“Terça Diminuta” reúne 44 poemas poeta do potiguar Eduardo Ezus, sendo a maioria deles uma forma alternativa ou uma aproximação de como o haikai ficou conhecido no Ocidente/Brasil, sobretudo, após os anos 70, sob influência da contracultura e da poesia marginal. Por vezes questionando-se, como em
Eu por que ego
Se onde chego
De mim desapego?
Por vezes, aproximando-se mais do conteúdo e forma empregada pelos haicaístas propriamente ditos, como em
Jardim de pedra
A rosa floriu
E durou
O poeta torna exclusivo o terceto em seu livro, feito de poemas escritos nos últimos dez anos, sob diversas influências.
Uma atmosfera zen perpassa o livro, que tem ilustrações e fotografias de Mariana Gandarela. O estado contemplativo chega como um respiro, comenta Cellina Muniz, que nos convida à leitura a partir da orelha do livro; isso, sobretudo, no contexto pandêmico em que vivemos. Assim, de certa forma, pode-se dizer que, pelo teor dos poemas, há uma aproximação à primeira fase do haikai, cujo expoente foi Bashô. A sutileza, discutida no prefácio Música da leveza, assinado por João Batista de Morais Neto (também conhecido como João da Rua), é outra constante, além da musicalidade, daí o título do texto de João.
A folha cai
Quem pensa não sabe
O tremor
“Terça Diminuta” foi viabilizado por meio da Lei Aldir Blanc-Rio Grande do Norte, pela Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Sobre o autor:
Eduardo Ezus
É um poeta e edita a revista virtual Tamarina Literária. Publicou Terça diminuta e Cálida Noite (Ed. Margem), também de poesia. Colabora com o site Os Epigonautas e com o Jornal DeFato, dentre outros.
Acesse: https://linktr.ee/eduardo.ezus / @ideia.cronica (Instagram) para adquirir um exemplar.
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