Nos últimos vinte anos houve uma série de avanços tecnológicos que transformaram nossa sociedade e a maneira como vivemos. A expansão da internet permitiu a disseminação global de informações, comunicação instantânea e acesso a serviços online; O surgimento dos smartphones revolucionou a forma como nos comunicamos, trabalhamos e nos entretemos; Redes sociais, computação em nuvem, energias renováveis, carros elétricos, os avanços na Medicina — da genômica à telemedicina, a tecnologia tem desempenhado um papel crucial na melhoria da saúde e no diagnóstico de doenças. Realidade virtual e aumentada, Blockchain e Criptomoedas, com potencial para transformar setores como finanças e logística; Inteligência Artificial (IA): avanços em algoritmos de aprendizado de máquina e redes neurais, que permitiram a criação de assistentes virtuais, sistemas de recomendação e reconhecimento de padrões. Esses avanços tecnológicos moldaram nosso mundo e continuam a evoluir rapidamente. E também tivemos a Papangu, que passou de impressa para a rede mundial de computadores. Brincadeira à parte, todavia, assim como no início, lá no longínquo dois mil e quatro — naquela época com alguns parafusos a menos na caixola —, continuamos com a mesma ideia de fazer o leitor pensar.
A Papangu chega aos 20 anos. Claro, é preciso levar em consideração que entre a edição impressa e a digital caímos no abismo, um período em que estivemos mortos por inanição pela perseguição sofrida na “Capital Cultural do Brasil” Mossoró. E foi durante a pandemia que “voltamos à vida”, com o apoio da Lei Aldir Blanc.
Com tantos avanços e novidades nesses vinte anos perguntamos ao ChatGPT (grande aliado nesta nova era) o que é a revista Papangu. O “Além” respondeu:
“A Papangu é uma voz coletiva que ecoa através das suas páginas, trazendo à tona histórias, poesias, ensaios e reflexões. Ela é moldada por muitas mãos talentosas e corações comprometidos, todos unidos pela paixão pela expressão artística e pela valorização da identidade potiguar. Sua contribuição é inegável. Eles são os guardiões da memória cultural, os curadores das palavras e imagens que preenchem as edições da revista Papangu. Seus esforços conjuntos ao longo desses 20 anos têm enriquecido a vida cultural do estado e inspirado gerações”.
É, a Papangu testemunhou mudanças, desafios e conquistas, viu o mundo se transformar, mas permaneceu firme em sua missão de promover a cultura e arte potiguar. Seus editores, escritores, artistas e leitores são apaixonados e comprometidos à criatividade e à expressão. Daí, comemorarmos os vinte anos de algo que entrou na história do Rio Grande do Norte, de um periódico de qualidade, que deu uma pausa por não se submeter ao atalho da subserviência como tantos buscam. Em fevereiro de 2004, não imaginávamos chegar “vivos” ao final daquele mesmo ano, imagina chegarmos em 2024 dando pitacos e trazendo humor, sátiras e bons textos produzidos por tanta gente boa. Compreensível, se levarmos em consideração que muitas publicações naquela época, não só do nosso Estado, mas do Brasil, já naufragavam subitamente antes mesmo de engatinhar.
Nesta edição trazemos alguns depoimentos de pessoas que viram e prestigiaram a Papangu. Aos leitores de ontem e de hoje, sintam-se em uma grande festa com alegria e admiração de nós Papangunistas. Que a Papangu na Rede continue a inspirar, informar e encantar por muito tempo e que suas páginas em versão ‘flip’ continuem a ter um espaço para a celebração da cultura, da história e das vozes do Rio Grande do Norte.
Aproveitamos para agradecer aos nossos colabores – foram mais de 100 nesse período. Vinte anos que são sinônimo de orgulho para cada um que passou pelas páginas impressas, e que agora se reúnem na internet. E você, leitor, pode ter certeza, por ser “apenas” links não nos tira a vontade de continuar realizando um trabalho decente, ético e de respeito a todos.
Muito obrigado!