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  • Cineclube Natal renasce com sessões temáticas, curadores convidados e ocupação de espaços culturais

    O Cineclube Natal, entidade cineclubista mais antiga em atividade no estado, reestreia em 2024 com nova marca e uma programação elaborada por curadores convidados. A associação foi a primeira colocada no edital da Lei Paulo Gustavo de fomento a cineclubes no Município e, em uma ação de educação patrimonial, promoverá sete sessões até o final do ano, cada uma em um espaço cultural diferente de Natal. A nova fase começa no dia 8 de março, sexta-feira, com a sessão “Elas por Elas”: uma coletânea de curtas potiguares dirigidos por mulheres, sob a curadoria de Tatiana Lima, no Goodala Burger, a partir das 19h30.

    O projeto do Cineclube Natal tem como propósito a renovação da marca da entidade, a oxigenação da programação com novos curadores, o cuidado com a inclusão e a diversidade e a ocupação de espaços culturais localizados em bairros históricos de Natal. Além disso, propõe a novos públicos o acesso gratuito ao cinema, com curadoria e discussão, depois de três anos pandêmicos e quase quinze sem nenhum financiamento.

    Além dos veteranos Gianfranco Marchi e Tatiana Lima, e dos novíssimos integrantes do Cineclube Rafael Sousa e Hugo Braga, a associação convidou Rosy Nascimento, Felipe Santelli e Ana Barbieri para fazerem a curadoria de sessões que irão abarcar desde filmes universitários, passando por produções queer, obras sobre a memória e identidade norte-rio grandense, filmes que investigam relações familiares e afetivas de pessoas mais velhas e produções infantojuvenis voltadas para alunos da rede pública.

    Nesta primeira mostra, que acontece no Goodala Burger, no Dia Internacional da Mulher, seis cineastas potiguares serão homenageadas: Catarina Doolan, Paula Vanina Cencig, Wigna Ribeiro, Paula Pardillos, Vânia Maria e Marcia Lohss. Serão exibidos os curtas “A Parteira” (dir. Catarina Doolan, 19′); “Se essa rua, se essa rua”, (dir. Paula Vanina Cencig, 3′); “Três Igrejas” (dir. Wigna Ribeiro, 20′); “Lia Ficou Sozinha em Casa” (dir. Paula Pardillos, 9’51”) e “Sinais Vermelhos” (dir. Vânia Maria e Marcia Lohss, 20′).

    “A mostra é uma celebração à potência feminina no nosso estado, lugar onde ainda não se pode viver de cinema, mas que abriga uma cinematografia muitíssimo diversa. Com esse passeio pelo tempo, poderemos contemplar o rigor documental de Catarina, a inventividade de Paula Vanina, a inovação estética de Wigna, a sensibilidade de Paula para a contação de histórias e a maestria de Vânia e Marcia para o retrato de mulheres reais”, destaca a curadora Tatiana Lima, membro do Cineclube Natal desde 2009 e também vice-presidente da Associação de Críticos de Cinema do RN.

    Todas as sessões da programação 2024 do Cineclube Natal serão realizadas em espaços culturais de Natal tais como o Instituto Histórico e Geográfico do RN, a Casa da Ribeira e auditórios na Universidade Federal do Rio Grando do Norte, e contam com patrocínio do Governo Federal e do Município de Natal via Lei Paulo Gustavo de Incentivo à Cultura.


    Serviço:
    O quê?
     Sessão “Elas por Elas”, do Cineclube Natal, com cinco curtas potiguares dirigidos por mulheres
    Onde? Goodala Burger – Rua Arabaiana, nº 3100 – Ponta Negra – Natal
    Quando? 8 de março de 2024 (sexta-feira), às 19h30
    Quanto? Entrada gratuita – Patrocínio do Governo Federal e do Município de Natal via Lei Paulo Gustavo de Incentivo à Cultura

  • 11ª Mostra de Cinema de Gostoso divulga data de realização

    A décima primeira edição da MOSTRA DE CINEMA DE GOSTOSO será realizada entre os dias 22 e 26 de novembro de 2024. O evento é uma realização da Heco Produções e do CDHEC – Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania, e com direção geral e curadoria de Eugenio Puppo e Matheus Sundfeld.

    Ao longo desta última década, a Mostra de Cinema de Gostoso se consolidou como um evento único em todo o Brasil, ao promover a exibição de filmes a céu aberto na sala de cinema montada na paradisíaca praia do Maceió em São Miguel do Gostoso (RN), aliando conforto e alta qualidade de projeção. Através da participação de filmes e convidados de todo o país, realização de cursos de formação para jovens, debates, seminários e laboratório de desenvolvimento de projetos, a Mostra movimenta o turismo e a economia no estado do Rio Grande do Norte, promovendo o acesso a bens culturais e a formação de público. Em 2024, a Mostra se prepara para mais uma edição, consolidando sua trajetória junto à cidade e à população de São Miguel do Gostoso.

    Em breve serão abertas as inscrições para filmes de todo o país e serão anunciadas as novidades para a décima primeira edição da Mostra.

    Desde sua primeira edição em 2013, a Mostra de Cinema de Gostoso oferece uma série de cursos de formação técnica e audiovisual a jovens a partir de 18 anos de São Miguel do Gostoso e distrito dos arredores.

    Os cursos de formação são a base do projeto da Mostra de Cinema de Gostoso. Realizados meses antes do início da Mostra, eles têm como objetivo proporcionar aos jovens o domínio de diversas áreas da produção cinematográfica. O conhecimento adquirido nas oficinas é colocado em prática com a realização de curtas-metragens e a participação na equipe de organização da Mostra de Cinema de Gostoso. Os Cursos de Formação têm se mostrado capazes de promover transformações profundas. Com foco no desenvolvimento pessoal e na capacitação profissional, eles estimulam o estudo e a busca por novas oportunidades de trabalho pelos jovens que participam do projeto. A maioria dos alunos que participaram dos cursos se encontram hoje cursando ensino técnico/superior e trabalhando com audiovisual e outras áreas.

    Em 2024 as oficinas resultarão na realização de quatro curtas-metragens, sendo dois documentários e dois filmes de ficção, criados e produzidos pelos próprios alunos.

    A MOSTRA

    Todas as sessões da 11ª Mostra de Cinema de Gostoso serão realizadas na praia do Maceió. A Mostra Competitiva e as Sessões Especiais, ocorrerão na sala ao ar livre montada na areia da praia e contam com ampla participação da comunidade local.

    Com 630 cadeiras espreguiçadeiras, tela de 12m x 6,5m, projeção com resolução 2K e som 7.1, a sala ao ar livre propicia uma experiência imersiva como a de uma sala de cinema de alta tecnologia.

    Os filmes da Mostra Competitiva concorrerão ao Troféu do Júri Popular, concedido pelo voto do público ao melhor curta e longa-metragem. Também será concedido o Troféu da Crítica, a partir da votação de jornalistas e críticos de cinema presentes à Mostra.

    Será novamente montada neste ano, a tenda em formato geodésico batizada de Sala Petrobras. Localizada na entrada da praia de São Miguel do Gostoso, em uma tenda geodésica climatizada, com capacidade para 110 pessoas, tela de projeção de 5m x 2,65, projeção em 2K e som 7.1, a Sala Petrobras foi um sucesso entre o público, que elogiou a sua localização privilegiada, a sua atmosfera acolhedora e a qualidade das suas instalações e qualidade técnica. A sala exibiu os filmes da Mostra Panorama e do Work In Progress Brlab/Gostoso.

    Serão realizados diariamente debates com produtores, diretores e atores dos filmes exibidos, além de um seminário sobre a recente produção audiovisual brasileira. Toda a programação será gratuita.

    A Mostra de Cinema de Gostoso é uma sala popular de cinema a céu aberto que recebe um público de diversas regiões do país. O evento mobiliza os moradores da cidade, que participam ativamente da programação e que passaram a ter um contato mais próximo com a produção cultural de outras regiões do país.

    Com esse conjunto de ações, a Mostra de Cinema de Gostoso conquistou um espaço significativo no calendário cultural do Nordeste, tornando-se uma importante referência de difusão audiovisual na região.

    Site Oficial: http://mostradecinemadegostoso.com.br

    Facebook: https://www.facebook.com/mostradecinemadegostoso

    Site Heco Produções: www.heco.com.br

    Instagram: @mostradecinemadegostoso

  • CINEPET tem temática natalina, neste domingo (17), no Moviecom Praia Shopping

    O projeto CINEPET realiza sua 26ª edição, neste domingo (17), proporcionando a inclusão social das famílias multiespécies em um momento de descontração e lazer. O projeto tem realização do Encãotro RN, Praia Shopping e Moviecom Cinemas em parceria com as adestradoras de abordagem positiva de Natal.

    O CINEPET oferece a possibilidade de os tutores desfrutarem de uma sessão de cinema acompanhados de seus animais de estimação. A sessão é adaptada para a presença dos pets e é o único com acompanhamento de profissionais especializados em comportamento e linguagem animal, garantindo o bem-estar dos peludos.

    O projeto é diferenciado, tendo em vista que é o primeiro no país a reunir numa sala de cinema cães, gatos e humanos, e mesmo que a pessoa não tenha um pet, pode participar da sessão, sendo que todos tem que fazer inscrição antecipada.

    A organização do projeto ressalta a importância da conscientização dos tutores, para o foco no bem-estar de seus pets e também no cuidado e atenção com o próximo.

    Sobre os Protocolos de Saúde e Avaliação

    Visando o bem-estar e o conforto de todos os animais de estimação e tutores que participam da sessão, cada participante passa por uma entrevista prévia onde comprova que seu pet tem as vacinas e antiparasitários em dia. É necessário também responder com sinceridade sobre as questões comportamentais do seu animalzinho para a avaliação de algumas características que a equipe organizadora considera essenciais para que ele fique bem durante a sessão.

    SERVIÇO

    CINEPET RN

    17 de dezembro, domingo , às 10h, no Moviecom – Praia Shopping

    *Para a sessão deste domingo as vagas pets já estão preenchidas, mas o público interessado pode entrar em contato com a produção do projeto para inscrição e avaliação comportamental para as próximas sessões.

    Mais informações: (84) 9 9646-9666

  • DESTAQUE: INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A 13ª MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA

    Estão abertas até 15 de janeiro as inscrições para a 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerado o mais importante evento audiovisual da América do Sul focada nas questões socioambientais. 

    Podem participar filmes de curta, média e longa-metragem finalizados a partir de 2022. As inscrições são gratuitas.

    Uma realização da OSC Ecofalante, o evento tem três seções competitivas: a Competição Latino-americana, a Competição Territórios Brasileiros, novidade desta edição que prioriza discussões específicas a localidades do Brasil e o Concurso Curta Ecofalante.

       
    Para a Competição Latino-Americana podem se inscrever produções ou coproduções de países da América Latina e do Caribe. 

    A Competição Territórios Brasileiros é destinada a produções ou coproduções brasileiras que abordam diferentes visões e aspectos do país e que trazem uma perspectiva socioambiental em relação aos temas tratados.

    Já o Concurso Curta Ecofalante é voltado a obras com duração máxima de 30 minutos realizadas por estudantes.

    Os filmes brasileiros inscritos (exceto os estudantis) podem ser selecionados para a seção Competição Latino-Americana ou para a seção a Competição Territórios Brasileiros. 

    Todos os filmes inscritos devem abordar temas ligados a questões socioambientais, tais como energia, água, emergência climática, consumo, trabalho, povos tradicionais, questões étnico-raciais, questões de gênero, direitos LGBTQIA+, desigualdade social, ativismo, políticas públicas, cidade, mobilidade, mobilidade, habitação, alimentação, resíduos sólidos, contaminação, poluição, saúde, economia, globalização, vida selvagem e sustentabilidade, entre outras.

    O regulamento e o formulário de inscrição para a Competição Latino-Americana e a Competição Territórios Brasileiros estão disponíveis no site ecofalante.org.br/competicao/latina-territorios. As inscrições para o Concurso Curta Ecofalante podem ser feitas através do link ecofalante.org.br/competicao/curta.

    Os filmes selecionados para a Competição Latino-americana concorrem aos seguintes prêmios:

    * Melhor Longa-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 15.000,00;

    * Melhor Curta-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 5.000,00; e

    * Melhor Filme pelo Público.

    Para a Competição Territórios Brasileiros, as premiações são as seguintes:

    * Melhor Longa-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 15.000,00;

    * Melhor Curta-Metragem pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 5.000,00; e

    * Melhor Filme pelo Público.

    Por sua vez, as premiações oferecidas pelo Concurso Curta Ecofalante são as seguintes:

    * Melhor Curta Ecofante pelo Júri Oficial – com prêmio de R$ 4.000,00; e

    * Melhor Filme pelo Público.

    Circuito Tela Verde

    Parceiro da Mostra Ecofalante de Cinema, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – MMA anuncia a abertura da chamada pública para 13ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente do Circuito Tela Verde. 

    Podem participar trabalhos de temática socioambiental com duração de até 30 minutos. O Circuito Tela Verde promove exibições nas cinco regiões do país – em 2022, compuseram a rede do evento 327 espaços de exibição.

    As inscrições vão até 15 de janeiro e podem ser efetuadas aqui.

    sobre a Mostra Ecofalante de Cinema

    Inaugurada em 2012 e dirigida por Chico Guariba, a Mostra Ecofalante de Cinema é um evento cinematográfico anual, inteiramente gratuito e sua 13ª edição acontece em São Paulo em junho de 2024. É realizado pela Ecofalante, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo a educação para o desenvolvimento sustentável.

    A Mostra Ecofalante de Cinema contribui para a difusão de importantes e premiadas obras cinematográficas raras ao público brasileiro. Através de filmes e debates, ela visa ampliar e enriquecer o cenário cinematográfico nacional, o acesso aos filmes e às discussões socioambientais que envolvem de forma ampla a nossa sociedade. 

    O festival é composto por sete seções. Além das três mostras competitivas – Competição Latino-americana, Competição Territórios Brasileiros e Concurso Curta Ecofalante –, compõem a programação o Panorama Internacional Contemporâneo, que apresenta filmes de abordagem socioambiental realizados nos últimos dois anos e que circularam nos principais festivais de cinema do mundo; o Panorama Histórico, com filmes clássicos e redescobertas históricas sob um olhar socioambiental atual; a Homenagem, sempre a uma figura de relevância para o cinema e/ou para a causa socioambiental; e o Programa Ecofalante Universidades, que leva filmes e debates para dentro de ambientes de ensino. Durante o evento, também são organizados debates que partem dos filmes exibidos e contam com a participação de especialistas, pesquisadores, críticos e convidados especiais.

    serviço

    inscrições para a 13ª Mostra Ecofalante de Cinema

    até 15 de janeiro de 2024

    grátis

    Competição Latino-Americana e Competição Territórios Brasileiros: https://ecofalante.org.br/competicao/latina-territorios

    Concurso Curta Ecofalante: 

    https://ecofalante.org.br/competicao/curta

    redes sociais

    www.facebook.com/mostraecofalante 

    www.twitter.com/mostraeco 

    www.youtube.com/mostraecofalante 

    www.instagram.com/mostraecofalante 

  • Cine Verão anuncia 5ª edição em janeiro e abre inscrições para filmes

    O Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol – anuncia a sua 5ª edição, para os dias 24, 25 e 26 de janeiro de 2024, no Espaço Cultural D’Praia, em Ponta Negra, Natal/RN.

    O Festival busca celebrar o rico cenário cinematográfico regional e nacional, convidando realizadores, entusiastas e amantes da sétima arte a participarem dos três dias de programação gratuita. Com debates, mostras de filmes, workshops, encontro com realizadores e outras atividades, o Cine Verão reforça seu compromisso com a difusão da cultura cinematográfica, proporcionando um espaço vital para trocas de experiências e aprendizado.

    As inscrições para participação de filmes estão oficialmente abertas, podendo participar curtas finalizados a partir de janeiro de 2022. Os interessados podem se inscrever gratuitamente até o dia 10 de dezembro de 2023, preenchendo a ficha de inscrição disponível no site oficial do festival, www.cineverao.art. Filmes de diferentes gêneros, durações e temáticas são bem-vindos para concorrer nas mostras competitivas: Cine Verão Poti e Cine Verão Brasil.

    “Queremos proporcionar um ambiente agradável de interação, aprendizado e descobertas, promovendo um diálogo essencial entre realizadores e apreciadores do audiovisual independente. Sabemos que os festivais de cinema são plataformas potentes que impulsionam o cenário cultural e promovem formação, difusão, ampliação de plateia, entre tantas outras coisas. Muitas vezes são as únicas janelas de exibição para muitos trabalhos audiovisuais, sendo assim se tornam vitais para a cadeia criativa.” – comenta Nathalia Santana (Idealizadora e Diretora do Cine Verão).

    Para mais informações, inscrições e atualizações sobre a programação, acesse o site oficial do evento (www.cineverao.art) e acompanhe no Instagram (www.instagram.com/cineveraonatal).  

    A 5ª edição do Cine Verão conta com o patrocínio da Prefeitura do Natal, Programa Djalma Maranhão e Universidade Potiguar (UNP). É uma realização da Pinote Produções.

    SERVIÇO

    Cine Verão – 5ª Edição

    Dias 24, 25 e 26 de janeiro de 2024, no espaço D’Praia

    Rua Francisco Gurgel, 899 – Ponta Negra

    Acesso gratuito

    Sobre o Cine Verão:

    O Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol é um evento cultural que desde 2018 marca presença no calendário potiguar. Busca promover o cinema local e nacional, oferecendo uma plataforma de exibição, intercâmbio e reconhecimento para realizadores e amantes do cinema.

  • Festival Varilux de cinema francês traz maratona de filmes em Natal com apoio da Aliança Francesa

    O charme da cinematografia francesa chegou ontem (09) em Natal com o início do Festival Varilux de Cinema Francês, maior evento com exibição de obras nesta língua fora da França. Realizado na capital potiguar com o apoio da Aliança Francesa de Natal, o evento acontecerá no Cinépolis do Natal Shopping, com projeção de 19 filmes recentes e um clássico, que poderão ser assistidos até o dia 22 de novembro.

    “O Varilux é um dos eventos mais esperados pelos natalenses amantes do cinema e da cultura francesa e esse ano desembarca com filmes premiados que integraram festivais de todo o mundo, sucessos de público e crítica como o filme vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes/2023, “Anatomia de uma Queda”, destaca o presidente da Aliança Francesa de Natal, Eduardo Gurgel.

    A programação desta 14ª edição agrada a todos os gostos. Tem comédias, dramas, romance e ficção científica. O infantil “A Viagem de Ernesto e Celestine” traz as aventuras do ratinho e do urso músicos, tentando transformar um mundo onde todas as formas de música foram proibidas. O Festival também lança um olhar ao passado, resgatando o clássico que levou a atriz Brigitte Bardot ao estrelato, “E Deus Criou a Mulher” (1956), de Roger Vadim.

    A seleção traz ainda “Orlando, Minha Biografia Política”, de Paul B. Preciado, um “docu-ficção” que adapta uma das obras mais conceituadas da escritora Virgínia Woolf, ‘Orlando’, de 1928. Foi vencedor do Teddy dAward no Festival de Berlim, prêmio oferecido a filmes de temática LGBT, e do prêmio Félix de melhor documentário do Festival de Cinema do Rio de Janeiro.

    Avant Première

    Em Natal, a sessão especial de lançamento do Festival, aconteceu quinta (08) no Cinépolis e contou coma a presença de jornalistas, comunicadores, professores e produtores de cinema. O filme exibido na pré-estreia foi “O Renascimento”, do cineasta Rémi Bezançon, que mostra uma relação pouco comum e cheia de reviravoltas entre um pintor em crise existencial e um galerista, unidos pelo amor à arte.

    “Os filmes franceses misturam cenários e fotografias lindas com personagens de profundidade psicológica. É sempre uma experiência diferente e que acrescenta ao nosso repertório cultural. Apoiamos cada vez mais iniciativas como essa”, frisa Alexandre Pinto, vice-presidente da Aliança e diretor da Escola Ciências Aplicadas.

    “Espero que aproveitem bastante e contem sempre com a Aliança para fomentar eventos de intercâmbio cultural” disse o diretor da Aliança Francesa de Natal, Ernesto Guerra, destacando o empenho e compromisso da instituição em apresentar a cultura e o entretenimento francês para o público da cidade.

    Confira a programação completa:

    Sexta – 10/11
    14h – Almas Gêmeas
    16h10 – Conduzindo Madeleine
    18h10 – Maestro(s)
    20h20 – Anatomia de uma queda

    Sábado – 11/11
    14h – A Viagem De Ernesto E Celestine
    15h45 – Meu Novo Brinquedo
    18h – Making Of
    20h30 – Crônica De Uma Relação Passageira

    Domingo – 12/11
    14h – Disfarce Divino
    16h10 – A Musa De Bonnard
    18h45 – O Renascimento
    21h – Culpa e Desejo

    Segunda – 13/11
    14h – Orlando, Minha Biografia Política
    16h05 – Memórias de Paris
    18h15 – As Bestas
    21h – Sob as Estrelas

    Terça – 14/11
    14h – A Musa De Bonnard
    16h30 – O Renascimento
    18h35 – Meu Novo Brinquedo
    20h50 – As Bestas

    Quarta – 15/11
    14h – Conduzindo Madeleine
    16h – O Desafio de Marguerite
    18h20 – O Livro Da Discórdia
    20h25 – Disfarce Divino

    Quinta – 16/11
    14h – Crônica De Uma Relação Passageira
    16h10 – Memórias de Paris
    18h20 – Almas Gêmeas
    20h25 – O Astronauta

    Sexta – 17/11
    14h – Meu Novo Brinquedo
    16h20 – Making Of
    18h45 – Sob as Estrelas
    21h – Culpa e Desejo

    Sábado – 18/11
    14h – O Desafio de Marguerite
    16h20 – O Astronauta
    18h35 – Conduzindo Madeleine
    20h30 – Maestro(s)

    Domingo – 19/11
    14h – A Viagem De Ernesto E Celestine
    15h50 – E Deus criou a mulher
    17h55 – Crônica De Uma Relação Passageira
    20h – Making Of

    Segunda – 20/11
    14h – Maestro(s)
    16h – Sob as Estrelas
    18h20 – Memórias de Paris
    20h30 – Almas Gêmeas

    Terça – 21/11
    14h – As Bestas
    16h50 – Making Of
    19h20 – Disfarce Divino

    Quarta – 22/11
    14h – Culpa e Desejo
    16h10 – O Livro Da Discórdia
    18h20 – A Musa De Bonnard
    20h55 – O Renascimento

    Festival Varilux
    Quando: Até o dia 22 de novembro
    Onde: Cinépolis Natal Shopping

  • Cineastas potiguares podem inscrever obras para o Cine Circo Potiguar

    Cineastas potiguares podem inscrever suas obras até o dia 12 de outubro para serem exibidas no Cine Circo Potiguar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através de um formulário eletrônico.

    Criado em 2022, o Cine Circo Potiguar é um projeto itinerante que integra as linguagens do audiovisual e das artes cênicas em um produto cultural da economia criativa. Seu objetivo é contribuir para a democratização do acesso ao cinema e à palhaçaria produzidos no estado do Rio Grande do Norte.

    Podem se inscrever curtas potiguares de realizadores naturais ou domiciliados no Rio Grande do Norte, com duração de até 25 minutos e finalizados a partir de janeiro de 2018. Os filmes devem ter classificação etária livre.

    Para participar, é necessário preencher a ficha de inscrição online, disponível em: bit.ly/inscricaocinecircopotiguar. A pessoa responsável pela inscrição deve fornecer um link para visualização e download do filme em alta resolução, juntamente com a senha de acesso (se houver). Não serão aceitos links de transferência de arquivos em sites de armazenamento de dados que tenham prazo de expiração.

    Para obter mais informações, consulte o regulamento presente no formulário de inscrição e também no perfil do Cine Circo Potiguar no Instagram @cinecircopotiguar.

    Este projeto tem o patrocínio da Prefeitura do Natal, Programa Djalma Maranhão e UNIMED NATAL, apoio do SEBRAE/RN, através do Edital de Economia Criativa 2023. Uma realização do Kurta na Kombi e Palhaço Piruá, com produção da TAYÓ Produções.

  • Mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais começa hoje (18) em São Paulo

    A partir de hoje, a cidade de Lorena receberá a itinerância da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerada como o mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais. Totalmente gratuita, a programação contará com a exibição de 18 filmes, incluindo obras premiadas e com carreira em importantes festivais nacionais e internacionais, destaques das edições mais recentes da Mostra Ecofalante em São Paulo e sessões para o público infanto-juvenil. 

    O evento terá sessões abertas ao público na Unisal e na USP, além de exibições educacionais na Faculdade Serra Dourada, no Colégio Drummond, na ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva e em três escolas da rede estadual de ensino: EE Gabriel Prestes, EE Prof° Luiz de Castro Pinto e EE Prof° Francisco Marques de Oliveira Junior. A Mostra realiza ainda sessões para cerca de 2 mil alunos da rede municipal de ensino, que acontecem no período da manhã e da tarde na Unisal e na USP.

    A sessão de abertura da Mostra Ecofalante será realizada no dia 18 de setembro (segunda-feira), a partir das 19h, na Unisal. Na ocasião, será exibido o filme “Mulheres na Conservação”, de Paulina Chamorro e João Marcos Rosa, filme que lança um olhar delicado e sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental. O documentário faz um recorte desse universo feminino que está à frente de ações e estudos sobre conservação e meio ambiente no Brasil.

    A programação completa do evento pode ser acessada no site ecofalante.org.br/programacao.

    Destaques da programação

    A programação da Mostra Ecofalante em Lorena traz filmes nacionais e internacionais, incluindo obras de destaque das edições mais recentes do festival em São Paulo.

    Vento na Fronteira”, de Laura Faerman e Marina Weis, integrou a Competição Latino-Americana da Mostra em 2023; o filme acompanha a luta do povo Guarani-Kaiowá pelas suas terras, na região do Mato Grosso do Sul, que são objeto de disputa de grandes proprietários rurais. 

    Exibido nos festivais IDFA-Amsterdã e Sheffield DocFest, “As Formigas e o Gafanhoto”, de Raj Patel e Zak Piper, retrata a jornada de Anita Chitaya do Malawi à Califórnia, com o desafio de convencer os norte-americanos de que a mudança climática é real.

    As Formigas e o Gafanhoto”

     “Uma Vez Que Você Sabe”, do documentarista Emmanuel Cappellin, trata-se de um alerta: para uma parte dos cientistas, a oportunidade de evitar mudanças climáticas catastróficas já passou. A obra, exibida em eventos na Itália, Reino Unido e Hong Kong, coloca a pergunta: como se adaptar ao colapso?

    Oeconomia”, dirigido por Carmen Losmann e selecionado para o Festival de Berlim, revela como as regras do jogo capitalista contemporâneo pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os déficits e as concentrações de riqueza.

    O canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, exibido no festival HotDocs, é um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza.

    “Beleza Tóxica”

    Amazônia Sociedade Anônima”, de Estêvão Ciavatta, recebeu o prêmio One World Media Awards na categoria Impacto Ambiental. O documentário focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a Floresta Amazônica.

    BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal, trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname, projeto gestado durante a ditadura civil-militar (1964-1985). 

    Dirigido pela premiada diretora Cosima Dannoritzer, “Ladrões do Tempo” é uma coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana. 

    Para o público infanto-juvenil, a Mostra exibe duas animações. “Meu Nome é Maalum”, de Luísa Copetti, conta a história de uma menina negra brasileira que enfrenta os desafios de uma sociedade racista e, com a ajuda de sua família, transforma a tristeza em orgulho por sua ancestralidade. Em “Vanille”, de Guillaume Lorrin, uma pequena parisiense embarca numa aventura cheia de mistérios em Guadalupe e faz as pazes com suas origens. 

    “BR Acima de Tudo”

    Realização

    A itinerância da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema em Lorena é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento é uma apresentação da Valgroup, tem patrocínio da BASF e da Taesa e apoio da Drogasil. Tem apoio institucional da Prefeitura de Lorena (por meio da Secretaria Municipal de Educação), da Embaixada da França no Brasil, do Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A Etec Padre Carlos Leôncio da Silva, Faculdade Serra Dourada, a Unisal e a USP são parceiras educacionais do evento. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.

    Serviço

    Mostra Ecofalante de Cinema – Lorena
    18 a 27 de setembro
    programação gratuita
    ecofalante.org.br

  • Professor da UFRN conquista Troféu Grande Otelo com “Big Bang”

    Filme do diretor Carlos Segundo é considerado o Melhor Curta-Metragem de Ficção do país

    “Big Bang”, do diretor Carlos Segundo, professor do curso de Audiovisual da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é consagrado o Melhor Curta-Metragem de Ficção no 22° Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

    Carlos Segundo e o ator Giovanni Venturini, que estrela o filme como o personagem “Chico”, receberam o troféu Grande Otelo na noite de quarta-feira (23), na Cidade das Artes, Rio de Janeiro.

    A cerimônia homenageou a produção documental brasileira e os 125 anos do cinema nacional. Entre os premiados estão também o longa-metragem “Marte 1″, de Gabriel Martins, e a atriz Dira Paes, pelo protagonismo no filme “Pureza”.

    Em seu discurso, Carlos Segundo relatou que está há 15 anos produzindo cinema e se sente honrado pelo reconhecimento. Ele começou a fazer cinema em Uberlândia, onde “Big Bang” foi gravado, cidade em que também nasceu o ator Grande Otelo que nomeia o prêmio.

    Giovanni Venturini defendeu que o cinema brasileiro olhe para as pessoas com deficiência com atenção, dignidade e respeito, como ocorreu em “Big Bang”. O ator tem nanismo e enfrentou dificuldades em sua carreira para fugir de papéis estereotipados.

    “Big Bang” estreou em 2022 como Melhor Curta-Metragem Autoral no Festival de Locarno, na Suíça, e após ser premiado em uma série de festivais nacionais e internacionais, tem sua qualidade reconhecida agora pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais.

    O curta é uma produção de Osoprodotempo e Les Valseurs e é distribuído na América Latina pela potiguar Casa da Praia Filmes. Narra a história de “Chico”, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, ele vive um conflito interno contínuo, resultado do sentimento do abandono familiar e da exclusão social. Mas Chico irá pouco a pouco descobrir uma forma de resistência e, por que não, de vingança.

    Histórico

    Carlos Segundo é também diretor de “Sideral”, filme produzido pela Casa da Praia Filmes, Les Valseurs e Osoprodotempo. O curta estreou no Festival de Cannes em 2021 e foi semifinalista do Oscar 2023.

    Filmado no Rio Grande do Norte, o curta narra a história de uma família durante o primeiro lançamento de um foguete brasileiro.

  • André Pellenz propõe reflexões sobre crises conjugais, pandemia e política em ‘Fluxo’, que estreia dia 31 de agosto nos cinemas

    O longa, em preto e branco e totalmente realizado à distância na quarentena, mostra os conflitos de um casal em crise durante o lockdown em um cenário político ameaçador; elenco conta com Bruna Guerin, Gabriel Godoy, Silvero Pereira e Cassio Gabus Mendes

    Definido pelo seu diretor e roteirista André Pellenz como “um filme que parece um documentário sobre o futuro”, o drama “Fluxo” – gravado em preto e branco numa fase em que as filmagens presenciais estavam proibidas por conta da covid-19 – chegará aos cinemas no dia 31 de agosto de 2023. Na trama, uma distopia política-conjugal, um casal em crise, interpretado por Gabriel Godoy e Bruna Guerin, acaba tendo que lidar com uma situação inesperada, um lockdown. Obrigados a conviver, eles reavaliam seus conceitos, enquanto uma ameaça maior vai se formando do lado de fora: um governo de ultradireita prepara um golpe de estado.

    “Quando escrevi o roteiro, não imaginava o contexto político que viria depois. Foi assustador ver a ficção quase virando um golpe de Estado real”, relembra André.

    Produzido pela Media Bridge e pela Paramount Pictures, com distribuição da Pipa Pictures e Paramount, “Fluxo” conta ainda com Cássio Gabus Mendes, Silvero Pereira, Guida Vianna, Ronaldo Reis, Alana Ferri e Monika Saviano no elenco, todos filmados em suas casas por meio de aplicativos, em Rio, São Paulo e Fortaleza.

    Lançamento cancelado motivou o projeto

    A frustração de ver o lançamento de seu filme “Os Espetaculares”, que estava cercado de grande expectativa mas que, com os cinemas fechados, teve o lançamento cancelado, motivou André. Como ele mesmo explica:

    “Na verdade, ‘Os Espetaculares’ chegou a estrear em Manaus, quando as coisas pareciam estar mais calmas e apenas os cinemas de lá estavam reabrindo. Porém, uma semana depois a cidade iniciou aquele trágico ciclo de falta de oxigênio e tudo se fechou ainda mais. Isso me marcou muito, e minha raiva com o governo da época era cada vez maior. Eu precisava colocar tudo isso para fora”. (O lançamento de “Os Espetaculares” estava previsto para junho de 2020, e o filme acabou sendo adquirido pela Amazon).

    Escrito em apenas 20 dias, o diretor não quis esperar a flexibilização de protocolos e decidiu gravar “Fluxo” de maneira totalmente remota, com um mínimo de recursos e ousando na linguagem cinematográfica. Os atores receberam o equipamento em casa e seguiram as instruções da equipe (que nem mesmo se encontrou) a distância, sendo responsáveis por todos os movimentos de câmera, sem a presença de qualquer pessoa no set, algo visto poucas vezes na história do cinema.

    Fim da pandemia, mudança na montagem

    Com o filme pronto, já no fim da pandemia, André decidiu que era preciso mudar alguma coisa. O insight acabou implicando numa revisão da montagem do filme, alterando alguns conceitos da obra, como ele mesmo explica:

    “Acabei remontando o filme como se tivesse terminado uma guerra. Não queria lembrar logo de cara como tudo começou, e sim ir revendo as coisas em sentido inverso, de forma a ‘zerar’ meus sentimentos em relação a tudo que aconteceu”, diz.

    Responsável por capitanear grandes sucessos comerciais, como “Minha Mãe é Uma Peça” (2013), “Detetives do Prédio Azul” (2017), e mais recentemente “Os Aventureiros”, até então a maior bilheteria brasileira do ano de 2023, Pellenz gostou da experiência de fazer algo mais simples e artesanal. “Para mim é um retorno aos meus projetos de curta-metragem e à série dramática “Natália”, do Universal Channel/TV Brasil, onde a simplicidade fazia parte da linguagem”, empolga-se.

    Caixas na porta de casa: os desafios de filmar à distância num período de incertezas

    Os desafios de se fazer um filme sem a presença do diretor foram muitos. Pellenz define como uma espécie de “Dogma 95” particular: “Na época, fiquei intrigado com a limitação que Lars Von Trier e sua turma se auto-impuseram, gerando filmes únicos e muito interessantes. No nosso caso, as limitações foram impostas pela pandemia, e é fascinante ver como elas afetaram a linguagem e o resultado. Hoje entendo melhor as motivações deles”, completa.

    Sem contato pessoal, os equipamentos foram deixados lacrados e higienizados nas casas dos atores, e eles precisaram aprender a montar e operar tudo.

    “Chegaram equipamentos e mais equipamentos na minha casa na época. Duas câmeras, iluminação, cabos e mais cabos, tripés, material para arte e som. Uma loucura. A casa ficou de ponta cabeça e tivemos que ter muita calma para entender que a nossa casa viraria um set de filmagem por 15 dias”, conta Gabriel Godoy.

    O ator relembra o grande desafio que era concluir cada plano: “Sair do personagem não era uma questão, mas não sair do cenário do filme, isso era. (risos). O desafio era antes de gravar. Era mais tempo sendo da técnica do que do elenco. Geralmente, buscamos estar 100% concentrados em um set de filmagem, porém no caso do Fluxo precisávamos estar 500% para dar conta de tudo. Às vezes passávamos 40 minutos montando um plano e quando estava tudo pronto eu lembrava: “Ah, agora preciso também atuar. Sou ator do filme. (risos). Foi uma experiência única realmente”, diz.

    Bruna Guerin também se recorda com prazer do desafio, que trouxe muitos aprendizados: “Como tínhamos que exercer todas as funções do set, além de atuar, foi muito desafiador. Mas a equipe toda nos conduziu com tanta paciência e generosidade que acabou sendo um prazer estar vivenciando tudo aquilo. Foi um dos maiores aprendizados que tive na vida. Hoje enxergo e trabalho no audiovisual muito diferente por conta dessa experiência”.

    Outro destaque é a participação especial de Cássio Gabus Mendes, que não saiu de sua casa e fez tudo sozinho. “Jamais imaginei que um dia faria uma cena sem mais ninguém por perto”, disse o ator durante as gravações.

    Silvero Pereira, que gravou suas cenas em Fortaleza, compõe o elenco num papel-chave para a distopia final. O ator também gravou a música-tema do filme, “Jaqueta Amarela”, de Assucena (da extinta banda “As Baías e a Cozinha Mineira”).

    “Fluxo” é um um dos poucos filmes realizados naquele momento de tensão. No entanto, não é “o filme da pandemia”, como diz Cosimo Valerio, sócio da Media Bridge, produtora de filmes como “Chacrinha” e “Intervenção”: “Não estamos retratando a covid-19. A quarentena do enredo é um ponto de partida para discutir a crise de um casal que acaba refletindo uma situação maior e mais grave”, afirma

    Filme manteve a produção cinematográfica ativa na pandemia

    Outro grande trunfo de “Fluxo” foi manter a produção cinematográfica brasileira em funcionamento mínimo num período inóspito, em que o setor cultural, e especialmente o cinema, foi diretamente afetado.

    “Conseguimos manter a produção ativa na época, permitindo que equipe e elenco, mesmo em número reduzido, tivessem trabalho remunerado. A parceria com a Paramount foi fundamental para finalizarmos o filme da melhor maneira possível”, completa Angelo Salvetti, também sócio da Media Bridge.

    Segundo Alex Levy-Heller, da Pipa Pictures, “Fluxo” é um filme para salas de cinema: “Estamos renovando nossa aposta na tela grande, na sala escura, no cinema como arte. Este é um filme feito com as menores câmeras, para telas maiores. De certa forma, essa amplificação reflete o alívio que vivemos recentemente”, conclui.

    Sinopse:

    Primeiro volume de uma trilogia sobre a angústia, inspirado na obra do diretor italiano Michelangelo Antonioni, em especial “O Eclipse”, e nas provocações temporais do soviético Andrei Tarkovski, “Fluxo” é uma distopia política-conjugal que acompanha um casal em crise. Carla expulsa Rodrigo de casa, mas ele não pode deixar o apartamento por conta de um lockdown imposto pelas autoridades. Assim, os dois são obrigados a conviver e acabam revendo seus conceitos, até que as coisas ao redor tomam um rumo jamais imaginado e uma ameaça maior que a própria razão do lockdown vai se formando lá fora.

    TRAILER DE ‘FLUXO’: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=PYYnocJuKg4

    Ficha técnica:

    Distribuição: Pipa Pictures e Paramount Pictures

    Produção: Media Bridge e Paramount Pictures

    Elenco: Bruna Guerin, Gabriel Godoy, Silvero Pereira, Guida Vianna e Cassio Gabus Mendes

    Roteiro e direção: André Pellenz

    Produção: Angelo Salvetti, Cosimo Valerio, André Pellenz e Altino Pavan

    Fotografia: Ênio Berwanger

    Direção de arte: Raíza Antunes

    Figurino: Isa Ribas

    Montagem: André Pellenz

    Trilha Sonora: João Jabace e Luís Rodrigues, com músicas de Johnny Hooker, Letrux, Mariana Volker, Bemti, DiMelo e Assucena

    Música: “Jaqueta Amarela”, de Assucena, interpretada por Silvero Pereira