro de 2024 a 2 de fevereiro de 2025.
    ⏰ Visitação: terça a sexta, das 8h às 17h; sábados e domingos, das 9h às 16h.
    📍 Pinacoteca do Estado – Praça Sete de Setembro, Cidade Alta. Natal (RN).
    🔗 Entrada gratuita com retirada no Sympla:

    https://www.sympla.com.br/exposicao-armorial-50—natal__2667853
  • Déjà vu: Gafanhotos

    Não precisava ser profeta, sacerdotisa, intérprete de sonhos, quiromante, jogar búzios, cartas, ler a sorte na borra de café ou chás, muito menos ser futurólogo ou ter uma bola de cristal para saber que havia muito mais coisas entre o céu e a eleição em Natal do que supunha a nossa vã filosofia. No primeiro turno, uma disputa pra chegar ao muito ressabiado eleitor das pragas que – volta e meia – surgem na política norte-rio-grandense.

    O resultado inicial foi até surpresa para muitos, afinal o ex-prefeito Carlos Eduardo parecia o prefeito de férias (prenuncio de que não acabaria bem). Sem adivinhações, o que pesou mesmo foi o apoio da máquina municipal comandada por Álvaro Dias (Republicanos), indicando Paulinho Freire para sua sucessão, que também tinha quase que a totalidade da Câmara municipal no bolso, dois senadores, alguns deputados federais, uma penca de deputados estaduais na mão, uma indústria de criação de fake News em rádios de aluguel da capital e da grande Natal, além de blogues e sites – ؙuma das pragas da modernidade, ditadas pelos gafanhotos profissionais da velha política potiguar.

    O livro Êxodo do Antigo Testamento narra as pragas do Egito, e relata os castigos enviados por Deus, para forçar a libertação do povo hebreu da escravidão. Na História atual do Rio Grande do Norte o eleitor paga pra ver se salva um dentre uma peste extremista que de uns tempos para cá infestou a política nacional e só sabe se locupletar, traçando sem nenhuma vergonha o dinheiro público.

    Se de um lado tínhamos a candidata Natália Bonavides surpreendendo ao chegar ao segundo turno, fazendo valer suas ótimas performances nos debates, deixando o candidato da extrema-direita, Paulinho Freire, parecer que iria desmaiar de tanto nervosismo e fazendo uma campanha limpa, propositiva e alegre. Do outro, aparecia o Freire, que não é só fraco nas ideias como mal preparado, com mais de 30 anos infestando o cenário potiguar como uma peste de piolhos e moscas. Mesmo assim, ele se manteve na primeira colocação, em momentos de completo despreparo nessa escuridão. “Onde fica o orçamento? Do que vive? O que come?”.

    Uma preocupação que parecia atingir os candidatos no segundo turno era reverter a alta taxa de abstenção registrada no primeiro quando Natal teve o maior índice entre as capitais nordestinas. O descrédito, a falta de transporte público – que teve sua acanhada frota diminuída -, o feriadão para o servidor municipal junto a supostas ameaças, pagamentos por ausência e até retenção de títulos eleitorais, como apontam indícios, boatos e/ou denúncias colaboraram para que não houvesse uma melhora no quadro. Ao contrário, o segundo turno apresentou uma taxa ainda maior de eleitores faltantes. Foram mais de 150 mil ausências, que segundo César Sanson, professor de ciências sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), reflete tanto em questões estruturais quanto o desencanto com a política. Pontuais também, né?

    Mas, independentemente dos obstáculos ao eleitor menos favorecido de nossa cidade, os apoios pesaram em 2024 e não foi por uma chuva de pedras, como no Egito, choveu foi dinheiro – e pesquisas e dinheiro e pesquisas… – notícia amplamente divulgada pela imprensa potiguar. O terceiro colocado Carlos Eduardo chegou a acusar, em uma postagem feita no Instagram, o atual prefeito Álvaro Dias de estar promovendo fake news e negociando apoio político em troca de cargos estratégicos na gestão municipal, revelando ainda que a aliança política com Álvaro não foi firmada devido a exigências que ele considerou inaceitáveis. Segundo o ex-prefeito, Álvaro queria quatro secretarias de “porteira fechada” em troca do apoio à candidatura de Paulinho Freire, algo que ele disse ter recusado. Finalizou dizendo que não participava de acordos dessa natureza. A peste do gado está entre nós, é bom ficar com uma pulga atrás da orelha.

    Pulga e quantos mais insetos você quiser. Afinal, sabe-se que quando a elite comemora não serão os desvalidos a se darem bem. Prova disso é que na hora da “colheita” do resultado eleitoral até uma múmia de nome Agripino, que se encontrava em sarcófago em local incerto e não sabido, apareceu para as comemorações da vitória.

    Sabe-se também que, eleição finalizada, todos que apoiaram Paulinho vão querer comer desse mato, ops, desse bolo. Mas, o que todo mundo já sabe mesmo é que não vai dar pra quem quer. Diante dos prognósticos, ou melhor, dos sinais, devemos esperar muito mais jogo de cena, muito mais engodo e tapeação, um déjà vu (ou seria déjá fu?) de Micarla. São os donos do mundo estrebuchando para não largar o poder e ter um pedaço ainda maior do que foi acordado. Talvez, para Natal, fosse melhor os gafanhotos.

  • In$tituto$ de Pe$qui$a$

    Eis um fenômeno crescente, que se intensificou no atual processo eleitoral. Nunca se viu e ouviu tanto sua preferência no pleito 2024. E não é coisa somente do Rio Grande do Norte, não. Nos grandes centros a prática é até mais abusiva, com sondagens diárias e resultados que colocam candidatos brigando pela liderança mesmo estando na última posição com diferenças de 10% ou mais. A margem de erro é uma glória para os “esquecidos”.

    Estamos na semana das escolhas de prefeitos e vereadores, e o ritmo na divulgação de pesquisas cresceu vertiginosamente nos últimos dias, quando é possível identificar distorções nos dados. A Justiça vem agindo para barrar essas pesquisas fakes, mas não está sendo fácil.

    No jogo do faz-de-contas eleitoreiro, até instituto de pesquisa outrora com confiabilidade realiza sondagem suspeitas, parecendo de aluguel. Como dizem nos inferninhos dos escritórios de campanha: tem para todos os gostos. E bolsos.

    Em Natal, para a corrida ao Palácio Djalma Maranhão, já foram realizadas quase uma centena de sondagens desde o início do processo eleitoral. Mas o que causa estranheza é que de uma hora para a outra, assim, do nada, quem está na liderança com mais de 15% de diferença do segundo colocado, como é o caso de Carlos Eduardo, vira num empate técnico contra Paulinho Freire. Carlos, que vinha sempre bem à frente do segundo colocado, candidato da extrema-direita Paulinho, do União Brasil, perdeu vertiginosamente a dianteira em algumas pesquisas. No início da semana passa, a candidata Natália Bonavides surgiu pela primeira vez liderando, ela que durante todo o processo ficou no “toma não toma” a segunda posição de Paulinho.

    No caso da Consult, instituto preferido da extrema-direita de Paulino, mostra que esse  boom nas pesquisas traz desafios importantes e armadilhas para o eleitor que ainda se deixa levar pelo “não quero perder meu voto”.

    Nesse paraíso das compras de métodos — uma 25 de março recheada de números em promoção — surgem até institutos com nomes muito parecidos de empresas já conhecidas do público, que traz dados registrados ao gosto do contratante, com metodologias irregulares e duvidosas. Além disso, em dados divulgados na mídia do Sul do país, um terço dos levantamentos tem a própria empresa se declarando como o financiador do trabalho, o que levanta muitas suspeitas. Afinal, pesquisa de intensões de votos não é um trabalho barato.

    O pior é quando empresa e candidato exageram na dose declarando gastos pelo trabalho acima do preço “tabelado”. Não à toa, a justiça foi acionada pela candidata Natália Bonavides para que o seu programa eleitoral pudesse veicular que Paulinho Freire pagou R$ 213 mil a instituto de pesquisa e de usar blogueiros para proliferação de fake News. Derrubando uma decisão inicial favorável ao candidato do União Brasil que suspendia a veiculação do valor incrível dessa pesquisa. E na real, todo mundo sabia que todo mundo já sabia o valor pago (R$ 213 mil, caríssimos e caríssimas) ao instituto Consult. Nem precisava essa muganga toda do candidato da extrema-direita potiguar.

    O que choca realmente é o desconhecimento sobre ele ter usado também blogueiros para espalhar fake News. É que por essas bandas não existem blogues de aluguel (contém sarcasmo, tiração de onda, chacota…) Não existem, mas todos sabem do que são capazes o BlogdoPG, Rogério Marinho FM, e dóNegreiros para tentar enganar o eleitor mais bronco.

    Só não contrataremos uma pesquisa para saber se o eleitor acredita nos números desses In$tituto$ de Pe$qui$a$ que cobram mais de duzentas pilas porque não temos duzentas pilas para pagar.

  • Abelhas unidas jamais serão vencidas

    Por: Ana Paula Cadengue

    Arte: Brito e Silva

    Conhecida por viver em colônias, a abelha é um inseto social que tem uma visão privilegiada, com três olhos simples, na parte frontal e dois olhos compostos, na parte lateral da cabeça. Tal conjunto possibilita que ela enxergue em cores e possa perceber predadores em potencial a distância, segundo estudo publicado no periódico Scientific Reports, da Nature, em 2017.

    Para quem não sabe muito ou quase nada sobre abelhas, também é importante destacar que as colônias em que elas vivem são ambientes organizados, com tarefas e papeis designados. Assim, existem abelhas-operárias, as abelhas-rainhas e os zangões.

    As abelhas-operárias são as mais abundantes em uma colônia e são diferenciadas pela presença de uma estrutura em forma de cesto, onde carrega o pólen, resina ou barro. Elas são responsáveis pela manutenção da colmeia, defesa, cuidado com as crias, limpeza do ninho e alimentação dos integrantes da colônia.

    As rainhas têm a função reprodutiva e são capazes de colocar milhares de ovos por dia. Já os zangões são os machos reprodutores, gerados por partenogênese, ou seja, por reprodução assexuada.

    Agora que você sabe de tudo isso, não é de estranhar o que aconteceu no Rio Grande do Norte no último dia 17 de agosto quando o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, foi atacado por um enxame de abelhas no município de Macaíba e teve que parar de bostejar. “Nós somos uma grande Nação. Nossas escolhas…”, dizia Jair, ao ser interrompido por nossas colegas operárias.

    O locutor do evento até tentou fazer piada ao dizer que o Messias era doce, mas vamos combinar que as new heroínas do pedaço não estavam para brincadeiras. É aquela coisa, operariado organizado, liderado por mulheres e vivendo em comunas não vai deixar certo tipo de gente se criar, né mores?

    Quanto ao périplo ex-presidencial pelo estado parece que só foi bom para fotos em quinas de rua e não acrescentaram nada nos intentos eleitoreiros da súcia, pelo que retratam pesquisas.

    Alertas, as abelhas sabem que a luta continua. Bzz, bzzz, bzzz.

  • Ministério da Cultura e Bradesco Seguros Apresentam “Ninguém Dirá Que É Tarde Demais”

    Espetáculo protagonizado por Arlete Salles e Edwin Luisi, chega a Natal para 3 apresentações no Teatro Alberto Maranhão

    Após protagonizar a novela da Globo “Família É Tudo”, Arlete Salles volta às ribaltas em turnê com o espetáculo “NINGUÉM DIRÁ QUE É TARDE DEMAIS”, que chega a Natal em 3 apresentações, no mês de setembro, no Teatro Alberto Maranhão.

    Depois de realizar temporadas de sucesso em São Paulo, Rio de Janeiro e tour por algumas cidades do país, o espetáculo retorna aos palcos para uma turnê por 10 cidades inéditas. Arlete Salles protagoniza o espetáculo junto de seu filho Alexandre Barbalho, seu neto Pedro Medina (que também assina o texto) e em par romântico com o celebrado ator Edwin Luisi.

    “Estou navegando em sentimentos diversos e emoções fortes. Sinto muita felicidade e admiração em ver o meu neto se aproximando dessa profissão, crescendo de forma potente. Não apresentaria meu neto como dramaturgo, se não tivesse confiança no talento dele”, conta Arlete.

    Sucesso de público, visto por mais de 300 mil pessoas nas temporadas presenciais e online, o espetáculo tem emocionado a plateia por onde passa. Com uma temática sensível, a peça aborda o amor na terceira idade tendo como pano de fundo o isolamento social durante a pandemia de COVID-19.

    De forma leve e cômica o jogo cênico reforça e abre espaço para atuações marcantes do casal protagonista. Edwin Luisi, que acumula diversos prêmios em teatro durante seus mais de 50 anos de carreira destaca: “O que me fez entrar nessa peça? A qualidade do texto; Amir Haddad, como diretor; e trabalhar com a família da Arlete. Estou contracenando com ela, o filho e o neto. Sou o intruso, rs. Mas fui lindamente acolhido”.

    Amir Haddad, que assina  a direção, é outro grande parceiro de Arlete. Os dois trabalharam há 35 anos na peça ‘Felisberto e o Café’. “Gosto de fazer um teatro esclarecedor. O teatro tem a função de iluminar as pessoas. E digo para todos: ninguém dirá que é tarde demais para coisa alguma. Sempre é o momento de colocar em prática o desejo”, elucida, aos 87 anos, um dos diretores mais premiados e mais presentes na cena brasileira.

    O título da comédia ‘Ninguém Dirá Que é Tarde Demais’, apresentada pelo Ministério da Cultura e Bradesco Seguros, foi inspirado na canção o Último Romance, da banda Los Hermanos. O autor Pedro Medina conta a história de Luiza (Arlete Salles) e de Felipe (Edwin Luisi). Por causa da pandemia, Luiza recebe, em casa, o neto Márcio (Pedro Medina). Paralelo a esta trama, Felipe, por problemas financeiros, vai morar com o filho Mauro (Alexandre Barbalho). Luiza e Felipe são vizinhos de prédios diferentes, com paredes grudadas, e estão muito sensíveis às questões da Covid-19, às questões financeiras, aos problemas domésticos e começam a implicar um com o outro sem saber a identidade de cada um. Até que um dia os dois, com máscara e álcool gel, vão rapidamente à rua, se encontram sem saber que são vizinhos. Com muita leveza, humor e dando a dimensão da solidão desses dois septuagenários, a comédia ratifica NINGUÉM DIRÁ QUE É TARDE DEMAIS.

    “Ainda não elaboramos todas as perdas que a pandemia provocou, mas entender o que já passou e o que ainda estamos vivendo, através da perspectiva do humor, da tolerância e do amor é a proposta da minha comédia”, detalha Pedro Medina.

    “Eu queria muito a oportunidade de ter um trabalho no teatro com a minha avó, de ser colega de cena de Arlete Salles. Levei um texto para Rose, mas ela já tinha um outro projeto. Resolvemos juntar uma ideia com a outra e surgiu: Ninguém Dirá Que É Tarde Demais. Minha avó é uma colega de cena fantástica. Uma atriz que admiro muito. Tem sido muito bom estar com ela. E meu pai é aquela segurança. Sempre troquei com ele minhas questões relacionadas ao texto. Um privilégio no meio de uma pandemia conseguir iniciar um projeto desse com minha avó e meu pai. Sou muito grato aos produtores pelo convite e estou muito feliz de poder mostrar meu trabalho como dramaturgo”, complementa.

    “Acho normal que o filho queira seguir a carreira dos pais. Sabíamos que um dia aconteceria o encontro, mas não sabíamos quando nem como. Acabou que não partiu de mim esse movimento. Foi meu neto, com uma completude maravilhosa, porque ele não veio só ficar comigo no palco como ator, ele veio também como autor, com o texto. Vou interpretar o texto do meu neto”, finaliza, orgulhosa, Arlete Salles.

  • Trair e Coçar

    É só Começar

    Há quem tente empurrar o golpe militar como um episódio romântico, que defendia o brasileiro do “comunismo”. Cof, cof, cof… Período imundo. Há quem olhe para os figurões que caminharam lado a lado com os golpistas com nojo. Tratá-los com desdém é o de menos. Quem não lembra do embate em uma CPI entre José Agripino, então senador da República, e a ex-presidenta Dilma Roussef? “(…) Me tocou muito uma entrevista que a senhora disse que mentia muito para sobreviver no regime de exceção. O que quero dizer com isso tudo é que tenho medo de voltarmos ao regime de exceção. Ao responder ao senador, a então ministra Dilma disse se orgulhar de ter mentido na época da ditadura. “Qualquer comparação entre ditadura e democracia, só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira. Eu tinha 19 anos e fiquei três anos na cadeia e qualquer pessoa que ousar dizer a verdade a seus torturadores pode colocar a vida de seus pares em risco (…) Eu me orgulho de ter mentido. Mentir na tortura não é fácil”.

    O currículo de José Agripino Maia é extenso, muitos feitos e fatos históricos em sua longa carreira política. Ex-prefeito biônico do Natal – indicado pela Arena, partido que apoiava o regime militar instalado no país em abril de 1964 – ex-governador, ex-senador, presidente estadual do União Brasil, Agripino trabalha com um olho na carne e o outro no peixe nas eleições municipais deste ano. Em nível nacional, o seu partido conta com Ministros no governo Lula da Silva, mas é um partido que consegue ser antipetista. Ele, historicamente contra Lula, Dilma e Cia, faz oposição ferrenha a tudo que venha do lado de lá. Coisas que o eleitor custa a entender, mas é o que a classe política afirma ser o que realmente dá “sustentação à governabilidade”.

    Consciente, Agripino disputou vaga na câmara federal nas últimas eleições pois tinha quase certeza que não teria a mínima chance de uma cadeira no senado novamente — depois do grande surto eleitoral brasileiro de 2018, que acabou elegendo uma horda de facínoras e defensores da barbárie.

    O eterno “Galego do Alecrim” só não contava perder até para federal. Suas estratégias para retornar a Brasília, na mais “fácil”, esqueceu de combinar com o eleitor para acatar a montagem, em 2022, de uma nominata com nomes fortes, entre eles dois deputados federais, Benes Leocádio e Carla Dickson. Outra aposta era o nome de Paulinho Freire, então presidente da Câmara de Natal. Benes e Paulinho se deram bem. Uma pá de cal nas pretensões do amigo de Aécio Neves, que resultou em um período no ostracismo.

    Todavia, nosso intrépido Jajá de uma hora pra outra voltou à cena política, pelo menos aqui no RN, fortíssimo e como presidente do União Brasil – que surgiu da fusão entre o Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL). Dizem até que Zé tem aquilo virado pra lua tamanha sua agilidade para contornar situação tão vergonhosa de um quase final de carreira consolidado.

    Bem, agora, dentro dos planos de expansão do partido no Rio Grande do Norte – e não é segredo pra ninguém – Agripino sonha em ter uma base sólida com nomes fortes. Em Mossoró, o nome forte era o de Rosalba Ciarlini, aquela que Adora Mossoró, e que teve seu reinado escanteado quando da tentativa de reeleição para governadora. Se sentiu traída quando foi preterida pelo partido do Galego à época, o DEM. Até poucos meses Agripino era só elogios a quem derrotou a Rosa em Mossoró, o também filiado ao União Brasil, Allyson Bezerra. “Allyson veio para ficar na política do estado. Ele é político e é bom administrator. Allyson sente a dor do dinheiro público e gasta bem, arranja bem, projeta bem. Então, ele é um quadro de qualidade e que eu não nenhuma dúvida que qualifica os quadros do União Brasil e coloca o União no rol dos pretendentes ao Governo do estado no futuro que a gente possa enxergar”, disse, acrescentando: “o estado é o futuro de Allyson”.

    O povo mossoroense já estava até achando estranho Zé do Alecrim  não sair de Mossoró nos últimos meses, vivia lá, nos cóses do prefeito. Só que de uma hora para outra algo saiu do eixo, pois o ex-prefeito biônico da capital mudou o discurso e vem insinuando que poderá pegar na mão e caminhar com o senador Styvenson Valentim, do Podemos, caso ele seja candidato a governador. “Styvenson é um homem de bem. Que tem coragem, virtudes e defeitos. Mas é um homem de bem”, afirmou olho no olho com o senador em evento recente.

    Aí, já sabem: fedeu. Todo mundo sabe que todo mundo sabe que há tempos a cordialidade entre o menino pobrezinho, de Mossoró, e o ex-prendedor de bêbados não é nada bom. Allyson inclusive se limita a chamar o ex-prendedor de bêbados de “mentiroso, arrogante e mal-informado”. O tiroteio é de lado a lado, e como o senador não tem tanto argumento quando não está com um bafômetro em mãos, vocifera aos quatro cantos cobrando o dinheiro de emendas parlamentares.

    Por enquanto, os dois estão focados nas eleições deste ano. Allyson trabalhando para a reeleição em Mossoró e Styvenson apoiando candidatos pelo RN – achando que é o dono do dinheiro das emendas. E José, como na música, é cobrado: quem será o candidato? Ele olha com aquele olhar de cabra morta, de songamonga, sabendo – despudoradamente – que para trair e coçar é só começar.

  • Adélia Prado vence o Prêmio Camões 2024

    Poeta, professora, filósofa, romancista e contista mineira conquista o principal prêmio literário da língua portuguesa

    Foto: Ministério da Cultura de Portugal

    A poeta, professora, filósofa, romancista e contista mineira Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Camões 2024, o mais importante da língua portuguesa. A reunião do júri aconteceu na manhã desta quarta-feira, de forma virtual. Os jurados foram o escritor e professor Deonisio da Silva (Brasil), o professor e pesquisador Ranieri Ribas (Brasil), o filósofo e crítico de arte poética Dionisio Bahule (Moçambique), o professor Francisco Noa (Moçambique), a professora Clara Crabbé Rocha (Portugal) e a professora Isabel Cristina Mateus (Portugal).

    O valor da premiação é de 100 mil euros, um dos maiores valores do mundo entre os prêmios literários. A premiação é concedida por meio de subsídio da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e do Governo de Portugal.

    Segundo o júri, “Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo…”, Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”.

    A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a vitória da cultura brasileira com a conquista de Adélia Prado no Prêmio Camões 2024. Ela sublinhou a importância de reconhecer a obra de uma mulher brasileira, enfatizando que Prado não só eleva a literatura nacional, mas também representa a força e a criatividade das mulheres no cenário cultural. Menezes ressaltou que este prêmio é um tributo à rica tradição literária do Brasil e à capacidade das escritoras brasileiras de capturar a essência da nossa identidade cultural.

    O presidente Fundação Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, comenta o resultado: “Adélia Prado vence o Prêmio Camões no ano da comemoração do quinto centenário do maior porta da língua portuguesa. Coincidência ou destino? Adélia não é apenas um dos maiores nomes da poesia do Brasil, mas de toda língua portuguesa, em todos os quadrantes da terra e da grande poesia. Uma poesia lírica e metafísica, amorosa e existencial, antiga e moderna. É a voz profunda de Divinópolis, que teve em Carlos Drummond de Andrade um de seu mais fervorosos leitores. Foi ele quem a descobriu para o Brasil, e hoje é o Brasil que se descobre dentro de sua obra”, afirma.

    Sobre Adélia Prado

    Adélia Prado nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, em 1935. É licienciada em filosofia.Publicou os seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte. A sua estreia individual só aconteceu em 1975, quando remeteu para Carlos Drummond de Andrade os originais de seus novos poemas. Impressionado com a sua escrita, enviou os poemas para a Editora Imago. Publicado com o nome “Bagagem”, o livro de poemas chamou atenção da crítica pela originalidade e pelo estilo.

    Em 1976, o livro foi lançado no Rio de Janeiro, com a presença de importantes personalidades como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant’Anna, Clarice Lispector, entre outros. Em 1978 escreveu O Coração Disparado, com o qual conquistou o Prémio Jabuti de Literatura, conferido pela Câmara Brasileira do Livro. Nos dois anos seguintes, dedicou-se à prosa, com Solte os Cachorros em 1979 e Cacos para um Vitral em 1980. Volta à poesia em 1981, com Terra de Santa Cruz.

    Recebeu da Câmara Brasileira do Livro, o Prémio Jabuti de Literatura, com o livro Coração Disparado, escrito em 1978.

    Sobre o Prêmio Camões

    O Prêmio Camões foi instituído pelos Governos do Brasil e de Portugal em 1988, com o objetivo de estreitar os laços culturais entre as nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e enriquecer o património literário e cultural da língua portuguesa. Com o nome do maior escritor da história da língua portuguesa – o poeta português Luís Vaz de Camões – o prêmio é atribuído aos autores, pelo conjunto da obra, que contribuíram para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa.

    O Ministério da Cultura português organiza a premiação pela parte portuguesa, cabendo à Fundação Biblioteca Nacional a organização pela parte brasileira. Em todas as edições do prêmio, o júri é composto por dois portugueses, dois brasileiros e dois representantes das demais nações da CPLP – Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique, Timor Leste e São Tomé e Príncipe. O mandato para os jurados é de dois anos.

    O diploma entregue aos laureados contém o nome de todos os países lusófonos e é assinado pelos chefes de estado do Brasil e de Portugal. Entre os 34 vencedores encontram-se autores de cinco países lusófonos (Brasil, Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde). O premiado em 2023 foi o ensaísta, crítico literário, cronista e tradutor português João Barrento.

  • O Gambito de Lawrence

    As manchetes aqui, ali e acolá, sempre dão conta de que ele é um jovem, experiente, moderado, conciliador, que joga no ataque mas não esquecendo na defesa, e que defende as boas práticas políticas e a inovação na gestão. Basta uma rápida pesquisa e quem não conhece pessoalmente o presidente da Câmara Municipal de Mossoró e pré-candidato a prefeito Lawrence Amorim vai ter uma ideia de seu perfil.

    Encarando como uma missão em um tabuleiro até bem pouco muito morno da política mossoroense, aquém das grandes e memoráveis disputas de outrora, a convocação do PSDB para sair candidato a prefeito do município nas eleições de outubro, Lawrence quer discutir os problemas da cidade com todos os segmentos possíveis, entidades, categorias e população em geral. “Estamos formando um grupo de pessoas para pensar o município de Mossoró, para que aquilo que está dando certo tenha continuidade e, aquilo que não foi feito, que poderia ter sido feito, que o município teve as condições de fazer, mas não fez, seja implementado”, disse Lawrence, em entrevista recente a uma emissora de rádio.

    Para o pré-candidato, Mossoró precisa ter um leque maior de pessoas pensando a cidade, que as decisões não sejam tão centralizadas. “Mossoró é um município muito grande, muito importante, polo de toda a uma região, e precisamos que Mossoró também esteja aberto a trazer parcerias. Seja de pessoas que estão dentro da política, com mandatos, seja de pessoas que podem contribuir através da sua dedicação, das suas ideias”, acredita.

    Com o apoio já declarado do PT, PV, PCdoB, PSB e PSDB, Lawrence segue conversando. “Estamos construindo uma aliança democrática, pensando em soluções para a Mossoró de hoje e do amanhã”.

    Mesmo com um movimento de resistência no campo progressista ao nome ao seu nome por ele ter votado em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022, Lawrence agradece ao apoio recebido e diz que o importante neste momento é “unir forças”.

    Até recentemente aliado do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), o pré-candidato Lawrence Amorim diz que pessoalmente não tem nada contra o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), mas entende que é hora de “debater ideias e projetos e que possa, realmente, fazer política olhando no olho e assumindo e cumprindo compromissos, a gente tem de ter menos discursos nas redes sociais e mais ações”.

    Ele também defende o alto nível do debate político na campanha eleitoral deste ano: “Acredito que o povo de Mossoró, a sociedade mossoroense, merece uma campanha propositiva de ambas as partes. Merece uma campanha em que se mostre o que pode ser feito por nossa cidade, e não uma campanha de ataques pessoais. Isso não interessa a população”.

    Presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB no RN, Ezequiel Ferreira reforça o posicionamento do vereador Lawrence Amorim, como forma de tirar Allyson da zona de conforto: “Fortalecimento de pré-candidaturas se faz com diálogo, trazendo partidos para se juntar ao PSDB e fazer as mudanças que Mossoró começa a sinalizar”.

    Com pesquisas divulgadas que o colocam com até 80% de aprovação, Allyson é candidato à reeleição e até o momento está confortável no Palácio da Resistência.

    “Zona de conforto em política é sempre perigoso, porque em política ou eleição só se acaba quando contam votos”, diz Ezequiel, lembrando que com o próprio Allyson foi assim. “A vitória de Allyson Bezerra em cima de Rosalba Ciarlini, estava sentada na cadeira de prefeita, de uma família tradicional de Mossoró e Allyson saiu da Assembleia, com dois anos de deputado estadual, quando ninguém acreditava, tirou Rosalba da zona de conforto”.

    Para Lawrence, mesmo com aprovação de seu adversário, este é o momento. “Não porque ele ‘está fraco ou caindo a popularidade’, e mesmo com todo o favoritismo, a democracia precisa de pessoas que façam o contraponto para o desenvolvimento da cidade, da região Oeste e do Rio Grande do Norte”.

    Com uma trajetória política exitosa, antes dos 30 anos já tinha sido eleito e reeleito prefeito da cidade de Almino Afonso, município do Médio Oeste potiguar e terra de sua família, se destacando por estar sempre aberto ao diálogo com a comunidade, na busca de soluções para os problemas locais.

    Em 2018, disputou uma cadeira na Câmara dos Deputados e conquistou a primeira suplência da coligação. “Lawrence é uma nova liderança, que vem galgando espaços e destaques não só em Mossoró, mas na região e no Estado. Ele foi candidato a deputado e chegou a quase 60 mil votos, tendo 33 mil votos somente em Mossoró, obtendo a maior votação da história para um federal. Lawrence chega e terá carta branca do PSDB para as Eleições 2024”, diz o presidente estadual do PSDB, deputado Ezequiel Ferreira.

    Em 2020, foi eleito vereador da Câmara Municipal de Mossoró. E em 2021, foi eleito, por unanimidade entre os 23 vereadores do Poder Legislativo mossoroense, o presidente da Câmara para o biênio 2021/2022 e reeleito.

    Na busca em ampliar seu leque de alianças para as eleições deste ano, Lawrence Amorim disse que não tem preconceito em relação a nenhum outro grupo político e aceita conversar com todo mundo. “Não temos nenhum problema de sentar à mesa de nenhum partido, sempre fiz política de forma moderada, não tenho inimigos políticos, tenho adversários políticos”, diz.

    Sobre as provocações que ora estão só começando numa eleição que promete ser inédita – sem Rosalba ou Rosados como candidatos -,  Lawrence afirma sem medo: “Eu sou sim um político de posição, não fico em cima do muro. Político que teve a coragem apoiar o atual prefeito em 2020, quando ainda ninguém acreditava na sua vitória, que não se escondeu no segundo turno da campanha de 2022, que agora em 2024 teve a coragem de se posicionar ao não mais concordar com o rumo que tomou a gestão municipal e sua forma de fazer política. Então, eu quero debater e discutir os problemas de Mossoró neste pleito municipal”.

    Que Lawrence é ciclista, muitos já sabem. Falta agora saber se ele é bom de xadrez.

  • Evento gratuito: Festival de Música chega à grande final e divulga nomes dos finalistas que se apresentam no Teatro Riachuelo nesta quinta-feira

    A etapa do Festival do Industriário 2024 – SESI Entoando Canções é aberta ao público, apresenta os 12 finalistas da edição e conta com shows de Khrystal, Alan Persa, Bia Gurgel e SESI Big Band

    A etapa do Festival do Industriário 2024 – SESI Entoando Canções é aberta ao público, apresenta os 12 finalistas da edição e conta com shows de Khrystal, Alan Persa, Bia Gurgel e SESI Big Band

    Na próxima quinta-feira, 30 de maio, o Festival do Industriário 2024 – SESI Entoando Canções ocupa o Teatro Riachuelo com o melhor da música. O evento é gratuito e aberto ao público de todas as idades, mediante retirada de ingresso pelo Sympla.com https://www.sympla.com.br/evento/festival-do-industriario-sesi-entoando-cancoes-final/2456181. Com início às 20h, a noite marca a Etapa Final desta importante ação desenvolvida pelo SESI/RN junto com a FIERN, direcionada aos trabalhadores da indústria do Rio Grande do Norte com foco na descoberta de novos talentos musicais. Na programação da noite, shows de Khrystal, Alan Persa, Bia Gurgel com a Orquestra SESI Big Band.

    As etapas semifinais foram divididas em três partes por regional, sendo a primeira em Natal, em seguida Caicó e por fim, na última sexta-feira (24), em Mossoró, evento realizado no Auditório SESI local. A seletiva contou com a presença do presidente da FIERN, Roberto Serquiz, e de comitiva de diretores e gestores do Sistema FIERN que participaram de missão empresarial à Região Oeste do RN.

    Nessas etapas foram escolhidos os finalistas de cada polo que concorreram em duas categorias: Interpretação e Autoral. Agora os candidatos seguem para as apresentações finais no importante palco do Teatro Riachuelo (dia 30) para todo o público potiguar. Confira a lista com o nome, empresa e cidade dos finalistas do Festival do Industriário 2024 – SESI Entoando Canções:

    Regional Natal

    – Anne Torres – CAERN – Natal/RN (Interpretação)

    – Maju Freitas – 3 Corações S/A – Natal/RN (Interpretação)

    – Val Souto – Vicunha Jeans Identity – Ceará Mirim (Autoral)

    -Gleidson Guedes – Iane Indústria de Alimentos do Nordeste – Goianinha (Autoral)

    Regional Caicó

    – Alex Sandro Fernandes Silva – Chapéus Pinotty – Caicó (Interpretação)

    – Maria da Paz Souza de Macedo – Nobre I – Jardim do Seridó (Interpretação)

    – Maria de Fátima da S. Souza – Elcione Magda Vital – Santa Cruz (Autoral)

    – Thalis Richard Medeiros de Oliveira – Massas Suprema – Santa Cruz (Autoral)

    Regional Mossoró

    – Ednardo Nobre dos Santos – EBS Perfurações – Mossoró (Interpretação);

    – Verlania Barreto da Silva – VIPETRO – Alto do Rodrigues (Interpretação);

    – Anderson Roberto de Lima – Mamsal Mossoró Salineira LTDA – Mossoró (Autoral);

    – Rhamon Higino Bezerra de Jesus – Massas Santo Antônio – Mossoró (Autoral)

    Todos receberam troféu, prêmio em dinheiro no valor de 1 mil reais e participação de preparação vocal e cênica com especialistas, que acontece nos dias 28 e 29 de maio.

    Na categoria “Melhor Torcida”, quem levou o prêmio na etapa Mossoró foi a candidata Verlania Barreto, da VIPETRO – Alto do Rodrigues, conquistando duas premiações na noite: finalista e melhor torcida.

    Sobre o Festival

    O Festival, que tem como objetivo celebrar o Dia da Indústria (comemorado no dia 25), estimular a criação artística musical dos industriários, descobrir novos talentos, fomentar e difundir a produção musical do estado, é realizado pelo SESI com co-realização da FIERN. Uma ação que fortalece o SESI como protagonista no incentivo cultural do Rio Grande do Norte. Para mais informações sobre o Festival, siga @sesirn.

  • Peso pesado

    Autolançado pré-candidado à prefeito de Natal em maio do ano passado, o general Eliezer Girão (PL) não conseguiu arregimentar nem um soldado e um cabo às suas pretensões e anunciou apoio a Paulinho Freire, do União Brasil.

    Herança nefasta da então governadora Rosalba Ciarlini que o importou para Secretário de Segurança Pública, o cearense está em seu segundo mandato como deputado federal e representa a extrema-direita com louvor.

    Em suas redes sociais e pronunciamentos, o general costuma espalhar bravatas e absurdos, não dispensando um lacre mesmo que isso resulte em prejuízo à população. Recentemente, a deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS), com apoio de deputados do Psol, protocolou uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR), contra sete deputados federais, por disseminação de fake news sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul. Entre eles, o general Girão.

    “É inacreditável que, diante da maior catástrofe climática do Brasil, parlamentares se utilizem da sua posição para propagar fake news, atrapalhando o trabalho de agentes públicos, autoridades, voluntários, dificultando o socorro rápido, criando confusão, propagando ainda mais o caos, e fazendo com que quem já está sofrendo, sofra ainda mais. É desumano e criminoso”, afirma Fernanda em nota a imprensa.

    Girão também é alvo de uma investigação do Supremo Tribunal Federal – STF por possível participação nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

    Em despacho assinado por Alexandre de Moraes, em 15 de abril de 2024, o ministro associa Girão à “possibilidade de caracterização dos crimes de associação criminosa, incitação ao crime, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”.

    Em julho de 2023, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura do inquérito para apurar suposta incitação aos atos pelo deputado Girão. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal.

    Em 19 de outubro, a Polícia Federal encaminhou relatório final aos autos. O documento da PF concluiu que ficou clara a conduta do General Girão de questionar o sistema eleitoral brasileiro e levantar dúvidas sobre a conduta do Poder Judiciário, bem como protestar por intervenção nas Forças Armadas.

    “Diante da atividade recente do representado nas redes sociais e no desempenho de seu mandato, fica clara a continuidade da conduta do representado de acusar a existência de fraude no processo eleitoral e a desonestidade do Poder Judiciário e seus membros, de modo a incitar seus seguidores a protestar por intervenção das Forças Armadas”, diz um trecho do relatório.

    Apesar de viver declarando seu amor à Constituição, o general chegou a sugerir no último dia 24 o fechamento do Congresso Nacional como forma de se rebelar contra o sistema judiciário do país.

    É de espantar que um deputado eleito e empossado clame pelo fechamento do parlamento – sob quaisquer pretextos – num regime democrático. 

    O parlamentar defende as “Bancadas Evangélica, Católica, do Agro e Da Bala” e apesar de dizer que faz “política sempre procurando unir as forças”, não é fã do contraditório e aposta alto na polarização ideológica.

    No evento em que declarou seu apoio à pré-candidatura de Paulinho Freire ao Palácio Felipe Camarão, o general destacou a ‘força’ dos partidos que apoiam a empreitada.  Para ele, o PL ao lado do PP e Podemos, partidos presididos no Rio Grande do Norte por Rogério Marinho, pelo deputado federal João Maia e o senador Styvenson Valentim, e aos demais partidos (PSDB e Republicanos), “reúnem uma grande força política para mostrar a população de Natal que é possível sim, evitar que a esquerda amplie o poder que perdeu há muito tempo” (sic).

    Para Freire, o apoio do general Girão é muito importante “por sua história e seu passado, por defender princípios e valores que eu defendo”. O deputado ainda destacou que “Existem pessoas ligadas ao general Girão que vão engordar ainda mais a nossa frente de partidas. São pessoas do bem que se vão se juntar”.

    Presidente do União Brasil, o ex-senador Agripino Maia declarou seu contentamento com o apoio, mas fez questão de enfatizar que o seu partido é de Centro e a campanha será de ‘centro democrático’.

    Pelo visto, com a experiência que tem, Agripino sabe muito bem que tudo que é demais é demasia e que certos apoios podem significar mais tempo na propaganda e mais financiamento, mas que também podem ser um peso muito grande para carregar.

    Aqui, para nós da redação da Papangu, sem medo de ofender os imbecis e os desinteligentes naturais, uma candidatura que reúne tantos próceres direitistas e promete juntar ‘pessoas de bem’, o único centro que conseguimos vislumbrar com tal aliança é aquele mesmo em que você está pensando.