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De volta com a Papangu velha de guerra

Então é isso. A Papangu voltou! Projeto dos mais ousados, a Papangu enquanto revista impressa em uma época que o terreno na Internet ´ainda era só mato`, como se diz, marcou época, tanto para leitores como quem a produzia e seus colaboradores. E é uma alegria poder dizer que eu estava neste segundo time. Foram pelo menos três anos, entre 2005 e 2007 escrevendo mensalmente para a revista, artigos, crônicas bem-humoradas, reflexões sócio-políticas, o que me viesse à cabeça, enfim.

Na verdade as memórias daquele período papangunista remetem a uma fase feliz tanto pessoal quando coletiva. O Brasil vivia crescimento econômico e social, um espírito de euforia pairava no ar. Eu, particularmente, lançava livros e me envolvi em projetos de Cordel para crianças, entre outros. As memórias da Papangu e dos bons momentos caminham lado a lado nas estradas da minha mente. 

E havia também os papangunistas, na verdade uma espécie de família de desenho animado. Os intrépidos Túlio Ratto e Ana Cadengue com o ´Papangumóvel` de saudosa lembrança, que parecia saído da animação Corrida Maluca… Havia também os papangunistas, Damião Nobre, Marcos Ferreira, Alex Gurgel, o saudoso Leonardo Sodré, que nos deixou precocemente. Enfim, uma familia por afinidade formada pelos gostos em comum e pelo amor à revista impressa.

E é necessário dizer que a Papangu marcou época e era o terror da classe política. Ser caricaturado/a na capa pelo el terrible Ratto poderia ser uma benção ou uma maldição. Havia os que se sentiam lisonjeados. Os que se sentiam mortalmente ofendidos e queriam levar a coisa para o terrono judicial. Mas, era para ser assim. Charges e jornalismo foram feitos para incomodar, não para agradar os poderosos de plantão. E a papangu cumpriu seu destino: Com humor e convite à reflexão, incomodou muita gente.

Tanta nostalgia para celebrar o presente. Que é a volta da revista e seu bravo time de colaboradores no campo virtual, esfera inevitável que vem substituindo a celulose e que enfim, foi formada como a Papangu velha de guerra.

Estamos. portanto, aqui de volta. Contem comigo, comandante Ratto e Ana Cadengue. Longa vida à revista — agora virtual — que tanto fez e tanto fará pela comunicação, arte e humor no Rio Grande do Norte. Evoé.  

Escrito por Cefas Carvalho

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