O VENDEDOR DE CLUBES DE FUTEBOL
Aquela expressão, “quando a gente pensa que já viu tudo…” não faz mais qualquer sentido no desgoverno do genocida. Melhor usar, “a gente ainda não viu nada”.
Em meio a vexames internacionais incontáveis e insuperáveis (aliás, só eles conseguem se auto superar), o ministro Guedes “Posto Ipiranga” viajou aos Emirados Árabes em busca de petrodólares. Depois de muito turismo e nenhum acordo firmado, já de volta ao Brasil em um evento em Brasília, ele deu detalhes das conversas que teve com os investidores árabes. E não faltaram pérolas do tipo: “É uma imensa riqueza em cima de areia. Eles criaram cidades, investiram bastante, mas está sobrando dinheiro. Ainda tem muito petrodólares”. É mesmo seu ministro?! Que descoberta fantástica!
Perguntado sobre os investimentos no Brasil, respondeu todo serelepe: “Vão investir em estradas, vão investir em poços de petróleo, até em clubes de futebol. Eles compraram o Manchester United, compraram o Cristiano Ronaldo, etc”.
E para comprovar que jumentice pouca é bobagem, o “Tchutchuca” errou duas vezes na mesma frase. Os donos do clube inglês são os irmãos americanos Jovel e Avram Glazer. Cristiano Ronaldo, que voltou ao Manchester United, também não foi comprado por árabes. Sua contratação saiu da conta dos mesmos empresários, que têm fortuna de US$ 4,7 bilhões, segundo a Forbes.
Jumentices à parte, ele completou: “Eles anunciaram: calma, nós vamos comprar dois times; estamos examinando e vamos comprar dois times”. Isso é que é ministro! Conseguiu vender dois clubes brasileiros aos árabes! Só não perguntem quais. E esse miraculoso anúncio, foi o suficiente para que a parte falida dos clubes brasileiros (99,9%) entrasse em polvorosa. Já começaram as especulações.
A imprensa esportiva carioca garante que um dos escolhidos será o Vasco. Pelo tamanho da torcida, por ter um estádio próprio, e… é só isso mesmo. Mas, o Botafogo, que acaba de retornar à Série A, sonha com os petrodólares para não correr mais riscos de cair de novo. Até o América (o Mequinha, que é o segundo time de todo mundo), quer voltar a ser grande e entrou na fila.
Em Minas, a torcida do Cruzeiro já está fazendo festa. Fontes ultra secretas de dentro da própria Máfia Azul, dão como certa a informação de que o clube será um dos destinatários dos investimentos árabes. A do Atlético (enquanto eu escrevia o Galo ainda não era Campeão Brasileiro), anda escabreada com essa grana toda que vem jorrando no CT do Galo e acha que qualquer dinheiro que aparecer e que não seja do dono da MRV será bem-vindo. Temem se transformar no rival Cruzeiro, que depois de um período glorioso e de investimentos mal explicados, quebrou em três pedaços e perdeu o do meio. Não tem conserto.
Em São Paulo, não tem santo que ajude a São Paulo e Santos, que andam de pires na mão, correm risco de rebaixamento e viraram adeptos do bordão de seu Samuel Blaustein da Escolinha do Professor Raimundo: “fazemos qualquer negócio”. Já no Corinthians, com dívidas de mais de 1 bilhão de reais, qualquer petrodólar furado, será uma dádiva de Alá.
Em Pernambuco, o Íbis, time com o melhor marketing do futebol brasileiro e ex pior time do mundo, conseguiu o acesso à primeira divisão do campeonato pernambucano depois de 21 anos e agora sente-se no direito de pleitear a “mufunfa” árabe. E os diretores do simpático clube argumentam: “Se quando a gente não tinha um pau pra dar num gato, já éramos um fenômeno mundial, imaginem nadando em petrodólares”.
Enfim, bastou o “Tchutchuca” voltar dos Emirados Árabes com essa notícia bombástica, para que mais de 600 clubes espalhados por esse Brasil afora, voltassem a sonhar com dias melhores, que jamais virão.
Aqui, no falido e mal pago futebol do RN, os árabes devem partir logo pra comprar a Federação Norteriograndense de Futebol. O eterno presidente José Venaldo, ops, Vanildo topa na hora. Desde que…