“Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém.” Disse o dramaturgo Nelson Rodrigues “despindo” os moralistas que “ostentam” ou pensam que têm a “alma branca lavada com Omo Total”, Caetano Veloso foi mais sútil em sua bela música Vaca Profano, versou “De perto ninguém é normal”, já o jornalista Millôr Fernandes, na mesma vibe escreveu: “como são maravilhosas aquelas pessoas que não conhecemos muito bem”. Estas três frases bastam para nos jogar nas fuças que é nulo e tolo nos esforçarmos e ficar pé insistindo exibir uma transparência absoluta inexistente. E, certamente, por isso mesmo, somos compelidos – às vezes por ingenuidade, ignorância e outras por pura vaidade – a cairmos em algumas armadilhas: somos enganados por não termos o pleno conhecimento do outro e, portanto, somos suscetíveis a ser “passados para trás”.
E quando aplicamos este conceito à política, a miopia e o estrabismo se estabelecem fazendo moradia. Assim como quem está apaixonado e não percebe os “defeitos” do outro, porém quando a paixão desce pelo ralo todas as qualidades, antes vistas, seguem o rastro e surge o restabelecimento da razão ou realidade. Segundo os filósofos – plantonistas do feicebuque – dizem quando somos “flechado” pelo rechonchudo anjo do cúpido, nos “embriagamos” por outra pessoa, se idealiza uma imagem e vestimos a amada com esta miragem, claro, com todas os predicados que temos em comum, nos permitindo a ficar em estado hipnótico, em êxtase. Afinal, encontramos nosso par perfeito que compartilha todas as nossas “fantasias”, ideais e vontades alojadas lá nos recôncavos mais sombrios do cérebro – quando se possui um -. Mas, tenho a impressão que isto só pode ser posto às pessoas comuns, assim como e você, porque a qualquer momento podemos sentir “a ficha caindo”, despertamos e voltamos à luz. Claro, a decepção pode querer lhe fazer aconchego e ser companhia de divã. Mas, ainda assim, diria que ser natural a pobres mortais.
Isto posto, devo afirmar: há pessoas transparentes e cristalinas como água de cacimba de rio, dormida, que não deixam dúvidas do que, de fato, realmente são:
FRASES DE BOLSONARO:
“Só não te estupro porque você não merece”
“Quilombola não serve nem para procriar”
“Eu sou favorável à tortura. Tu sabe disso”.
“Polícia brasileira tinha que matar é mais”.
“Por isso o cara paga menos para a mulher (porque ela engravida)” (2014)
“Para mim é a morte. Digo mais: prefiro que morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo” (2011)
INDÍGENAS
Não poderia ser mais transparente, translúcido e um livro aberto a pessoa que cunhou estas pérolas acima, logo não estaríamos cometendo nenhum absurdo denominar seu autor de sonegador, anticristão, estuprador, racista, torturador, fascista, golpista, machista, homofóbico, misógino…Do mesmo modo não correríamos riscos algum afirmando que os eleitores que levaram esta nefasta figura desumana ao Palácio do Planalto, certamente concordam com pelo menos uma ou mais destas frases, se não todas e suas ideias. Se assim não fosse, não teriam tornado Bolsonaro Presidente e continuar apoiando-o.
Então, não cabe o conceito das frases inicias do texto ao eleitor do Capitão Bufão, isto é, não pode argumentar que foi enganado, na verdade, é no mínimo cúmplice de suas falas e atos e, portanto, responsável também por seus desatinos.
Empestando o ar
o Capitão Bunda-Suja Bufão, infelizmente, decidiu empestar o ar de nossa terra, em solo sagrado segurou uma criança no colo e criminosamente retirou a máscara que o inocente usava. Logo após sua partida precipitou-se uma tesuda chuvarada – como dizia Queiroz – lavando o chão onde o Coisa Rui pisou. Deus é Pai!!!
Pergunta
Perguntaram se eu votaria em um candidato de direita para derrotar Bolsonaro. Derrotar Bolsonaro não é uma questão ideológica, mas de sobrevivência da democracia.
Caricatura
Caricatura de Bolsonaro para o Festival Internacional de Humor da França 2021, em Saint Just Le Martel/FR e em Marselha/FR, com o Tema: “O Inominável” Embaixador da Cloroquina no Brasil. Tendo como um dos organizadores o cartunista potiguar, Joe Bonfim.
Luis sabe o que diz
O deputado Luis Miranda (DEM/DF) que fez acusações pesadas na compra da Covaxin pelo Governo Federal, levantando suspeitas de corrupção, é um velho conhecido da polícia brasileira como estelionatário tendo uma vida pregressa bastante agitada. Morando nos Estados Unidos voltou ao Brasil como deputado eleito pelo Distrito Federal. Que dizer, sabe o que está falando, de quem está falando, é um entendido do borogodó.
Frase
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