Às vezes me pego pensando como seria a minha vida se não tivesse tomado algumas decisões. Como seria se tivesse agido de outra forma diante de determinados problemas. Essas reflexões geralmente acontecem perto de datas comemorativas.
Venho refletindo sobre essas coisas porque há pouco mais de 20 dias fiz trinta e um anos e já se aproxima o décimo primeiro aniversário de Guilherme, meu filho, que provavelmente será único.
O que teria acontecido se os caminhos e oportunidades que me apareceram não tivessem me trazido até aqui?
Poderia não ter casado duas vezes, poderia não ter sido mãe, poderia ter me formado mais cedo, poderia ter viajado o mundo inteiro, poderia não nunca ter saído de onde estou.
Muita coisa poderia ter acontecido de uma maneira diferente. Entretanto, sem as experiências que vivi, alegres ou triste, fortes ou fracas, boas ou ruins, eu não seria quem sou.
Olhando para o passado, percebo que o caminho que percorri pode não ter sido o mais fácil, mas, com certeza, foi o que formou a minha personalidade, o meu caráter, o meu jeito de ver a vida e as pessoas, e que também influencia na minha reação diante de cada obstáculo.
Em determinadas ocasiões, sinto-me forte, resistente; em outras, penso que sou um balão cheio de ar prestes a encontrar uma agulha bem-afiada.
Em certos momentos, os problemas encontraram em mim uma rocha; em outros, estava eu vestida de balão quando a agulha esbarrou na pele.
Não tenho como prever o futuro. Do passado, contudo, tento trazer ensinamentos valiosos para o que ainda virá, para tentar não errar naquilo que eu sei que já não posso, para não me punir pelo que passou. O passado me ensinou muito, principalmente com os erros.