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A gente cansa

Cansados. É o que ouvimos ultimamente por onde passamos. E quantos e quantos não reviram conceitos nesses meses de cansaço por tantos desmandos do desgoverno de Jair Bolsonaro? Um sujeito que ainda consegue ser mito em um cercadinho. De loucos, só pode. O mais esculhambado mito político, social e econômico de todos os tempos do Planalto é, sem sombra de dúvidas, o chefe do Executivo mais cansativo da história.

A fábrica de asnices começa cedinho da manhã em um cercado composto de bestas quadradas e se estende pelo restante do dia com estouros de crimes graves. Cansado, à noite, o brasileiro parece participar de reality show que expõe o pior do ser humano, com objetivo de matar a todos pelo cansaço. Não há mais ânimo sequer para um Jornal Nacional. 

Não se aguenta mais a ladainha de que não haverá eleições em 2022, um crime que o presidente comete, dos artigos 7º, 8º e 9º da lei 1.079/50, conhecida como Lei de Responsabilidade. Cansamos da tecla Ivermectina, tratamento precoce e corridas atrás de emas com cartelas de comprimidos em mãos. Quem não está com abuso dessas ameaças do uso das Forças Armadas sempre que Bolsonaro se vê encurralado — nas próprias mentiras e crimes praticados por seus filhos e familiares? E dos ataques à imprensa? Cansa vê-lo atribuir toda a crise e o desemprego ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aos governadores. O povo está cansado de assistir a esse show de horrores, com um novo episódio a cada dia. Dentre os mais recentes, destacamos a abertura de processo para investigar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo Bolsonaro, os togados extrapolam “com atos os limites constitucionais” e compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar os ministros em casos de crime de responsabilidade. Que ironia, logo ele para acusar alguém de crime de responsabilidade.

A gente cansa. Cansa. Infelizmente, muitos cansaram e ficaram pelo caminho, cansaram até a morte, com falta de ar, intubados, por falta de vacina, e não estão mais entre nós pra contar uma história.

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