Ouvi de um palestrante em um congresso da Unimed, em São Paulo, quando detínhamos a conta publicitária da unidade de Mossoró/RN, a respeito da eficácia do marketing como ferramenta de comunicação de massa, citando a igreja católica como uma das entidades fomentadoras mais competentes no uso desse instrumento: organizando, planejando e uniformizando sua comunicação para poder cristalizar simbologias e marcas na mente dos fiéis: a cruz, torres das igrejas, os sinos, que em cada badalada comunica uma mensagem diferente. Uma verdade cristalina.
Se valendo do seu poder o cristianismo apoderou-se da festa pagã na qual os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno) e, solidificou o 25 de dezembro como dia do nascimento de Jesus Cristo e por anos a fio foi o natal uma festa que envolvia todo mundo católico. Talvez ainda seja, uma das festas mais importantes para os cristãos. Entretanto, um velhinho escroto rechonchudo vestindo vermelho, tendo alguma ligação histórica e mítica com santo católico, o São Nicolau, passou a dividir as atenções dos festejos com o principal protagonista, o Menino Jesus.
No país do marketing, em 1931, o desenhista Haddon Sundblom utilizou a imagem de Noel em um comercial da Coca-Cola acrescentando um saco de presentes e um gorro. Desde então o velhote se comporta como ator principal, corrompendo crianças, jovens, adultos e velhos. Noel agora é pop e não poupa ninguém. Na verdade, poupar não faz parte de seu vocabulário, cooptado pelo marketing uma vez por ano vem como um furacão arrasando quarteirões, causando estragos devastadores nos bolsos de muitos pobres cristãos desavisados, que trocaram o Aniversariante pelo embusteiro e, só vão dar por si no mês seguinte quando as faturas dos cartões de créditos entopem dramaticamente a caixa de correspondência dos celulares.
Noel e o consumo desenfreado estão intricadamente cimentados. O natal, festa que outrora fora católica, hoje, rendeu-se e cedeu lugar a festa da gastança, festa do comércio, festa dos ricos, que cada vez ficam mais riscos deixando outros mais pobres que Jó. O marketing por tempos fortemente aplicado pela igreja católica com destreza foi rompido pela força do capital vitimando sua Joia, sua simbologia Maior: o próprio Deus. Chico que ponha as barbas de molho, por aí tem um outro charlatão orelhudo que diz pôr ovo de chocolate ameaçando outra data importante ao catolicismo.
“O Natal já foi festa, já foi um profundo gesto de amor. Hoje, o Natal é um orçamento” — Nelson Rodrigues.
Extrema-Direita
Na Argentina, apoiadores do presidente extremista Javier Milei estão sugerindo aos pobres apenas uma refeição por dia, para contribuírem com o plano de resgate da economia.
Economia TOP
O FMI divulga as 20 maiores economia do mundo, o Brasil ocupa o nono lugar, o que deveria ser motivo de orgulho para nós os brasilianos, na verdade é um vergonhoso retrato da cruel desigualdade imperando há séculos. Um país onde suas riquezas são para poucos apaniguados, sendo, hoje, em 2023, a nação com a maior concentração de renda onde 1% da população detém 50% das riquezas. Um escárnio.
Música do ano 2023
“Erro Gostoso” de Simone Mendes, eleita a melhor música de 2023 aferida pelo Domingão do Hulk. Graças a Deus meus pobres ouvidos foram poupados, na verdade não nem sei quem diabos é Simone Mendes. Como soube? Ora, pensei que fosse Simone Bittencourt de Oliveira, aquela que canta Martinho da Vila, Geraldo Vandré, que canta o potiguar Romildo Soares, de saudosa memória.
Frase
Previsão sobre o Governo Lula “Para virar Argentina seis meses, para virar Venezuela um ano e meio” – Paulo Guedes.
Com um ano Lula fez o Brasil ultrapassar o Canadá.
Papangu 2024
Sendo esta a última Papangu de 2023, desejo que em 2024 a paz, saúde e solidariedade sejam a tônica. Papanguzada até 2024.
Caricatura
Caricatura do compositor potiguar Iremar Leite, autor da música “Santo de Barro”, gravado pelo Trio Mossoró, que por sai vez também teve uma belíssima interpretação do amigo Pe. Guimarães.