Últimas histórias

  • Kelps Lima

    Na edição do último dia 25 de julho do Meio-Dia RN, na 96 FM, o ex-deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade) foi instado por Bruno Giovanni, apresentador do programa, a comentar um assalto ocorrido num supermercado em Currais Novos, onde dois assaltantes aparecem portando facões. O ex-parlamentar se limitou a dizer que um dos meliantes usava boné vermelho e o outro vestia uma camiseta dessa mesma cor, para então concluir: “Viu, aí?”, sugerindo que eles, por causa disso, seriam do Partido dos Trabalhadores (PT). É difícil descrever o nível de leviandade e baixeza desse comentário. Por causa de políticos desta “qualidade” que o estado é o buraco que é.

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    CENTRO DE MOSSORÓ – O Centro de Mossoró caminha a passos de Usain Bolt para se tornar um lugar inóspito, se não já o é. A Praça da Independência, ao lado do Mercado Público Central, foi tomada por ambulantes, tudo de forma muito desorganizada e sem qualquer planejamento. Os vendedores se amontoam uns sobre os outros em busca de espaço, e não raro vão às tapas. A calçada da Rua Coronel Gurgel, trecho entre a Avenida Augusto Severo e a Caixa Econômica Federal, também foi tomada por comerciantes, a ponto de ser difícil o tráfego de pedestres. Citei apenas dois exemplos, há vários outros.

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    BARROSO – No início do mês, uma frase dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, causou o maior reboliço. No 59ª Congresso da UNE, ele usou a expressão: “nós derrotamos o bolsonarismo”. De fato, entendo que o ministro não deveria ter proferido tal assertiva, mas isso não o transforma automaticamente num “comunista”. Se ele não é bolsonarista, muito menos é lulista. Quem for fuçar o histórico de suas decisões, verá que ele votou pela prisão de Lula, pela sua manutenção, por sua inelegibilidade etc. O ministro sempre votou alinhado com a Lava Jato. A esquerda também não morre de amores por Barroso, sabe o que ele fez no verão passado.

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    AS MULTAS DE BOLSONARO – Não é segredo para ninguém que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o maior aliado do Sars-Cov-2 durante a pandemia de Covid-19. Seu comportamento “no tocante a isso daí” lhe custou a reeleição. Numa das frentes pró-vírus, ele desrespeitava sem cerimônia os decretos estaduais que proibiam as pessoas de promoverem aglomerações e que obrigavam o uso de máscaras faciais. À época presidente, e talvez achando que nunca fosse largar o osso, Bolsonaro se achava inalcançável pelas leis. Não reeleito, o agora ex-presidente vai ter que arcar com a conta. Só em São Paulo as multas ultrapassam R$ 1 milhão. O poder não é paras sempre.

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    CANUDOS – Não é de hoje que a direita brasileira cria inimigos imaginários para justificar suas ações. Logo nos primeiros anos da República, o presidente Prudente de Morais apontou os sertanejos de Canudos, na Bahia, como monarquistas que tentavam retornar ao poder. Na verdade, era um grupo de fieis que comprou madeira a um barão a fim de construir uma igreja, e ele não entregou a mercadoria. Revoltados, se uniram e marcharam até o comércio para retirá-la. O dono do negócio então fez chegar ao presidente que se tratava de um grupo de monarquistas. Onde já se viu? Assim como hoje, naquela época a direita também acreditava em qualquer lorota.

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    FEMINISMO – No artigo “O feminismo contra as mulheres”, publicado na Folha de S. Paulo do dia 24 de julho, a escritora Lygia Maria traz uma visão diferente do tema, com potencial para render discussões acaloradas. Ele entende que desde o evento “Me Too” o feminismo trilhou o caminho do vitimismo, onde as mulheres se tornaram serem frágeis, sempre dispostas a relatar seus “sofrimentos” nas redes sociais e assim ganharem engajamento. Daí, desentendimentos normais de casais viraram “relacionamento tóxico”, paquera agora é “assédio”, traição marital é uma forma de “violência emocional” etc. A escritora defende que esse não é o melhor caminho. Mulheres são fortes.

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    BARBIE – A extrema-direita e os conservadores em geral têm dito cobras e lagartos contra o filme Barbie, atualmente em cartaz. Eles argumentam que a Warner Bros, distribuidora; e a Mattel, fabricante da boneca, esqueceram as famílias e crianças para apostarem num público adulto, inclusive promovendo a ideologia LGBT. Na película, a Barbie Médica é interpretada pela atriz trans Hari Nef, mas não há menção a essa condição, a personagem é apresentada como mulher. O site brasileiro Gospel Mais diz que o filme prega um “ódio gratuito à maternidade”. Alguns bolsonaristas também se manifestaram contra a produção. A gritaria, contudo, não tem dado certo. O filme vem batendo recorde de bilheteria.  

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    BROCK – Uma das mais recentes edições do podcast Inteligência LTDA trouxe uma entrevista com o jornalista Júlio Ettore, filho do igualmente jornalista Carlos Nascimento. Ettore se especializou em música nacional, especialmente o rock nacional dos anos 80. Seu canal no YouTube, que leva seu nome, tem 183 mil inscritos. Na entrevista que concedeu ao Inteligência, Ettore conta toda a história do rock nacional dos anos 80, banda por banda e, em alguns casos, disco por disco. Com duração de 6h e 36 minutos, o bate-papo é rico em histórias interessantes e curiosidades, um prato cheio para os saudosistas dos anos 80. A viagem começa com a banda Blitz, lançada em 1982.

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    SOLOS DE GUITARRA – Quando, numa roda, o assunto é solo de guitarra, os exemplos citados geralmente remontam ao século passado. Citam solos de músicas do Led Zeppelin, Dire Straits, AC/DC, Black Sabbath, Eric Clapton etc., mas, e de 2000 para cá, não houve solos que mereçam registros? Pensando nisso, a revista especializada “Total Guitar” elaborou uma lista com os 60 melhores solos de guitarra do século 21, até agora. Seguem os cinco primeiros: 5 – Afrique Victime (Mdou Moctar); 4 – Hammerhead (Jeff Beck); 3 – Waves (Guthrie Govan); 2 – I want My Crown (Eric Gales) e 1 – Rise (Extreme).

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    GAL COSTA – E edição de julho da revista Piauí traz uma reportagem bombástica envolvendo Wilma Petrillo, empresária e ex-companheira da cantora baiana Gal Costa. A matéria é rica em documentos e depoimentos de amigos que vivenciaram de perto o comportamento da viúva. No geral, ela é apontada como uma descumpridora de contratos, chantagista e estelionatária, com alguns inquéritos abertos. Na vida íntima, a reportagem mostra que ela afastou Gal Costa de familiares, amigos e dos colegas artistas, isso fica evidenciado nas poucas participações dela em shows de outros cantores, e vice-versa. A reportagem não mostra, contudo, existência de maus-tratos.   

  • MARROM LANCHES

    Na segunda semana de maio, Uma decisão do TSE levou a vereadora Larissa Rosado (União Brasil) a perder o mandato, dando lugar ao primeiro suplente, Marrom Lanches (DC). Paradoxalmente, a decisão foi baseada numa legislação que visa à inclusão maior da mulher na política. No seu primeiro discurso, o novo vereador rebateu as críticas pela substituição de uma mulher por um homem na Câmara, disse que para sanar o problema poderia participar das seções com batom, unha pintada etc. Que declaração infeliz. Poderia ter dito, por exemplo, que apesar de ser homem, usaria o mandato em prol das mulheres.

    RACISMO NOS ESTÁDIOS – Não é de hoje que torcedores europeus possuem comportamento racista. Com o passar do tempo, imaginava-se que tais manifestações criminosas fossem diminuindo, mas está acontecendo o contrário, estão crescendo. A principal vítima da vez é o atleta brasileiro Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, que não tem baixado a cabeça diante das ações racistas, como outros fizeram. Daniel Alves, por exemplo, comia as bananas lançadas no campo. As reações de Vinícius Júnior já têm surtido algum efeito, mas é preciso muito mais. Ante qualquer manifestação racista, o jogo deveria ser paralisado até a identificação e expulsão do estádio do criminoso.  

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    MEIO AMBIENTE – É difícil encontrar equilíbrio quando se trata de zelo pelo meio ambiente. Uma ala prega a defesa total e irrestrita, já a outra entende que algumas situações devem ser relevadas em nome do desenvolvimento econômico do país. A expressão-chave para equacionar a questão é “desenvolvimento sustentável”, mais aí também há divergências, pois ninguém sabe apontar seu real significado. Há muitos limites a serem observados, e estes dependem muito da corrente de quem os analisa. É um assunto que invariavelmente será polêmico. Soma-se a isso o fato de ser um tema de interesse global.

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    JUIZ DE GARANTIAS – Há mais de três anos, o Legislativo aprovou e o Executivo sancionou o projeto de lei que criou a figura do “juiz de garantias”. A nova regra foi questionada junto ao STF, que até agora não tratou do assunto por obra e arte do ministro Luiz Fux, relator, que se “sentou” no processo. Nos próximos dias, contudo, por força de uma mudança no regimento da Casa, ele terá que liberar o tema para decisão do colegiado. A tendência é que o relator vote pela inconstitucionalidade da lei, mas deverá ser voto vencido. O mais esperado é que a lei seja reconhecida como válida, mas que seu prazo de aplicação seja estendido mais um pouco.

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    O que é – A figura do juiz de garantias não é uma jabuticaba, ela já existe em outros lugares do mundo, mas a decisão de trazê-la para o país surgiu após os exageros cometidos pelos juízes da Operação Lava-Jato, sobretudo Sérgio Moro e Marcelo Bretas. O instituto prevê que um magistrado participe da fase de instrução, onde são arroladas as provas, ouvidas as testemunhas, feito o interrogatório; e outro seja o responsável pelo julgamento. Atualmente, tudo é feito pelo mesmo juiz. Caso a mudança ocorra, será uma enorme reviravolta no Judiciário, tanto juridicamente como administrativamente. Completamente justificável a tendência de alongar o tempo para sua implantação.

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    LINGUAGEM NEUTRA – A transformação linguística sempre se deu de forma espontânea, natural, por isso tanta resistência em adotar a linguagem neutra com seus “amigues”, “todes”, “muites”. Sempre que escuto alguém pronunciar tais palavras, sinto logo o tom de pilhéria. Nunca vi alguém utilizá-las de forma séria, como se realmente aceitasse a incorporação delas ao nosso léxico. É o contrário do que ocorre com “printar”, “stalkear”, “cancelar”, exemplos de palavras que entraram naturalmente no nosso cotidiano. A linguagem neutra, ao que parece, ainda não recebeu a aceitação da população, e pelo jeito tardará a recebê-la.

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    FURTO “QUALIFICADO” – Em 1975, o escritor nigeriano Wole Soyinka, que em 1984 ganharia o Nobel de Literatura, esteve no Brasil com o propósito de furtar a escultura Ori Olokun, obra de seu país de origem que estava na casa do professor Hector Júlio Bernabó, em Salvador (BA). O pretexto da visita era conversar sobre a história da África, assunto de interesse de ambos. Lá pelas tantas o escritor pegou a escultura e colocou numa bolsa. A empreitada deu certo, mas depois ele descobriu que se tratava de uma cópia, e não a original, que está num museu da Inglaterra até hoje. O professor brasileiro não quis mais conversa com o escritor.

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    IMPRENSA “LIXO” – Desde a transição a grande imprensa não tem poupado o governo Lula, especialmente o jornal Estado de S. Paulo e seu “terrível editorialista”. E esse é o papel que se espera deles, e que os bolsonaristas não entendem e não aceitam. Apesar das constantes críticas ao governo Lula (PT), ainda não vi nenhum apoiador do presidente afrontar e até agredir repórteres da Folha, Globo, CNN etc., como fazem os bolsonaristas. Esse é apenas um exemplo da diferença entre os dois grupos. Inegavelmente os bolsonaristas são bem mais fanáticos, como se o líder deles fosse um ser divino, acima do bem e do mal. Está mais para religião do que para política.

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    MESSIAS JÚNIOR – O jogador brasileiro Messias Júnior, que atualmente defende as cores do Milan da Itália, tem uma história de vida bastante peculiar. Ele saiu do Brasil para Itália em 2011 a fim de ganhar a vida, como se diz, refazendo o caminho de um irmão. Ao chegar ao país, arranjou um emprego de entregador. Nas horas vagas jogava bola em campos de várzea. O seu talento foi descoberto por um olheiro e então em 2016, aos 24 anos, começou a jogar num time da série C do Campeonato Italiano. Daí em diante foi só ascendendo na carreira. Em 2021 foi contratado pelo Milan, onde se encontra até hoje.

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    QUE TAL UM SAMBA? – No ano passado o cantor e compositor Chico Buarque lançou o disco “Que Tal um Samba”, tendo como destaque a canção homônima, com uma letra que aparentemente convida para um samba, mas na realidade fala dos tempos sombrios em que vivíamos. Tipo um “vamos esquecer o que está acontecendo no país, vamos para um samba que é melhor”. Isso fica claro em versos como: “Puxar um samba, que tal? / Para espantar o tempo feio / Para remediar o estrago”. A canção ainda fala em “sair do fundo do poço”, e também da importância da cultura, da belezura de um filho negro etc. Grande Chico.

  • A COBAL

    A unidade de Mossoró da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), popularmente chamada pelo seu antigo nome, Cobal, é a maior feira livre da região Oeste do Estado. Diariamente, milhares de pessoas circulam pelas barracas para comprar frutas, hortaliças, legumes, carnes em geral etc. Espanta-me que um local em que se comercializem alimentos tenha aspecto insalubre, com muito lixo, cheiro forte de esgoto, bichos, uma total falta de higiene. O mais curioso é que seus frequentadores, ao que parece, tenham se acostumado com a situação. Raramente ouvimos um mossoroense reclamar da sujeira e dos outros problemas da feira. 

    A DIREITA – No Brasil, a direita está cada vez mais radicalizada. Na versão moderada, esse espectro político defende menor participação do estado na economia, diminuição de tributos e foco nos atributos individuais para um futuro exitoso. Já a direita radical foca mais no que eles entendem como defesa da família tradicional, combate ao comunismo e ao marxismo cultural etc. Atualmente, é cada vez mais difícil encontrar um direitista que se limite a defender os pilares básicos do pensamento de direita. Quase a totalidade também se radicalizou, e outros tantos se transformaram em extremistas, onde a democracia não deve ser observada se for um empecilho ao poder da direita.

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    DESINFORMAÇÃO – A Câmara dos Deputados se prepara para votar o Projeto de Lei n.º 2630/2020, a chamada Lei das Fake News. Não se sabe exatamente as minúcias do projeto, mas a intenção é disciplinar o uso das redes sociais, a fim de evitar a propagação indiscriminada de mentiras, como ocorre hoje, além de discursos de ódio, incitação a crimes e assassinato de reputações, sempre com base numa liberdade de expressão que alguns julgam ilimitada e autorizativa para maldizeres. Como era de se esperar, a extrema-direita é virulentamente contra a lei. Ora, eu e você sabemos que esse espectro político foi criado e se sustenta na divulgação de mentiras.

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    CPMI DOS ATOS GOLPISTAS – Pelo que se nota, a empolgação dos congressistas da extrema-direita com a instalação da CPMI dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro arrefeceu. A uma, porque os governistas, antes contrários à abertura, agora demonstram vontade de botar para frente; a duas, porque eles não conseguirão ficar no comando dos trabalhos, como chegaram a imaginar. Além do mais, quem tem um mínimo de massa cinzenta funcionando sabe que todos os atos, dos preparatórios aos executórios, foram planejados e levados a cabo por bolsonaristas extremistas que pretendiam golpear a democracia. Não adianta brigar com a realidade.

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    JUDICIÁRIO – As visões da esquerda e da direita sobre o Judiciário se inverteram nos últimos anos. O campo progressista sempre viu o poder como um auxiliar na manutenção das desigualdades sociais. Quem não se lembra do discurso comum de que no Brasil só se prendiam “pretos, pobres e prostitutas”, adágio que anda meio esquecido? Apesar das críticas, a esquerda sempre respeitou as decisões dos tribunais, nunca houve afronta. A prisão de Lula é um exemplo. As coisas, contudo, mudaram. A direita, inconformada por não mandar no Judiciário, vem movendo intensa campanha contra o poder, a ponto de o ex-presidente Bolsonaro dizer que não cumpriria mais decisões do STF.  

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    ATAQUES NAS ESCOLAS – Os professores brasileiros são os mais agredidos no mundo, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 12,5% deles são alvos de intimidações e ofensas semanalmente, contra 3,4% da média mundial. Não bastasse isso, os docentes passaram a conviver com mais um grave problema: risco de ataques terroristas. O Brasil chegou a registrar quatro eventos em apenas duas semanas no mês de abril. Por várias razões, e agora mais essa, ser professor no Brasil é uma atividade estressante. São muitas as adversidades encontradas no cotidiano. Merecem uma atenção maior dos governantes. 

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    MÃES BRASILEIRAS EM PORTUGAL – Na viagem da comitiva presidencial à Portugal, a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial; e a primeira-dama, Janja, ouviram relatos dramáticos de brasileiras que tiveram filhos com portugueses. Agrupadas num comitê, elas disseram que nessas situações a Justiça lusa tem entendido que as mães não possuem condições de criar os filhos, determinando assim que a guarda fique com os pais. Elas se dizem vítimas de preconceito, que muitos as consideram objetos sexuais ou mesmo prostitutas. No Brasil, em situações assim, a guarda é dada prioritariamente para as mães, que recebem uma pensão alimentícia dos pais para ajudar nas despesas.

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    JÔ SOARES – Em meados dos anos 70, o humorista Jô Soares perdeu muitos quilos após se submeter a dieta da proteína. No entanto, recuperou tudo, e em 1978, numa tacada sagaz, lançou seu terceiro show, nominando-o “Viva o Gordo e Abaixo o Regime”, de evidente duplo sentido, vez que ainda vivíamos sob o comando dos militares. O cartaz, feito pelo cartunista Ziraldo, trazia o nome do show pichado num muro, o que evidenciava seu sentido contestatório. Para piorar, foi nesse espetáculo que Jô Soares criou o personagem Capitão Gay, que se tornaria um de seus maiores sucessos. Apesar de tudo, ele não teve nenhum problema com a censura. 

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    TITÃS – Uma das pioneiras do rock nacional, a banda paulista Titãs já começou a turnê “Titãs Encontro”, que percorrerá diversas cidades do Brasil e Portugal com a sua formação original, à exceção do guitarrista Marcelo Frommer, que morreu em 2001. Será uma oportunidade única para os velhos e novos fãs verem todos juntos no palco. O repertório será focado nos primeiros dez anos da banda, quando todos os integrantes ainda tocavam juntos, o que vai até o disco “Tudo ao Mesmo Tempo Agora”, de 1991. O primeiro a sair foi Arnaldo Antunes, em 1992. O produtor e músico Liminha acompanhará a banda na turnê, assim como Alice Frommer, filha de Marcelo. 

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    CÁLICE – Ao contrário do que muitos dizem, a canção “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil foi sim censurada. Escrita em 1973, para ser apresentada no Show Phono 73, ela foi excluída do show pelos censores. No dia da apresentação, a dupla até tentou cantá-la, desafiando a ordem, mas os microfones foram desligados (tem o vídeo no YouTube). Chico Buarque só conseguiu gravá-la em 1978, cantando junto com Milton Nascimento, pois Gilberto Gil estava noutra gravadora. A ideia de entoar a palavra “cálice” de modo a ter o sentido de “cale-se” foi do cantor baiano, que, sabe-se lá por que, nunca incluiu a música em seus discos.

    CAricatura: Brito
  • BOLSONARO

    Após fugir para os Estados Unidos dias antes da posse de seu sucessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou para a Terra de Vera Cruz. De início, pretendia transformar seu retorno numa grande festa, com uma multidão de devotos no saguão e um deles o carregando no tuntum. Deu errado. Por questão de segurança, o governo do DF tratou de montar um esquema para evitar aglomeração, evitando assim um novo 8 de janeiro, justamente no dia que antecede a data do golpe militar. Com a decisão dos órgãos de segurança, o ex-presidente terá que macaquear na sede do seu partido. Caso queiram quebrar algo, que seja o patrimônio do PL.

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    LULA – O atual presidente andou falando coisas que incomodou bastante alguns integrantes do arco democrático que o ajudou a se eleger. Ele recebeu críticas por causa das falas contra o presidente do Banco Central, por ter chamado o impeachment de Dilma Rousseff de golpe e também por ter dito que a operação da Polícia Federal para prender acusados de planejar a morte de autoridades era armação do senador Sérgio Moro (União Brasil). Sem entrar no mérito das falas, Lulinha precisa entender que chegou ao poder com o apoio de um leque de partidos, inclusive uns de centro-direita, e que se quiser governar não pode chutar baldes, tem que caminhar entre eles.

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    ROGÉRIO MARINHO – Eleito pelo povo potiguar para representar o Estado no Senado Federal, Rogério Marinho não vem adotando a postura técnica que marcou sua carreira. Sabe-se lá por influência de quê ou de quem, o parlamentar resolveu virar um bolsonarista de posto, daqueles que divulgam fake news, demonstram viver numa realidade paralela, ataca adversários, muitas vezes se valendo de mentiras. A postura pode até agradar ao núcleo duro do bolsonarismo, aqueles 12%, mas não vai ao encontro dos anseios da população em geral. Mesmo na oposição o senador poderia exercer um papel de relevo, não se limitando a ser sabujo do bolsonarismo mais reles.

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    IMPRENSA – Sabe aquela fábula onde no final o animal revela seu instinto? Pois é. Nos últimos meses e com mais ênfase durante a campanha, os grandes órgãos de imprensa, forçados a escolher entre Bolsonaro e Lula, optaram por este, não por ser o melhor pra eles, mas porque aquele sempre se comportou como inimigo declarado, inclusive com seguidores agredindo jornalistas em qualquer oportunidade que surgisse. Finda a eleição e Lula tomado posse, a imprensa já começa a criticá-lo sem dó. Os editoriais de O Globo e Estadão, em maior grau; e os da Folha, em menor grau, só têm sido chicotadas no lombo do petista.

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    AUDIÊNCIA NA CCJ – O ministro da Justiça, Flávio Dino, compareceu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para ser indagado dos parlamentares sobre ações tomadas durante sua gestão. Quem se propôs a assistir à audiência se deparou com uma sequência interminável de baixarias, mentiras, palavras de baixo calão, acusações levianas e tentativas de lacração. A intenção de muitos deputados não era esclarecer nada, mas tão somente produzir vídeos de impacto para serem usados em suas redes, tudo sob medida para agradar ao público respectivo. A salvação é que o ministro conseguiu se comportar com serenidade mesmo diante das mais chulas provocações.

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    NIKOLAS FERREIRA – É doloroso saber que ele foi o deputado mais votado do país; dá uma tristeza e aflora o sentimento de que tudo está perdido, de que o país não tem jeito. Nikolas representa um modo de política que destoa bastante dos princípios que embasam uma democracia republicana. Na realidade, ele é a antítese do que deveria ser um representante do povo. O único objetivo dele como deputado é lacrar; usar frases de efeito, sempre mentirosas, desrespeitosas ou distorcidas, para postar no TikTok e animar sua plateia. E daí vem minha decepção, tem gente que dá valor a isso. Aquela cena transfóbica, da peruca loira, foi de uma rabugice incalculável.

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    CANAIS DE YOUTUBE – Diariamente temos à disposição uma série de bons podcasts e de vídeos em canais de YouTube. Sinto falta, contudo, de produções potiguares, ao menos no formato que vejo em âmbito nacional. Queria que no Rio Grande do Norte tivesse canais como o “Desmascarando”, “Ronny Teles” e “Clayson”, que não são apenas gravações de programas, mas que produzem vídeos bem editados e lançados a qualquer hora do dia. Temos no estado jornalistas e afins capazes de lançar canais com conteúdo próprio, com dois ou três vídeos por dia. Acho que falta arrojo. Assunto não escasseia nesta terra de Oswaldo Lamartine.

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    AUMENTO DO ICMS – Numa edição do Jornal da Manhã da Jovem Pan News FM Natal (ufa!), a apresentadora Virgínia Coelli, ao comentar o aumento de 2% na alíquota do ICMS, disse que os preços de tudo ficariam “muito mais caros”. Ninguém gosta de aumento de tributos, eu também não, mas devemos fazer o uso correto das palavras e expressões, seguindo a orientação sempre dada pelo escritor Ariano Suassuna. Um aumento de 2% de ICMS não deixará nada “muito mais caro”. Reitero que também não sou favorável a aumento de tributos, o que critico aqui é a falta de ponderação ao noticiar um fato. E se daqui a um mês a alíquota aumentar 20%, o que ela vai dizer?

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    RODOVIAS ESTADUAIS – Dentre os vários abacaxis que a governadora Fátima Bezerra (PT) precisa descascar, um deles é a malha viária estadual. A cada dia que passa as nossas estradas estão mais esburacadas, mal sinalizadas e tomadas pelo mato. E, neste caso, é um problema que só aumenta com o passar dos dias, o que demandará mais tempo e dinheiro para solucioná-lo, à medida que não o é. Sei que alguns trechos foram recapeados, como a Leste-Oeste em Mossoró, mas no geral a situação das estradas é de fazer irar os motoristas. Nem vou comparar com as rodovias estaduais dos vizinhos Ceará e Paraíba.

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    PRAÇA DA CONVIVÊNCIA – O empresário Alexandre Rodrigues, do restaurante Tchê, arrendou a Praça de Convivência por R$ 901 mil. Ele pagará R$ 45 mil de entrada e o restante em até cinco anos, prazo de duração do contrato. Pelos termos, ele terá direito de explorar como quiser 22 boxes do equipamento, bem como o espaço da praça. Já de início ele negociará espaços para instalar camarotes pro próximo Pingo da Mei Dia. Durante a vigência do contrato, é bom lembrar, teremos cinco edições do Mossoró Cidade Junina. À primeira vista foi um excelente negócio para o empresário, não que tenha sido ruim pra prefeitura.

  • OS DESAFIOS DE JEAN PAUL

    O presidente da Petrobras, o ex-senador potiguar Jean Paul Prates (PT), encontrará uma empresa bem diferente daquela que existia em 2016, último ano do PT no poder antes da volta de Lula.

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    II – Em 2016, a empresa contava com 68.829 empregados, previsão de investimento de US$ 19 bilhões e endividamento bruto de US$ 124 bilhões. Hoje, conforme os últimos dados divulgados, são 45.532 funcionários, intenção de investir US$ 15,6 bilhões e endividamento de US$ 54,3 bilhões. De prima, uma empresa menor, mas também menos endividada.

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    III – O principal desafio é precificar os combustíveis. Atualmente o valor é decidido com base na cotação internacional do petróleo, modelo criticado por muitos setores do PT. O futuro presidente já disse que não mudará a regra atual, mas procurará uma forma de atenuar o valor sempre que a alta do preço no mercado exterior for significativa. Uma ideia é criar um fundo com recursos de dividendos, royalties e bônus de exploração e produção de petróleo.

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    IV – O que Jean Paul e toda a torcida do Corinthians sabem é que não podem cometer o mesmo erro da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que decidiu vender os combustíveis com o preço bem abaixo do aplicado no mercado exterior, causando imensos prejuízos para a petrolífera.

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    V – Além do preço dos combustíveis, o futuro presidente também lidará com a transição energética, que consiste na mudança de combustíveis fósseis para energias renováveis; a venda de ativos da empresa; e a distribuição de dividendos aos acionistas. Todos esses assuntos são sensíveis e dividem enormemente a direita e a esquerda. Prates precisará de muito jogo de cintura.

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    TRISTE FIM DA TRIBUNA DO NORTE – É duro ver um jornal como a Tribuna do Norte, com mais de 70 anos de existência, uma marca potiguar, se transformar num panfleto da pior espécie, com assombrosos erros de português, edição e diagramação. Por força do costume eu ainda leio a publicação diariamente, mas está cada vez mais difícil fazê-lo. Além dos erros citados, também entristece o viés editorial da publicação, que deixou de trazer matérias jornalísticas para fazer panfletagem em prol do bolsonarismo e de Rogério Marinho. A TN, outrora orgulho, hoje é uma vergonha.

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    PAPELÃO DO GIRÃO – O deputado federal General Girão (PL) vem sendo um parlamentar inútil para o Rio Grande do Norte. Em vez de lançar boas ideias e projetos, prefere ficar enchendo suas redes sociais de desinformação. O parlamentar tem mentido por atacado, e o pior é que, quando confrontado com a verdade, não tem nem mesmo dignidade para se retratar.

    Herança maldita da ex-prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini, que “importou” Girão para o Rio Grande do Norte.

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    BG ANIMADO – O blogueiro bolsonarista Bruno Giovani está animado com a possibilidade de ser candidato a prefeito de Natal no próximo ano. Nas últimas semanas ele já se reuniu com figuras de peso da política estadual, como o deputado estadual Ezequiel Neves (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa; Paulinho Freire (União Brasil), deputado federal eleito; e o ex-senador José Agripino (União Brasil).

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    ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – A 63ª legislatura começará no próximo dia 1º de fevereiro. Dos 24 futuros deputados, oito exercerão o primeiro mandato, os demais já são passados na casca do alho. O mais experiente será José Dias (PSDB), que partirá para o 10º mandato. Depois vem Nelter Queiroz (PSDB), que cumprirá seu 9º mandato.

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    II – Mossoró, a segunda maior cidade do estado no critério populacional, terá apenas Isolda Dantas (PT), em segundo mandato, como representante. Ivanilson Oliveira (União Brasil), apesar de ser natural de Mossoró, não tem muita ligação com a cidade, seu reduto é Baraúna. O fato não deixa de ser uma vergonha para a capital do Oeste Potiguar.

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    MUITA FOFOCA – Os mossoroenses começaram o ano com vontade de fofocar. Quase todo dia circulava nos grupos de WhatsApp e em perfis apócrifos notícias de traições, trocas de casais, homossexualidade descoberta etc., tudo aquilo que só importa para os falsos puritanos, pessoas que talvez façam tudo isso, e que usam a crítica para disfarçar o que fazem.

    O que as pessoas fazem em sua intimidade não deveria ser assunto tratado em salão de beleza ou mesa de bar. Talvez daqui a 100 anos as pessoas deixem de se importar com a vida íntima alheia.

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    MÚSICAS QUE MARCARAM – Em 1990 estourou no Brasil a canção “Quatro Semanas de Amor”, interpretada pela dupla teen Luan e Vanessa, uma versão de Carlos Colla para “Sealead with a Kiss”.

    Luan, cantor iniciante; e Vanessa, ex-integrante do Trem da Alegria, se uniram em dupla por sugestão da gravadora. Com o tempo começaram a namorar e hoje são casados, residindo nos EUA desde 2003, onde possuem um estúdio de gravação voltado para o mundo gospel.

    Durante a pandemia a dupla gravou um vídeo tocando uma versão acústica da música (aqui).

  • É PELA DEMOCRACIA

    (Foto: agenciabrasil.ebc.com.br)

    Escrevo esta coluna no dia 27 de outubro, faltando três dias para as eleições. Os grandes institutos de pesquisas e os sites de apostas apontam o ex-presidente Lula (PT) como o favorito na disputa contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). A diferença na intenção de votos, contudo, não permite gritar vitória antes do tempo. Pesquisa da Datafolha já revelou que aproximadamente 10 milhões de eleitores costumam decidir o voto no dia das eleições. Essa massa faz a diferença.

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    É PELA DEMOCRACIA 2 – O meu voto já decidi, será contra o atual presidente, por tudo que ele fez (e também não fez) nas áreas de Educação, Saúde, Economia, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Cultura. Poderia discorrer várias decisões erradas dentro de cada área, mas aí a coluna teria o tamanho e cara de uma tese de pós-graduação. O estrago feito nesses setores não encontra paralelo na história da República.

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    É PELA DEMOCRACIA 3 – Também não suporto os constantes ataques do presidente às instituições; a disseminação de notícias falsas nas redes sociais; as falas misóginas, racistas e homofóbicas; enojou-me o “pintou um clima” entre um rabugento de 67 anos e adolescentes com 14, 15 anos; revolta-me o desprezo que o ministro Paulo Guedes tem pelos pobres, bem como sua sede em tirar direitos dessa classe, que já é tão desfavorecida.

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    É PELA DEMOCRACIA 4 – E ninguém venha me dizer que vota no presidente porque ele não é corrupto. Essa lorota já caiu por terra há muito tempo. Há muitos escândalos de corrupção no atual governo, mesmo ele fazendo de tudo para impedir as investigações. Imagine se os órgãos de fiscalização tivessem liberdade.

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    É PELA DEMOCRACIA 5 – Caso ele seja reeleito, possibilidade que não descarto, levará nosso país para uma autocracia, como Venezuela, Hungria e Cuba. Seu governo será trocentas vezes pior. Ora, sabendo que ia disputar uma reeleição ele fez o que fez, imagine o que fará quando não tiver mais necessidade de se maquiar. Para salvar nossa democracia, contra a ditadura que o presidente pretende implantar, sapecarei o 13 no dia das eleições, virando essa “página infeliz de nossa história”. 

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    CREDIBILIDADE NO MATO – O empresário Flávio Azevedo, suplente do senador eleito Rogério Marinho (PL), transformou o jornal que ora comanda, a Tribuna do Norte, num panfleto bolsonarista da pior espécie, comparável àqueles blogs apócrifos que difundem notícias falsas no atacado. É triste ver um jornal que tem 72 anos de história ser usado descaradamente em favor da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Só para o leitor ter uma ideia, a Tribuna só publica as pesquisas da Brasmarket, instituto que apontou vitória do presidente no primeiro turno. Perdeu totalmente o pudor.

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    CREDIBILIDADE NO MATO 2 – O primeiro ato do empresário foi demitir o excelente chargista Brum, um dos melhores do estado, só porque ele fazia charges criticando o atual chefe do Executivo nacional. A coluna “Notas & Comentários”, apócrifa, virou uma espécie de coletânea das fake news espalhadas pelo bolsonarismo no dia anterior. O espaço para artigos só publica textos de ministros do governo ou de jornalistas simpatizantes à causa.

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    CREDIBILIDADE NO MATO 3 – O jornal mantém em seus quadros os competentes Vicente Serejo, Cassiano Arruda e Rosalie Arruda, mas sinto que eles estão medindo as palavras ao falar de Bolsonaro e Lula, provavelmente com receio de também serem afastados. Será que vale à pena jogar a credibilidade de um jornal por causa de uma campanha aparentemente perdida?

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    NÃO É VERDADE – Num artigo escrito para o jornal referido nas notas acima, o empresário Flávio Azevedo detonou o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na oportunidade utilizou aqueles argumentos sem pé e nem cabeça de que ele é parcial. Num dos pontos ele escreve que o TSE extrapolou seus poderes ao decidir que pode fazer censura prévia de ofício. Essa informação é mentirosa.

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    NÃO É VERDADE 2 – Na realidade, o tribunal decidiu que pode remover das redes sociais posts idênticos àqueles que já foram motivo de deliberação no órgão, isso evita perda de tempo. Foi isso. Curioso que o próprio presidente usou a seu favor a decisão do ministro no caso das meninas venezuelanas. Quando convém, né? Levantamento de O Globo mostrou que Moraes concedeu mais direitos de resposta à campanha de Bolsonaro do que à campanha de Lula.

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    ASSÉDIO ELEITORAL – Até o fim de semana, o Ministério Público do Trabalho (MPT) havia recebido 1.155 denúncias de assédio eleitoral no Brasil, cinco vezes mais do que a campanha de 2018. A quase totalidade dos casos envolve empresários bolsonaristas.

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    ASSÉDIO ELEITORAL 2 – O assédio eleitoral ganhou, inclusive, um novo patamar. Em Minas Gerais, três dirigentes de entidades que representam o varejo se reuniram com empresários para pedir a eles que pressionem os empregados a votar no atual presidente.

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    ASSÉDIO ELEITORAL 3 – Em Mossoró, conversei com uma caixa do supermercado Queiroz, a qual afirmou, espontaneamente, que Seu Jair, o proprietário, tinha dito aos funcionários que o voto de cada um era livre, que apenas evitassem “fazer política” no estabelecimento. Está de parabéns.

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    LEI ROUANET – A lei de incentivo à cultura é um dos alvos preferidos do bolsonarismo, apesar de pouquíssimos saberem do que realmente se trata. Os devotos apenas repetem o mantra “acabou a mamata”, sem saberem patavinas do assunto. Ainda na campanha de 2018, o então candidato Bolsonaro prometeu que a lei seria mais pulverizada, ajudando, sobretudo, a artistas iniciantes. Matéria da Folha de S. Paulo do dia 27 de outubro mostra que aconteceu exatamente o contrário.

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    LEI ROUANET 2 – O jornal trouxe que o valor médio de captação de recursos, R$ 644 mil, é o maior dos últimos dez anos. Traz também que o número de projetos aprovados caiu 43% entre 2020 e 2021, de 4.640 para 2.636, e que o valor da captação subiu de R$ 1,5 bilhão para R$ 2,1 bilhões, sugerindo que está havendo concentração, e não pulverização, como prometeu Bolsonaro.

  • UM TOM A MAIS

    A dois meses das eleições em primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) torna-se cada vez mais beligerante. Na convenção que homologou sua candidatura à reeleição, ele voltou a apontar sua mira para o STF, a Corte Constitucional do país, falando em tom de intimidação. Na oportunidade, convocou o “povo” a ir às ruas no Sete de Setembro, a fim de mostrar que a força está com a população.

    O “POVO” – Em todas as suas falas, o presidente Bolsonaro confunde a vontade dos seus seguidores fanáticos com a vontade do povo. São coisas bem diferentes. Ele tem o apoio de um terço da população, como mostram as pesquisas. No geral, a maioria do povo reprova seu governo e não levanta as suas bandeiras. Pesquisa XP/Ipespe recente apontou que a reprovação de Bolsonaro está em 59%.

    UM EXEMPLO – A mesma tática é adotada pelos seus seguidores. Dia desses circulou um vídeo onde o ex-presidente Lula (PT) está chegando em algum condomínio, quando duas ou três pessoas num mesmo apartamento gritam palavras contra ele. Um texto escrito no vídeo diz que ali é a reação do povo diante do ex-presidente. Não, não era o povo, foram dois ou três bolsonaristas fanáticos que veem adversários políticos como inimigos figadais.

    DIFÍCIL DE ENGOLIR – No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT) será candidata à reeleição com Walter Alves (MDB) como vice e Carlos Eduardo Alves (PDT) como candidato ao Senado. Não está sendo fácil para o petista mais raiz se animar com essas alianças. A tentação para votar em Rafael Motta (PSB), também candidato a senador, é grande.

    DANIELLA PEREZ – A série documental Pacto Brutal, que vem sendo exibida pela HBO Max, relembra o assassinato da atriz Daniella Perez pelo também ator Guilherme de Pádua e sua esposa, Paula Tomaz, fato que chocou o país em dezembro de 1992. Na época, eles faziam um par romântico na novela “De Corpo e Alma”.

    GUILHERME DE PÁDUA – O ex-ator, hoje pastor da Igreja Batista de Lagoinha, não está gostando nadinha da série, inclusive se queixou pelo fato de não ter sido procurado pelos produtores e diretores para apresentar a sua versão. Na verdade, a série dedica bastante tempo à versão que ele deu na época, uma história sem pé e nem cabeça, frise-se.

    MULHERES NA POLÍTICA – Um ranking da União Interparlamentar mede a participação das mulheres em cargos legislativos em 192 países. O Brasil ocupa a inglória 142ª posição, apesar de termos mais mulheres do que homens na população em geral. Na América Latina o país fica na frente apenas do Haiti. A Argentina, por exemplo, é a 20ª da lista. No caso do Brasil, não é por falta de interesse delas, vez que representam 46% das filiações partidárias. É o machismo da sociedade ecoando na estrutura política.

    VIOLÊNCIA POLÍTICA – Entre 2016 e 2020, foram registrados 125 assassinatos e atentados, 85 ameaças, 33 agressões, 59 ofensas, 21 invasões e quatro casos de prisão ou detenção envolvendo pré-candidatos, candidatos os políticos eleitos no Brasil. Os dados são de uma pesquisa conjunta a Terra de Direitos e da Justiça Global. A violência geral no país diminuiu, mas a violência politica disparou. Devemos diferenciá-las.

    A FAKE NEWS DE MICHELLE – Por ocasião do lançamento da candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, a primeira-dama disse que ele já sancionou 70 projetos de lei que favorecem as mulheres. Um levantamento do Estadão mostrou que os números não correspondem à realidade. Na verdade, foram aprovados 46 projetos desse tipo, nenhum de autoria do atual presidente, que só os sancionou após muita pressão.

    A FAKE NEWS DE MICHELLE II – O Estadão também lembra que o presidente vetou seis projetos que beneficiavam as mulheres, destacando o que previa a distribuição gratuita de absorventes íntimos para mulheres humildes e o que garantia auxílio emergencial em dobro para mães solteiras. Ambos os vetos foram derrubados pelo Congresso Nacional.

    “COLECIONANDO PRIMEIRAS VEZES” – A cantora Anitta, nascida no subúrbio carioca, vem colecionando ineditismos. Ela está concorrendo à estatueta de “melhor clipe de música latina”, por “Envolver”, do MTV Video Music Awards, primeira vez que uma cantora solo brasileira é indicada ao prêmio. A cantora também entrou oficialmente para o “Livro Guinness dos Recordes” por ter sido a primeira artista latina solo a alcançar o topo na plataforma “Spotify”, igualmente com a música “Envolver”.

    “COLECIONANDO PRIMEIRAS VEZES” II – Em junho, ela foi a primeira artista brasileira a ter uma estátua de cera em sua homenagem no Museu Madame Tussauds de Nova York, EUA. Em 2019 ela cantou no Palco Mundo do Rock in Rio, primeira funkeira a conseguir tal feito. Não gosto muito do seu estilo musical, mas não podemos negar que ela é um fenômeno.

  • ESCLARECENDO

    Uma assessora da vereadora e pré-candidata a deputado estadual, Marleide Cunha (PT), entrou em contato comigo para esclarecer nota publicada em nossa última coluna, sobre conflito interno no partido. Ela disse que da parte da vereadora Marleide não há desavença nenhuma, que sua pré-candidatura tem apoio significativo de algumas classes e que respeita a todos os demais pré-candidatos.

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    ESCLARECENDO 2 – Na verdade, deixei subentendido na coluna anterior que a insatisfação não partia da vereadora Marleide Cunha (PT), mas da deputada estadual Isolda Dantas (PT), candidata à reeleição, que teme ser prejudicada pela futura postulação – legítima – da vereadora Marleide. Nas últimas eleições municipais, em 2020, Marleide se elegeu com 1.528 votos, contra 1.453 votos de Plúvia Oliveira, candidata apoiada por Isolda Dantas.

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    AINDA – Além da querela municipal, a deputada estadual Isolda Dantas (PT) também faz parte do grupo que não quer a aliança entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT). Ela chegou a dizer, em entrevista ao jornalista Saulo Vale, que, em se efetivando a parceria, o ex-prefeito será usado e depois cuspido pela governadora, criando um imenso e desnecessário mal-estar.

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    AINDA NÃO SE CONVENCEU? – Os quatro anos de desmanche da República parecem não ter convencido a deputada estadual Isolda Dantas (PT) de que não devemos correr o mínimo risco de deixar que seguidores do atual presidente alcancem esferas do poder, sobretudo quando o atual gestor é alguém da esquerda, que bem ou mal, respeita a democracia. Diante de uma casa que ameaça desabar, a preocupação da deputada é com a pintura. Também serve para a deputada federal Natália Bonavides (PT).

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    * PODE SER PIOR – As eleições de 2018 foram marcadas por fatos estranhamente atípicos, que talvez não prosperassem caso o Brasil fosse um país com democracia mais sólida, como as europeias e a americana. Naquele ano, o líder nas pesquisas, Lula da Silva (PT), foi impedido de concorrer ao pleito por um juiz que, tempos depois, seria ministro da Justiça do candidato vencedor, num ato que remonta a uma republiqueta ou alguma ditadura africana. Mesmo diante da anomalia, nada aconteceu, a vida seguiu seu rumo e hoje temos o que temos.

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    PODE SER PIOR 2 – As eleições que se avizinham podem resultar em algo ainda pior, um autogolpe, como Alberto Fujimori fez no Peru em 1992. Sem nenhum “juiz” de plantão para tirar Lula da Silva (PT) – novamente líder nas pesquisas – do páreo, resta ao presidente e sua malta torcerem que algum evento fortuito afaste o ex-presidente da disputa. Em não acontecendo isso, e sendo Lula eleito, o atual presidente dá sinais diários de que não aceitará a derrota. O autogolpe vem sendo anunciado diariamente, diante de instituições que nada fazem além de notas e blábláblás. O Brasil viverá dias muito, muito tensos.

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    CICLONE TROPICAL – No último dia 24 de maio Mossoró registrou a maior chuva do ano, evento decorrente de uma tempestade de ciclone tropical. Os pluviômetros chegaram a registrar 130 mm em aproximadamente duas horas de chuva. Com tanta água, não faltaram casos de ruas e avenidas alagadas, tetos desabando, árvores caindo, carros boiando, e até um gaiato passeando numa canoa nas proximidades da Cobal.

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    LÍDER INDÍGENA TRANS – Nascido Gilmar Traytowu, ele nunca se identificou com o gênero masculino. Hoje, aos 30 anos, se apresenta como Majur Harachell Traytowu. Da aldeia Apido Paru, em Rondonópolis (MT), desde cedo ela se dedicou às tarefas destinadas às mulheres, e hoje se veste, usa maquiagem e namora homens.

    Sua história foi contada numa extensa matéria publicada na edição 188 da revista Piauí. O mais curioso é que Majur disse que nunca foi discriminada na aldeia. Afirmou que seus pais nunca tocaram no assunto, nem para criticar nem para apoiar, agem com total indiferença, no sentido de que aquilo não importa, tanto faz. O mesmo acontece com os demais indígenas da aldeia, mostrando que, ao menos entre os Apidos Parus, não existe LGBTfobia. Em tal aspecto estão mais civilizados do que os “brancos”.

    DESPEDIDA – Dedico o post de hoje ao comerciário Westerley Ramalho Cavalcante, que concluiu sua passagem pela terra no último dia 08 de maio, após intensa luta contra o diabetes. Contava com 50 anos de idade. West, como chamávamos, circulava em todos os ambientes, apesar de ter um posicionamento político bem cristalino. Era querido por todos. Não me lembro de ouvir alguém dizer que tinha reservas quanto a ele.

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    DESPEDIDA 2 – West costumava brincar com seu próprio quadro de saúde, se dizendo “imorrível”, vez que já havia passado alguns maus bocados em hospitais. Numa das vezes foi praticamente “desenganado”, mas conseguiu receber alta e até fazer uma bonita e última viagem com sua mãe, dona Raimunda Cavalcante, visitando pontos turísticos do Sudeste do país, o que me lembrou bastante o filme “Antes de Partir” (2007). Ele se foi, mas ficará sempre nos corações daqueles que o conheceram.

  • PT em Mossoró

    O Partido dos Trabalhadores (PT) em Mossoró vive um intenso conflito interno, causado pelo anúncio da pré-candidatura da vereadora Marleide Cunha ao cargo de deputado estadual, o que desagradou a deputada estadual Isolda Dantas, que disputa o mesmo nicho eleitoral.

    Marleide Cunha, contudo, se acha capacitada para a disputa em razão da força que demonstrou ter nas eleições de 2020, quando conseguiu se eleger em detrimento de Plúvia Oliveira, candidata preferida de Isolda Dantas. Plúvia recebeu generosos recursos do PT, ao contrário de Marleide.

    A atual deputada estadual Isolda Dantas teme que ela e Marleide Cunha morram abraçadas, acredita que ambas terão muitos votos, mas não consigam, individualmente, alcançar os números necessários. Haverá candidatos em Natal com bastante capilaridade eleitoral, capazes de superar as votações individuais de Marleide e Isolda. A briga interna está grande.


    I – A revista Piauí de março trouxe uma extensa e excelente matéria sobre a pré-campanha do ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) à presidência da República. A reportagem cobre desde a volta de Moro ao país até suas reuniões mais recentes. A situação não é nada animadora.

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    II – O ex-ministro apareceu na primeira pesquisa após lançar-se pré-candidato com 11% das intenções de votos, o que animou o entourage, mas as sondagens seguintes não demonstraram o crescimento que todos almejavam, pelo contrário. Hoje ele patina nos 6%, 7%, o que é bastante desmotivador.

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    III – Além da presença tímida nas pesquisas, a campanha enfrenta outros problemas, como a falta de recursos financeiros, de organização, a dificuldade para formar alianças e conseguir apoios, além da visível falta de carisma do pré-candidato. Não é de se espantar que a Pré-candidatura não vingue.

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    O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender uma ampliação do excludente de ilicitude para policiais, uma espécie de carta branca para matar. Para se livrar do processo, bastará o policial dizer que agiu por medo ou surpresa. Lembrando que nossa polícia já é a mais letal do mundo.

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    Quando assumiu o poder na Hungria, em 2010, o ultraconservador Viktor Orbán tratou logo de tirar poderes do Tribunal Constitucional, o STF do país, aumentando de 11 para 15 o número de ministros, e mudando a forma de nomeação, o que permitiu a ele, ao longo dos anos, montar um tribunal com kassios e andrés.

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    Ainda sobre Orbán, haverá eleições na Hungria no início de abril. Sua campanha vem sendo feita com base na pauta de costumes, sobretudo contra o público LGBTQIAP+, a quem acusa de pedofilia, de querer destruir a família bíblica e blá-blá-blá.

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     I – No mundo, um a cada 700 bebês nascidos possuem síndrome de Down. Na Espanha, a média é de um a cada 02 mil bebês, isso porque a legislação do país permite o aborto de fetos com a síndrome, o que pode ser detectado entre a 10ª e 12ª semana de gestação.

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    II – O maior fator de risco para a gestação de um bebê com síndrome de Down é a idade da mãe. A partir dos 33 anos, em média, já há risco. Também há relação com a idade em que a mãe foi gerada pela avó do futuro bebê.

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    Outrora, as casas dos mais aquinhoados dispunham de “despensa de empregada”, cômodo que servia unicamente para a doméstica, quando esta literalmente morava na casa dos patrões. Resquícios do período escravocrata. Pra começar, “despensa” é onde se guardam “objetos”.

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    Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria encontraram um osso de dinossauromorfo, espécie ancestral dos dinossauros, que viveram na terra há 240 milhões de anos. O fóssil foi encontrado no município de Dona Francisca (RS). Pode ser o mais antigo da espécie no mundo.

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    Águas Profundas mistura drama psicológico com alguma pitada de suspense. No filme, um homem demonstra aceitar, mesmo a contragosto, as constantes traições da esposa, algumas na própria casa deles. Essa aceitação, entretanto, não é bem o que parece. É um filme instigante sobre infidelidade consentida (ou não). No Prime Vídeo.

  • INDEPENDENTE

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), há tempos abandonou a parceria com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Ele vem colocando em pauta apenas os projetos de seu interesse, incluindo uns que desagradam ao chefe da Nação, como a legalização dos jogos de azar. Bolsonaro já chegou a dizer que vetaria o projeto, caso aprovado, mas isso não incomodou Arthur Lira, que não parou a tramitação da matéria, e trabalhou para sua aprovação.

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    LEGISLATIVO EM BANHO-MARIA – No Brasil, há um consenso de que projetos que carregam alguma polêmica não devem ser votados em anos eleitorais. A uma, porque os políticos estão mais preocupados em formar alianças para suas campanhas; a duas, porque questões controversas sempre desagradam a uma parcela da população, tudo o que os políticos não querem.

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    II – Contrariando essa lógica, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quer votar ainda em 2022 um dos projetos mais cobrados no país, o da Reforma Tributária, que pretende, sobretudo, simplificar o atual balaio de gatos que é nossa legislação nessa área. Merece elogios a atitude do senador, resta saber se ele logrará êxito. Acho difícil.

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    INDICAÇÕES PARA O STF – O próximo presidente do Brasil deverá nomear dois novos ministros pro STF ainda em 2023, que ocuparão as vagas de Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, que atingirão a idade máxima de 75 anos. Há, no entanto, um movimento no Congresso que pretende retornar a idade máxima para 70 anos, o que permitiria ao próximo mandatário da Nação nomear cinco ministros durante os quatro anos de gestão.

    Vale lembrar que a idade foi alterada de 70 para 75 anos recentemente, no governo de Dilma Rousseff, a fim de impedir que a ex-presidente nomeasse mais ministros para a Corte Judiciária. Casuísmo sempre, outrora e agora.

    BAR DO PAULÃO – O bar mais velho de Mossoró ainda em atividade e comandado pelo fundador, completa 50 anos de existência em dezembro deste ano. Seus frequentadores já passam a arquitetar uma comemoração, meio a contragosto do seu proprietário, Paulo Targino, o Paulão, avesso a eventos sociais.

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    II – O Bar do Paulão está localizado no cruzamento das ruas Felipe Camarão com Ana Floriano, bairro Doze Anos. É um bar tradicional, de balcão, mesas e cadeiras de madeira, pintados em branco, com um enorme estoque de bebidas destiladas acomodadas num enorme móvel fixado à parede.

    * III – A clientela é quase sempre a mesma, não é um bar cosmopolita, apesar de seu proprietário não se negar a atender clientes desconhecidos. Ofertará seu “atendimento VIP” da mesma forma. Dona Inês, esposa de “Paulão”, é uma atração à parte, com sua falta de freio na fala. Diz o que quer, nem sempre com palavras republicanas, para risos e deleite dos presentes.

    Vida longa ao icônico Bar do Paulão.

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    CONDENAÇÃO – A Justiça condenou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), a indenizar o cantor e compositor Chico Buarque em R$ 40 mil. No último dia 07 de setembro, o governador publicou um vídeo em suas redes sociais defendendo que o Brasil deveria fugir dos extremos, e como exemplo mostrou uma montagem com Sérgio Reis e Chico Buarque lado-a-lado, sendo que o primeiro realmente já fez declarações demonstrando seu radicalismo, ao contrário do segundo. A defesa de Chico Buarque mostrou que a imagem do cantor foi usada indevidamente, tese que foi acatada. Cabe recurso.

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    DRAMA – O filme “Você não Estava Aqui” (2019) mostra os efeitos da precarização do trabalho nos dias atuais. A trama se passa na Inglaterra, tendo como personagens principais um casal formado por um entregador de encomendas e uma cuidadora de idosos. Apesar da extenuante carga de horário que ambos cumprem, eles não conseguem ter uma vida digna, gerando constantes conflitos em casa, sobretudo com o filho mais velho, um adolescente em fase escolar.

    Outro viés do filme é a relação entre patrão e empregados na empresa de entregas, alicerçada apenas no cumprimento de metas, no trabalho exaustivo e na falta de empatia com os empregados, que não podem nem relatar que estão doentes etc.

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    DICA – Para quem gosta de aprender mais sobre o mundo da música, especialmente curiosidades, e também para fugir um pouco do pesado noticiário político, sugiro os seguintes podcasts: “B3”, “Discoteca Básica”, “Sons & Histórias”, “G1 Ouviu”, “Escuta”, “Expresso Ilustrada”, “Baú Musical” e “Tenho mais Discos que Amigos”, todos muito bons. A mente às vezes pede algo mais ameno.

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    TOCA RAUL – O cantor Ed Motta, mais conhecido pelo seu parentesco com Tim Maia, achou por bem detonar o escritor, produtor, cantor e compositor Raul Seixas, dizendo, entre outras, que ele era fraco musicalmente e que possuía falha de caráter. Caso queria aparecer, escolheu a pior forma possível. A imensa legião de fãs do Maluco Beleza não deixou barato. Ed Mota ouviu umas boas verdades, pra criar “marra” e parar de falar lorotas. Nem vou me dar ao trabalho de compará-los aqui neste espaço. Todos sabem o que representa Raul Seixas para a música nacional e o que representa Ed Mota.