É o que aponta o estudo realizado pela ONG Artigo 19 e que destaca o número recorde de ataques a jornalistas. Com isso, o Brasil caiu mais uma vez no ranking global de liberdade de expressão. De acordo com o relatório divulgado no final do mês de junho, o país registrou o terceiro maior declínio do mundo no tema no período de 2011 a 2021, Foram 38 pontos em uma escala de 0 a 100, atrás apenas de Hong Kong (-58 pontos) e Afeganistão (-40 pontos). A piora no indicador ocorre desde 2016 e se acentuou em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro.
Até 2015, o país estava no patamar “aberto”, o melhor da escala. Hoje, no 89º lugar entre 160 países, está na categoria “restrito”, a terceira pior entre cinco, junto a nações como Hungria e Angola. Lideram o ranking global a Dinamarca e a Suíça, com 95 pontos, seguidas por Suécia e Noruega, com 94. No outro extremo, Guiné Equatorial marca a menor pontuação (4), seguida de Arábia Saudita e Nicarágua, ambas com 3 pontos.
O ranking leva em conta fatores como liberdade de imprensa, controle de redes sociais, liberdade artística e acadêmica, participação social e violência política, entre outros.
Um dos critérios nos quais o declínio do Brasil foi mais marcante foi o de ataques a jornalistas e veículos de imprensa. Foram 430 em 2021, o maior número desde os anos 1990, segundo o relatório.
O aumento dos ataques chegou a 50% no ano da eleição de Bolsonaro.
Na seção do documento que trata do Brasil, a Artigo 19 ressalta que “no trabalho de campo, em vez de serem protegidos por suas identificações, os jornalistas são frequentemente escolhidos, assediados e atacados”.
Só lembrando que a claque de jornalistas de Bolsonaro defende com unhas e dentes a liberdade de expressão quando se sentem acuados por determinações judiciais por disseminação de fake news.
É pra rir? Das duas uma: ou são desinformados ou maus-caracteres mesmo.