Tá na rede que as apreensões feitas na operação para apurar a conduta de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em suposto rastreamento de celulares estão revelando um outro esquema — não menos grave — clandestino de espionagem.
Os investigadores encontraram no material recolhido, que estavam sendo utilizados para invasão em massa de computadores.
A ferramenta de invasão por meio de um malware (software que causa danos) acessava todo o conteúdo dos computadores, segundo fontes. A intrusão clandestina pode se dar via disparo de um e-mail, por uma mensagem de texto, por WhatsApp web, por exemplo, e por acesso físico ao computador (pen drive), alvo de espionagem.
A vítima infectada não sabe que a invasão ocorreu. E imediatamente todo conteúdo do computador passa a ser acessado pelos espiões.
Investigadores se aprofundam na descoberta de agora para decifrar melhor quantos computadores foram infectados e espionados. E quem foram os alvos.
As informações em relação a isso seguem sob sigilo para não atrapalhar os desdobramentos das apurações sobre estes sistemas ilegais de espionagem feitos por servidores e ex-servidores da Abin.
Na semana passada, a PF mostrou o esquema criminoso de rastreamento de celulares conduzido pela Abin. Mais de 33 mil acessos foram feitos sobre a localização de aparelhos de ministros do STF, auxiliares, funcionários da corte, servidores públicos, jornalistas, políticos e policiais, dentro outros.
E agora o que todos esperam é que as identidades dos arapongas sejam descobertos e paguem pelos crimes cometidos.
Safados!