Últimas histórias

  • Cineastas potiguares podem inscrever obras para o Cine Circo Potiguar

    Cineastas potiguares podem inscrever suas obras até o dia 12 de outubro para serem exibidas no Cine Circo Potiguar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através de um formulário eletrônico.

    Criado em 2022, o Cine Circo Potiguar é um projeto itinerante que integra as linguagens do audiovisual e das artes cênicas em um produto cultural da economia criativa. Seu objetivo é contribuir para a democratização do acesso ao cinema e à palhaçaria produzidos no estado do Rio Grande do Norte.

    Podem se inscrever curtas potiguares de realizadores naturais ou domiciliados no Rio Grande do Norte, com duração de até 25 minutos e finalizados a partir de janeiro de 2018. Os filmes devem ter classificação etária livre.

    Para participar, é necessário preencher a ficha de inscrição online, disponível em: bit.ly/inscricaocinecircopotiguar. A pessoa responsável pela inscrição deve fornecer um link para visualização e download do filme em alta resolução, juntamente com a senha de acesso (se houver). Não serão aceitos links de transferência de arquivos em sites de armazenamento de dados que tenham prazo de expiração.

    Para obter mais informações, consulte o regulamento presente no formulário de inscrição e também no perfil do Cine Circo Potiguar no Instagram @cinecircopotiguar.

    Este projeto tem o patrocínio da Prefeitura do Natal, Programa Djalma Maranhão e UNIMED NATAL, apoio do SEBRAE/RN, através do Edital de Economia Criativa 2023. Uma realização do Kurta na Kombi e Palhaço Piruá, com produção da TAYÓ Produções.

  • Museu Câmara Cascudo lança documentário histórico sobre a festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

    Que tal voltar no tempo e reviver os cem anos da Irmandade de São Sebastião e Nossa Senhora do Rosário? Essa é a proposta do vídeo lançado no canal do Museu Câmara Cascudo. A narrativa audiovisual foi criada a partir de imagens em película de 16mm e gravações de áudio descobertas no Arquivo Institucional do MCC em 2022 e reeditadas por Julhin de Tia Lica, multiartista e membro da organização religiosa. 

    As imagens originais são fruto da expedição liderada por Veríssimo de Melo ao município de Jardim do Seridó, distante 250km de Natal. Entre dezembro de 1963 e janeiro de 1964, ele documentou as celebrações centenárias da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos na região.

    A equipe de Veríssimo contava com a participação de Elizabeth e Nássaro Nasser e Raymundo Teixeira da Rocha. As imagens são do cinegrafista Luiz de França Filho. Além do filme e das gravações em fitas de rolo, a expedição coletou ainda partituras e letras de músicas cantadas e tocadas na celebração, bem como uma descrição dos festejos. Os resultados foram publicados nos Arquivos do IA e estão disponíveis para consulta na Biblioteca do Museu.

    O material foi digitalizado e reeditado em uma parceria do Museu Câmara Cascudo com o grupo religioso e foi exibido, quase 60 anos depois, em novembro de 2022, durante o Sankofa, Encontro dos Reinos Pretos do RN. Confira a obra no canal do Museu Câmara Cascudo.

  • Orquestra Petrobras Sinfônica estreia hoje (29) Instalação Sonora Itinerante no Midway

    Em celebração aos 70 anos de sua patrocinadora, a Petrobras, a Orquestra Petrobras Sinfônica vai oferecer uma experiência imersiva para o público. A Instalação Sonora Itinerante vai percorrer quatro cidades brasileiras – Natal, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro – entre setembro e novembro. Na capital potiguar, a exposição, que é gratuita, fica em cartaz de 29/9 a 3/10, no Shopping Midway Mall.

    Dispostas em um ambiente acusticamente preparado para o evento e ocupando a mesma posição dos instrumentos em um concerto, as 16 caixas que compõem a Instalação reproduzem a sonoridade de diferentes naipes da Orquestra Petrobras Sinfônica, dando a oportunidade ao visitante de ouvir cada uma das seções da orquestra separadamente. À medida que se desloca, o público pode escutar toda a orquestra e também ter a chance de ocupar o lugar do maestro, garantindo uma experiência única.

    Conforme o visitante se move pela instalação, sobretudo de olhos fechados, é possível perceber os sons de maneira diferenciada, explorando as relações entre música, imagem e espaço por meio do entrelaçamento das mídias. “A Instalação Sonora desperta no público todo o encantamento do mundo sinfônico. É como se o visitante fosse transportado para dentro da Orquestra, com os músicos tocando à sua volta”, explica o violista Fernando Thebaldi, um dos diretores artísticos da Orquestra Petrobras Sinfônica.

    Além disso, tablets com informações sobre os instrumentos de cada naipe e imagens em vídeo dos músicos interpretando as quatro obras da instalação sonora estarão disponíveis junto às caixas de som. Para incrementar ainda mais a imersão, a instalação conta com um telão, ao fundo, com vídeos da Orquestra Petrobras Sinfônica executando o repertório sincronizado às caixas, com as seguintes composições: “Cidade maravilhosa”, de André Filho, com arranjo de Gilson Santos; “Estações brasileiras”, de Jessé Sadoc; “Sinfonietta seconda: Carnevalle”, de Ernani Aguiar; e “Brasil vertentes”, de Vittor Santos.

    Uma das características do repertório elencado é a brasilidade. A escolha das obras foi pautada pela representatividade dos instrumentos, incluindo alguns não tão usuais no universo sinfônico, mas que proporcionam uma experiência bastante interessante na Instalação Sonora. “A Sinfonia de Ernani Aguiar é uma obra magnífica, que retrata o Carnaval. Há movimentos mais lentos, que destacam a marcha rancho, mas também tem frevo e escola de samba, com instrumentos característicos da música brasileira”, conta Fernando Thebaldi.

    As obras de Vittor Santos e Jessé Sadoc foram compostas especialmente para a Orquestra Petrobras Sinfônica, evidenciando a brasilidade evocada neste projeto. “‘Brasil vertentes’ visita diversos ritmos nacionais de uma maneira inventiva e grandiosa. Exímio compositor e arranjador, Vittor mistura os gêneros com maestria. Em ‘Estações brasileiras’, Jessé pega carona na obra máxima de Vivaldi, ‘As quatro estações’, e aplica um colorido nacional. É uma maneira única de retratar nossa música e nosso país”, completa o músico. 

    A gravação do áudio foi realizada na sala de ensaio da Orquestra Petrobras Sinfônica, no Rio de Janeiro, em quatro etapas. Primeiro, os instrumentos de cordas (violinos, violas, violoncelos e contrabaixos) foram gravados, correspondendo a cinco caixas da Instalação Sonora. Depois, foi a vez das madeiras (flautas, oboés, clarinetas e fagotes), que ocupam quatro caixas da exposição. Em um terceiro momento, os metais (trompas, trompetes, trombones e tuba), que são identificados em três caixas sonoras. Por último, a percussão (agogô, apito, atabaque, bateria, bombo, caixa, cowbell, ganzá duplo, pandeiro, pratos, reco-reco, surdo, tamborim, tímpanos e xilofone) foi gravada, sendo reproduzida em duas caixas. Há ainda outras duas caixas destinadas exclusivamente aos graves.

    Uma das curiosidades dos bastidores da Instalação Sonora que proporciona um efeito impressionante é o fato de o som ser processado em tempo real. “Os computadores não estão apenas reproduzindo as músicas da instalação, mas também processando o áudio ao vivo de modo que o visitante sinta, de fato, que os músicos estão presentes na exposição”, explica Eduardo Monteiro, técnico de áudio responsável pela concepção técnica do projeto da Orquestra Petrobras Sinfônica.

    O tempo total de imersão, ao percorrer todo o trajeto, é de aproximadamente 30 minutos. Uma oportunidade imperdível de vivenciar a magia da música sinfônica.

    SERVIÇO

    Instalação Sonora Itinerante – Orquestra Petrobras Sinfônica

    NATAL (RN)

    Exposição: de 29/9 a 3/10

    Local: Midway Mall – PISO L3

    (Av. Nevaldo Rocha, 3775 – Tirol)

    Classificação indicativa: Livre

    Acesso Gratuito

    Repertório

    Orquestra Petrobras Sinfônica

    Felipe Prazeres, regência

    ANDRÉ FILHO

    Cidade maravilhosa

    Arranjo de Gilson Santos

    JESSÉ SADOC

    Estações brasileiras

    ERNANI AGUIAR

    Sinfonietta seconda: Carnevalle

    1. Samba | Allegro
    2. Frevo | [Allegro]

    III. Marcha rancho | [Andante]

    1. Escola de samba | [Allegro]

    VITTOR SANTOS

    Brasil vertentes

    Sobre a Orquestra Petrobras Sinfônica

    Aos 48 anos, a Orquestra Petrobras Sinfônica se consolida como uma das mais conceituadas do país e ocupa um lugar de prestígio entre os maiores organismos sinfônicos do continente. Criada pelo maestro Armando Prazeres, a orquestra se firmou como um ente cultural que expressa a pluralidade da música brasileira e transita fluentemente por distintos estilos e linguagens. Tem como diretor artístico e maestro titular Isaac Karabtchevsky, o mais respeitado regente brasileiro e um nome consagrado no panorama internacional.

    Site: https://petrobrasinfonica.com.br | Facebook: @PetrobrasSinfonica | Instagram e YouTube: @petrobras_sinfonica

    Modelo de gestão
    A Orquestra Petrobras Sinfônica possui uma proposta administrativa inovadora, sendo a única orquestra do país gerida por seus próprios músicos.

    Sobre a Petrobras
    Patrocinadora oficial da Orquestra Petrobras Sinfônica há 36 anos, a Petrobras oferece uma parceria essencial para mantê-la entre os principais organismos sinfônicos do continente, sempre desenvolvendo um importante trabalho de acesso à música clássica, de formação de jovens talentos egressos de projetos sociais diversos, bem como de formação de plateia. Ao incentivar diversos projetos, a Petrobras coloca em prática a crença de que a cultura é uma importante energia que transforma a sociedade. Por meio do Programa Petrobras Cultural, apoia a cultura brasileira como força transformadora e impulsionadora deste desenvolvimento, nas áreas de artes cênicas, música, audiovisual e múltiplas expressões.

  • Conexão Elefante Cultural inicia terceira etapa de circulação pelo RN

    A partir desta quarta-feira, dia 27, o projeto Conexão Elefante Cultural chega a mais três municípios do Estado: Macau, Upanema e Itajá. Em cada cidade, a Trupe da Luz, formada por artistas potiguares experientes, oferece uma série de atividades gratuitas relacionadas à arte e educação.

    A passagem do Conexão por Macau inicia dia 27 e encerra no dia 29, com uma apresentação na Praça da Conceição, no Centro, às 19h. Em seguida, o projeto passa por Upanema, de 30 de setembro a 2 de outubro; e fechando a terceira etapa de circulação chega a Itajá, de 3 a 5 de outubro.

    Teatro, construção musical, reuso de materiais, audiovisual, elaboração de projetos culturais e educação positiva são as áreas exploradas pelo Conexão junto aos moradores, artistas, professores e estudantes de escolas públicas dos municípios. Além disso, cada cidade recebe a montagem de uma mostra cênica e uma intervenção urbana com a criação de um mural artístico. Projetos locais também são selecionados para receber mentoria e apoio financeiro.

    Neste ano, a Trupe da Luz é formada pela idealizadora do projeto, Diana Fontes (cena e elaboração de projetos), Danilo Guanais (música), André Rosa (audiovisual), Leonardo Prata (customização plástica) e Joana Patino (educação positiva), com a participação dos intérpretes Vinicius Fortunato e Thaíse Galvão.

    Até novembro, 9 municípios potiguares terão sido beneficiados com ações presenciais do Conexão, que segue focado na formação dos artistas do interior do Rio Grande do Norte. O projeto, que aposta na arte como uma ferramenta de transformação social, está alinhado ainda com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que contribuem para que sejam atingidas as 17 metas da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU).

    A 8ª edição do projeto Conexão Elefante Cultural conta com o patrocínio da NEOENERGIA COSERN, Instituto Neoenergia e Dore. A realização é da Diana Fontes Direção e Produção Cultural.

    CIRCULAÇÃO CONEXÃO ELEFANTE CULTURAL 2023

    Macau: 27 a 29 de setembro
    Upanema: 30 de setembro a 02 de outubro
    Itajá: 03 a 05 de outubro
    Natal – Projeto Ilha da Música: 24 a 27 de outubro
    Galinhos: 09 a 12 de novembro

  • Mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais começa hoje (18) em São Paulo

    A partir de hoje, a cidade de Lorena receberá a itinerância da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerada como o mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais. Totalmente gratuita, a programação contará com a exibição de 18 filmes, incluindo obras premiadas e com carreira em importantes festivais nacionais e internacionais, destaques das edições mais recentes da Mostra Ecofalante em São Paulo e sessões para o público infanto-juvenil. 

    O evento terá sessões abertas ao público na Unisal e na USP, além de exibições educacionais na Faculdade Serra Dourada, no Colégio Drummond, na ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva e em três escolas da rede estadual de ensino: EE Gabriel Prestes, EE Prof° Luiz de Castro Pinto e EE Prof° Francisco Marques de Oliveira Junior. A Mostra realiza ainda sessões para cerca de 2 mil alunos da rede municipal de ensino, que acontecem no período da manhã e da tarde na Unisal e na USP.

    A sessão de abertura da Mostra Ecofalante será realizada no dia 18 de setembro (segunda-feira), a partir das 19h, na Unisal. Na ocasião, será exibido o filme “Mulheres na Conservação”, de Paulina Chamorro e João Marcos Rosa, filme que lança um olhar delicado e sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental. O documentário faz um recorte desse universo feminino que está à frente de ações e estudos sobre conservação e meio ambiente no Brasil.

    A programação completa do evento pode ser acessada no site ecofalante.org.br/programacao.

    Destaques da programação

    A programação da Mostra Ecofalante em Lorena traz filmes nacionais e internacionais, incluindo obras de destaque das edições mais recentes do festival em São Paulo.

    Vento na Fronteira”, de Laura Faerman e Marina Weis, integrou a Competição Latino-Americana da Mostra em 2023; o filme acompanha a luta do povo Guarani-Kaiowá pelas suas terras, na região do Mato Grosso do Sul, que são objeto de disputa de grandes proprietários rurais. 

    Exibido nos festivais IDFA-Amsterdã e Sheffield DocFest, “As Formigas e o Gafanhoto”, de Raj Patel e Zak Piper, retrata a jornada de Anita Chitaya do Malawi à Califórnia, com o desafio de convencer os norte-americanos de que a mudança climática é real.

    As Formigas e o Gafanhoto”

     “Uma Vez Que Você Sabe”, do documentarista Emmanuel Cappellin, trata-se de um alerta: para uma parte dos cientistas, a oportunidade de evitar mudanças climáticas catastróficas já passou. A obra, exibida em eventos na Itália, Reino Unido e Hong Kong, coloca a pergunta: como se adaptar ao colapso?

    Oeconomia”, dirigido por Carmen Losmann e selecionado para o Festival de Berlim, revela como as regras do jogo capitalista contemporâneo pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os déficits e as concentrações de riqueza.

    O canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, exibido no festival HotDocs, é um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza.

    “Beleza Tóxica”

    Amazônia Sociedade Anônima”, de Estêvão Ciavatta, recebeu o prêmio One World Media Awards na categoria Impacto Ambiental. O documentário focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a Floresta Amazônica.

    BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal, trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname, projeto gestado durante a ditadura civil-militar (1964-1985). 

    Dirigido pela premiada diretora Cosima Dannoritzer, “Ladrões do Tempo” é uma coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana. 

    Para o público infanto-juvenil, a Mostra exibe duas animações. “Meu Nome é Maalum”, de Luísa Copetti, conta a história de uma menina negra brasileira que enfrenta os desafios de uma sociedade racista e, com a ajuda de sua família, transforma a tristeza em orgulho por sua ancestralidade. Em “Vanille”, de Guillaume Lorrin, uma pequena parisiense embarca numa aventura cheia de mistérios em Guadalupe e faz as pazes com suas origens. 

    “BR Acima de Tudo”

    Realização

    A itinerância da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema em Lorena é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento é uma apresentação da Valgroup, tem patrocínio da BASF e da Taesa e apoio da Drogasil. Tem apoio institucional da Prefeitura de Lorena (por meio da Secretaria Municipal de Educação), da Embaixada da França no Brasil, do Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A Etec Padre Carlos Leôncio da Silva, Faculdade Serra Dourada, a Unisal e a USP são parceiras educacionais do evento. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.

    Serviço

    Mostra Ecofalante de Cinema – Lorena
    18 a 27 de setembro
    programação gratuita
    ecofalante.org.br

  • Consulta pública para as propostas que irão compor os editais da Lei Paulo Gustavo no RN vai até o dia 17

    O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretária Extraordinária de Cultura e da Fundação José Augusto, apresentou as propostas que irão compor os editais da Lei da Lei Paulo Gustavo para o audiovisual e demais áreas culturais.

    O documento foi elaborado a partir das necessidades e contribuições manifestadas pelo setor artístico potiguar, por meio de diálogos virtuais e presenciais, e das propostas apresentadas pelos setores, bem como por estudos técnicos e pesquisas produzidas pelo grupo de assessoria técnica da Lei Paulo Gustavo RN.

    O objetivo dessas propostas busca atender às múltiplas demandas dos agentes culturais, em consonância com a distribuição equilibrada dos recursos, considerando também as exigências descritas no Decreto n.º 11.453/2023 (Decreto de Fomento Cultural).

    O estado do Rio Grande do Norte recebeu R$ 39.781.876,70 milhões em recursos, 70% para o audiovisual e 30% para as demais áreas culturais.

    As propostas, construídas a partir de diálogos com a sociedade, estão disponíveis para consulta pública no link http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/secretaria_extraordinaria_de_cultura/doc/DOC000000000317025.PDF


    Você pode participar enviando suas opiniões até o dia 17/09 respondendo o formulário disponível no link https://forms.gle/24eoC4Pyath8NwGMA.

  • “A história de Doralice”: escritora potiguar que vive no Rio lança seu terceiro romance

    Internada numa UTI, após um grave infarto no miocárdio, Doralice entrega a seu médico, um velho amigo, não só a responsabilidade pela sua saúde, como os seus diários, dois grossos cadernos escritos ao longo de meses de internação. Os dois se conheceram nos tempos de faculdade e viveram um grande amor no passado, mas a falta de maturidade na época os impediu de selar a relação. Agora, eles se encontram no hospital, ela na maca, em estado crítico, e ele como seu homeopata e depositário de suas histórias de vida. Esse é o fio condutor de “A história de Doralice”, o novo romance de Maria Dolores Wanderley. A ficção em prosa poética tem selo da Editora Circuito e será lançado no dia 9 de setembro de 2023, no Araçá Café Bistrô,em Natal (RN), cidade de origem da autora, a partir das 18h.

    “A história de Doralice” é o terceiro romance da geóloga Maria Dolores Wanderley, ex-professora do programa de pós-graduação em Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Paralelamente à sua carreira no campo das ciências naturais, Dolores construiu sua trajetória também na área de literatura. Entre 2001 e 2016, ela publicou seis livros de poesia. Em 2010, lançou um ensaio fotográfico-poético sobre as formas. Em 2010 e 2015, mais dois livros de contos. Com a chegada da aposentadoria, a dedicação às letras ganhou tempo integral. Seu primeiro romance, “Baracho”, saiu em 2018, pela Editora Lacre. Em setembro de 2022, ela publicou “Bianca Natividade”, pela Editora Circuito. Agora, um ano depois, Dolores lança “A História de Doralice”, também pela Editora Circuito, comandada pelo poeta e curador Renato Rezende.

    “São muitos os níveis de leitura deste pequeno romance aparentemente simples, mas que consolida Maria Dolores Wanderley como uma das vozes femininas mais singulares da atual literatura brasileira”, diz o editor. “Dolores tem a rara capacidade de tratar de temas profundos mantendo-se no campo daquilo que desarma e comove, distante de falsos virtuosismos literários ou inócuas pretensões intelectuais”, sintetiza Rezende. Com 136 páginas, o livro é ilustrado com desenhos da própria autora, que também é artista visual. 


    MARIA DOLORES WANDERLEY

    Romancista, contista, poeta e artista plástica. Nasceu em Natal (RN) e vive atualmente no Rio de Janeiro (RJ), onde estudou e trabalhou como professora no Departamento de Geologia da UFRJ. Tem dois romances publicados, “Baracho”, de 2018; e “Bianca Natividade”, de 2022. “A História de Doralice” é o seu terceiro no gênero. Publicou também livros de poesia: “Rumores de azul” (2001), “Mar espesso” (2003), “A duna intacta” (2006), “Fragmentos de Maria” (2009), “Ao rés do chão” (2013), “Esperando a hora da Stella” (2016) e “Poemas escolhidos” (2020). Entre suas obras figuram também “Um ensaio fotográfico-poético sobre as formas” (2010); os livros de contos “Cosmocrunch” (2014), “Paralelo 5º” (2015), “Contos escolhidos” (2020); além de “Desenhos e escritos” (2021).

    EDITORA CIRCUITO

    Comandada pelo poeta e curador de arte Renato Rezende, a Editora Circuito foi criada em 2010, com a missão de incentivar discussões em torno da arte e cultura contemporâneas, contribuindo com estudos críticos, material de fonte primária, livros de artista e literatura. É uma editora atuante na cena artística contemporânea, tendo publicado livros de artistas como Brígida Baltar, Adriana Tabalipa, Mário Carneiro e Nuno Ramos. Destacam-se também livros de pesquisadores de arte, como Juliana Gontijo, Kamilla Nunes e Marisa Flórido. Entre os poetas publicados estão Caio Meira e Claudia Roquette-Pinto. A Circuito é reconhecida ainda por seus importantes livros de entrevistas, como o Coletivos, de Renato Rezende e Felipe Scovino, e Conversas com curadores e críticos de arte, de Renato Rezende e Guilherme Bueno, além de livros temáticos, como Experiência e arte contemporânea. Entre seus últimos lançamentos está Vitrines de moda e a alteridade da intervenção – a transformação do ato de consumo em ação de arte, de Manan Terra Cabo. Muitos desses livros são disponibilizados para download gratuito no site da editora: www.editoracircuito.com.br

    FICHA TÉCNICA

    Título: A história de Doralice
    Autora: Maria Dolores Wanderley
    Coordenação editorial: Renato Rezende
    Revisão de texto: Ingrid Vieira
    Projeto gráfico: Tiago Gonçalves
    Ilustrações: Maria Dolores Wanderley
    Número de páginas: 136

    SERVIÇO

    Lançamento de livro
    Título: A história de Doralice
    Autora: Maria Dolores Wanderley
    Data: 9 de setembro de 2023
    Hora: 18h
    Local: Araçá Café Bistrô
    End.: Rua Graciliano Ramos, 2.924 – Capim Macio – Natal/RN
    Instagram: https://www.instagram.com/maria_dolores_wanderley/
    Entrada franca

  • Projeto Conexão Elefante Cultural chega a Assú e Areia Branca

    Em setembro, o projeto Conexão Elefante Cultural continua a levar arte e educação ao interior do Rio Grande do Norte e chega a Assú e Areia Branca, oferecendo uma série de atividades gratuitas. A primeira parada, na região do Vale do Assú, desde domingo (03) a 6 de setembro. Em seguida, a Trupe da Luz segue para a região da Costa Branca, com oficinas artísticas programadas de 7 a 10 de setembro.

    Este ano, o Conexão Elefante acontece em quatro etapas. Na primeira, realizada em agosto, o projeto passou por Boa Saúde e Caiçara do Norte. Itajá, Barcelona, Upanema, Macau e Galinhos serão as demais cidades contempladas pela iniciativa até novembro. Em Natal, o Conexão acontece através de uma parceria com o projeto “Ilha de Música”, desenvolvido na comunidade da África, na Redinha.

    Em todas as cidades, serão oferecidas oficinas lúdicas de cena e música para crianças, bem como atividades de desenvolvimento emocional. Para professores e arte educadores que trabalham com crianças e adolescentes, será realizada uma oficina de educação positiva. Bandas de música, corais e músicos terão a oportunidade de participar de uma oficina de construção musical. Completam a programação oficinas de reutilização de materiais, elaboração de projetos, cena e audiovisual. Artistas, produtores culturais, educadores e interessados nas temáticas poderão participar dessas atividades.

    Além disso, cada cidade receberá uma mostra cênica e uma intervenção urbana por meio da criação de um mural artístico. Projetos locais também serão selecionados para a realização de uma mentoria com apoio financeiro.

    A formação será ministrada por artistas cidadãos, um elenco de profissionais especialmente selecionados para a edição de 2023 do Conexão. Entre eles estão a idealizadora do projeto, Diana Fontes (cena e elaboração de projetos), Danilo Guanais (música), André Rosa (audiovisual), Leonardo Prata (customização plástica) e Joana Patino (educação positiva), com a participação dos intérpretes Álvaro Dantas e Thaíse Galvão.

    A 8ª edição do projeto Conexão Elefante Cultural conta com o patrocínio da NEOENERGIA COSERN, Instituto Neoenergia e Dore. A realização é de Diana Fontes Direção e Produção Cultural.

    CIRCULAÇÃO CONEXÃO ELEFANTE CULTURAL 2023

    Assú: 03 a 06 de setembro

    Areia Branca: 07 a 10 de setembro
    Macau: 27 a 29 de setembro
    Upanema: 30 de setembro a 02 de outubro
    Itajá: 03 a 05 de outubro
    Barcelona: 06 a 08 de outubro

    Natal – Projeto Ilha da Música: 24 a 27 de outubro

    Galinhos: 09 a 12 de novembro

  • André Pellenz propõe reflexões sobre crises conjugais, pandemia e política em ‘Fluxo’, que estreia dia 31 de agosto nos cinemas

    O longa, em preto e branco e totalmente realizado à distância na quarentena, mostra os conflitos de um casal em crise durante o lockdown em um cenário político ameaçador; elenco conta com Bruna Guerin, Gabriel Godoy, Silvero Pereira e Cassio Gabus Mendes

    Definido pelo seu diretor e roteirista André Pellenz como “um filme que parece um documentário sobre o futuro”, o drama “Fluxo” – gravado em preto e branco numa fase em que as filmagens presenciais estavam proibidas por conta da covid-19 – chegará aos cinemas no dia 31 de agosto de 2023. Na trama, uma distopia política-conjugal, um casal em crise, interpretado por Gabriel Godoy e Bruna Guerin, acaba tendo que lidar com uma situação inesperada, um lockdown. Obrigados a conviver, eles reavaliam seus conceitos, enquanto uma ameaça maior vai se formando do lado de fora: um governo de ultradireita prepara um golpe de estado.

    “Quando escrevi o roteiro, não imaginava o contexto político que viria depois. Foi assustador ver a ficção quase virando um golpe de Estado real”, relembra André.

    Produzido pela Media Bridge e pela Paramount Pictures, com distribuição da Pipa Pictures e Paramount, “Fluxo” conta ainda com Cássio Gabus Mendes, Silvero Pereira, Guida Vianna, Ronaldo Reis, Alana Ferri e Monika Saviano no elenco, todos filmados em suas casas por meio de aplicativos, em Rio, São Paulo e Fortaleza.

    Lançamento cancelado motivou o projeto

    A frustração de ver o lançamento de seu filme “Os Espetaculares”, que estava cercado de grande expectativa mas que, com os cinemas fechados, teve o lançamento cancelado, motivou André. Como ele mesmo explica:

    “Na verdade, ‘Os Espetaculares’ chegou a estrear em Manaus, quando as coisas pareciam estar mais calmas e apenas os cinemas de lá estavam reabrindo. Porém, uma semana depois a cidade iniciou aquele trágico ciclo de falta de oxigênio e tudo se fechou ainda mais. Isso me marcou muito, e minha raiva com o governo da época era cada vez maior. Eu precisava colocar tudo isso para fora”. (O lançamento de “Os Espetaculares” estava previsto para junho de 2020, e o filme acabou sendo adquirido pela Amazon).

    Escrito em apenas 20 dias, o diretor não quis esperar a flexibilização de protocolos e decidiu gravar “Fluxo” de maneira totalmente remota, com um mínimo de recursos e ousando na linguagem cinematográfica. Os atores receberam o equipamento em casa e seguiram as instruções da equipe (que nem mesmo se encontrou) a distância, sendo responsáveis por todos os movimentos de câmera, sem a presença de qualquer pessoa no set, algo visto poucas vezes na história do cinema.

    Fim da pandemia, mudança na montagem

    Com o filme pronto, já no fim da pandemia, André decidiu que era preciso mudar alguma coisa. O insight acabou implicando numa revisão da montagem do filme, alterando alguns conceitos da obra, como ele mesmo explica:

    “Acabei remontando o filme como se tivesse terminado uma guerra. Não queria lembrar logo de cara como tudo começou, e sim ir revendo as coisas em sentido inverso, de forma a ‘zerar’ meus sentimentos em relação a tudo que aconteceu”, diz.

    Responsável por capitanear grandes sucessos comerciais, como “Minha Mãe é Uma Peça” (2013), “Detetives do Prédio Azul” (2017), e mais recentemente “Os Aventureiros”, até então a maior bilheteria brasileira do ano de 2023, Pellenz gostou da experiência de fazer algo mais simples e artesanal. “Para mim é um retorno aos meus projetos de curta-metragem e à série dramática “Natália”, do Universal Channel/TV Brasil, onde a simplicidade fazia parte da linguagem”, empolga-se.

    Caixas na porta de casa: os desafios de filmar à distância num período de incertezas

    Os desafios de se fazer um filme sem a presença do diretor foram muitos. Pellenz define como uma espécie de “Dogma 95” particular: “Na época, fiquei intrigado com a limitação que Lars Von Trier e sua turma se auto-impuseram, gerando filmes únicos e muito interessantes. No nosso caso, as limitações foram impostas pela pandemia, e é fascinante ver como elas afetaram a linguagem e o resultado. Hoje entendo melhor as motivações deles”, completa.

    Sem contato pessoal, os equipamentos foram deixados lacrados e higienizados nas casas dos atores, e eles precisaram aprender a montar e operar tudo.

    “Chegaram equipamentos e mais equipamentos na minha casa na época. Duas câmeras, iluminação, cabos e mais cabos, tripés, material para arte e som. Uma loucura. A casa ficou de ponta cabeça e tivemos que ter muita calma para entender que a nossa casa viraria um set de filmagem por 15 dias”, conta Gabriel Godoy.

    O ator relembra o grande desafio que era concluir cada plano: “Sair do personagem não era uma questão, mas não sair do cenário do filme, isso era. (risos). O desafio era antes de gravar. Era mais tempo sendo da técnica do que do elenco. Geralmente, buscamos estar 100% concentrados em um set de filmagem, porém no caso do Fluxo precisávamos estar 500% para dar conta de tudo. Às vezes passávamos 40 minutos montando um plano e quando estava tudo pronto eu lembrava: “Ah, agora preciso também atuar. Sou ator do filme. (risos). Foi uma experiência única realmente”, diz.

    Bruna Guerin também se recorda com prazer do desafio, que trouxe muitos aprendizados: “Como tínhamos que exercer todas as funções do set, além de atuar, foi muito desafiador. Mas a equipe toda nos conduziu com tanta paciência e generosidade que acabou sendo um prazer estar vivenciando tudo aquilo. Foi um dos maiores aprendizados que tive na vida. Hoje enxergo e trabalho no audiovisual muito diferente por conta dessa experiência”.

    Outro destaque é a participação especial de Cássio Gabus Mendes, que não saiu de sua casa e fez tudo sozinho. “Jamais imaginei que um dia faria uma cena sem mais ninguém por perto”, disse o ator durante as gravações.

    Silvero Pereira, que gravou suas cenas em Fortaleza, compõe o elenco num papel-chave para a distopia final. O ator também gravou a música-tema do filme, “Jaqueta Amarela”, de Assucena (da extinta banda “As Baías e a Cozinha Mineira”).

    “Fluxo” é um um dos poucos filmes realizados naquele momento de tensão. No entanto, não é “o filme da pandemia”, como diz Cosimo Valerio, sócio da Media Bridge, produtora de filmes como “Chacrinha” e “Intervenção”: “Não estamos retratando a covid-19. A quarentena do enredo é um ponto de partida para discutir a crise de um casal que acaba refletindo uma situação maior e mais grave”, afirma

    Filme manteve a produção cinematográfica ativa na pandemia

    Outro grande trunfo de “Fluxo” foi manter a produção cinematográfica brasileira em funcionamento mínimo num período inóspito, em que o setor cultural, e especialmente o cinema, foi diretamente afetado.

    “Conseguimos manter a produção ativa na época, permitindo que equipe e elenco, mesmo em número reduzido, tivessem trabalho remunerado. A parceria com a Paramount foi fundamental para finalizarmos o filme da melhor maneira possível”, completa Angelo Salvetti, também sócio da Media Bridge.

    Segundo Alex Levy-Heller, da Pipa Pictures, “Fluxo” é um filme para salas de cinema: “Estamos renovando nossa aposta na tela grande, na sala escura, no cinema como arte. Este é um filme feito com as menores câmeras, para telas maiores. De certa forma, essa amplificação reflete o alívio que vivemos recentemente”, conclui.

    Sinopse:

    Primeiro volume de uma trilogia sobre a angústia, inspirado na obra do diretor italiano Michelangelo Antonioni, em especial “O Eclipse”, e nas provocações temporais do soviético Andrei Tarkovski, “Fluxo” é uma distopia política-conjugal que acompanha um casal em crise. Carla expulsa Rodrigo de casa, mas ele não pode deixar o apartamento por conta de um lockdown imposto pelas autoridades. Assim, os dois são obrigados a conviver e acabam revendo seus conceitos, até que as coisas ao redor tomam um rumo jamais imaginado e uma ameaça maior que a própria razão do lockdown vai se formando lá fora.

    TRAILER DE ‘FLUXO’: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=PYYnocJuKg4

    Ficha técnica:

    Distribuição: Pipa Pictures e Paramount Pictures

    Produção: Media Bridge e Paramount Pictures

    Elenco: Bruna Guerin, Gabriel Godoy, Silvero Pereira, Guida Vianna e Cassio Gabus Mendes

    Roteiro e direção: André Pellenz

    Produção: Angelo Salvetti, Cosimo Valerio, André Pellenz e Altino Pavan

    Fotografia: Ênio Berwanger

    Direção de arte: Raíza Antunes

    Figurino: Isa Ribas

    Montagem: André Pellenz

    Trilha Sonora: João Jabace e Luís Rodrigues, com músicas de Johnny Hooker, Letrux, Mariana Volker, Bemti, DiMelo e Assucena

    Música: “Jaqueta Amarela”, de Assucena, interpretada por Silvero Pereira

  • Coletivo CIDA e ATeKa Compagnie (FRA) promovem oficinas para estudantes da dança

    Em uma ação conjunta entre Coletivo CIDA e ATeKa Compagnie (FRA), estudantes e pesquisadores da dança estão participando de oficinas formativas com o coreógrafo francês Abdoulaye Konaté. Ao todo, serão realizadas quatro oficinas que beneficiarão mais de 120 pessoas de forma gratuita.

    Esta ação faz parte da Residência Artística Sucre, uma iniciativa da ATeKa Compagnie e do Coletivo CIDA, apoiada  pela “La Fabrique des Résidences” do Instituto Francês e Programa “Cruzamentos” da Villa Tijuca. Uma união entre as Alliances Francesas com Chaillot – Teatro Nacional da Dança – Paris, França e o MC2: Casa de Cultura de Grenoble, na França, em cooperação com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), Ministério da Cultura e Governo do Brasil. O projeto possui apoio institucional do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Fundação José Augusto e da Aliança Francesa de Natal.

    Para  René Loui, coreógrafo, intérprete e fundador do Coletivo CIDA, essa residência artística é muito significativa. “O Coletivo CIDA em seus sete anos de existência e resistência, vem estabelecendo laços e criando redes de conexões com artistas das mais diversas realidades, nos quatro cantos do planeta. Isso é muito significativo para nós: Uma companhia de dança internacional se atrai pelo nosso trabalho nas redes sociais e anos depois nos propõe uma parceria. Não posso deixar de citar a grande oportunidade de ocupar a Maison de La Culture em Grenoble, na França. Sem dúvida este novo projeto representa uma grande jornada para o Coletivo CIDA”, pontua René Loui.

    Etapas Brasil e França

    A residência entre o Coletivo CIDA e a ATeKa Compagnie. se realizará em duas etapas, uma no Brasil e a outra na França. A primeira etapa começou no início do mês de agosto com a vinda do coreógrafo Abdoulaye Konaté para a cidade de Natal/RN.  

    De acordo com René Loui essa residência é também sobre uma conexão ancestral.”Ao longo de minha jornada nas artes me envolvi em inúmeras residências artísticas. Cada uma delas com suas características e singularidades foram ponto de partida para a construção de uma obra cênica. Aqui, com a Residência Sucre, temos nas nossas mãos uma folha de papel negro onde escreveremos em traços também negros. Uma residência artística para relembrar e para reviver as dores e as memórias de nossos antepassados”, pontua René Loui.
     

    Em Natal serão 30 dias de imersão no processo criativo da obra, além da realização de atividades de formação com instituições e grupos da cidade, dentre eles: Companhia de Dança do Teatro Alberto Maranhão (CDTAM), Grupo Universitário Gaya Dança Contemporânea, junto com alunos da graduação em Dança pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e convidados.

    Para a intérprete potiguar Ana Cláudia Viana, a atividade foi muito positiva. ”Esse intercâmbio de saberes foi muito positivo. O Abdoulaye Konaté trouxe algo que é dele e nós entregamos algo que é nosso, partilhando nossos saberes e vivências em dança. Foi um importante momento para atualizar saberes, discursos, sensações, percepções sobre nós e o trabalho que fazemos”. 

    Após a conclusão dessas ações formativas, Coletivo CIDA e Abdoulaye Konaté seguem no processo de montagem do espetáculo SUCRE – SI PROCHE DU PARADISE (Açúcar – Tão Perto do Céu). Estima-se que em setembro seja realizada uma Mostra para um público convidado e representantes da Aliança Francesa Natal, Fundação José Augusto e do Gabinete da Secretária Extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte. 

    A segunda etapa, será realizada na cidade de Grenoble, na França, onde os dois grupos ocuparão a MC2: Casa de Cultura de Grenoble para a finalização da montagem, realização de laboratórios artísticos e uma temporada de estreia.

    Ainda na França o Coletivo CIDA exibirá o espetáculo Corpos Turvos, como grupo convidado para a Table Ronde: Spectacle Vivant et Handicap, evento sobre Artes Cênicas e Inclusão e Acessibilidade.

    Conexão Coletivo CIDA e ATeKa Compagnie 

    Foi através das redes sociais que o Coletivo CIDA e Ateka Compagnie iniciaram o contato, que agora rende uma colaboração artística graças a editais de fomento.

    “O acaso obviamente não existe. Todas as coisas tem um propósito. A ATeKa Compagnie e o Coletivo CIDA começaram a se seguir nas redes sociais no ano de 2019, ano em que foi criado o espetáculo “Sucre – um sorvete para um crime legal”. E agora, em 2023, o  Edital Bolsa Funarte e Aliança Francesa de Residências Artísticas em Artes Cênicas Brasil/França – 2022 possibilita essa residência de pesquisa em colaboração com o Coletivo CIDA, me trazendo de volta a questionar sobre esse tema. Tudo foi planejado a partir das conexões, e agora estou ansioso para finalmente encontrá-los para que possamos pensar juntos no possível rumo de uma história agridoce, salgada, ácida, contraditória”, aponta o francês Abdoulaye.

    Criado originalmente em 2019 pela ATeKa, “Sucre” ganha uma nova perspectiva e nova corporeidade através da participação de Jânia Santos, Marconi Araújo, René Loui e Rozeane Oliveira, nomes que são referências para as artes cênicas norte-rio-grandense.

    “Acredito que essa residência artística seja algo muito significativo tanto para o Coletivo CIDA quanto para a ATeKa Compagnie. Fomos um dos cinco grupos do Brasil aprovados e o único do nordeste, ou seja, é de suma importância para nós podermos compartilhar nossas metodologias de produção em dança com a ATeKa Compagnie, assim como sermos atravessado por eles. Aproximar ainda mais nossas pesquisas e metodologias, através dos trabalhos corporais, durante esse primeiro mês de residência está sendo algo muito gratificante”, comenta Arthur Moura, produtor e fundador do CIDA.
     

    Sobre o CIDA

    O Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA ) é um núcleo artístico de dança contemporânea, fundado no ano de 2016 por artistas emergentes, pluriétnicos, com e sem deficiências, oriundos das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.


    Todas as informações sobre o CIDA podem ser acompanhadas através dos canais de comunicação do coletivo. Acesse: www.coletivocida.com.br ou acompanhe o Coletivo no Instagram em: @coletivocida.

    Sobre ATeKa Compagnie

    Os projetos da ATeKa giram em torno de três missões: criação coreográfica, distribuição de peças e ações de transmissão. Suas criações desenvolvem uma linguagem coreográfica na encruzilhada da cultura africana e da cultura europeia contemporânea.

    Todas as informações sobre o ATeKa podem ser acompanhadas através do site: http://www.ateka-cie.com/ ou pelo Instagram em: @ateka_compagnie.