Últimas histórias

  • Que tal uma CPI das Rachadinhas?

    Tá na Rede que a bancada do PL na Câmara dos Deputados, a maior da Casa, encaminhou à Mesa Diretora um pedido de cassação do mandato do deputado André Janones (Avante-MG; foto) no âmbito do caso das rachadinhas.

    O pedido, protocolado na terça-feira, 28, será encaminhado da Presidência da Câmara ao Conselho de Ética, que deverá avaliá-lo.

    Para quem ainda está por fora desse assunto, áudios foram revelados na imprensa nacional com Janones sugerindo a criação de uma “vaquinha” mensal entre os servidores de seu gabinete na Câmara dos Deputados. A gravação é datada de 2019 (primeiro ano do primeiro mandato de Janones) quando o parlamentar afirmou que o dinheiro arrecadado seria utilizado para financiar a campanha de seu grupo político em 2020.

    “Nós vamos dividir o valor entre nós, inclusive eu. Isso é, todos. E isso é legal. Às vezes, você confunde isso com devolver salário. Devolver salário é você ficar lá na sua casa dormindo, me dá seu cartão, todo mês eu vou lá e saco e deixo só um salário pra você. Isso é devolver salário“, diz Janones no áudio.

    Bem, o PL e todos os Partidos que se comprometem em manter a boa imagem da Casa do Povo, poderia também ir à fundo criando a “CPI das Rachadinhas”. Mas acho que o vespeiro não deixaria tão importante projeto passar.

  • Tá na rede | Esquema de espionagem na Abin

    Tá na rede que as apreensões feitas na operação para apurar a conduta de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em suposto rastreamento de celulares estão revelando um outro esquema — não menos grave — clandestino de espionagem.

    Os investigadores encontraram no material recolhido, que estavam sendo utilizados para invasão em massa de computadores.

    A ferramenta de invasão por meio de um malware (software que causa danos) acessava todo o conteúdo dos computadores, segundo fontes. A intrusão clandestina pode se dar via disparo de um e-mail, por uma mensagem de texto, por WhatsApp web, por exemplo, e por acesso físico ao computador (pen drive), alvo de espionagem.

    A vítima infectada não sabe que a invasão ocorreu. E imediatamente todo conteúdo do computador passa a ser acessado pelos espiões.

    Investigadores se aprofundam na descoberta de agora para decifrar melhor quantos computadores foram infectados e espionados. E quem foram os alvos.

    As informações em relação a isso seguem sob sigilo para não atrapalhar os desdobramentos das apurações sobre estes sistemas ilegais de espionagem feitos por servidores e ex-servidores da Abin.

    Na semana passada, a PF mostrou o esquema criminoso de rastreamento de celulares conduzido pela Abin. Mais de 33 mil acessos foram feitos sobre a localização de aparelhos de ministros do STF, auxiliares, funcionários da corte, servidores públicos, jornalistas, políticos e policiais, dentro outros.

    E agora o que todos esperam é que as identidades dos arapongas sejam descobertos e paguem pelos crimes cometidos.

    Safados!

  • Tá na Rede | Pela 1ª vez, ONU acata denúncia por tortura e adota medidas

    Tá na grande rede que a denúncia se refere a violações cometidas em setembro de 2015, quando o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) fez uma incursão no Anexo de Regime Semiaberto de Presidente Prudente, no estado de São Paulo. Naquele momento, cerca de 240 pessoas presas sofreram revista geral sob violência física e psicológica e foram submetidas a tortura por duas horas e meia.

    A denúncia descreve o uso excessivo da força pelo GIR, com agressões verbais, abusos de autoridade e uso de técnicas e equipamentos não letais de forma potencialmente letal. Ela também destaca a omissão dos órgãos judiciais e extrajudiciais de fiscalização e controle do sistema carcerário.

    Passados mais de 8 anos de batalha judicial, os fatos ainda não foram investigados, os agentes não foram responsabilizados e as vítimas permanecem sem reparação ou expectativa de reparação.

    Todos os procedimentos administrativos e judiciais e todos os recursos processuais foram esgotados pela Defensoria Pública. Entre os pedidos de reparação formulados, destacam-se: indenização às vítimas; investigação e punição dos responsáveis; e reformulação da política de segurança pública, com respeito dos parâmetros de uso da força nas prisões.

    O Comitê da ONU não tem a capacidade de impor sanções caso um país ignore suas recomendações. Mas seguir o órgão é um compromisso que o Brasil assumiu ao ratificar os tratados internacionais.

  • Tá na Rede: A tentativa de abolição do Girão

    Tá na Rede que a Polícia Federal abriu um inquérito que apura a suposta incitação do deputado federal General Girão (PL-RN) nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, que resultou no ataque à democracia com a quebradeira nas sedes dos Poderes em Brasília.

    Segundo a PF, nosso caríssimo deputado (e bota caro nisso!) organizou um grupo de pessoas para “manter-se firmes no propósito de cometer crimes contra o Estado Democrático de Direito”. O deputado-abolicionista-tupiniquim fez publicações em redes sociais, deu a cara à tapa em vídeos e incitou, “em tese, animosidade entre as forças armadas e os poderes constitucionais, as instituições e a sociedade”.

    Tentativa de abolição, com emprego de violência ou grave ameaça, do Estado Democrático de Direito, e tentativa de deposição, por meio de violência ou grave ameaça, de governo legitimamente constituído.

    A comunicação da abertura do inquérito foi feita pelo delegado federal Victor Menezes e enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos alvos dos ataques de 8/1. A investigação com o Girão no meio é a continuidade de um outro inquérito, aberto em julho por Moraes. A decisão daquele mês atendeu a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal, que analisaram uma série de publicações do bolsonarista em redes sociais, onde “se verificam uma reiterada tentativa de descrédito da Justiça Eleitoral e de disseminação de notícias fraudulentas”.

    Por aqui, da nossa senzala, pensamos que o abolicionista Girão vai ter que rebolar bastante para não ser cassado.

  • Quem mandou matar Marielle?

    O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou na semana passada  um acordo de delação premiada com o ex-policial Élcio Queiroz, que “causou” um grande reboliço na rede. É que isso poderá  fornecer informações para que a investigação chegue aos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

    A investigação passou a ser acompanhada pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O delator citou o nome de um suposto intermediário responsável por contratar o ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de efetuar os disparos que mataram a vereadora carioca, e indicou a origem da arma utilizada no crime.

    A PF prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, suspeito de dar “auxílio moral e material” aos assassinatos.

    A execução de Marielle – que estava em exercício de seu mandato – permeou nos últimos anos a mais aguda polarização que marcou a política brasileira. No atual governo do PT, a elucidação do caso se tornou uma “questão de honra do Estado brasileiro”, segundo o Ministro, que afirmou que o que foi dito por Élcio Queiroz coloca o caso em um “novo patamar” e confirma o que já se sabia sobre a execução do crime. “Há uma espécie de mudança de patamar da investigação. Se conclui a investigação sobre a execução e há elementos para um novo patamar, a identificação dos mandantes. Nas próximas semanas provavelmente haverá novas operações derivadas das provas colhidas hoje.”

    Quem mandou matar Marielle?

    A pergunta perdura, mas parece que está perto de uma reposta.

  • Shein no RN

    Tá na Rede que a varejista chinesa Shein vai começar a produzir peças de vestuário em Macaíba, no Rio Grande do Norte, a partir do mês de julho.

    O anúncio foi feito ontem, 29, pelo presidente da empresa chinesa para o Brasil e América Latina, Marcelo Claure, governadora Fátima Bezerra (PT), e o presidente da brasileira Coteminas, Josué Gomes, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto.

    “Viemos aqui com a governadora Fátima porque estaremos iniciando agora no mês de julho a produção de peças do vestuário para o mercado doméstico nacional, brasileiro, e para toda a região através do Rio Grande do Norte”, disse o presidente da Coteminas, Josué Gomes.

    A Coteminas inicialmente será a responsável pela produção das peças de vestuário, em sua fábrica de Macaíba. Essa fábrica será a “integradora” do trabalho, sendo abastecida pelo trabalho de outras oficinas de costura, que estarão espalhadas pelo estado do Rio Grande do Norte.

    Josué Gomes acrescenta que a produção brasileira na Coteminas vai começar com produtos jeans, de brim e malhas de algodão e que serão investidos nesse processo US$ 150 milhões financiamento das fábricas e também para treinamento de pessoal.

    Enfim uma notícia positiva para o RN.

  • Tá na Rede: Muito óleo pra correr

    O assunto deu uma arrefecida, mas o certo é que a permanência no Governo da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda é complicada. Ela pode ser a primeira baixa na equipe do presidente Lula. O estopim da crise é a sua posição contrária ao projeto de exploração de petróleo na foz do Amazonas, de iniciativa da Petrobras, mas com veto expresso dela depois de um estudo técnico do Ibama.

    Deu nos grandes jornalões online, que Marina não conseguiu convencer quando depôs numa comissão da Câmara, não vencendo os argumentos o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que tem buscado o apoio do Congresso para viabilizar o projeto da Petrobras. O próprio Lula parece ter deixado Marina sem apoio no covil dos leões, já que é notório o seu entusiasmo na exploração do petróleo no Amazonas.

    Semana passada, Marina sofreu uma derrota no Congresso que parecia ser a pá de cal para sua saída do Governo, quando a Comissão especial que trata da Medida Provisória da reestruturação dos ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou uma nova versão do texto que retira poderes da Pasta dela.

    O veto do Ibama à exploração de petróleo próximo à foz do rio Amazonas e declarações dadas pela ministra nos dias seguintes enfureceram setores do mundo político, principalmente congressistas da região Norte.

    Vamos aguardar os acontecimentos de fritura de Mariana. Há muito óleo ainda pra correr debaixo dessa floresta.

  • Tá na Rede: Câmara aprova PL das Fake News

    A Câmara dos Deputados ignorou a pressão das big techs e aprovou nesta semana a urgência do projeto de lei que regulamenta as redes sociais e impõe sanções a plataformas que não retirarem do ar, até 24 horas após decisão judicial, conteúdos ilícitos.

    A urgência —que acelera a tramitação do PL das Fake News e permite votação direto em plenário, sem passar por outras comissões— foi aprovada por 238 a 192 votos.

    Em abril do ano passado, o mesmo requerimento havia sido derrotado por apenas 8 votos —recebeu 249 a favor, mas precisava de 257.

    O projeto em discussão traz, entre outros pontos, uma série de obrigações aos provedores de redes sociais e aplicativos de mensagem, como a moderação de conteúdo.

    No RN, Mineiro, Nathália e Robinson Faria votaram a favor. Benes Leocádio, sargento Gonçalves, general Girão e Paulinho Freire foram contra. João Maia esteve ausente.

    A grande surpresa nessa história, no RN, foi o voto do ex-governador, pai de Fábio Faria, o Robinson, que já está sendo chamado pela extrema direita de traidor.

  • Tá na Rede: Desgraça e R$ 7 bi não investidos em ações de combate às enchentes

    Deu na Folha, do último domingo, que o Governo de São Paulo não investiu, por 13 anos seguidos, a totalidade das verbas previstas no orçamento para serviços e obras no combate às enchentes. O montante supera R$ 7,3 bilhões deixados para trás desde 2010.

    Segundo a reportagem, o levantamento teve como ponto de partida as cifras previstas no orçamento da rubrica de Infraestrutura Hídrica e Combate à Enchentes. Projetos como a implantação dos sistemas de drenagens, preservação das regiões de várzea e afluentes com o propósito de mitigar as inundações, construções de reservatórios de águas pluviais – os piscinões – e a manutenção da rede hidráulica.

    Vergonhoso saber que nesse tempo todo apenas 60% de toda a grana reservada e disponível foi usada para Infraestrutura Hídrica e Combate à Enchentes, um montante de R$ 18,1 bilhões — valores da época foram atualizados através da calculadora disponível no portal do Banco Central do Brasil.

    Vergonhoso e inadmissível.

    Questionados, os ex-governadores Alckmin, França, Doria e Rodrigo não se pronunciaram.

    Para 2023, o primeiro ano de Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes, o orçamento é de R$ 2,1 bilhões para Infraestrutura Hídrica e Combate à Enchentes.

  • Tá na Rede: Posicionamento político é todo dia

    A colunista do UOL, Milly Lacombe, escreveu nesta semana que “Neymar terá que lidar com o fato de defender um país que não gosta dele”. A escritora discorre brilhantemente sobre essa realidade, que muitos ainda insistem em não ver.

    “Menino Ney está triste. Se sente injustiçado; não entende por que é tão detestado pelo país cujas cores defende com excelência.

    O colega Raphinha foi às redes dizer que o Brasil não merece o Neymar, intensificando a sensação de menino Ney é um injustiçado e incompreendido.

    Esqueçam em quem ele votou, pedem. As eleições acabaram, agora é Copa, completam.

    A verdade é que o menino Ney não votou porque ele não transferiu seu título de eleitor, mas menino Ney declarou que votaria em Bolsonaro.

    Ele tem direito de votar em quem quiser, berram muitos.

    Verdade: teria mesmo.

    Teria esse direito sagrado se um dos candidatos não fosse alguém de extrema-direita que diz amar a tortura, que tem como herói de vida um torturador que organizava o estupro de mulheres e arrastava os filhos pelas mãos para assistir ao estupro, que acena alegremente para o nazi-fascismo, que defende Hitler, que acha que negros podem ser medidos em arrobas, que mulheres merecem ser estupradas, que gays devem morrer.

    Aos que ainda evocam os direitos democráticos de Menino Ney declarar voto em quem quiser eu diria que, nesse contexto, o único dever democrático seria o de se manifestar contra esse candidato.

    Qualquer outra posição é apoio direto ou indireto ao nazi-fascismo bolsonarista.

    Não é pouca coisa. É coisa demais, aliás.

    Mas menino Ney calou sobre os horrores de seu amigo Bolsonaro e depois fez uma dança juvenil para declarar voto avisando que dedicaria um gol a ele na Copa.

    Bem, esse gesto de amor a Bolsonaro não acontecerá na primeira fase. Menino Ney está fora por contusão.

    Saiu de campo chorando. Pouco vibrou pela vitória. Está atento a si mesmo.

    A Copa era para ser dele mas a marcação implacável e violenta o tirou de jogo e da primeira fase.

    Neymar não é um menino, como tentam fazer parecer a todo o instante. É um homem de 30 anos.

    Ele sabe perfeitamente que, jogando como joga, se não soltar a bola rapidamente vai ser marcado com intensidade. No jogo com a Sérvia ele segurou a bola e não deu passes que poderiam ter virado gol de seus colegas.

    Optou por chamar para si a responsabilidade e quem viu o jogo com olhos atentos entendeu o que ele fez e o que ele deixou de fazer.

    Aos que dizem que o posicionamento político dele está no passado e que agora é hora de Copa do Mundo eu diria o seguinte: posicionamento político nunca está no passado.

    Posicionamento político é todo dia.

    É o que a gente faz das nossas vidas, é como a gente trata outros, é as lutas que a gente escolhe lutar e as lutas que a gente escolhe ignorar.

    É tentar driblar o fisco, ser multado e agir para negociar a multa mesmo sendo bilionário.

    É fazer isso sabendo que os 88 milhões de reais da multa poderiam ser usados na construção de hospitais, escolas, estradas.

    “Ah, mas no Brasil tem muita corrupção. O dinheiro não vai ser usado pra isso”.

    Bem, se você não pagar impostos o dinheiro certamente não será usado.

    Mas, se pagar, existe uma chance que é estatisticamente boa de ele ser usado sim.

    E se parte dele for usada já é melhor do que nada.

    (Para entender a treta com a receita: em 2015 Neymar foi autuado em R$ 188 milhões por não ter declarado seu imposto de renda no valor de R$ 63,6 milhões de 2011 a 2013. Sobre o valor inicial, houve multa e juros de 150%. Os advogados de Neymar recorreram da multa e conseguiram anular parte das sanções. Os 88 milhões é o valor dos 63,6 corrigidos).

    Posicionamento político é colaborar com a investigação de uma acusação de violência sexual. Mas Neymar não fez isso quando foi acusado por uma funcionária da Nike e, ao não fazer, teve seu contrato interrompido pela empresa.

    Posicionamento político é todo dia.

    Veja a coluna completa em https://www.uol.com.br/esporte/colunas/milly-lacombe/2022/11/26/neymar-tera-que-lidar-com-o-fato-de-defender-um-pais-que-nao-gosta-dele.htm