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Livro Onde moram os silêncios

O livro Onde Moram os Silêncios é uma obra inédita e de estreia que vai além de sua função poética, como o faz a literatura que se pretende autêntica. Composta por 120 poemas, em sua maioria em versos livres, na obra podem-se destacar o ritmo, as metáforas, os neologismos e as imagens, criando uma atmosfera particular e compartilhada ao mesmo tempo entre os silêncios próprios e os alheios. Os textos são construídos a partir de duas frentes: uma filosófica e outra psicológica, representados por uma fala que se quer aproximar do leitor. O ato comunicativo presente reivindica uma posição do ser imerso nos fatos sociais e consciente do seu papel transformador. Lirismo que promove uma tomada da vida do sujeito nas próprias mãos, atrelado a uma profunda capacidade de vislumbrar a essência dos seres e de tudo que interfere em suas existências. Nessa obra, os silêncios também falam.

Os textos são imbuídos de uma voz feminina que questiona os variados temas, aquele que lê vai descobrir que os silêncios moram em nossos afetos, naquilo que nos é mais caro. A tônica psicológica dos textos permite que o leitor reflita sobre seus próprios silêncios e se autoanalise nos insights no desfiar dos versos. Temas íntimos como amizade, amores, solidão, saudade, irmãos e temas mais coletivos como negritude, política, cidade de origem, luta lgbt, Nordeste, crenças e outros constituem o arcabouço literário da obra. Todo o material vai sendo costurado em uma linguagem leve e provocativa ao mesmo tempo, confeccionada pela norma filosófica de Heráclito, Heidegger, Husserl e outros. É o resgate da tradição filosófica manifestada dentro de uma linguagem literária. Após mergulhar nos silêncios, não se sairá mais o mesmo. O estilo é espontâneo, reflexivo, metalinguajeado na própria condição em ser mulher e em ser poeta no Nordeste. No aspecto sociocultural, a obra contribui para o enriquecimento intelectual e cultural de cada leitor, desenvolvendo seu senso crítico e despertando-o para novas experiências além de divulgar a obra de uma filha do chão potiguar, engrandecendo o leque de escritoras norte-rio-grandenses. Finalmente, é a estética da surpresa quando o leitor se debruça nessa obra literária que não se sabe para onde olha, nem com que pés caminha, mas que tem o poder do voltar-se a si. Na verdade, aquele que lê Onde Moram os silêncios, lê-se a si mesmo. O mestre Guimarães Rosa já sabia disso ao dizer: “O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais”.

Lançamento previsto para 27/03/2021

O livro tem o apoio da Lei Aldir Blanc, Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura, Ministério da Cidadania, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto.

Pequena biografia

Ana Carla de Azevedo Silva (Ana Carla Azevedo) formada em Letras Português pela UFRN; em Letras Espanhol pela UERN; graduanda em Psicologia pela Faculdade Católica do RN. Especialista em Leitura e Literatura pela Faculdade de Natal (FAL); Mestre em Letras pela UERN em 2015. Atriz com DRT/RN desde 2009. Participa de grandes espetáculos de Mossoró. Faz parte da Cia Bagana desde 2009. Professora de Língua Portuguesa na rede estadual de ensino. Lançou o livro infantil O alfabeto – a brincadeira das letrinhas (2010) e os cordéis O dia que Lampião se encontrou com Bolsonaro (2018), Paulo Freire: 40hs de esperança (2020), Começar de Novo (2020), Nísia de Florestas e Brasis (2020), este contemplado no Prêmio Nísia Floresta 2020 e o cordel Encontrei a luz do mundo, era um verso sertanejo, premiado no Festival Literário de Gostoso 2021. O poema Sacrossanto publicado no Edital Devires Poéticos (Itapipoca/CE) Fevereiro de 2021 e o poema A travessa publicado na Revista Inversos (Feira de Santana/BA) através do 2º Concurso de Poesia Escritor Adauto Borges em Março de 2021.

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