“Jenifer”, o primeiro romance do conhecido publicitário Stalimir Vieira, fala de assédio, abuso e como adolescentes devem se defender das investidas de adultos. Promete causar polêmica. Pelo tema, pela abordagem erótica e pelo fato de termos um homem escrevendo sobre íntimos sentimentos femininos.
Uma história surpreendente, plena de graça e sensualidade. Para escrever a história, o autor – outra polêmica – se fez de autora, como personagem de si mesmo, para ganhar a confiança da protagonista, Jenifer, de 16 anos, e que, ao longo da história, vai revelando seu processo de amadurecimento.
O romance traz uma novidade: a caracterização física dos personagens, criadas por um programa de inteligência artificial, por Antonio Emediato.
Do que trata, afinal, este romance?
Pesquisas revelam que os adolescentes brasileiros – meninos e meninas – começam a vida sexual muito cedo. Nem sempre da melhor maneira, com plena consciência e responsabilidade de seus atos.
“Jenifer” é um “romance de formação” – aquele no qual o protagonista faz sua jornada e ao final se reconhece transformado e amadurecido, física e moralmente, pelas aventuras que viveu.
Ele trata da iniciação sexual da protagonista, Jenifer, e de suas duas amigas, Paulinha e Stephanie. Tem um começo denso e tenso, que junta entusiasmo, ansiedade, angústia e desejo e segue adiante com cenas de aprendizagem, curiosidades, abusos, encontros, desencontros, decepções e um final libertador.
É um livro apimentado – mas de leitura aberta para os jovens-adultos de hoje.
Jenifer tem 16 anos. Bonita e sensual, teve que enfrentar assédio sexual desde menina. Paulinha é a mais imatura e, também com 16 anos, vive as consequências da sua fragilidade e insegurança. Stephanie, 17 anos, é a mais pragmática das três, aceitando logo que sexo é para ser convertido em independência e poder.
Jenifer trata de um mundo saturado de perigos e emoções, no qual o instinto reina quase absoluto, dia e noite. A menina tem um pai ausente e uma mãe amargurada. Pela frente, dois adultos maduros e canalhas: o pai de Paulinha, um abusador, e Rei, predador sem escrúpulos, violento e sádico.
Dois jovens, Marcos e Lucas, completam o quadro. Marcos, branco,18 anos, se crê irresistível, mas sucumbirá ao amadurecimento das meninas. Lucas, 25 anos, negro, é uma espécie de príncipe encantado doce e tímido, que aparece na história para evitar que Jenifer se perca neste ambiente hostil.
Stalimir Vieira, usando uma equilibrada combinação de curiosidade, paciência e erotismo, vai fundo e extrai de Jenifer o que para os comuns dos mortais é quase impossível: os relatos sinceros de quem experimenta prazeres inconfessáveis no exato momento em que ainda não consegue compreendê-los com clareza.
Por meio de uma narrativa natural e muito livre, Jenifer desvela bastidores de um tema tabu, sem esquivar-se de nenhuma das possibilidades que ele comporta, nem preocupar-se com julgamentos.
Mas… um homem escrevendo sobre íntimos sentimentos femininos?
O autor não teme ser criticado por não ser este o seu “lugar de fala”. E afirma: “Não quero obviamente me comparar a ninguém, mas Flaubert escreveu um dos maiores romances sobre uma mulher, Madame Bovary. Dostoievski, Ana Karenina. Thomas Hardy, Tess. Jorge Amado criou personagens femininas extraordinárias, Gabriela, Dona Flor, Teresa Batista. E Chico Buarque faz como ninguém canções sobre mulheres. Tenho o direito de criar a minha Jenifer.”
O resultado não é apenas polêmico. É desafiadoramente encantador.
Ficha Técnica do livro
Jenifer
Autor: Stalimir Vieira
Gênero: Literatura Brasileira
Formato: Brochura
Preço: R$ 69,00
Págs.: 168
ISBN: 978-65-5647-109-9