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Projeto Aldo Parisot leva música clássica e cidadania à meninas seridoenses

Violoncelista potiguar que por mais de 60 anos foi catedrático da Yale University, dos Estados Unidos, e solista de grandes orquestras internacionais, o maestro Aldo Parisot (1918 – 2018) era considerado um dos gênios da música instrumental mundial e tinha o sonho de desenvolver a cena musical nordestina. O que ele não conseguiu em vida, agora é legado levado à prática através de uma parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Fundação Nacional das Artes (Funarte) e os Institutos Federal de Caicó e Jucurutu.

O projeto cultural Aldo Parisot com a finalidade de levar a música clássica para o interior do Rio Grande do Norte, sendo inicialmente na região do Seridó, tem promovido cursos de habilidades instrumentais de corda, compreendidas em violino, viola, violoncelo e contrabaixo a crianças e adolescentes do sexo feminino, na faixa etária entre 10 e 15 anos, em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa investe ainda na transformação da realidade social das participantes, possibilitando a elas o acesso à cultura. 

Coordenado pelo professor da Escola de Música da UFRN (EMUFRN), Fabio Soren Presgrave, o projeto tem meninas como alvo “porque o 5º Objetivo de Desenvolvimento da ONU é estabelecer o fim da discriminação por gênero em todos os lugares até 2030”.

Após dois anos de atuação na cidade de Caicó, onde promoveu a formação da primeira orquestra de cordas da história do Seridó, o projeto de extensão da Escola de Música da UFRN (EMUFRN) Aldo Parisot realiza o lançamento, em 2024, de seu segundo polo de atividade na cidade de Currais Novos. Os violinos a serem utilizados no polo Currais Novos foram adquiridos com o apoio do Programa Caravana Cultural, da Pró-Reitoria de Extensão da UFRN (Proex). 

Aldo Parisot

Aldo Simoes Parisot (Natal, 30 de setembro de 1918 – Guilford Center, 29 de dezembro de 2018) foi um violoncelista brasileiro naturalizado estadunidense. É um ex-membro do corpo docente da escola de música nova-iorquina Juilliard School, e foi, durante 60 anos, professor da Yale School of Music, localizada em New Haven, no estado de Connecticut.

Segundo o violoncelista húngaro Janos Starker, Parisot foi o maior violoncelista que ele viu tocar.  Era considerado o mais famoso potiguar no mundo. Ele foi o último colaborador vivo próximo de Villa-Lobos, que lhe dedicou duas peças para violoncelo e orquestra.

Prêmios e Honrarias

  • 1980 – “Chevalier du Violoncelle” pela Indiana University[3]
  • 1982 – Agraciado com a “United Nations Peace Medal”
  • 1983 – “Artist/Teacher Award” da “American String Teachers Association”
  • 1994 – “Samuel Sanford Professor of Music” Yale University
  • 1997 – “Governor’s Arts Award” do Estado de Connecticut
  • 1999 – Doutorado honorário em Musica pela Shenandoah University
  • 2001 – “Award of Distinction” da “Royal Northern College of Music” de Manchester, England
  • 2002 – “Gustave Stoeckel Award”
  • 2002 – Doutorado honorário em Fine Arts pela Penn State University

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