Outro dia, navegando nas águas turvas das redes sociais, dei de proa com um gigantesco iceberg, era uma bunda, não qualquer bunda, mas a valiosa bunda de Jennefer Lopes. Por falar neste “patrimônio cultural” do Brasil não há dúvidas e, se existe alguma, certamente, paira sobre um pequeno grupo de gente invejosa, especialmente de mulheres e, em sua maioria de uma elite conservadora abastecida de uma falseada moralidade, entretanto a bunda continua sendo a preferência nacional e assunto recorrente na cultural popular do país. Claro, há os que concordam sem “arrudeios” e ânsias de moralismo ou crises de consciência.
A bunda foi e é cantada em verso e prosa por vários artistas em todos os rincões deste país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza: escritores, músicos, poetas, pintores expressam em suas obras delirantes e líricos afagos à beleza deste monumento final da dorsal.
Nosso poetinha Vinicius de Moraes genialmente tatuou no imaginário coletivo uma cena de uma magistral e inocente bunda suavemente desfilando à praia: “Olha, coisa mais linda, mais cheia de graça, num doce balanço a caminho do mar”. O sociólogo Gilberto Freyre fez observações sobre a bunda na formação cultural do povo brasileiro, disse: afinal, é nas raízes do Brasil que surgem também a preferência dos homens pela bunda e as condições antropológicas e genéticas para a invenção da bunda brasileira.
O jornalista Xico Sá, em “carta aberta” a Freyre, escrita em 2009, se ressentia do modismo europeizante: “Sim, ainda vemos grandes bundas, ótimos latifúndios dorsais, mas na maioria dos casos contra a vontade das suas angustiadas proprietárias. Elas perseguem um outro corpo, um outro ideal de belezura, sonham com Giseles e outros fetiches ao melhor estilo varapau, bunda seca, bundinhas que não rendem um pastel de feira “.
Sem querer gerar discórdia com o jornalista cearense, grande entendedor de bundas, ouso dizer que não é bem assim, “a bunda é nossa”. O Brasil é líder mundial no número de colocação de prótese no glúteo (gluteoplastia), isto é, este “patrimônio nacional”, agora pode ser esculpido em silicone por artistas cirurgiões, assim recolocando as caídas nádegas em seu lugar de destaque e levantando nossa moral como o “país da bunda”, já que perdemos o status de “país do futebol”. A bunda nos “salva”.
Mas, voltando à valorosa bunda da cantora, compositora, produtora musical, dançarina, atriz, estilista, produtora de televisão, coreógrafa e empresária norte-americana, de origem porto-riquenha, Jennifer Lynn Lopez, a beldade tem uma apólice no valor de US$ 300 milhões para o seu glorioso “patrimônio”. Como diria meu amigo Delegado (porteiro, filósofo, monge e sociólogo): Eita! Que “parreco” caro danado!
Vacinas
Neste primeiro mês de 2022, a Praia de Ponta, um dos cartões postais da capital potiguar, imprimiu uma das cenas mais bizarras: várias cruzes foram fincadas na à beira-mar. Algum desavisado poderia imaginar que fosse um protesto contra à fome de crianças que assola o país, ou das vítimas do trabalho infantil, mas era apenas uma ruma de gente tosca e hipócrita se posicionando contra vacinação da Covid-19 em crianças ou contra sua obrigatoriedade, como vociferou o deputado federal (PSL/RN), bolsominion de carteirinha, General Girão.
Digo sem medo de errar, que esses infelizes vacinam seus filhos e netos, mas por uma posição política/ideológica se dão ao trabalho de mal informar e induzir o povão contra vacinas. Facínoras, pobres almas podres.
Artista
O Amigo e artista Álamo Kário fez um desabafo onde gravou não tem como comparar artistas, subjetivando de melhor ou pior um ou outro. Concordo.
Todo artista em qualquer área de sua atividade é único em seu estilo, forma, conteúdo e assinatura. Por isso, é que é arte e artista. Logo não ninguém é igual ou melhor que outro.
Caricatura
Caricatura do cantor, compositor, músico, poeta e fazedor de cultura na cidade Grossos/RN, Genildo Costa, que irá ilustrar nosso livro, na companhia de outros 99 músicos potiguares.
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