Cabelos grisalhos, barbas brancas, rosto pintado e um nariz de palhaço, o americano Kenedh chama a atenção pelo visual diferente em Ponta Negra. Os turistas o solicitam para fazer fotografias, prontamente ele atente e sempre cobra uma contribuição, dinheiro que o ajuda a sobreviver em Natal.
Subindo a ladeira do Cruzeiro, na Vila de Ponta Negra, me deparo com o gringo usando um vestido curto, rosto pintado de palhaço e com um face Sheffield para proteção contra Covid e um cajado com uma sombrinha de frevo pernambucano colorida no cabo. Ele estava conversando com algumas senhoras sentadas na calçada.
O gringo foi atraído pela simpatia das “meninas” e me meti na conversa tentando ajudar à todos na tradução das conversas. Desse ponto em diante minha curiosidade foi aguçada e comecei a trocar ideias no idioma de Shekespere com o americano, perguntado sobre o que o levou a andar daquele jeito.
Enquanto pegava fôlego para terminar de subir a ladeira, o americano Kenedh disse num inglês com forte sotaque americano que morou na Florida, trabalhou na Disney World e que agora estava aposentado. É casado com uma paulista, mas adotou Natal como cidade de moradia, já que gosta mais do clima quente.
Acionando um mecanismo na altura dos ombros, ele levanta o vestido e mostra a bunda branca separada por um fio dental, arrancando gargalhada das três senhoras… Dessa maneira, o gringo vai se divertindo com a própria performance na praia de Ponta Negra.
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