Soulé um filme americano, produzido pela Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios. É dirigido por Pete Docter e co-dirigido por Kemp Powers. O filme é estrelado pelas vozes de Jamie Foxx, Tina Fey, Questlove, Phylicia Rashad, Daveed Diggs e Angela Bassett.
Em Soul, duas perguntas se destacam: Você já se perguntou de onde vêm sua paixão, seus sonhos e seus interesses? O que é que faz de você… Você? A Pixar Animation Studios nos leva a uma jornada pelas ruas da cidade de Nova York e aos reinos cósmicos para descobrir respostas às perguntas mais importantes da vida.
Em Soul, acompanhamos a vida de Joe Gardner, um professor de música do ensino médio que sempre sonhou em ser um músico de jazz. Quando ele finalmente tem uma chance de participar de uma apresentação grandiosa como pianista, um acidente faz com que sua alma seja separada de seu corpo e transportada para um “novo espaço”.
Até onde a ambição pode te levar para alcançar um sonho? Sonhar é o único ato que deve te guiar na vida? E qual o sentido da vida? É possível assistir o longa a partir dessa visão e se questionar sobre dúvidas que, com certeza, já passaram na cabeça de muitos adultos.
Além dos efeitos especiais que tentam se aproximar do caráter mais humano, o filme também traz uma animação abstrata para integrar certos personagens.
O filme é dos criadores de Divertida Mente e Up e é a primeira produção da Pixar que traz como protagonista um homem negro. A história se passa entre o mundo real e o espiritual e levanta grandes temas existenciais como o que acontece depois que morremos e de que forma adquirimos a personalidade que temos. Com metáforas sobre a formação da nossa personalidade, um destaque ao poder da música na vida de uma pessoa.
Qual é o nosso propósito de vida? Por que motivo estamos aqui? O que acontece antes de nascermos? E depois de morrermos? Em que momento a nossa personalidade é formada? Esses temas densos e filosóficos – que tocam especialmente os adultos – são explorados com delicadeza por Soul.
Soul (que literalmente significa “alma”) também não se apega a alguma das versões religiosas sobre o além-mundo e nos oferece uma obra livre de certos pré-conceitos que tomamos como verdades no nosso cotidiano.
“Jazzar”, portanto, é um ato de resistência diante de um mundo que tenta nos enquadrar em certos moldes. A origem da palavra “jazz” é incerta, mas a versão mais aceita é de que possa ser uma derivação de uma gíria que significava “espírito”, “energia” ou “vigor”. Não é incomum dizermos que algo tem alma: uma obra, um discurso, um esporte. Torna-se clara a falta de alma quando notamos algo feito unicamente pelo dinheiro ou mecanicamente, sem sentimentos, vivências, experiências que possam transbordar a matéria. Em Soul, “Jazzar” é esse ato de viver, uma necessidade essencial a todos os humanos e que encontra no jazz de Joe uma exemplificação.
Joe morre justamente por perseguir um sonho, uma meta que ele considera sua missão e que foi capaz de o cegar para a vida ao seu redor. Soul não diminui a importância dessas coisas, tanto que reconhece os grandes ícones da história como tutores. O maior problema, no entanto, é entender isso como objetivo único e máximo da vida, que é justamente o que leva as almas à perdição. Soul me entregou uma mensagem importante, observar as pequenas coisas ao nosso redor, que podemos apreciar outros caminhos e continuar com esta imensa vontade que temos… que se chama …Viver!
Nota 10.
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