Um bate-papo verdadeiramente falacioso
O que todo mundo quer saber: como o senhor convenceu Bolsonaro a entregar aquela carta?
Não foi fácil. Mas já disse que ajudá-lo-ei sempre que precisar. Porque sei da difícil relação com os poderes quando se quer dar um golpe.
O senhor acha que o presidente vai seguir nessa linha de respeito à Constituição?
Sê-lo-ia ou não, eis a questão. Entretanto, o difícil é saber se a Constituição conseguirá estancar esse desejo do capitão pelo golpe.
O Brasil falhou como democracia?
De modo algum. O voto foi respeitado. Apesar de falarem que a urna é isso e aquilo, ninguém pode dizer que depois de um golpe não possamos escolher um líder.
O senhor será candidato no próximo ano.
Vê-lo-ei as possibilidades. Aceito uma vice-presidência. Quem sabe não poderíamos repetir uma manobra que aconteceu recentemente?
O senhor quer dizer dar um golpe?
Nunca. Uma coisa eu digo, parafraseando um estadista brasileiro: pior que tá não fica.
O Brasil tem jeito?
Verba volant , scripta manent. Significa “as palavras voam, os escritos permanecem”.
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