Sobre , ,

Destino: Mossoró

Na edição de outubro da Papangu na Rede destacamos o conturbado momento das articulações entre os grupos políticos da capital para achar um candidato pra chamar de seu. Confuso e truncado, em um vai-e-vem de “quem nem foi” e acha que será apoiado pelo prefeito Álvaro Dias. Com uma oposição alvissareira com o resultado das últimas pesquisas e com o surgimento, a cada semana, de novas coisas, nomes e pretensões que  corroboram para um quadro que está longe de ser definido.

Contrário do que vemos em Mossoró. Na capital do oeste potiguar parece que nada mudou desde a última eleição, em 2020, em que o candidato Allyson Bezerra derrotou a ex-governadora Rosalba Ciarlini. O alcaide, agora no União Brasil, tem mais de 80% de aprovação e parece viver seu melhor momento à frente do executivo. Os cronistas da política mossoroense apostam que a sucessão tem quatro nomes definidos: o prefeito (é certeza ir à disputa da reeleição), a deputada estadual Isolda Dantas (PT), o vereador Tony Fernandes (que ninguém sabe quem é) e a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas). Desses ficam dois. Um, claro, logicamente é o prefeito. O outro ou outra representará a oposição, que segue desunida.

O cenário na terra que se jacta de ter expulsado Lampião só parece diferente no que concerne às famosas oligarquias. Em 2024, pela primeira vez, em 76 anos, Mossoró vai para uma disputa da prefeitura sem Rosados como a maior força política. O município que chegou a ter três deputados estaduais e dois deputados federais simultaneamente, hoje vive esse momento histórico.

Para 2024, é incerto a participação da ex-prefeita Rosalba Ciarline, que segue calada em seu mundo ‘Ravengariano’. A ex-deputada Sandra Rosado já disse que não disputará mais eleições. Sua filha Larissa, segundo notícias publicadas na imprensa mossoroesense, e que teve mandato cassado na atual legislatura, tentará voltar ao legislativo. Beto Rosado, Fafá Rosado e Leonardo Nogueira, não se ouve falar. Aliás, quando se fala em Rosado, o nome da ex-prefeita Maria de Fatima Rosado Nogueira, a Fafá, nem é cogitado, tão pífia foi sua liderança fora dos muros do Palácio da Resistência.

Em pesquisa divulgada no último mês de maio pela empresa LOGOS, o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra, liderava com muita folga a disputa para as eleições municipais do ano que vem. Na pergunta espontânea — quando os nomes dos possíveis candidatos(as) não são citados aos eleitores -, Allyson liderava com 62,69% das respostas. A segunda opção mais citada naquela oportunidade, a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP) batia os 6,94%; e a Deputada Estadual Isolda Dantas (PT) passeava em terceira colocação com 2,57%.

Na pergunta estimulada, quando os entrevistadores apresentam os nomes dos possíveis candidatos(as), Allyson Bezerra continuava o passeio com 65,07%, enquanto Rosalba chegava aos 10,31% e Isolda 4,16%.

A um ano da eleição, pouca ou quase nenhuma novidade. A oposição ao prefeito Allyson Bezerra não se mexe nem é mexido por ninguém. A esquerda, que tem a deputada Isolda como principal nome, roda, roda, roda, e para em um oito — ou noves fora nada — na desenvoltura da pré-candidata nas intenções de votos.

Por fim, o que se espera é que o mossoroense possa exercer seu direito à escolha de um nome que tenha compromisso com o desenvolvimento da cidade.

Há quem diga que se o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim, meter dos pés para ser candidato, o cenário muda.

Bem, temos um ano para saber. Só não pode ser por W.O, por favor.

Papangu na Rede | Versão Flip 36 | Novembro/2023

Que tal uma CPI das Rachadinhas?