Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, como cantaria Belchior. Principalmente no tocante à vacinação. Quem é da geração que hoje tem entre 45 e 55 anos cresceu sendo vacinada sistematicamente, contra muitos tipos de doenças, que acabaram por ser erradicadas do Brasil com um sistema de vacinação eficiente.
Para quem tem memória falha: Fomos vacinados contra Tuberculose (BCG), Poliomielite ou Paralisia Infantil (VOP), Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite, Sarampo, Rubéola e Caxumba (Tríplice Viral – SRC), contra Hepatite B e contra Febre Amarela. Isso tudo de zero a 5 anos. Fomos vacinados contra tudo isso e vacinamos nossos filhos e filhas.
Daí a vacinação infantil (de 5 a 11 anos) contra Covid ter apoio de 79% da população segundo Pesquisa Datafolha recente. A maioria da população sabe do benefício das vacinas e os mais velhos lembram das doenças e óbitos infantis gerados pela falta de vacinação.
A campanha de vacinação infantil em São Paulo e Rio de Janeiro foi um sucesso e lá a imunização se encontra um estágio avançado. Nas demais capitais a situação tende a se repetir.
Combater a vacinação infantil pode ter sido o maior tiro no pé do despresidente Bolsonaro e sua gangue de negacionistas anticiência. Para manter fidelizada a sua base que cada vez mais se parece com uma seita, Bolsonaro desprezou até a tradição brasileira de vacinar crianças e ainda insiste em fake news com base em narrativas alucinadas.
A maioria dos pais, ainda que eleitores ou simpatizantes de Bolsonaro, querem os filhos vacinados. Sabem que a vacina contra Covid, embora criada e produzida em te,mpo recorde, é segura e segue todos os protocolos de segurança. Sempre vacinamos nossos filhos, por que não agora contra uma doença que já tirou a vida de 620 pessoas no país? Ainda mais para garantir segurança na volta às aulas presenciais.
Como nossos pais, vamos vacinar nossos filhos. À revelia do desgoverno e do negacionismo.
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