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“Minhas raízes têm história: identidade e ancestralidade nos sertões” trabalha a memória afetiva de estudantes da UFRN no Seridó

Construir fontes históricas unindo a oralidade, os saberes ancestrais, a memória afetiva e a origem dos estudantes. É com esse objetivo principal que o projeto de extensão Minhas raízes têm história: identidade e ancestralidade nos sertões atua no Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN). Como forma de finalizar as atividades do projeto neste ano de 2023, os participantes visitaram, no dia 14 de dezembro, os municípios de Jucurutu, no Rio Grande do Norte, e Catolé do Rocha, na Paraíba.

Com o apoio do Laboratório de Estudos de Populações Sertanejas (Lapops), vinculado ao Ceres, o projeto busca oportunizar aos alunos a produção do conhecimento histórico a fim de fortalecer a identidade e a família como agentes históricos, possibilitando o contato de dizeres, fazeres e saberes de várias gerações. De acordo com o professor Helder Macedo, do curso de História da unidade acadêmica, a iniciativa contribui para a interiorização das ações da Universidade, visto que a maior parte dos alunos são residentes no sertão do estado.

Após os encontros presenciais, de discussão de textos-base tratando da ancestralidade sertaneja, os discentes levaram até seus familiares a discussão sobre a importância de se estudar essa temática, realizando exercícios de aplicação da metodologia da História Oral. Nessa primeira etapa extensionista, os alunos deslocaram-se até suas famílias nas cidades de Acari, Caicó, Campo Grande, Cruzeta, Currais Novos, Florânia, Jucurutu, Parelhas, Rafael Godeiro, Santa Cruz, São Vicente e Severiano Melo, no RN. Os estudantes visitaram, ainda, as cidades de Belém do Brejo do Cruz e Catolé do Rocha, na Paraíba.

Após a realização das entrevistas, de volta ao trabalho prático desenvolvido na UFRN, os discentes prepararam uma cartilha destinada à comunidade em geral, como os familiares, na qual são propostas várias estratégias para acessar e discutir o tema de família e ancestralidade. “Os documentos foram customizados com desenhos, colagens, fotografias, além de frases das entrevistas com seus parentes”, comenta Helder Macedo.

Para a execução do projeto, houve também o apoio de Gracineide Pereira e Rosélia Oliveira, pós-doutorandas na Licenciatura em História do Ceres. Juntamente ao docente Helder Macedo, as professoras atuaram como coordenadoras e trabalharam, com os alunos, conteúdo ligado a fontes históricas e potencializaram o tema da identidade e da ancestralidade nos sertões. Para Gracineide, o Minhas raízes têm história: identidades e ancestralidades nos sertões oferece a oportunidade de ver, olhar, ouvir e conhecer o eu e os outros, deixando rastros históricos e vozes eternizadas no tempo.

Rosélia Oliveira acredita que os objetivos do projeto de extensão foram alcançados, já que cada aluno, ao entrevistar seus familiares, produziu fontes históricas que ajudarão em larga medida na compreensão da identidade e da ancestralidade seridoense. “Ao eternizarmos as falas dos nossos entes queridos, preservamos as memórias afetivas e a história das famílias, que servirão de pistas para trabalhos futuros”, aponta a docente.

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