Últimas histórias

  • Ação Sesc Literatura inicia atividades da Semana da Poesia em Natal 

    O Serviço Social do Comércio (Sesc RN) promove em Natal, entre os dias 23 e 27 de maio, o projeto Ação Sesc Literatura, com programação gratuita que objetiva despertar no público o interesse pelo universo literário, especialmente do gênero poesia, que vibra no RN e no Nordeste. 

    A programação inicia com a participação de convidados especiais de estados vizinhos ao Rio Grande do Norte, os artistas David Biriguy (PE) e Walter Olivério (PB), trazendo oficinas e intervenções poéticas nos dias 23 e 24 de maio. Já no dia 25, teremos um grande sarau com nomes locais de referência na literatura e na ilustração potiguar, como Graça Graúna e Luiza de Souza, mais conhecida por “IlustraLu”. Após o sarau, a noite será embalada pelo show de prosa e poesia de Yrahn Barreto. 

    No dia 26, o encontro está marcado com o grupo Mulherio das Letras Zila Mamede para realização do clube de leitura “Mulheres Lendo Mulheres”. O livro a ser discutido será o “Fios do Tempo”, de Graça Graúna. Para fechar a programação com chave de ouro, o grupo Estação de Teatro realizará o espetáculo “Candeia”, no espaço cultural Tecesol, localizado no Conjunto Pirangi. A retirada de ingressos deve ser realizada no Sesc Cidade Alta, entre os dias 19 e 16 de maio, das 08h às 17h. 

    Confira abaixo todos os detalhes da programação e acompanhe as novidades do Sesc RN no portal sescrn.com.br ou nas redes sociais (@sescrn). 

    Programação Ação Sesc Literatura – Semana da Poesia em Natal:

    • Oficina Poesia Sonora, com David Biriguy (PE) 
    • Intervenção Brincante Poético, com Walter Olivério (PB) 
      • 23/05 | Sesc Odontologia (08h30); Sesc Potilândia (10h); Sesc Zona Norte (15h) 
      • 24/05 | Sesc Rio Branco (10h); Sesc Cidade Alta (14h) 

         
    • Sarau Quinta das Artes – edição “O Ser e a Poesia: Diálogos com a Ancestralidade”, com Graça Graúna, Bia Crispim, Idyane França – Mediação por Carla Alves e ilustrações ao vivo com Luiza de Souza (IlustraLu)
      • 25/05 | Sesc Rio Branco | 19h às 20h30 

         
    • Show Prosa e Poesia, com Yrahn Barreto 
      • 25/05 | Sesc Rio Branco | 20h30 

         
    • Clube de Leitura Mulheres Lendo Mulheres – Livro: Fios do Tempo, de Graça Graúna – Organização: Mulherio das Letras Zila Mamede
      • 26/05 | Sesc Rio Branco | 18h30 

         
    • Espetáculo Candeia – Grupo Estação de Teatro 
      • 27/05 | Tecesol (Em frente ao número 4850 da R. Gov. Valadares, Conj. Pirangi, Neópolis) | 20h 
      • Retirada de ingressos: de 19/05 a 26/05, no Sesc Cidade Alta (08h às 17h) 
  • Ministério da Cultura lança Edital Carolina Maria de Jesus que premiará 40 escritoras de obras inéditas

    Nas palavras da própria Carolina Maria de Jesus, “o sonho salta do papel e dança conosco”. A iniciativa proporcionará R$ 2 milhões em recursos públicos para reconhecer trabalhos inéditos escritos por mulheres, o que torna o edital o maior desse tipo na história do Brasil. Das 40 obras selecionadas, ao menos 20% serão de mulheres negras, 10% de mulheres indígenas, 10% de mulheres com deficiência, 5% de mulheres ciganas e 5% de mulheres quilombolas. A comissão julgadora também será totalmente feminina.  

    Em sua fala, o secretário de Formação, Livro e Literatura do MinC, Fabiano Piúba, colocou a iniciativa como mais do que uma ação literária: trata-se de uma política de equidade. “Estamos executando políticas públicas de cultura, de artes, de educação, mas também de cidadania, diversidade e acessibilidade cultural com ênfase nas políticas afirmativas. Este é um edital de fomento à literatura brasileira. Voltado para premiar textos inéditos de mulheres escritoras. Um prêmio para reconhecer os processos de escritas e o ofício das escritoras na arte com as palavras”, ressaltou. 

    Já a ministra Anielle Franco celebrou o lançamento do edital e relembrou como o ato de ler e escrever foram fundamentais na sua vida. “Eu lia Carolina e eu me reconhecia em muitas situações, nas resistências das favelas. O racismo que assola a gente fez com que Carolina não fosse reconhecida. Trago aqui a importância de termos um Governo que faz um edital como esse”, pontuou. 

    Além da diversidade, a iniciativa é também um marco nas políticas públicas de acessibilidade: trata-se do primeiro edital da história a usar técnicas de linguagem simples, direito visual e design editorial. A facilitação é fruto de uma parceria entre o MinC e o Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará (IRIS). “O Prêmio Carolina Maria de Jesus já nasce muito lindo e muito diferente, mais leve, mais fácil, mais inclusivo. Pela primeira vez, fazemos a publicação de um edital da Cultura não apenas no modelo tradicional, mas também em um formato totalmente acessível”, celebrou a ministra da Cultura, Margareth Menezes. 

    O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, ressaltou a importância simbólica da premiação. “Convivemos em uma sociedade constituída pelo racismo e machismo, é preciso pensar a literatura como ferramenta para equidade. Uma premiação como essa vai ao encontro do compromisso assumido pelo governo do presidente Lula”, afirmou. 

    Inscrições 

    edital foi publicado no Diário Oficial da União dessa quarta-feira, 5 de abril. As inscrições, gratuitas, estarão abertas entre 12 de abril a 10 de junho de 2023, e deverão ser feitas exclusivamente por meio do sistema Mapas Culturais

    São elegíveis obras nas categorias conto, crônica, poesia, quadrinhos, romance e roteiro de teatro, redigidos em português do Brasil e inéditos. A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria. Não poderá haver, em nenhuma parte do texto, a indicação da autora, o que será motivo de desclassificação. 

    Carolina Maria de Jesus 

    Além de impulsionar trabalhos literários produzidos por mulheres, o prêmio lançado pelo MinC homenageia uma escritora brasileira de renome internacional: Carolina Maria de Jesus. Nascida em 1914, escrevia sobre o seu dia a dia na favela do Canindé, Zona Norte de São Paulo, até que, em 1958, conheceu o jornalista Audálio Dantas, que a auxiliou na publicação de seus diários. 

    Na solenidade de lançamento do edital, Carolina foi representada por sua filha, Vera Eunice, que relembrou a trajetória de resistência da mãe. “Ela sempre tinha um lápis, a roupa sempre tinha um bolso. Fomos criados, assim, com a minha mãe sempre escrevendo. Era uma mulher à frente do seu tempo”, relembra. 

    Emocionada, a educadora estimula a participação de mulheres negras no prêmio. “Quando a gente está escrevendo, a gente se atenta aos sentimentos, não às regras gramaticais. Coloquem os seus sentimentos”, conclamou. 

    Para mais informações, consulte o edital. 

  • Luiz Campos, um encantador de palavras

    Por Ana Cadengue

    Impossível conter as lágrimas ao ouvir pela primeira vez os versos de “Carta a papai Noel”, do poeta Luiz Campos. Se o poema doeu em mim, a situação do poeta era de cortar o coração. Sozinho, quase cego, numa casinha humilde e passando necessidades. Ajudávamos como podíamos, Túlio Ratto, eu, alguns amigos e poetas. De minigravador, para que registrasse seus versos, a faxina, telefone celular, comida ou algum trocado, convite para cantoria.

    Era triste ver um homem daquele talento naquela situação. Mas, o que poderia ser motivo de amargor, se transformava em versos, alguns cáusticos e irônicos, outros divertidos e surpreendentes. Não se furtando à responsabilidade que por ventura lhe coubesse, ele, que se orgulhava de ser filho de Mossoró, reclamava de ter sido esquecido pelo Poder Público municipal. Reclamação, diga-se, bem comum entre os que fazem cultura e não tem apoio financeiro e institucional. Principalmente, entre os verdadeiros mestres.

    Nascido aos 11 de outubro de 1939, o mossoroense Luiz Campos foi poeta, repentista e cordelista. Brincava com as palavras, mesmo estas não indo para um livro. Ria da sorte e cativava plateias pela simplicidade e o fino linguajar nordestino no trato com o vocabulário e uma velocidade invejável em anexar “causos” em tudo que fluía à sua volta.

    E é para contar essas histórias de Luiz, falecido em 2013, e para que ninguém esqueça de sua grandeza poética, que o chargista, caricaturista, artista plástico e editor da Papangu na Rede está lançando nesta sexta-feira, 24, o documentário “Luiz Campos, um encantador de palavras” em seu canal do YOUTUBE. https://www.youtube.com/watch?v=qerdMk1Bu70/

    O que começou numa entrevista para a revista Papangu em 2011, se tornou um documento importante para a memória da cultura no Rio Grande do Norte. “Tenho essa gravação há anos, sempre quis lançar, mas faltavam recursos. Com a Lei Aldir Blanc, vi a oportunidade de fazer esse resgate e contar um pouco sobre a falta que Luiz Campos faz à cultura de Mossoró e do Estado”, diz Túlio Ratto.

    No documentário, de 41 minutos, os poetas Antônio Francisco, Nildo da Pedra Branca, José Di Rosa Maria, Crispiniano Neto e Genildo Costa e o pesquisador e escritor Kydelmir Dantas falam sobre Luiz Campos e sua importância para a poesia de cordel.

    As gravações misturam diversos momentos, com Luiz Campos em 2011, cenas de seu enterro em 2013 e depoimentos colhidos agora em 2021. Poesias e causos se sucedem numa justa homenagem. “Queria ter feito mais, ter mais gente participando, mas a pandemia isolou algumas pessoas e, também, se a gente fosse contar tudo virava um seriado”, explica Túlio rindo.

    Compadre e vizinho de Luiz Campos desde menino, Antônio Francisco “conversa” com o amigo em versos e nos leva com eles para um paraíso onde a poesia e a cultura são elementos mais que valorizados, divinos.

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    “Luiz campos, um encantador de palavras”

    41 minutos

    Estreia: 24 de dezembro no canal do Youtube

    Direção: Túlio Ratto

    Produção e Entrevistas: Ana Cadengue

    Assistente de Produção: Tuca Viegas

    Diretor de Imagens: João Batista Freitas

    Edição: Ramatis Pessoa

    Ilustração em xilogravura: Rodrigo Brum

    Interpretação do poema “Meu caso é um descaso”: Carlos José

    Patrocínio: Lei Aldir Blanc, Governo do Estado do Rio Grande do Norte/Fundação José Augusto

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    CARTA A PAPAI NOEL

    Seu moço eu fui um garoto
    Infeliz na minha infância
    Que soube que fui criança
    Mas pela boca dos ôto…
    Só brinquei com gafanhoto
    Que achava nos tabuleiro
    Debaixo dos juazeiro
    Com minhas vaca de osso
    Essas catrevage, moço,
    Que se arranja sem dinheiro.

    Quando eu via um gurizim
    Brincando de velocipe,
    De caminhão e de jipe,
    Bola, revólve ou carrim
    Sentia dentro de mim
    Desgosto que dava medo,
    Ficava chupando o dedo
    Chorando o resto do dia
    Só pruque eu num pudia
    Pegá naqueles brinquedo.

    Mas preguntei certa vez
    A uns fio dum dotô
    Diga, fazendo um favô
    Quem dá isso prá vocês?
    Mim respondeu logo uns três
    Isso aqui é os presente
    Que a gente é inocente
    Vai drumí às vezes nem nota
    Aí Papai Noé bota
    Perto do berço da gente.

    Fiquei naquilo pensando
    Inté o Natá chegá
    E na Noite de Natá
    Eu fui drumi me lembrando
    Acordei, fiquei caçando,
    Por onde eu tava deitado
    Seu moço eu fui enganado
    Que de presente o que tinha
    Era de mijo uma pocinha
    Que eu mesmo tinha botado.

    Saí c’a bixiga preta
    Caçando os amigo meu
    Quando eles mostraram a eu
    Caminhão, carro e carreta
    Bola, revólver, corneta,
    E trem elétrico, até
    Boneca, máquina de pé,
    Mas num brinquei, só fiz ver
    E resolví escrever
    Uma carta a Papai Noé.

    “Papai Noé é pecado
    Aos outros se matratá
    Mas eu vou lê recramá
    Um troço qui tá errado
    Que aos fio do deputado
    Você dá tanto carrin
    Mas você é muito ruim
    Que lá em casa num vai
    Por certo num é meu pai
    Qui num se lembra d e mim.

    Já tô certo que você
    Só balança o povo seu
    E um pobre que nem eu
    Você vê, faz qui num vê
    E se você vê, por que
    Na minha casa num vem?
    O rancho que a gente tem
    É pequeno mas lhe cabe
    Será que você num sabe
    Qui pobre é gente também?

    Você de roupa encarnada,
    Colorida, bonitinha,
    Nunca reparou qui a minha
    Já tá toda remendada
    Seja mais meu camarada
    Pr’eu num chamá-lo de ruim
    Para o ano faça assim:
    Dê menos aos fio dos rico
    De cada um tire um tico
    Traga um presente pra mim.

    Meu endereço eu vou dá
    Da casa que eu moro nela
    Moro naquela favela
    Que você nunca foi lá
    Mas quando você chegá
    Qui avistá uma paioça
    Cuberta cum lona grossa
    E dois buracão bem grande
    Uma porta veia de frande
    Pode batê que é a nossa.

  • O orgânico intercala o concreto

    Anotações sobre Cravo, de Letícia Torres

    Por Eduardo Ezus

    O orgânico intercala o concreto, despedaçado. Talvez o pulso dos crucificados estenda o sangue sobre o geométrico da cruz, mas em Cravo deslizam sombras de criaturas mortas sobre a dureza rebocada. Domingo cinzento… No abandono da casa, um ser poético apaga a luz para fugir de maquiagens e memórias. Os cômodos, não. Os cômodos ficam. Resguardados na prisão domiciliar, que incorpora as mais diversas sensações. Os cômodos ficam. Deixando perfumes de naturezas passadas, por entre as vigas, olhares perdidos entre o tempo e o porta-retratos.

    Os poemas de Cravo guardam a angústia do não convencimento. A vida e a memória são passíveis de destruição em meio a quartos, camas, travesseiros. Intercalando imagens e poemas curtos com construções líricas mais extensas, Letícia Torres finca algumas dores através dos olhos do leitor, alcançando, com imagens fortes (“todo filho, uma vingança”, “o que desosso marca a página”, “não me adotei”), uma solidão da qual esquecemos, mas que, uma vez em contato, a reconhecemos de imediato, como a um velho hóspede que há muito não aparece e, subitamente surgindo, traz à tona algo adormecido.

    Como uma “mulher deixada na estremecida porta dos minutos em vão”, essa solidão ganha a forma que habita a casa e seus objetos, uma “cartilagem fazendo barulho / por um lugar no osso”. As imagens evocadas por Letícia são de um corpo feminino coberto de subjetividade, por onde podemos ter contato com os sofrimentos infringidos à mulher, sem a linguagem direta dos textos politicamente engajados, mas profundamente individual.

    Não se pode dizer que não há política no livro, pois, uma vez que nos deparamos com versos como “fico fora do lugar para não esquecer onde estou”, podemos associar e estender os significados dessa construção para refletir sobre o lugar da mulher na sociedade (uma vez que é uma poeta quem escreve), e, portanto, uma questão social e política. Mas Letícia guarda, além da consciência do lugar imposto no mundo, algo de transcendental, que a faz chegar a afirmar: “não acreditar na vida é a maior entrega que posso experimentar”. Isso nos lembra o ensaio de Agamben, intitulado “O autor como gesto”, em que diz: “O autor marca o ponto em que a vida foi jogada na obra. Jogada, não expressa; jogada, não realizada. Por isso, o autor nada pode fazer além de continuar, na obra, não realizado e não dito.”

    Continuar na obra, se perder nela. É muito possível que não encontremos a Letícia-autora em Cravo, mas a nós mesmos, vidas jogadas numa casa com “sonhos presos aos pedaços” de um “nome”, “circulando o equívoco”. Ao contrário do poeta que não pôde escrever a obra-prima que esperavam de seu talento, pois que o tinteiro havia caído, sujando suas mãos, Letícia, de dentro do seu Cravo, continuará “escrevendo mesmo quando a tintar secar”, chamando poesia “aquilo que vem dando errado”, pensando na “vida presa entre as paredes da casa”, “perdas declaradas/ em futuros duplicados”

    Em Cravo, “estados de espera”, “figurino do espetáculo que não houve”, “os segundos que reúnem os anos onde esquecidas estamos”.

  • Repentistas celebram a vida no braço de uma viola

    Os admiradores de uma boa cantoria têm compromisso marcado às 20h do dia 30 de abril quando acontecerá o Festival de Repentistas Online “Celebrando a vida no braço de uma viola”.

    Duplas como Gilson Pessoa & Luciano Fernandes, Raulino Silva & Rogério Menezes, Janailson Cardoso & José Albino e Chico Sobrinho & Felipe Pereira se revezarão em diversos gêneros dessa arte popular brasileira do improviso cantado.

    Os motes já estão definidos e terão versos em sextilhas, heptassílabos e decassílabos, como “Saí de casa levando/Minha viola e mais nada”, “Vou deixar de cantar pra não fazer /Cantoria com quem não canta nada” e “O cristão que não sabe andar armado/É porque desarmou seu coração”.

    Além do repente, haverá participação especial do aboiador Amâncio Sobrinho, Concriz e suas emboladas de coco e o poeta Antonio Francisco, imortal da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

    O evento é organizado pelo poeta, cordelista, cantador, músico e escritor José Di Rosa Maria, nome artístico de José Ribamar de Carvalho Alves, criado em 2018 em homenagem a sua mãe Rosa Maria da Costa, que antes assinava seus trabalhos com o nome de José Ribamar ou José Ribamar Alves.

    O Festival de Repentistas Online “Celebrando a vida no braço de uma viola” é um projeto contemplado pela lei Aldir Blanc e será transmitido ao vivo às 20h do dia 30 de abril pelo Facebook
    https://www.facebook.com/josedirosamaria/
    YOUTUBE
    https://www.youtube.com/channel/UCFSGpzV1KE1IkEnIZVY8RNg e
    Instagram do poeta José Di Rosa Maria
    https://www.instagram.com/josedirosamaria/

  • Poesia: Entusiasmo e inspiração dos Amigos da Pinacoteca

    Estão disponíveis nos canais @amigosdapinacoteca (Instagram) e no Sociedade Amigos da Pinacoteca (Youtube) oito vídeos com o entusiasmo e inspiração de poetas potiguares.

    O projeto é encabeçado por Iapery Araújo e Márcio de Lima Dantas expõe na telinha a verve de Adriano de Sousa, Antônio Ronaldo, Carito Cavalcanti, Márcio Simões, Márcio de Lima Dantas, Oreny Júnior, Thiago Alves, Victor H. de Azevedo.

    A Sociedade Amigos da Pinacoteca tem se destacado na cena cultural norte-rio-grandense como um agrupamento de pessoas interessadas em apoiar e fomentar atividades intelectuais e artísticas como o anual Salão Dorian Gray de Arte Potiguar, mas também no apoio aos iniciantes ou talentosos nos seus diversos ofícios das múltiplas formas de artes.

    “Percebemos, por apenas um recorte de um meio onde afloram tantos poetas, que chantamos na planície da poesia qualidade que nada fica a dever, nem por perto, nem alhures”, comentou a professora Isaura Rosado, entusiasta da Sociedade Amigos da Pinacoteca.

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    Imagem: Adiano de Sousa

  • Poeta Marina Rabelo lança segundo livro de poemas, escancarando o amor das relações familiares

    “Stela e outros poemas de amor” será lançado virtualmente quinta-feira (11).

    Neste novo trabalho, o livro se divide em três partes: a primeira é uma homenagem a sua avó materna Stela, onde a autora enxerga muito de suas inspirações afetivas e artísticas. São memórias em forma de poesia que narram um pouco dessa relação entre avó e neta que em boa parte do tempo estiveram distantes fisicamente, mas ligadas uma à outra por meio da paixão pelas palavras e de suas entrelinhas. Estes poemas são feitos para abraçar saudades.

    A segunda parte também segue a linha amorosa, como se percebe no título “outros poemas de amor”, porém de uma maneira menos singela, os poemas passeiam por sentimentos, além do amor, de desamor e esperança. É cintilância e escuridão para continuar resistindo e permanecendo.

    Na última parte, o livro caminha para um amor incendiário, com um pouco mais de força e desejo, porém há sempre algo de delicadeza no fazer poético da autora.

    O livro tem 71 poemas e a capa é uma colagem com uma fotografia da avó Stela na década de 30 feita pela artista Catarina Pessoa. A equipe de produção deste novo trabalho de Marina conta ainda com outras mulheres, diagramação e consultoria de Rita Machado, revisão e texto de orelha por Anchella Monte, prefácio escrito por Priscilla Rosa e confecção de estrelas de origami para os mimos de pré-venda por Fernanda Fernandes. A publicação é o nono trabalho do selo “Insurgências Poéticas”, realizado pela Offset Gráfica e Editora, e com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

    O que diz Marina Rabelo?

    Stela e outros poemas de amor é um trabalho muito importante para a autora, pois ela sempre desejou escrever sobre sua avó materna e suas singularidades. Marina acredita que essa narrativa de uma relação entre avó e neta aproxime muitos leitores de suas memórias afetivas de infância, mostrando que pequenas coisas do cotidiano servem para a poesia. No que diz respeito aos outros poemas de amor da obra, a autora vê o amor como um caminho de respiro e resiliência para seguir em meio a esses tempos pandêmicos tão difíceis. O que seria de nós sem a arte e sem a poesia? Neste sentido, a obra deseja abraçar leitores e conquistar novos adeptos para o hábito de ler poesia e conhecer quem escreve poesia no estado do RN, visto que o meio literário nem sempre tem ampla facilidade de espaços. A publicação de um livro em meio a uma crise de pandemia, política, socioeconômica, de poucas aberturas de editoras, de poucas livrarias, não deixa de ser um projeto corajoso para tentar alcançar mais pessoas acreditando na arte como uma direção que não deve nunca ser deixada para trás.

    Marina Rabelo

    Nascida em Fortaleza/CE, mas mora em Natal desde a tenra infância, criada com todos os sotaques e sempre vivendo rodeada de palavras. Formada em Engenharia Química pela UFRN, agora coleciona poemas e silêncios. Autora dos livros Por Cada Uma (2011), Livro de Sete Cabeças (2016), das coisas que larguei na calçada (2016) e Stela e outros poemas de amor (2021); e dos zines todo tipo de ardor (2018), desde que vim, o amor é aflição (2019) e CRUA (2020). Coautora das peças Memórias do Alecrim e de João ou Eu só queria ver os pássaros. Desde 2016 compartilhando das dores e delícias no Sarau Insurgências Poéticas junto a outros artistas que acreditam no “amar e mudar as coisas”.

    Pré-venda e lançamento virtual

    A poeta já está com seu trabalho em pré-venda e quem tiver interesse em adquirir seu livro deve entrar em contato através de suas redes sociais (Marina Rabelo/ instagram @mardelirios), por e-mail (morena.marina@gmail.com) ou comprar pelo site do Insurgências Poéticas (https://www.insurgenciaspoeticas.com.br). O lançamento será virtual, devido aos protocolos de segurança ao combate da covid-19, e acontecerá no dia 11 de fevereiro, às 20h, no perfil da autora no instagram. Na ocasião ela receberá os amigos poetas Priscilla Rosa e Thiago Medeiros.

    SERVIÇO

    Pré-venda do livro “Stela e outros poemas de amor” de Marina Rabelo (contato diretamente com a autora ou no site https://www.insurgenciaspoeticas.com.br)

    Valor do livro: R$40,00 (frete incluso)
    Live de lançamento: 11 de fevereiro, às 20h, no perfil do instagram @mardelirios

  • Sirigaita

    Poesia: Sávio Tavares
    Arte e animação: Túlio Ratto

  • Um poeta em cada esquina, com Regina Azevedo

    Nesta quinta-feira, a partir das 18h, vai ao ar uma conversa com Regina Azevedo, no segundo episódio do podcast de Um Poeta Em Cada Esquina, no Spotify e no YouTube.

    Acesse o link na bio da galera.

    Ah, tem um vídeo-poema com texto dela AQUI.

    A primeira temporada do podcast contará com seis episódios que foram realizados com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte. Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

    O projeto também conta com os apoios da @babademocanatal , @papoculturablog
    @seloanzois.