Sobre

Kelps Lima

Na edição do último dia 25 de julho do Meio-Dia RN, na 96 FM, o ex-deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade) foi instado por Bruno Giovanni, apresentador do programa, a comentar um assalto ocorrido num supermercado em Currais Novos, onde dois assaltantes aparecem portando facões. O ex-parlamentar se limitou a dizer que um dos meliantes usava boné vermelho e o outro vestia uma camiseta dessa mesma cor, para então concluir: “Viu, aí?”, sugerindo que eles, por causa disso, seriam do Partido dos Trabalhadores (PT). É difícil descrever o nível de leviandade e baixeza desse comentário. Por causa de políticos desta “qualidade” que o estado é o buraco que é.

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CENTRO DE MOSSORÓ – O Centro de Mossoró caminha a passos de Usain Bolt para se tornar um lugar inóspito, se não já o é. A Praça da Independência, ao lado do Mercado Público Central, foi tomada por ambulantes, tudo de forma muito desorganizada e sem qualquer planejamento. Os vendedores se amontoam uns sobre os outros em busca de espaço, e não raro vão às tapas. A calçada da Rua Coronel Gurgel, trecho entre a Avenida Augusto Severo e a Caixa Econômica Federal, também foi tomada por comerciantes, a ponto de ser difícil o tráfego de pedestres. Citei apenas dois exemplos, há vários outros.

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BARROSO – No início do mês, uma frase dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, causou o maior reboliço. No 59ª Congresso da UNE, ele usou a expressão: “nós derrotamos o bolsonarismo”. De fato, entendo que o ministro não deveria ter proferido tal assertiva, mas isso não o transforma automaticamente num “comunista”. Se ele não é bolsonarista, muito menos é lulista. Quem for fuçar o histórico de suas decisões, verá que ele votou pela prisão de Lula, pela sua manutenção, por sua inelegibilidade etc. O ministro sempre votou alinhado com a Lava Jato. A esquerda também não morre de amores por Barroso, sabe o que ele fez no verão passado.

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AS MULTAS DE BOLSONARO – Não é segredo para ninguém que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o maior aliado do Sars-Cov-2 durante a pandemia de Covid-19. Seu comportamento “no tocante a isso daí” lhe custou a reeleição. Numa das frentes pró-vírus, ele desrespeitava sem cerimônia os decretos estaduais que proibiam as pessoas de promoverem aglomerações e que obrigavam o uso de máscaras faciais. À época presidente, e talvez achando que nunca fosse largar o osso, Bolsonaro se achava inalcançável pelas leis. Não reeleito, o agora ex-presidente vai ter que arcar com a conta. Só em São Paulo as multas ultrapassam R$ 1 milhão. O poder não é paras sempre.

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CANUDOS – Não é de hoje que a direita brasileira cria inimigos imaginários para justificar suas ações. Logo nos primeiros anos da República, o presidente Prudente de Morais apontou os sertanejos de Canudos, na Bahia, como monarquistas que tentavam retornar ao poder. Na verdade, era um grupo de fieis que comprou madeira a um barão a fim de construir uma igreja, e ele não entregou a mercadoria. Revoltados, se uniram e marcharam até o comércio para retirá-la. O dono do negócio então fez chegar ao presidente que se tratava de um grupo de monarquistas. Onde já se viu? Assim como hoje, naquela época a direita também acreditava em qualquer lorota.

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FEMINISMO – No artigo “O feminismo contra as mulheres”, publicado na Folha de S. Paulo do dia 24 de julho, a escritora Lygia Maria traz uma visão diferente do tema, com potencial para render discussões acaloradas. Ele entende que desde o evento “Me Too” o feminismo trilhou o caminho do vitimismo, onde as mulheres se tornaram serem frágeis, sempre dispostas a relatar seus “sofrimentos” nas redes sociais e assim ganharem engajamento. Daí, desentendimentos normais de casais viraram “relacionamento tóxico”, paquera agora é “assédio”, traição marital é uma forma de “violência emocional” etc. A escritora defende que esse não é o melhor caminho. Mulheres são fortes.

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BARBIE – A extrema-direita e os conservadores em geral têm dito cobras e lagartos contra o filme Barbie, atualmente em cartaz. Eles argumentam que a Warner Bros, distribuidora; e a Mattel, fabricante da boneca, esqueceram as famílias e crianças para apostarem num público adulto, inclusive promovendo a ideologia LGBT. Na película, a Barbie Médica é interpretada pela atriz trans Hari Nef, mas não há menção a essa condição, a personagem é apresentada como mulher. O site brasileiro Gospel Mais diz que o filme prega um “ódio gratuito à maternidade”. Alguns bolsonaristas também se manifestaram contra a produção. A gritaria, contudo, não tem dado certo. O filme vem batendo recorde de bilheteria.  

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BROCK – Uma das mais recentes edições do podcast Inteligência LTDA trouxe uma entrevista com o jornalista Júlio Ettore, filho do igualmente jornalista Carlos Nascimento. Ettore se especializou em música nacional, especialmente o rock nacional dos anos 80. Seu canal no YouTube, que leva seu nome, tem 183 mil inscritos. Na entrevista que concedeu ao Inteligência, Ettore conta toda a história do rock nacional dos anos 80, banda por banda e, em alguns casos, disco por disco. Com duração de 6h e 36 minutos, o bate-papo é rico em histórias interessantes e curiosidades, um prato cheio para os saudosistas dos anos 80. A viagem começa com a banda Blitz, lançada em 1982.

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SOLOS DE GUITARRA – Quando, numa roda, o assunto é solo de guitarra, os exemplos citados geralmente remontam ao século passado. Citam solos de músicas do Led Zeppelin, Dire Straits, AC/DC, Black Sabbath, Eric Clapton etc., mas, e de 2000 para cá, não houve solos que mereçam registros? Pensando nisso, a revista especializada “Total Guitar” elaborou uma lista com os 60 melhores solos de guitarra do século 21, até agora. Seguem os cinco primeiros: 5 – Afrique Victime (Mdou Moctar); 4 – Hammerhead (Jeff Beck); 3 – Waves (Guthrie Govan); 2 – I want My Crown (Eric Gales) e 1 – Rise (Extreme).

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GAL COSTA – E edição de julho da revista Piauí traz uma reportagem bombástica envolvendo Wilma Petrillo, empresária e ex-companheira da cantora baiana Gal Costa. A matéria é rica em documentos e depoimentos de amigos que vivenciaram de perto o comportamento da viúva. No geral, ela é apontada como uma descumpridora de contratos, chantagista e estelionatária, com alguns inquéritos abertos. Na vida íntima, a reportagem mostra que ela afastou Gal Costa de familiares, amigos e dos colegas artistas, isso fica evidenciado nas poucas participações dela em shows de outros cantores, e vice-versa. A reportagem não mostra, contudo, existência de maus-tratos.   

Escrito por Erasmo Firmino

Mundo real

Exposição B.B. King: Um Mundo Melhor mostra que trajetória do músico alinha-se a campanhas contra segregação de negros