Sobre

Sete Pecados

Não tenho a menor dúvida, que cada ser vivo que voa, anda ou nada, neste barco que navega no cosmo, “não passa dessa para uma melhor” sem antes pagar seu quinhão. E eu, ciente dos meus rosários de pecados, não faço de rogado e muito menos me escondo deles, pois não sou iludido com um final feliz. Não estou preso à tolice de imaginar que a minha redenção e perdão podem haver algum caráter prioritário, haja vista os “homens de bem” e cristãos na enorme fila que já se declaram salvos.

SOBERBA: é o sentimento caracterizado pela pretensão de superioridade sobre outras pessoas. Desde de muito tempo sei o meu lugar, não sou nem maior ou menor que ninguém. Talvez, deste possa existir uma mínima chance de escapulir.

AVAREZA: é a dificuldade e o medo de perder algo que possui, como bens materiais e recursos. Minha mãe, Dona Geralda, sempre disse: nada que o dinheiro pode comprar tem valor. De fato, no máximo um justo preço. Logo, bens materiais os tenho por necessidade, não por objetivo. Não vendi minha alma ao diabo, não amealhei dinheiros, mas uma fortuna enorme de filhos e netos.

LUXÚRIA: emoção de intenso desejo pelo corpo. Segundo a doutrina católica. Confesso: rezo e sou súdito de Afrodite, Vênus, Tlazoltéotl, Eros…

INVEJA: é um sentimento de angústia, ou mesmo raiva, perante a felicidade alheia. Vou contradizer o Poetinha, e sua bela “O Canto De Ossanha”, onde afirma “O homem diz que sou (não é) Porque quem é mesmo é (não sou)”, pois eu digo: não sou invejoso, não dou guarida a Phthónos nos meus ombros.

GULA: é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida ou drogas. Tá certo, admito, esse pecado está entranhado na minha velha e cansada alma: em minha infância o que separava a padaria de seu Arlindo da minha casa era um corredor de 80cm que dava para nosso quintal. Quando saía a primeira fornada de pão da tarde, o cheiro invadia nossa cozinha, minhas papilas gustativas entravam em frenética ação fazendo a saliva escorrer pelos cantos da boca, logo seguia para o balcão comprar pão doce e pão d’água – como se diz lá em Moscow — o pão francês. Gula saciada, ao sabor de manteiga Itacolomy, ia jogar bola, fazer hora para o Colégio Dom Bosco. Hoje, apesar dos médicos – estes serem que não suportam a felicidade alheia – recomendarem a retirada de massa da minha alimentação, faço ouvido de mercador e às tardes me farto. Viva o pão doce.

IRA: raiva, demonstração do ódio e o desejo de fazer o mal para algo ou alguém. Por esse pecado não ponho meus joelhos sobre milhos. Não guardo mágoa ou rancor de ninguém, pois tenho ciência, se alguém me fez o mal, de uma maneira ou de outro, talvez, em alguma medida tive culpa também e, certamente, não fugirá sem passar na “catraca”. Outro dia no Shopping Midway encontrei uma pessoa que fez um mal danado a mim e minha família, quando vi aquela figura esquálida, fuinha, um indigente moral, corrupto, uma alma podre senti pena dele e de seus filhos por serem frutos daquela sórdida criatura. Não o perdoei, por me julgar incapaz de ter esse poder.

PREGUIÇA: pecadocaracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza. Gosto do ócio criativo. Definitivamente, logo não imagino me enquadrar nessa desobediência dessa lei Divina.


Ouviram Lula

Os opositores e todos que torcem o canto da boca, que destilam inveja embalados – a vácuo – com a síndrome de vira-lata, prolatavam e sonhavam que o mundo faria ouvido de surdo à proposta de paz lançado pelo Presidente Lula. Quando a Ucrânia escutou disseram “quero ver é a Rússia”. O Putin não só ouviu como elogiou. Agora, se vão parar a guerra, são outros quinhentos.

Guerra e Paz

Guerra em qualquer circunstância é um dos mais cruéis atos da humanidade, que impõe contra si. Entretanto, estamos carecas de saber que Estados Unidos, Europa e Rússia invadem países na África, Oriente Médio, Índia, Ásia, América Central e do Sul há séculos e fechamos os olhos, vestimos as fantasias e botamos o bloco na rua.

A nossa explícita conivência e condescendência com os crimes ocidentais é hipocritamente latente.

Frase

Na paz, preparar-se para a guerra; na guerra, preparar-se para a paz – Sun Tzu.

Caricatura

Caricatura de Madre Tereza de Calcutá para o 5th INTERNACIONAL CARTOON FESTIVAL, EM KOSOVO.

Escrito por Brito Silva

Culpa – Capítulo VII

A VOZ DO BRASIL