Tá na Rede que a Polícia Federal abriu um inquérito que apura a suposta incitação do deputado federal General Girão (PL-RN) nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, que resultou no ataque à democracia com a quebradeira nas sedes dos Poderes em Brasília.
Segundo a PF, nosso caríssimo deputado (e bota caro nisso!) organizou um grupo de pessoas para “manter-se firmes no propósito de cometer crimes contra o Estado Democrático de Direito”. O deputado-abolicionista-tupiniquim fez publicações em redes sociais, deu a cara à tapa em vídeos e incitou, “em tese, animosidade entre as forças armadas e os poderes constitucionais, as instituições e a sociedade”.
Tentativa de abolição, com emprego de violência ou grave ameaça, do Estado Democrático de Direito, e tentativa de deposição, por meio de violência ou grave ameaça, de governo legitimamente constituído.
A comunicação da abertura do inquérito foi feita pelo delegado federal Victor Menezes e enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um dos alvos dos ataques de 8/1. A investigação com o Girão no meio é a continuidade de um outro inquérito, aberto em julho por Moraes. A decisão daquele mês atendeu a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal, que analisaram uma série de publicações do bolsonarista em redes sociais, onde “se verificam uma reiterada tentativa de descrédito da Justiça Eleitoral e de disseminação de notícias fraudulentas”.
Por aqui, da nossa senzala, pensamos que o abolicionista Girão vai ter que rebolar bastante para não ser cassado.