“A ilha de Macau já possuía esse nome velho em maio de 1797, mas seria povoada apenas na década de 1820. Anteriormente seria deserta, por não ter água. Desde a barra do Rio Mossoró, pelo interior às Pendência, estendia-se vida pastoril, fazendas, criação bovina e eqüina, roçarias de mandioca. Pelo litoral, pescarias, exportação de peixe seco, carne-de-sol, couros, sal, muito sal, trabalho de homens livres e negros escravos. Já não mais viviam os indígenas quando a terra se povoou com aldeias, movimentadas e fartas”.
(Câmara Cascudo, in Nomes da Terra. 2ª edição, 2002. Editora Sebo Vermelho. Natal, RN.)
Macau é cercada de belezas naturais por todos os lados, como se a natureza escolhesse aquela ilha para guardar todo seu encanto. Famosa por sua grande produção salineira, onde as pirâmides de sal marinho podem ser vistas em todos os cantos, a cidade festeja o carnaval intensivamente, sendo considerada a melhor folia de momo do Rio Grande do Norte.
Localizado no Litoral Norte do Estado, na Região Salineira e no Polo de turismo chamado Costa Branca, Macau está a 190 km de distância da capital. Banhada pelo Rio Piranhas-Assu, a cidade de Macau é rodeada por ilhas, praias, mangues, dunas e gamboas que encantam nativos e visitantes.
Na entrada da cidade, o turista se depara com um grande moinho de vento, representante legítimo das antigas salinas tradicionais. Antes de chegar à Macau, o turista ainda passa ao lado do monumento de Nossa Senhora da Conceição, sendo abençoado e protegido para as aventuras através dos mistérios macauenses.
A povoação do lugar teve início na Ilha de Manoel Gonçalves, através de portugueses interessados na exploração e no comércio do sal, abundante na região. Por volta do ano de 1820, as águas do Oceano Atlântico começaram a invadir a pequena ilha, dificultando a permanência dos moradores na área.
Os habitantes da ilha foram expulsos pelo avanço das águas e eles escolheram a ilha localizada na foz do rio Assu-Piranhas, denominada de Macau, nome originado da corruptela da palavra chinesa “Amangao”, que significa “abrigo ou porto de Ama”, deusa dos navegantes.
O povoado de Macau foi fundado pelo capitão português Martins Ferreira e seus quatro genros: José Joaquim Fernandes, Manoel José Fernandes, Manoel Antônio Fernandes, Antônio Joaquim de Souza e ainda João Garcia Valadão e o brasileiro João da Horta.
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