Após fugir para os Estados Unidos dias antes da posse de seu sucessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou para a Terra de Vera Cruz. De início, pretendia transformar seu retorno numa grande festa, com uma multidão de devotos no saguão e um deles o carregando no tuntum. Deu errado. Por questão de segurança, o governo do DF tratou de montar um esquema para evitar aglomeração, evitando assim um novo 8 de janeiro, justamente no dia que antecede a data do golpe militar. Com a decisão dos órgãos de segurança, o ex-presidente terá que macaquear na sede do seu partido. Caso queiram quebrar algo, que seja o patrimônio do PL.
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LULA – O atual presidente andou falando coisas que incomodou bastante alguns integrantes do arco democrático que o ajudou a se eleger. Ele recebeu críticas por causa das falas contra o presidente do Banco Central, por ter chamado o impeachment de Dilma Rousseff de golpe e também por ter dito que a operação da Polícia Federal para prender acusados de planejar a morte de autoridades era armação do senador Sérgio Moro (União Brasil). Sem entrar no mérito das falas, Lulinha precisa entender que chegou ao poder com o apoio de um leque de partidos, inclusive uns de centro-direita, e que se quiser governar não pode chutar baldes, tem que caminhar entre eles.
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ROGÉRIO MARINHO – Eleito pelo povo potiguar para representar o Estado no Senado Federal, Rogério Marinho não vem adotando a postura técnica que marcou sua carreira. Sabe-se lá por influência de quê ou de quem, o parlamentar resolveu virar um bolsonarista de posto, daqueles que divulgam fake news, demonstram viver numa realidade paralela, ataca adversários, muitas vezes se valendo de mentiras. A postura pode até agradar ao núcleo duro do bolsonarismo, aqueles 12%, mas não vai ao encontro dos anseios da população em geral. Mesmo na oposição o senador poderia exercer um papel de relevo, não se limitando a ser sabujo do bolsonarismo mais reles.
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IMPRENSA – Sabe aquela fábula onde no final o animal revela seu instinto? Pois é. Nos últimos meses e com mais ênfase durante a campanha, os grandes órgãos de imprensa, forçados a escolher entre Bolsonaro e Lula, optaram por este, não por ser o melhor pra eles, mas porque aquele sempre se comportou como inimigo declarado, inclusive com seguidores agredindo jornalistas em qualquer oportunidade que surgisse. Finda a eleição e Lula tomado posse, a imprensa já começa a criticá-lo sem dó. Os editoriais de O Globo e Estadão, em maior grau; e os da Folha, em menor grau, só têm sido chicotadas no lombo do petista.
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AUDIÊNCIA NA CCJ – O ministro da Justiça, Flávio Dino, compareceu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para ser indagado dos parlamentares sobre ações tomadas durante sua gestão. Quem se propôs a assistir à audiência se deparou com uma sequência interminável de baixarias, mentiras, palavras de baixo calão, acusações levianas e tentativas de lacração. A intenção de muitos deputados não era esclarecer nada, mas tão somente produzir vídeos de impacto para serem usados em suas redes, tudo sob medida para agradar ao público respectivo. A salvação é que o ministro conseguiu se comportar com serenidade mesmo diante das mais chulas provocações.
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NIKOLAS FERREIRA – É doloroso saber que ele foi o deputado mais votado do país; dá uma tristeza e aflora o sentimento de que tudo está perdido, de que o país não tem jeito. Nikolas representa um modo de política que destoa bastante dos princípios que embasam uma democracia republicana. Na realidade, ele é a antítese do que deveria ser um representante do povo. O único objetivo dele como deputado é lacrar; usar frases de efeito, sempre mentirosas, desrespeitosas ou distorcidas, para postar no TikTok e animar sua plateia. E daí vem minha decepção, tem gente que dá valor a isso. Aquela cena transfóbica, da peruca loira, foi de uma rabugice incalculável.
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CANAIS DE YOUTUBE – Diariamente temos à disposição uma série de bons podcasts e de vídeos em canais de YouTube. Sinto falta, contudo, de produções potiguares, ao menos no formato que vejo em âmbito nacional. Queria que no Rio Grande do Norte tivesse canais como o “Desmascarando”, “Ronny Teles” e “Clayson”, que não são apenas gravações de programas, mas que produzem vídeos bem editados e lançados a qualquer hora do dia. Temos no estado jornalistas e afins capazes de lançar canais com conteúdo próprio, com dois ou três vídeos por dia. Acho que falta arrojo. Assunto não escasseia nesta terra de Oswaldo Lamartine.
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AUMENTO DO ICMS – Numa edição do Jornal da Manhã da Jovem Pan News FM Natal (ufa!), a apresentadora Virgínia Coelli, ao comentar o aumento de 2% na alíquota do ICMS, disse que os preços de tudo ficariam “muito mais caros”. Ninguém gosta de aumento de tributos, eu também não, mas devemos fazer o uso correto das palavras e expressões, seguindo a orientação sempre dada pelo escritor Ariano Suassuna. Um aumento de 2% de ICMS não deixará nada “muito mais caro”. Reitero que também não sou favorável a aumento de tributos, o que critico aqui é a falta de ponderação ao noticiar um fato. E se daqui a um mês a alíquota aumentar 20%, o que ela vai dizer?
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RODOVIAS ESTADUAIS – Dentre os vários abacaxis que a governadora Fátima Bezerra (PT) precisa descascar, um deles é a malha viária estadual. A cada dia que passa as nossas estradas estão mais esburacadas, mal sinalizadas e tomadas pelo mato. E, neste caso, é um problema que só aumenta com o passar dos dias, o que demandará mais tempo e dinheiro para solucioná-lo, à medida que não o é. Sei que alguns trechos foram recapeados, como a Leste-Oeste em Mossoró, mas no geral a situação das estradas é de fazer irar os motoristas. Nem vou comparar com as rodovias estaduais dos vizinhos Ceará e Paraíba.
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PRAÇA DA CONVIVÊNCIA – O empresário Alexandre Rodrigues, do restaurante Tchê, arrendou a Praça de Convivência por R$ 901 mil. Ele pagará R$ 45 mil de entrada e o restante em até cinco anos, prazo de duração do contrato. Pelos termos, ele terá direito de explorar como quiser 22 boxes do equipamento, bem como o espaço da praça. Já de início ele negociará espaços para instalar camarotes pro próximo Pingo da Mei Dia. Durante a vigência do contrato, é bom lembrar, teremos cinco edições do Mossoró Cidade Junina. À primeira vista foi um excelente negócio para o empresário, não que tenha sido ruim pra prefeitura.