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QUEDA DE POPULARIDADE

O desembarque do presidente Jair Bolsonaro em Mossoró, na quarta-feira (20), deixou evidente a queda de sua popularidade, mostrada por todos os institutos de pesquisa. O número de apoiadores no aeroporto foi bem menor do que na visita anterior, ocorrida em 24 de junho último.

O presidente, ainda segundo os institutos de pesquisa, mantém uma base firme e inquebrantável de 12% da população, o que garante certa aglomeração aonde quer que ele vá, mas nem de perto parece aquele candidato que reunia multidões antes da pandemia.

NADA MUDOU

Na Câmara Municipal de Mossoró, os vereadores oposicionistas seguem cobrando e fiscalizando o Executivo Municipal, como é de sua função; já os vereadores situacionistas seguem tratando do Hospital Regional Tarcísio Maia, das falhas do abastecimento de água, dos problemas nas escolas estaduais e da insegurança, ou seja, problemas de competência do governo estadual.

O pior de tudo é que isso não é nenhuma novidade. Os vereadores situacionistas, em todas as gestões pretéritas, sempre se comportaram como deputados estaduais, blindando e poupando o chefe do Executivo da vez.

MUDOU

A única mudança que conseguimos registrar na atual legislatura está no nível dos debates, que baixou muito se comparado com as anteriores. Os diálogos nas sessões parecem aqueles de cortiços de novelas, com gritos, dedos em riste e o usual: “Eu não tenho medo de você”. Está uma tristeza só.

VALENTIA SÓ NO RN

O senador Styvenson Valentim (Podemos) costuma usar suas redes sociais para esbravejar contra seus pares, chamando-os de toda a sorte de impropérios, o mesmo faz quando é entrevistado pelos órgãos de imprensa do estado, sempre passando a impressão de ser imaculado num ambiente prostituído.

O senador, todavia, não leva sua valentia para Brasília. Quando no Congresso, se comporta como um gatinho acuado numa quina de parede. Talvez fosse mais convincente se dissesse na tribuna do Senado o que costuma dizer nas redes sociais e órgãos de imprensa locais.

SONEGAÇÃO E MAU EXEMPLO

O Podcast Ecos da Política revelou, na edição do dia 17 de outubro, que a ex-prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), não paga o IPTU do imóvel em que mora desde 2009. Nem paga e nem a procuradoria municipal cobra, ao contrário do que acontece com o cidadão comum que atrasar o pagamento.

Como a dívida prescreve em 05 (cinco) anos, só podem ser cobrados os valores em aberto de 2017 pra cá, o que a atual gestão já está fazendo. A revelação causou indignação em muita gente, sobretudo porque a cobrança de IPTU ficou bem mais incisiva na gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini, que inclusive majorou os valores.

Pelo que se vê, enquanto cobrava impiedosamente o IPTU do cidadão comum, a ex-prefeita usava seu poder para sonegar o tributo e não ser incomodada pela procuradoria municipal. Que feio!

ROGÉRIO X FÁBIO

A depender do presidente Jair Bolsonaro, a disputa para concorrer a vaga do Rio Grande do Norte no Senado Federal pelo bolsonarismo, nas próximas eleições, será resolvida no ímpar ou par, pelo menos foi isso que trouxe a edição de 20 de outubro da revista IstoÉ.

Os ministros Fábio Faria, das Comunicações, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, são os protagonistas da disputa. Ambos querem ser candidatos ao Senado com o apoio do bolsonarismo, mas apenas um conseguirá a vaga. Por enquanto, o filho do ex-governador Robinson Faria aparece na frente nas pesquisas.

REAJUSTE SALARIAL

Os servidores do Estado aguardam ansiosamente o dia 28 de outubro, data em que é comemorado o Dia do Servidor Público, isso porque há esperança de que a governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT), aproveite o momento para anunciar algum reajuste salarial ou alguma outra melhoria para a categoria.

Para 2021 está sem jeito, por impeditivo trazido pela Lei Complementar nº 173/2020. Qualquer reajuste só poderá ocorrer a partir de 01º de janeiro de 2022. A secretária de Administração, Virgínia Ferreira, não está dando muita esperança. Ela lembra outro impeditivo, a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Por outro lado, a sindicalista Janeayre Souto argumenta que já são 12 anos sem aumentos ou reajustes, o que representa aproximadamente 90% de perdas salariais.

INFLAÇÃO

Numa situação de alta desenfreada da inflação, como a que vem se desenhando, o principal prejudicado é o servidor público, de qual esfera for, que depende da boa vontade do gestor da vez para que seus vencimentos sejam adaptados à atual realidade.

O profissional liberal e o empregado privado podem alegar a alta da inflação para cobrar mais ou pedir aumento, já o servidor público depende de aprovação de lei e de adequações orçamentárias. Não é algo que possa ser feito do dia pra noite.

Além disso, muitos servidores estaduais recebem quantias fixas e imutáveis decorrentes de decisões judiciais, valores estes que perdem totalmente o valor num caso de descontrole inflacionário.

VACINA

Aqueles que se posicionam contra a vacina anti-Covid-19, e infelizmente tenho pessoas próximas que integram essa turma, estão usando Israel como exemplo, dizendo que o país foi um dos pioneiros na vacinação do seu povo, e ainda assim o número de infectados voltou a subir atualmente, inclusive alcançando os maiores números desde o início da pandemia.

Israel tem algumas situações bem peculiares, que não podem ser transpostas para outros países. Uma delas é que a abundância de vacinas fez com que o intervalo entre as doses da Pfizer fosse reduzido de 90 para 21 dias, contrariando consenso médico.

Soma-se a isso a não vacinação de crianças, dos que se negam a ser vacinados por questões ideológicas (isso existe em todo o mundo), da variante Delta e o fato de o país ter aplicado uma única vacina, a da Pfizer.

DEMOCRACIA

O principal alicerce da Democracia, que a mantém viva, é a confiança. Quem perde uma eleição precisa acreditar que terá possibilidade de disputar a próxima e vencer; quem possui muitos bens precisa confiar que ninguém irá tomá-los, por crime ou por lei; quem possui um cargo com estabilidade precisa acreditar que ninguém irá exonerá-lo por mera discricionariedade.

Quando as pessoas deixam de acreditar no bom funcionamento da Democracia, a tendência é o caos, o desarranjo, uma guerra civil, um todos-contra-todos, por isso devemos lutar com todas as nossas forças para manter viva a chama democrática.

Escrito por Erasmo Firmino

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